COM O MEU DINHEIRO: N Ã O !!!
Nova campanha contra Belo Monte pede a clientes que pressionem bancos
Como fazer para evitar a concretização do projeto hidrelétrico de Belo Monte? O Movimento Xingu Vivo para Sempre e organizações parceiras perceberam que uma maneira eficaz e possível para a maioria dos brasileiros/as é pressionar o banco do qual é cliente para que não financie a hidrelétrica.
Diante disso, foi lançada ontem (8) a campanha Belo Monte: com meu dinheiro não!. "O que o seu banco tem a ver com a expulsão de mais de 20 mil pessoas de suas casas e terras, o alagamento de uma área maior que a cidade de Curitiba e a destruição de um rio na Amazônia? Tudo. Ou nada. Depende de você", afirma o movimento.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – cujo financiamento de Belo Monte será o maior de sua história –, pretende compartilhar os contratos de empréstimos com outros bancos, privados e públicos, para minimizar riscos. Estes bancos repassarão os recursos ao consórcio responsável pela construção de Belo Monte, Norte Energia S.A.
Ocorre que grande parte dos recursos do BNDES é oriunda de fontes como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e Programa de Integração Social(PIS/PASEP), ou seja, é o dinheiro do trabalhador/a que acabaria, no final das contas, financiando este desrespeito às comunidades ribeirinhas e indígenas,assim como ao meio ambiente.
Para que a população fique bem esclarecida do cenário, o movimento preparou uma página para a campanha, contendo um infográfico bastante didático sobre como o dinheiro do contribuinte poderá ser usado, à sua revelia, para financiar Belo Monte.
Além disso, a página contém um texto para enviar por e-mail aos bancos que poderão compartilhar financiamento de Belo Monte – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú/Unibanco e Santander. Basta clicar no nome do banco do qual é cliente e enviar o e-mail com o assunto "Não Utilize o Meu Dinheiro Para Financiar Belo Monte".
"Esse empreendimento é caracterizado por graves violações de direitos humanos, irregularidades no processo de licenciamento ambiental e incertezas sobre sua viabilidade econômica, conforme já alertaram renomados cientistas, lideranças indígenas e organizações da sociedade civil, a exemplo da recente notificação extrajudicial assinada por mais de 150 entidades, enviada em outubro deste ano", argumenta o texto.
Coordenadora da campanha, Maíra Irigaray destaca a utilização, neste momento, de "armas cibernéticas" no combate a Belo Monte. O internauta pode pressionar por várias outras "frentes" depois do e-mail – ligar para o SAC do seu banco, fazer uma reclamação, anotando o protocolo da mesma; escrever nas páginas dos bancos no facebook e compartilhar os banners no mural; enviar mensagens por twitter e participar dos protestos em suas respectivas cidades, pois a próxima semana será dedicada à luta contra Belo Monte.
A ativista declarou ainda que a campanha deve ganhar formato nacional, uma vez que o dinheiro a ser utilizado na hidrelétrica pertence a todos os brasileiros/as.
"Achamos que a partir do momento que as pessoas começarem a entender que o dinheiro dela,que poderia e deveria estar sendo investido em mais escolas, hospitais, infra-estrutura, esta sendo usado para financiar obras destrutivas como a de Belo Monte, essas pessoas vão querer opinar e questionar este tema", aponta.
Alardeada como a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte tem custo previsto para26 bilhões de reais, porém poderá ultrapassar os 30 bilhões. De acordo com o Movimento Xingu Vivo, a maioria das empresas participantes do consórcio Norte Energia S.A. financia campanhas políticas.
Entre os impactos socioambientais, estima-se que a mega usina alagará uma área de aproximadamente640 km2 e causará a seca de um trecho de 100 quilômetros do rio Xingu, na região conhecida como Volta Grande. Essa consequência é tida como ainda mais grave que as inundações, uma vez que impossibilitará a sobrevivência de ribeirinhos, pescadores, agricultores e indígenas, que ficarão sem acesso à água, a peixes ou a meios de transporte.
Para participar, acesse o link http://www.xinguvivo.org.br/participe/
COM O MEU DINHEIRO: N Ã O !!!
Nova campanha contra Belo Monte pede a clientes que pressionem bancos
Como fazer para evitar a concretização do projeto hidrelétrico de Belo Monte? O Movimento Xingu Vivo para Sempre e organizações parceiras perceberam que uma maneira eficaz e possível para a maioria dos brasileiros/as é pressionar o banco do qual é cliente para que não financie a hidrelétrica.
Diante disso, foi lançada ontem (8) a campanha Belo Monte: com meu dinheiro não!. "O que o seu banco tem a ver com a expulsão de mais de 20 mil pessoas de suas casas e terras, o alagamento de uma área maior que a cidade de Curitiba e a destruição de um rio na Amazônia? Tudo. Ou nada. Depende de você", afirma o movimento.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – cujo financiamento de Belo Monte será o maior de sua história –, pretende compartilhar os contratos de empréstimos com outros bancos, privados e públicos, para minimizar riscos. Estes bancos repassarão os recursos ao consórcio responsável pela construção de Belo Monte, Norte Energia S.A.
Ocorre que grande parte dos recursos do BNDES é oriunda de fontes como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e Programa de Integração Social(PIS/PASEP), ou seja, é o dinheiro do trabalhador/a que acabaria, no final das contas, financiando este desrespeito às comunidades ribeirinhas e indígenas,assim como ao meio ambiente.
Para que a população fique bem esclarecida do cenário, o movimento preparou uma página para a campanha, contendo um infográfico bastante didático sobre como o dinheiro do contribuinte poderá ser usado, à sua revelia, para financiar Belo Monte.
Além disso, a página contém um texto para enviar por e-mail aos bancos que poderão compartilhar financiamento de Belo Monte – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú/Unibanco e Santander. Basta clicar no nome do banco do qual é cliente e enviar o e-mail com o assunto "Não Utilize o Meu Dinheiro Para Financiar Belo Monte".
"Esse empreendimento é caracterizado por graves violações de direitos humanos, irregularidades no processo de licenciamento ambiental e incertezas sobre sua viabilidade econômica, conforme já alertaram renomados cientistas, lideranças indígenas e organizações da sociedade civil, a exemplo da recente notificação extrajudicial assinada por mais de 150 entidades, enviada em outubro deste ano", argumenta o texto.
Coordenadora da campanha, Maíra Irigaray destaca a utilização, neste momento, de "armas cibernéticas" no combate a Belo Monte. O internauta pode pressionar por várias outras "frentes" depois do e-mail – ligar para o SAC do seu banco, fazer uma reclamação, anotando o protocolo da mesma; escrever nas páginas dos bancos no facebook e compartilhar os banners no mural; enviar mensagens por twitter e participar dos protestos em suas respectivas cidades, pois a próxima semana será dedicada à luta contra Belo Monte.
A ativista declarou ainda que a campanha deve ganhar formato nacional, uma vez que o dinheiro a ser utilizado na hidrelétrica pertence a todos os brasileiros/as.
"Achamos que a partir do momento que as pessoas começarem a entender que o dinheiro dela,que poderia e deveria estar sendo investido em mais escolas, hospitais, infra-estrutura, esta sendo usado para financiar obras destrutivas como a de Belo Monte, essas pessoas vão querer opinar e questionar este tema", aponta.
Alardeada como a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte tem custo previsto para26 bilhões de reais, porém poderá ultrapassar os 30 bilhões. De acordo com o Movimento Xingu Vivo, a maioria das empresas participantes do consórcio Norte Energia S.A. financia campanhas políticas.
Entre os impactos socioambientais, estima-se que a mega usina alagará uma área de aproximadamente640 km2 e causará a seca de um trecho de 100 quilômetros do rio Xingu, na região conhecida como Volta Grande. Essa consequência é tida como ainda mais grave que as inundações, uma vez que impossibilitará a sobrevivência de ribeirinhos, pescadores, agricultores e indígenas, que ficarão sem acesso à água, a peixes ou a meios de transporte.
Para participar, acesse o link http://www.xinguvivo.org.br/participe/
ALTERNATIVAS COMPROVADAMENTE VIÁVEIS E ECOLOGICAMENTE CORRETAS:
Construção de várias pequenas hidrelétricas em rios brasileiros que estejam necessitando de revitalização, cujas calhas atualmente estejam assoreadas e que possam ser recuperadas com pequenos investimentos, sem prejuízo de alagamento de terras férteis, sem desalojar ribeirinhos, e os lagos que se formarem, além de suas águas servirem na geração de energia, sejam utilizados para o Turismo, o abastecimento das comunidades e na irrigação de projetos da Agricultura Familiar.
EXEMPLO:
A BARRAGEM DE SANTA RITA, no encontro das águas do Rio Fanado com o Rio Araçuai, entre os municípios de Minas Novas, Leme do Prado e Chapada do Norte.
A obra da CEMIG encontra-se paralizada desde 1980, depois de grandes investimentos que ali ficaram abandonados, em avançado processo de deteriorização (como pontes, casas, estradas, redes de transmissão, máquinas, etc.) numa afronta vergonhosa à economia, às leis, ao bom senso, à cidadania e à tradição de seriedade dos políticos de Minas Gerais.
Na possibilidade de retomada desse importante projeto deve-se levar em conta – também- o fato de ser essa região, localizada no Vale do Jequitinhonha, uma das mais desassistidas por parte do Governo e que tem sido historicamente explorada, sugada, exaurida, prejudicada pela ação das antigas minerações e agora pelos efeitos nefastos de grandes projetos do reflorestamento de eucalipto que nada tem agregado à economia local.
Outro aspecto da maior importância é o de que essa obra, gerando empregos imediatos – mesmo que temporários – possibilitaria a utilização da mão-de-obra ociosa dos migrantes que, a partir de 2.012, serão obrigados a se fixarem novamente na região em virtude da plena mecanização dos canaviais dos Estados Sulistas, abrindo-lhes perspectivas futuras, como assentados às margens dessas represas, de se tornarem pequenos produtores rurais em locais que estão completamente carentes de incentivos e totalmente dependentes dos gêneros alimentícios hoje vindos da CEASA e negociados a peso de ouro pelos atravessadores.
GERALDO MOTA
Jornalista
Mtb. 16.401-MG
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