quarta-feira, 30 de abril de 2008

PREMONIÇÕES (APENAS PARA RELEMBRAR!)

VEJA O QUE FOI ESCRITO EM 02 ABRIL, AQUI MESMO, NESTE MESMO BLOG: LEIA ATÉ O FINAL PARA ENTENDER MELHOR.

 

Quarta-feira, 2 de Abril de 2008

O INCRÍVEL FESTIVAL DA BICHARADA

viajando nas palavras

 

As palavras mentem. As histórias verdadeiras provavelmente são ficções, e as ficções ocultam possíveis verdades. Mas nada é sério, nada é certo, tudo é meio confuso, como o mundo, como palavras

(F.Pessoa)

 

A FESTA DOS BICHOS

 

Contam, que certa vez ao chegar a casa, o Dr. Francisco Louçã ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.

Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar os seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, gritou-lhe assim:

- Oh, bucéfalo anácroto!

Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que reduzir-te-ei à qüinquagésima potência do que o vulgo denomina por nada.

 

O ladrão, confuso, diz:

 

- Doutor, levo ou deixo os patos?

 

Série: A Fauna de Minas Novas se diverte:

 

UM PATO

UM GATO E

UM RATO

(Onde estaria o Sapo?)

 

São todos eles animais irracionais, sendo o primeiro uma ave e os demais mamíferos, tendo eles em comum o fato de viverem bem próximos dos humanos com seus comportamentos muito característicos e curiosos.

Esses três animais, apesar de terem apenas a primeira letra a alterar-lhes o nome e as sílabas sonoras a facilitar-lhes a rima, entre eles existem incríveis diferenças tanto no jeito deles de ser como no de viver.

 

O PATO

 

Pato é bípede, sem ser humano,

Sendo também um ser palmípede

Que vive no lago sempre boiando

Ou planando aprendendo a voar

Um pato só tem duas patas

Enquanto cada pata pode ter vários patos

Dos quais nascem vários patinhos

Todos como o pai, patetas e amarelinhos.

É ave que nada e também pode voar

E, como seus primos gansos,

que nadam, mas não gasnam,

Não figuram nem no jogo de azar.

Pastam gramas, não gramaticais,

E ambos viram peças valorizadas

Como deliciosas pastas comestíveis

Nos cardápios internacionais.

 

O GATO

O gato é bicho muito sabido

e leva a vida mansa sem trabalhar.

Dorme durante o dia—tão sofrido!

Sempre encima do saco a ronronar

Gato tem trânsito livre no bicame

Como feliz dono de um harém

É o grande xodó da madame

Vivendo muito, sempre muito bem

Bichano é caboclo escolado

Que nunca é de bater cartão

Jamais ficha-se empregado

Pois é dodói da dona do patrão

Não mora debaixo de ponte

Como um qualquer pobretão

Também não almeja horizonte

E Nem mesmo ter uma profissão.

 

O PATO

Um pato pode ser um selvagem

Bicho doméstico ou comestível.

É uma presa fácil da malandragem

Uma triste figura de mané risível.

Gato nunca é bicha e pode ser uma fera,

Mesmo manso não é desfrutável

Como espetinho de morro e da galera

Não é comida de sabor apreciável.

 

O RATO

Ratos são bichos muito nojentos

Que não vivem bem na claridade

Invadem as casas e os aposentos

Corroem os bens da humanidade.

São pragas imundas, abomináveis,

Inimigas mortais dos humanos

Pelos gatos podem ser consumíveis

Como boa dieta dos bons bichanos.

 

O GATO

Os Gatos, esses bichos bonitos,

que têm os pelos lisos e limpos,

Alimentam-se desses inimigos

Tão sujos, asquerosos e famintos.

Moram os ratos dentro da casa

Parece isso um enorme desplante

Pois fora dela dorme o seu guarda

O cão, o companheiro fiel vigilante.

Sendo melhor amigo do homem

Não é com o cão que esse cochila

Mas com o gato ou com uma gata

De lindo visom ou de cara chinchila.

O decano dos domésticos animais,

Sempre esperto e mais sabido vivente

Aprendeu, ainda nos tempos imemoriais,

Os segredos de viver no meio de gente

Vivendo com o cão sempre às turras,

Até sob as barbas do homem,

Deste nunca sofre as duras surras

Nas quais os cães se consomem.

Como o fazem esposas e maridos,

Mesmo os de exemplares casais,

Vivem entre latidos e os alaridos

Brigando nas alcovas e nos quintais.

 

O PATO

Todo pato tem o pé chato

Não é bem um bicho musical

Nem sempre vive no mato

Sendo muito pouco social.

Parentes próximos dos gansos,

Os patos não se afogam, pois sabem nadar.

E o ganso que nem sempre é manso

É que gosta de, às vezes, se afogar.

 

O GATO

Já o liso gato é manhoso e mia

Tem grande fôlego e destreza

Nunca sendo um bom vigia

Pois gosta mesmo é de moleza

Tem andar macio e de leveza

Pra agarrar até um Passarim

Mas seu couro é uma beleza

Pra se fazer um tamborim

Como músico não é bamba

E pra dança não tem vocação

No Morro em dia de samba

Se mancar vira cuíca e marcação

 

O PATO

Um pato é sempre um pateta

Um chato, um bobo, um lelé

Mas no meio de sua patota

Vira comida do esperto jacaré.

 

O GATO

No morro, gato é luz de barraco

Garoto bem sarado na malhação.

No asfalto é no bicho desprezado

E na praia é paquera no calçadão

 

O RATO

O rato — este lixo já é um porém:

Tanto pode ser ele um bicho

Como um chibano, também

Pois ao povo só causa dano,

Vale nada, nem um por cada vintém.

Com ele entra-se é pelo cano

Coisa ruim, presta para ninguém!

 

TODA A BICHARADA:

Mas no cerco dessa bicharada,

Existe muito desengano:

Sua lida é sempre uma charada

A todo tempo, cada dia, mês e ano.

E na lida que é uma pilhéria

Uma turba de eterna gozação

Enquanto uns ficam com a miséria

Outros gozam o seu bem-bão

E o tempo vai-se passando

Como as águas do regato

O pato continua pastando

E tateia o cego no seu tato.

Onde todo gato é bichano

nem todo bichano é gato

Nem todo rato é chibano

Mas todo chibano é rato!

 

E assim, no meio dessa incrível fauna, onde já até mandam alguns fuinhas alienígenas e exóticos, mesmo que continuemos combatendo implacavelmente todos os roedores e tendo já o nosso bom e pacato povo chegado a afastá-los da prefeitura durante algum período, temos de admitir que os ratos, os mais gordos, continuam poderosos como nunca, multiplicando-se como pragas daninhas, um mal endêmico da maior periculosidade que se alastra a partir dos ambientes sombrios e lúgubres, como as latrinas e os esgotos—estes lugares horríveis onde nascem, crescem e saem aos bandos, durante a escuridão e as tempestades, para se alojarem dentro de nossas casas para roubar-nos os alimentos, danificarem as roupas guardadas, os documentos, os objetos de arte, o nosso precioso dinheiro, e para destruírem as plantações dos pobres lavradores e para espalharem em todos os cantos todo tipo de doenças e prejuízos.

Sabemos que é muito difícil exterminá-los definitivamente, mas temos a certeza de que não será impossível – um dia – acabarmos com tais flagelos.

Precisamos, ainda, é de treinarmos melhor as nossas armas — que são as urnas -- e aplicar-lhes com mais eficiência o veneno que eles merecem:

Aos ratos, o nosso desprezo na hora do voto consciente.

É muito importante, também, que estejamos sempre vigilantes e cuidadosos para mantê-los bem longe de nós e de nossa cidade.

Temos que agir como os gatos, sempre com o imenso cuidado de não virarmos cuícas e espetinhos durante o samba-do-crioulo-doido que se instalou na prefeitura, pois está muito bem claro que a maioria da bicharada que ali se enfurnou, na realidade não é nada além de uma récua de patos, quase todos iludidos e confusos com a malandragem do chibano-chefe, este sim, um rato tão eclético e onisciente que tem diversos ninhos em locas e tocas diferentes, não só em nosso município, mas também em Formiga e na Capital, principalmente nesta, onde comanda um grande covil sempre muito freqüentado por uma confraria de ratos de longas togas, de casacas NEGRAS, de colarinhos brancos e que ocupam vistosas cadeiras enormes e do mais alto espaldar.

Jan/2005 -MN-    Geraldo Mota.

geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/

segunda-feira, 28 de abril de 2008

PORQUE SOMOS UM MUNICÍPIO TÃO POBRE?

A EDUCAÇÃO E A CULTURA NO MUNICÍPIO DE MINAS NOVAS

 

Minas Novas é um dos mais antigos municípios do Estado de Minas Gerais e da sua antiga extensão geográfica hoje existe cerca de 150 cidades, entre elas Teófilo Otoni, Araçuaí, Almenara, Capelinha, Itamarandiba, Turmalina, Berilo, Chapada do Norte e muitas outras, próximas ou longínquas, conforme quadro demonstrativo que será apresentado mais adiante.

 

Até bem pouco tempo – e durante mais de 200 anos – este município foi um verdadeiro "curral" dominado pelo interesse de uma família que o explorava literalmente como sua exclusiva propriedade, sobrevivendo o povo a duras penas, enquanto todas as outras cidades se desenvolviam e a nossa terra cada vez mais ficava para trás, no subdesenvolvimento e na miséria de sua população.

 

E o termo "exploração" não seria adequado se levássemos em consideração que, para se explorar alguma coisa, com o mínimo de razoabilidade, antes se tornaria necessário o emprego de algum esforço, de algum interesse, da adoção de algum cuidado ou critério, por parte do explorador, além do ato de só espoliar, tendo-se em conta o melhor aproveitamento da atividade explorada, o que veremos jamais foi a preocupação da referida família feudal que ali dominou por mais de um século.

 

Em toda a história dos povos civilizados podemos notar que as comunidades mais preocupadas com a educação, com a boa formação das crianças e dos jovens, foram justamente as que mais se desenvolveram e se tornaram cidades e municípios pujantes, inclusive muitas das comunidades vizinhas a Minas Novas, como Diamantina, Araçuaí, Teófilo Otoni, Itambacuri, Capelinha, etc.

 

Mesmo os tiranos, os grandes fazendeiros, os chefões políticos e os coronéis – de que se tem notícias em outros municípios -- todos tinham o cuidado de administrar seus feudos de tal forma que a população tivesse algum retorno e, assim, mesmo que sob o estalar da chibata, pudessem sentir um pouco valorizados para produzir cada vez mais e sempre, multiplicando as riquezas da Casa Grande.  Esses exploradores, geralmente tinham o cuidado de investir parte de seus lucros na construção de castelos, fortalezas, canais, engenhos, templos, praças, quartéis, cadeias, alojamentos e raros, muito poucos, se preocupavam com hospitais, escolas, bibliotecas e outras instalações que consideravam nocivas ao interesse do mandatário. Para estas futilidades, bastava ter o dinheiro suficiente para mandar os filhos e os afilhados estudarem na Corte, nas capitais e nos grandes centros. O chefão, porém, não se afastava de seu feudo e por ali circulava empunhando seu trabuco, seu chicote e distribuindo as migalhas que lhe garantiam consideráveis retornos em colheitas abundantes, eterna e submissa gratidão, safras de afilhados, apaniguados e eleitores sempre fieis.

 

Somente os filhos do coronel se transformavam em doutores e, pelo menos um deles, deixando na capital a sua família legítima, voltava às origens para dar continuidade ao império. Os demais herdeiros, porém, sempre vinham uma ou duas vezes ao ano, para conferir suas posses, fazer festas e agrados, conquistar a simpatia e o amor platônico dos campônios e imediatamente voltavam para seus mundos do luxo, da ociosidade e da fartura à custa do suor e do sofrimento de toda uma população raquítica, analfabeta e escravizada pela ignorância e pela falta de horizontes. Essa realidade existiu até bem pouco tempo, se é que ainda não existe na cabeça de muitos de nossos conterrâneos saudosos do cocho das Cavalhadas.

 

No caso específico de Minas Novas é interessante de se observar que a exploração se deu de tal forma predatória que, na medida em que se exauriam os recursos naturais de toda a região, sem manejo adequado e sem qualquer preocupação dos prefeitos em procurar investimentos, e tocar o município sem qualquer critério, ou pela ação dos exploradores sem a necessária reaplicação de parte dos lucros para incentivar a produção e a colheita, o que se apurou foi a completa falência do município e na visível depuração da miséria do povo, sendo que até mesmo a estrutura feudal, que existia até os anos 1940, foi-se definhando, ao ponto de quase nada ter sobrado – de pé – daquelas propriedades que estiveram sob o domínio de tal família. Digo apenas domínio, pois não se tem notícia de um único tijolo, uma pedra de alicerce ou um esteio de curral que tenha sido fincado com recursos particulares ou com os esforços de tal gente, podendo-se afirmar que todos os bens imóveis, móveis, semoventes e benfeitorias que compunham o velho curral foram agregados, com o passar do tempo, como resultado de sucessivas rapinagens e pela sanha insaciável da tirania.

 

Em todas as cidades mais antigas, no seu conjunto arquitetônico urbano, existe sempre algum imóvel importante que sirva de ponto de referência da nobreza da família feudal, do coronel ou do antigo chefe político, seja um solar, um sobrado, uma casa, a sede de uma fazenda, uma capela ou até mesmo um herdeiro natural, um neto, um bisneto ou outro parente qualquer – mesmo que bastardo – que possa apresentar-se orgulhoso do nome, da tradição ou da memória de seus ancestrais.

 

No meu tempo de menino, pelos meados dos anos 50, lembro-me muito bem dos últimos gritos de João de Beata, que da rua se escutava lá na Curva do Mirante, tangendo as juntas de boi atreladas ao antigo engenho de cana, no sopé do Córrego da Chácara, ao lado da belíssima sede da Fazenda dos Portugueses, que fora ocupada pela família do coronel, tão logo foram escorraçados os religiosos, chefiados pelo Cônego Pacífico Peregrino e Silva, que ali residiam no Cabido de São Pedro do Fanado.

 

Assisti, subindo o Morro da Contagem, o último caminhão carregado com o velho sino, as talhas residuais do altar e as madeiras do casarão que foram adquiridas por Olavo e Salomão.

 

A casa do Largo das Cavalhadas, onde hoje funciona a Rádio Bonsucesso, tinha lustres ingleses, relógio de carrilhão, biblioteca, móveis e vasilhame de Casa Senhorial, tendo sido a residência oficial do Tenente-Coronel Domingos de Abreu Vieira, rico comerciante e fazendeiro – proprietário da Casa Laporte (de armas e munições), compadre de Tiradentes e que se tornou inconfidente, o que lhe custou a prisão e o despojo de seus bens, que foram confiscados pela Coroa Portuguesa, juntamente com muitos outros em todo o município. A referida mansão, lacrada durante muitos anos, foi reaberta para ser Pousada. No terreiro daquele imóvel, onde se construiu a agência da Minascaixa, era a "Laporte" e, em frente, a "Botica", onde fez fortuna o velho Osório.

Do outro lado, na direção da Cadeia, era a Casa do Império. Imóvel onde residiu o advogado Dr. Arlindo Vieira, depois foi vendida para o comerciante  Raul Marcolino, imóvel que foi demolido para dar lugar à residência do gerente do Banco do Brasil. Ali era a famosa sede do Império do Divino, chamado de "Paráclito", que um juiz de direito corrupto (ateu e excomungado pelo Papa Leão XIII), por vingança, já no início do século 20 mandou que o intimasse como pessoa física comum, para responder por processo de falência, não encontrado pelo oficial de justiça, considerado revel foi acusado de estar inadimplente com o erário municipal e também pelo fato de "estar mantendo um império" em plena vigência de uma República, teve os bens arrecadados para, em hasta pública, liquidar os débitos fiscais e arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios.

 

Tais bens, assim como a Casa de Caridade e algumas casas que existiam no Largo de São Gonçalo, ficaram com a Igreja (incorporadas depois à Conferência de São Vicente), mas os demais foram arrematados pelo valor mínimo, quase nada, pelo próprio velhaco juiz que se apoderou de todos os mais valiosos que, por justa razão, deveriam estar hoje sob o controle da Irmandade do Santíssimo Sacramento dos Homens Brancos de Minas Novas.

 

A Escola Normal, que foi criada pelo Dr. Francisco Martiniano, e que funcionava no sobradão, teve cancelada sua licença de funcionamento, também no início do século passado, por ordem do Coronel José Bento Nogueira, pois este chefe político de Minas Novas entendeu que o referido estabelecimento de ensino - único em toda a região -- era nocivo aos interesses do povo, de vez que abria suas portas a quantos se interessassem pela educação, inclusive permitindo a matrícula das negras, dos filhos de ex-escravos, das lavadeiras de roupa, das cozinheiras e das buscadeiras de lenha, estes pobres coitados que, ao se formarem como normalistas, estariam colocando em risco o bom funcionamento das casas de família, por falta de trabalhadores dos afazeres domésticos.

 

Um outro ponto a ser considerado – no contexto da formação cultural de várias gerações do município de Minas Novas – é o fato de que até o início da década de 1960 só existia um estabelecimento de ensino na cidade – O Grupo Escolar CORONEL José Bento Nogueira – havendo na zona rural uma ou outra professora leiga (quase que analfabeta) que recebia da prefeitura apenas para ensinar aos alunos assinar o próprio nome e "fazer eleitores".

 

Em 1961 foi fundado o Ginásio Minas Novas, pelo médico Dr. Agostinho da Silva Silveira, um forasteiro que foi considerado, em decorrência dessa iniciativa, como extravagante e lunático, sendo que os professores que aderiram ao projeto -- na condição de voluntários -- quase nada recebiam pelo trabalho de lecionar, sendo muitos deles obrigados – por força do pioneirismo e da cidadania – a se desdobrarem no ensino de diferentes matérias, sem qualquer recurso oficial, indiferentes à postura contrária de muitos que demoraram aceitar a nova realidade. Para o funcionamento desse Educandário foram convocadas pessoas da corrente política contrária à administração do município, depois de convencidas, nesse sentido, pelo juiz de direito Dr. Guaracy Vasconcelos e sua esposa Dona Myriam Bessa, que eram novatos na cidade e ficaram perplexos com a falta de organização comunitária diante da resistência inicial de lideranças ligadas ao "coronel", por não terem dele recebido a necessária liberação para colaborar.

 

A Escola Estadual Dr. Agostinho da Silva Silveira, a única com curso colegial (segundo grau) foi instalada no final da década de 1970, em razão de esforços de um grupo de minasnovenses que faziam oposição à administração municipal, sob protesto dos políticos locais que insistiam em conservar a deficitária e inviável Escola da Comunidade Badaró Júnior, simplesmente em razão do nome e que, se assim fosse mantida, não poderia passar a ser custeada pelo Estado.

 

Quanto ao Ensino Superior, cuja oferta continua precária, se dependesse apenas da vontade de um grande minasnovense – o Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo – o nosso município já estaria contemplado com diversos cursos de graduação, com as vantagens da oferta de excelente ensino e de ótimas condições favoráveis a todas as classes econômicas. Entretanto, contrariamente aos interesses coletivos, deixando de se considerar as propostas da Reitoria da PUC e o determinado interesse de aqui se instalar um "campus avançado" da PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA,  cujo projeto já estava bem adiantado – por razões simplesmente corporativas deu-se a preferência à UNIPAC, cujo funcionamento é oneroso aos cofres do município a aos bolsos tão sacrificados de nossas pobres famílias.

 

QUOUSQUE TANDEM... ?

--
geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/

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