sábado, 28 de fevereiro de 2009

PARA QUEM SABE LER ...

Voltando ao tema “gostar de escrever” que caracteriza minha já comentada compulsão, ouvi do Professor Aluísio Pimenta que esta é uma das melhores maneiras de uma pessoa, mesmo na condição de auto ditada, conseguir dominar a língua-pátria, mais ainda, se a esta prática saudável o interessado associar o hábito da leitura de bons livros e conceituados autores. Segundo ele, adotando-se esta combinação de “ler e escrever” os resultados serão sempre muito positivos, talvez muito mais consideráveis que o aproveitamento que se observa na maior parte dos frequentadores de cursinhos e de muitas das faculdades que existem por aí. Ainda sob a severa ótica do insuperável Mestre Aluísio Pimenta, que já foi Ministro da Educação, foi reitor da UFMG e que continua lúcido e ativo em seu árduo trabalho de lecionar, confirmando ser um dos mais respeitados educadores de todo o país, a grande questão que está prejudicando o ensino no Brasil reside na péssima qualidade dos cursos oferecidos, em sua maioria, por escolas que visam apenas o lucro, como está acontecido com o grande número delas espalhadas pelo interior do Estado de Minas Gerais, até mesmo em lugares de difícil acesso e que não contam com a presença de professores habilitados e competentes ao sagrado exercício do magistério.

Nesse sentido, o Professor Aluísio tem debatido à exaustão e combatido vigorosamente, não o fato de se criar diversas escolas, o que em si constituiria procedimento louvável, mas a prática lamentável de se instalar – no interior do estado – tantas escolas improvisadas, de orientação duvidosa, tristemente desestruturadas, funcionando precariamente em rede física inadequada e carente de todos os recursos pedagógicos, cenário em que se vão “bacharelando” profissionais do ensino sem a menor condição de ministrar uma aula, de servirem como simples regentes de classe, pois não aprenderam nem mesmo redigir um bilhete, daí derivando a perigosa contaminação generalizada da cultura em nosso país, onde um pseudo-professor ou pseudo-professora, brandindo seu “deploma” de pedagoga, “a nível superior”, assume uma “cátedra” em faculdades congêneres e, desta forma, vão propagando o lamentável saber embrutecido, ou seja, perpetuando a imbecilidade institucionalizada, o ridículo da grosseria e do analfabetismo funcional.

O mais interessante, do que vejo em toda esta hercúlea batalha do nobre professor, em defesa da ética e do bom ensino público, primeiramente é o descaso que o Governo de Minas Gerais, que é do PSDB, partido que tem o seu democrático apoio, em não lhe dar atenção aos alarmantes e bem fundamentados argumentos. Acrescente-se a este, a razão ainda maior desde descaso com a administração pública quando se sabe que, por força da Lei Maior, somente o Conselho Nacional de Educação tem prerrogativas para reconhecer instituições privadas. A seguir, em segundo lugar, vem o fato de que a maior parte dessas escolas superiores – todas irregulares – que foram autorizadas pelo Estado, continuam em pleno funcionamento e abrindo suas metástases, ramificações infecciosas, até em escolas rurais. Em terceiro lugar – mas que em ordem de absurdo deveria figurar em primeira – é a curiosa constatação de que todos esses cursos denunciados são de escolas controladas pela UNIPAC, tradicional indústria particular sediada em Barbacena e de propriedade do Deputado Bonifácio Andrada, velho e matreiro político que faz parte de uma FAMÍLIA NOBILIÁRQUICA a qual vem mandando e desmando na República e na administração de nosso país desde a época do Império e que em Minas tem parentes estrategicamente encastelados nos principais órgãos governativos.

Bem ... , confesso que já não estou entendendo quase nada ou, estando escrevendo sem o saber, já esteja também entendendo diferente tudo aquilo que vejo nos escritos ou o que seus autores querem dizer, pois tenho lido que o presidente dessa academia, em que o Mestre Pimenta é membro efetivo, também seja aquele um empresário capitalista nestes ditos empreendimentos “educacionais”, o que não duvido, baseado em fatos que não fogem à simples observação de qualquer leigo que convive com a miséria das pequenas cidades localizadas nos espoliados vales do Jequitinhonha e Mucuri, onde os Badarós sempre foram os “donos” dos votos e do poder.

Outra curiosidade de minha parte, de ordem metafísica, está relacionada a outro fato: como é que pode um ilustre falecido, que viveu no início de nossa República, resolver escrever suas “memórias póstumas” depois de quase 100 anos de ter sido abduzido, com a confessa finalidade de pedir aos “desafectos” que o deixem em paz?

Lendo o livro que foi recentemente lançado, sob aplausos da crítica local, em concorrido evento no "Castelo de Letras" da Rua da Bahia, opúsculo que me caiu às mãos através do bom amigo e livreiro Amadeu Rossi, também um grande mestre e cidadão ouro-pretense, quase centenário, que conhece bem a História de Minas e do Brasil, pois na citada obra badarônica não logrei satisfazer a curiosidade de ler, entre o monótono autopanegírico, alguns relatos que tenho na lembrança de tê-los ouvido de meus bisavós e dos quais ainda se comentam lá em Minas Novas, onde são públicos e notórios, cuja omissão naquelas páginas me leva a acreditar que o defunto, como memorialista, deixa muito a desejar, conquanto no seu gênero, mesmo na condição de memórias-póstumas, tais reminiscências não poderiam deixar de ser sinceras e verdadeiras , pois neste esforço encomiástico que foi escrito pelas mãos do ex-senador biônico Murilo Badaró, verifica-se cristalinamente o ansioso desejo do neto em ver o avô bissextamente imortalizado como político sério e homem de escol, qualidades morais que são duramente contestadas por escribas sagrados que lhe foram contemporâneos – aqui, talvez, identificados os alegados desafetos. – o que não justifica, agora, pois o correto seria apenas esclarecer aqueles atos praticados, que estão registrados nos anais daquela época, principalmente no decurso de sua (o) missão, lá na Itália, que resultou no retorno inglório ao Brasil (digamos assim, de forma ab-rupta ou compulsória), deixando para traz todo o esplendor da Europa e das benesses como Ministro Plenipotenciário junto ao Estado do Vaticano, governado pelo justo e piedoso Papa Leão XIII.

“Note Bene”: Apenas para registrar, a Academia Mineira de Letras, que está completando o primeiro centenário, foi fundada lá em Juiz de Fora, próxima à histórica Barbacena, de onde governou “Fanfarrão Minésio”, urbes importantes da Zona da Mata Mineira, onde a UNIPAC impera soberana e lucrativa no mercado do ensino, lançando a cada semestre suas prodigiosas safras de bacharréis e mestres de todas as ciências, no mesmo nível daqueles produzidos como tijolos crus sapecados de qualquer jeito nas olarias universitárias dos Vales da Miséria, onde as filiais desse empreendimento especulativo, em consórcio com figuras de proa daqueles feudos, onde os badarós sempre foram os donos dos votos e do poder, se espalham por quase 200 municípios do interior e grotões do nosso Estado, em plena claridade do século XXI.

Finalmente, vejo que o Professor Aluísio, que é um homem digno, bom e respeitável, sendo um acadêmico que está a merecer e faz jus a uma vaga na ABL, vê-se no meio destes personagens menores que são merecedores de imortalidade, mesmo que seja a nível paroquiano, pois afinal todas as academias, curiosamente, abrigam figuras exponenciais de vários perfis, quilates e tendências, havendo nesta aqui de BH ainda três vagas a serem preenchidas. Creio que uma delas certamente será oferecida ao Deputado Federal Edmar Moreira, que é, a exemplo dos Andradas, um nobre representante daquela rica região mineira da “zona” Política, pela obra a imortalizar-lhe o nome, na autoria de “Contos de Vigários Patéticos no Castelo Monalisa”.

Outra vaga, a segunda, seria ocupada pelo Deputado Federal Juvenil Alves, pela indiscutível competência deste político em transgredir impunemente as leis, transitando pelos labirintos sombrios do TRE (especialidade em que se rivaliza com o presidente da Casa); e a terceira vaga talvez vá para o auditor do T.C.E., Dr. Édson Arges. A respeito deste é importante frisar ser ele um grande menestrel, paladino do Castelo de Ruy Barbosa, localizado na Raja Gabáglia, onde foi estrategicamente introduzido para defender interesses de seus patronos, sendo brilhante advogado destes, dos quais é aluno preferencial das boas letras de Manoel Bandeira, imortalizadas nas delícias de “Pasárgada”, título poético e sugestivo que, em homenagem a sua récua, igualmente está sendo batizado o Museu de Minas Novas, localizado no prédio conhecido como “Sobradão” (foto acima), o histórico "primeiro arranha-céus" de Minas Gerais, que foi tombado pelo IPHAN e que, finalmente, será ocupado pelo recém criado "Museu do Jequitinhonha", depois de tanto tempo servir “apenasmente” como habitação dos fantasmas de uma família, dita governativa, originada lá das bandas do Piranga, fraudas mal-cheirosas e vertentes do Paraibuna, de onde desceu, no apagar das luzes do século XIX, a triste figura daquele que foi contaminar as águas, antes límpidas e salutíferas, do hoje esquálido e poluído Rio Fanado.

Outro "P.S." - O romântico prédio histórico do Sobradão, num curto período serviu para o funcionamento da antiga Escola Normal de Minas Novas, na época uma das poucas existentes em todo o norte-nordeste de Minas Gerais, a qual foi fechada por determinação do Dr. Francisco Duarte Coelho Badaró, por razões que também deveriam constar do referido livro de "memórias póstumas". Ainda em relação a este prédio - considerado com o "ícone do atraso que assola os Vales", em razão da sua tradicional inutilidade e ociosidade -- apesar de ter sido construído para sediar o governo da Província do Fanado, criada mas que não foi instalada, lá pelos idos de 1811, recentemente foi inaugurado, novamente, com todas as pompas e circunstâncias, na presença do augusto Governador Aécio, pelo então prefeito Murilo Badaró, que logo depois, no dia 23.12.2007 foi obrigado a renunciar do cargo, movido pela pressão popular e pela ameaça de ser cassado pela Câmara Municipal, estando os vereadores em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em consenso dos presentes à reunião, já determinados neste propósito, robustamente convencidos da responsabilidade do alcaide em vários atos ilícitos que lhe são atribuídos e que estão denunciados, em ação civil que lhe foi impetrada , pelo zeloso e competente "parquet", representante do Ministério Público daquela Comarca, no aguardo de julgamento final.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

PARA QUEM SABE LER ...

Voltando ao tema "gostar de escrever" que caracteriza minha compulsão, ouvi do Professor Aluisio Pimenta que esta é uma das melhores maneiras de uma pessoa, de forma autoditada, conseguir aprender sua própria língua-pátria, e mais ainda, se a esta prática salutar de escrever o interessado associar o seu hábito da leitura, de ler bons e consagrados escritores de nossa literatura portuguesa. Segundo ele, adotando-se esta combinação de "ler e escrever" os resultados serão sempre muito positivos, talvez muito mais consideráveis que o aproveitamento apurado na maior parte dos freqüentadores de cursinhos e faculdades que existem por aí.

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Ainda sob a ótica desse dedicado e insuperável Mestre Aluisio Pimenta, que já foi ministro de educação, foi reitor da UFMG e que continua lúcido e ativo no seu trabalho de lecionar, confirmando ser um dos mais respeitados educadores de todo o país, a grande vilã que está prejudicando o ensino no Brasil, é a péssima qualidade dos cursos oferecidos, em sua maioria, por escolas que visam apenas o lucro, como tem acontecido com o grande número delas que vão se espalhando pelo interior de Minas Gerais, até mesmo em lugares de difícil acesso e que não contam com a presença de professores universitários (habilitados e competentes) para atuarem no sagrado exercício do magistério, naquelas infelizes plagas onde perduram o drama do analfabetismo e mandam os prefeitos sem preparo cívico e moral, que nada fazem para reduzir os altos índices de evasão escolar no curso fundamental das poucas escolas sob sua jurisdição.

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Nesse sentido, o preclaro e admirável Professor Aluísio tem debatido à exausão de suas forças e combatido vigorosamente, não o afã em se criarem diversas escolas por todas as partes, o que a priori seria louvável, mas o fato de se esquecerem de investir, com seriedade, no ensino básico e preferirem a prática lamentável de se instalar – no interior do estado – tantas escolas de nível superior, desses cursos improvisados, funcionando precariamente em rede física desestruturada, sem planejamento pedagógico, sem um ideal apoio logístico, desprovida de corpo docente adequado, sem qualquer programa de acompanhamento, produzindo assim os formandos sem base suficiente de aprendizagem, por não cumprirem a carga horária em regime presencial em sala de aula, ali "bacharelando", pois, profissionais incompletos, sem as mínimas condições de ministrar uma simples aula, pois não aprenderam redigir corretamente nem mesmo um bilhete, derivando desse quadro a perigosa inoculação, nas classes menos favorecidas (sempre os mais carentes, os mais afetados!) do virus avassalador do falso eruditismo (doutorismo e bacharelismo), com os negativos reflexos em nossos brios e o consequente prejuízo na avaliação externa de nossa cultura, quando esses pseudo-professores, ou pseudo-professoras, vítimas destas espeluncas, saem daqueles antros brandindo seus "deplomas" de pedagogia, adquiridos "a nível superior", para assumirem "cátedras" até mesmo em faculdades similares, desta forma propagando o nível de seu saber embrutecido, ou seja, irradiando imbecilidade institucionalizada, no ridículo da sua grosseria e no analfabetismo funcional.
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Estão aqueles indigitados empresários do ensino enchendo suas burras à custa dos desavisados, utilizando-se deste engodo perigoso, praticando este tipo de assalto contra todos, nos sentidos material e moral, inclusive assacando diretamente aos pobres desses alunos que frequentam esses arremedos de faculdade, pois na condição de cidadãos de bem, em sua maioria movidos pela esperança e pela boa fé, está esta simples gente gastando sua sofrida economia, pensando estar investindo no futuro, sempre na iludida expectativa de aprender, pois o bom propósito deles, primeiro é o de aprender; mas, o que lá aprendem, não é o saber acadêmico, pois não logram de ali receber as tão esperadas luzes da ciência, pelo contrário, recebem sim as lições de malandragem, que é o ato vil de se burlarem as leis, de tapearem a sociedade e o de se permitirem servir como "mulas", neste lamentável crime continuado.
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O mais interessante, porém, do que vejo em toda esta hercúlea e comovente batalha, encetada pelo nobre professor Aluisio, que visa tão-somente o bem do Ensino Público, primeiramente é o descaso que tem demonstrado o Governo de Minas Gerais, (que é do PSDB, partido que tem o seu democrático apoio) em não dar ouvidos aos apelos de seus argumentos, tão preocupantes e bem fundamentados, ainda mais quando se sabe que, por força da Lei Maior, somente o Conselho Nacional de Educação tem prerrogativas para reconhecer instituições privadas; em segundo lugar, vem o fato de que a maior parte das escolar superiores – toda irregulares – que foram autorizadas pelo Estado, continuam em pleno funcionamento e abrindo suas ramificações até em escolas rurais; em terceiro lugar – mas que em ordem de absurdo deveria ser a primeira – é a curiosa constatação de que todos esses cursos denunciados são de escolas controladas pela UNIPAC, tradicional indústria particular sediada em Barbacena e de propriedade do Deputado Bonifácio Andrada, velho e matreiro político que faz parte de uma FAMÍLIA NOBILIÁRQUICA, clã famosa que vem mandando e desmandando na administração dessa república e deste país, desde a época do Império e que em Minas tem parentes estrategicamente encastelados nos principais órgãos governativos.

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Bem ... confesso que já não estou entendendo quase nada ou, estando escrevendo sem o saber, já esteja também assimilando diferente tudo aquilo que os escritos querem dizer, pois tenho lido que o presidente dessa academia seja membro efetivo (ou sócio?) daqueles ditos empreendimentos "educacionais", o que não duvido, baseado em fatos que não fogem nem mesmo à simples observação de qualquer leigo ou analfabeto que mora em uma das pequenas cidades onde a UNIPAC atua, como as muitas que existem lá nos sofridos e expoliados vales do Jequitinhonha e Mucuri.


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Outra curiosidade está relacionada a outro fato: como é que pode um falecido resolver escrever suas "memórias póstumas" depois de quase 100 anos de abduzido, com a finalidade de pedir aos "desafetos" que o deixem em paz?

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Lendo o tal livro que me caiu às mãos, pelo bom e amigo livreiro Amadeu Rossi, nesse opúsculo não visualizei relatos - que são públicos na terra do Fanado - cuja omissão me leva a acreditar que o biografado, considerando-se que no gênero de memórias, ainda que póstumas, os fatos devam ser relatadas com sinceridade e sem subterfúgios como soe ocorrer com os escritores fidedignos; foi através de uma atenta leitura desse bissexto autopanegírio, escrito pelas mãos de seu neto, o ex-senador biônico Badaró, que cheguei à conclusão que o livro deixa o defunto muito a desejar quanto ao seu expresso desejo de se imortalizar como político sério e homem de escol, como o contradiz as declarações de alguns escritores famosos que foram contemporâneos do antigo ministro, a não ser que no próximo capítulo, nesse admirável esforço encomiástico do seu sucessor de glórias, seja publicada, na íntegra, toda sua biografia, nos detalhes, principalmente com referência àqueles verificados durante a nobre (o) missão, lá na Itália, que resultou no seu retorno (digamos assim, ab-rupto e compulsório) ao Brasil, deixando para traz todo o esplendor do cargo de Ministro Plenipotenciário junto ao Estado do Vaticano.

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"Note Bene": Apenas para registrar, a Academia Mineira de Letras, que está completando o centenário, foi fundada lá em Juiz de Fora, pertinho de Barbacena, duas importantes cidades da zona da mata mineira onde a UNIPAC impera soberana e lucrativa no mercado do ensino, lançando a cada semestre suas prodigiosas safras de bacharéis e mestres de todas as ciências, no mesmo nível daqueles que também produzem suas filiais espalhadas por quase 200 município do interior e grotões do nosso Estado.

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Finalmente, vejo que o incansável Mestre e Professor Aluisio, que é um homem digno, bom e respeitável, sendo um acadêmico que faz jus e está a merecer uma vaga na ABL, aparece-me no meio de todos estes personagens não menos merecedores de imortalidade, mesmo que seja em nível paroquiano, pois afinal todas as academias, curiosamente, abrigam figuras exponenciais de várias feições, quilates e tendências, havendo nesta aqui de BH ainda três vagas a serem preenchidas, sendo que uma delas, certamente, será reivindicada pelo Deputado Federal Edmar Moreira, que é, a exemplo dos Andradas, tambem um nobre representante daquela fantástica e agora folclórica região, tendo como argumento à sua admissão, a sua obra que ficou imortalizada como "Conto de Vigário Poético no Castelo Monalisa"; uma outra vaga, seria disputada pelo Deputado Federal Juvenil Alves, defendida com base em sua competência em transitar (ou seria transgredir?) impunemente pelos labirintos sombrios do TRE (especialidade em que se rivaliza com o presidente da Casa); e a terceira vaga, talvez vá para o auditor do T.C.E., Dr. Édson Arges, outro brilhante advogado, sutilmente arranchado pelos amigos no "Castelo Ruy Barbosa", pelo tanto que tem contribuído com suas boas letras, através da comovente divulgação da obra imortal de Manoel Bandeira, demonstrando sua preferência por "Pasárgada", cujo título - poético, sonoro e sugestivo, em homenagem à sua turma (ou seria bando?), igualmente está sendo batizado aquele Museu de Minas Novas, localizado no histórico prédio conhecido como "Sobradão".

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Como se sabe, há pouco tempo esse prédio de Minas Novas (foto), considerado o "arranha-céus" mais antigo de Minas - uma construção mais que bicentenária - foi novamente inaugurado solenemente (inclusive com a honrosa presença do Governador Aécio) pelo ex-prefeito da cidade (que logo depois se renunciou do cargo para dele não ser cassado pelo povo da cidade) e, finalmente, vai ser ocupado depois de tanto tempo servir "apenasmente"como palco iluminado dos fantasmas de uma família, também eternamente governativa, do ramo genealógico dos Carranos (ou o gentílico mais adequado seria "Marranos"?), egressos do Piranga, que descem daquelas fraudas mal-cheirosas e vertem no Paraibuna ou poluem, uma minoria desgarrada, as águas - antes tão cristalinas e salutíferas - do nosso hoje tão maltratado FANADO.

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geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

PEDRO MORAIS ESTÁ BOMBANDO PELO BRASIL!


ESTÁ NA IMPRENSA NACIONAL: "Pedro Morais agora é POP"

Como é bom para nós, fanadeiros, sentirmos este prazer imenso de ter um conterrâneo fazendo sucesso pelo Brasil afora, como tem sido o caso de PEDRO MORAIS. Eu, particularmente, sinto a maior felicidade do mundo e um orgulho indiscritível quando vejo o nosso Pedro Morais assumir um palco com toda aquela competência musical que, a cada dia, credencia-0 como um artista da melhor qualidade, que encanta a todos com suas canções e já se faz conhecido pelas platéias mais exigentes.

Músico mineiro está gravando mais um disco e conta com a produção de Chico Neves:

VEJA REPORTAGEM COMPLETA NO JORNAL HOJE EM DIA (da data de hoje)

Desde a última semana de janeiro, o músico e compositor mineiro Pedro Morais está gravando seu segundo disco no Rio de Janeiro. O proceso deve terminar ainda esta semana.

E o trabalho promete: quem está à frente da produção musical é Chico Neves, um dos principais nomes da música pop brasileira nos últimos anos. Foi ele o responsável por “Bloco do eu sozinho” dos Los Hermanos, “Labo B lado A, de “O Rappa”, “Maquinarama” e “Carrossel” (Skank), “Hey Na Na” (Paralamas do Sucesso), “Disco Paralelo” (Ludov), entre vários outros sucessos de crítica e vendas. Além disso, Neves assinou a trilha sonora da minissérie global “Capitu” e do filme “Eu, Tu, Eles, ao lado de Gilberto Gil.
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“O artista trilha novos caminhos e abraça a oportunidade muito especial para gravar o próximo disco, mas não abre mão do jeito ‘molecão de ser’ ....”
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Cantor e compositor, dono de uma voz privilegiada, de timbre incomum, Pedro Morais é uma das grandes promessas da música brasileira. Músico desde os sete anos e ganhador de diversos festivais, lançou em 2005 seu primeiro CD. Pedro se destaca na cena da MPB de Minas Gerais com um repertório próprio composto de canções densas e cativantes, resultando em mais de 100 apresentações anuais por todo o Estado.Natural de Belo Horizonte (MG), Pedro Morais, mudou-se aos 2 anos de idade para a cidade de Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha. Aos sete anos, começou a executar seus primeiros acordes ao violão, incentivado pelos pais. Pouco tempo depois, já familiarizado com um segundo instrumento, o bandolim, passou a freqüentar rodas de chorinho e samba-canção, se tornando o mais novo bandolinista do Vale do Jequitinhonha. Nessa época, começou a acompanhar seus pais, Vânia Morais e Dalton Magalhães, em festivais regionais, se habituando aos palcos. Aos 14, retomou o interesse maior pelo violão e passou a fazer apresentações solo. Posteriormente, já em Belo Horizonte, Pedro integrou uma banda de MPB e Rock, o que veio a contribuir para seu amadurecimento artístico-musical.Em 1999, Pedro Morais fatura o prêmio de melhor intérprete do16.º Festival da Canção de Turmalina – Festur – com uma música de sua própria autoria. Em 2003 gravar seu primeiro demo. Neste mesmo ano, se apresentou no projeto “Na hora do rush” e foi o vencedor do 22° Festival de Música do Vale do Jequitinhonha (FESTIVALE).No ano seguinte, participou como convidado do projeto “Viva a praça – cantores do BDMG cultural” e foi um dos vencedores do Conexão Telemig Celular 2004 – Novos Talentos na Música Mineira, participando do CD do projeto com as músicas “Minha Loucura” e “Muito Mais”. Esta última, com a participação especial de Marina Machado.Em 2005 Pedro grava o seu primeiro CD, homônimo, produzido “a quatro mãos” pelo baiano Luiz Brasil e o mineiro Flávio Henrique. O CD, com 12 faixas, 11 autorais e uma gravação à capela de “O Mestre Sala dos Mares”, de João Bosco e Aldir Blanc, contando com a participação de grandes instrumentistas brasileiros como Alberto Continentino (Baixo), Egler Bruno (Guitarras) Lincon Cheib(Bateria), Luiz Brasil (Violões), Paulo Calazans (Teclado), Ricardo Fiúza (Piano e Teclado) e a participação internacional do sueco Stephan Kurmann (Baixo Acústico), dentre outros.


Disco de Pedro Morais, de 2005 e que continua fazendo muito sucesso:

1. De Cada Lado2. Terra Blue3. Gente do Ocidente4. E Acabou!5. E o Que For já é6. No Ciclo7. Pedro Vai...8. Cada Vez Mais Perto9. Quase Não10. Tantas Notícias11. Minha Loucura12. O Mestre Sala dos Mares

ACESSE:
http://www.lastfm.com.br/music/Pedro+Morais/+videos/+1-aELkoH2p1a4

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

INCRÍVEL PERFORMANCE DE UM LEIGO. 2. MANIA DE ESCREVER, JEITO DE ENTENDER ...

Cada doido tem sua mania. Isto já afirmava minha bisavó Dadá, do alto de sua sabedoria de quem com muita razão chegou com saúde à beira do centenário e que, apesar de nada ter escrito no decorrer de sua santa existência, até porque era analfabeta, graças a Deus, deixou-me muitas lições e memórias, que ela guardara de seu tempo e de sua gente, as quais ela me transmitia na sua simples oralidade, em razão do fato de que, por achar-me digno de sua graça e confiança, tornou-me o seu predileto interlocutor e principal ouvinte, possibilitando-me a ventura de não deixar que, nos tempos hodiernos (como diria o mestre Cleomar Machado), se percam algumas passagens de nossa história que, a meu jeito, na medida de minhas possibilidades e dos pequenos recursos, procuro reduzir nestas memórias que deixo através deste BLOG.



Confesso que a maior parte dessas "baboseiras", antes de trasladá-las para os arquivos virtuais do computador, eu já as rabisquei nos borradores e babilaques, ou seja, cópias de segurança no original, que vou acumulando em arquivos físicos, tudo bem catalogado e em ordem alfabética, o que, também, constituindo-se em provas documentais, pode caracterizar sinais evidentes de minha doidice, loucura ou demência.



E é assim que, enquanto vou escrevendo minhas patacoadas, que é minha compulsão, mania, ou extravagância (como afirmam os daqui de casa!) quem quiser ler os meus escritos que os leia – democraticamente - e aqueles que o não desejarem ou acharem trabalhoso ou inútil acessar, via do meu blog, eu posso asseverar-lhes de que não me estão concedendo qualquer favor, causando-me prejuízos de qualquer natureza e nem mesmo haverão de causar-me desgosto, pois olhe que nem mesmo vou ficar sabendo suas razões em me desprezar, a não ser sobre aqueles que de fato forem mais à toa, ou caridosos, ou sinceros, ou ciosos da perfeição, ou assumidos como paladinos da boa escrita e/ou da correção gramatical, se assim dignarem de apontar-me onde esteja eu em conflito com a técnica da prosódia, da morfologia, da ortoépia, da sintaxe ou dessa atual ortografia da literatura nacional, estes aos quais acatarei de muito bom grado e admiração.



Digo tudo isto, justificando-me perante alguns leitores que me dão a honra do feedback, para renovar o meu desejo de sempre buscar o acerto, o escrever com o máximo de correção, o não ser prolixo, o redigir com coesão e objetividade, o ser jovial e respeitoso com as pessoas de bem mas voltando a informar, como já afirmei, que por mais firme o esforço, enorme o compromisso de acertar - maior em mim é a carência das letras, que infelizmente são poucas.



Peço a todos, portanto, a bondade e o raio da caridade (como dizia outro mestre, o meu padrinho Gentil Rei), reiterando-lhes, a todos esses bons amigos, o meu sincero pedido de me ajudarem a aprender a escrever, corrigindo-me sempre que for preciso, mandando-me críticas e aconselhamentos, além de suas lições, novos textos e relatos interessantes, pela simples razão de que não consigo ficar um só minuto sem praticar este vício, esse defeito terrível que de mim se apoderou, que é difícil de ser curado estando eu nesta altura de minha vida, pois se sabe que todo vício é uma doença, mesmo diante da experiência de quem já tenha conseguido se livrar de tantos outros, como o de fumar (cigarros caretas!) e o de beber cachaça (apenas as cotreias!), graves costumes dos quais ninguém, no devido tempo e vis-à-vis, me censurava.



Depois que contraí esse novo vício, substituindo os demais, garanto-lhe que, quando estou escrevendo, não tenho fome, não me incomoda o barulho das ruas ou o avanço das horas e confesso que o meu maior prazer é colocar no papel, ou no blog, tudo que me vem à cabeça em formato de ideias sobre gentes e coisas, desde que o que eu escreva não prejudique as pessoas, seus direitos e seus interesses ou, se for preciso, meu pensamento tenha que se transformar em veneno perigoso e vá atingir os brios ou a sensibilidade de quem não presta, neste caso assumindo a responsabilidade e a firmeza de quem sabe o que está sendo escrito. É bem verdade que faço o maior esforço para escrever direitinho, tudo de acordo com o que manda o Livrinho de Seu Ulisses Guimarães, também o da Santa Madre Igreja (conforme aprendi no catecismo de Seu Levy Maria de São Geraldo) e, principalmente, com o que restou do beabá que aprendi lá no Zé Bento, nas inesquecíveis lições da minha saudosa mestra Dona Maria Lopes, esses mestres alígeros, amigos que o Santo Deus os tenha, e os conserve todos eles, como seus eternos discípulos em sua Divina Glória, Assim Seja! Amém...



E olhe que este exercício se torna cada vez mais difícil para mim, que em termos de escolaridade, tive a ventura de me ilustrar tão-somente até o grau do ginásio do Dr. Agostinho da Silva Silveira, o insubstituível Dr. Funcho, naquele tempo em que se aprendiam, entre tantas sabedorias - hoje descartadas, por superadas e supérfluas - apenas inutilidades como a História Geral (do Souto Maior e do Prof. Álvaro Freire) das Religiões (de Tabajara Pedroso e do Mestre José Gomes da Silva), dos Rudimentos do Latim (de Pvblius Pompilius e do Prof. Urias Sena), além da prática de boas maneiras e generalidades no exemplo de mestras da têmpera de Dona Myriam e Dona Elisinha Borges, cujos modelos, pela perfeição e raridade, já não se usam mais em nossas modernas escolas. (Deo Gratias?).



Contudo, mesmo que hoje o próprio computador me ajude, no adjutório tecnológico, mecanizado ou eletrônico, que é esse incrível sistema de revisão automática de nossa bela gramática, é quase certo que, contrariando a mídia, a lógica e a minha própria vontade, muita agressão ao vernáculo eu venha cometendo, involuntariamente, durante toda essa arriscada empreitada que resolvi assumir, que é a de editar um BLOG, enfrentando com ele todos os riscos, ônus, críticas e incompreensões, que são motivações mundanas. Garanto, porém, que nunca tive a pretensão de ser ghost-writer, copy-desk, jornalista, escritor, poeta, lexicólogo, gramático, contista, noveleiro ou qualquer outro tipo de escriba a não ser justamente o exercício deste múnus, qual seja o cumprimento de uma grave tarefa que me foi conferida por aqueles mestres, aos quais obedeço fielmente, renovando-me a cada postagem como titular efetivo de resenhas fanadeiras ou, se preferirem, como "escrevente não-juramentado dos causos que me vêm à telha" e, neste mister, ofício ou desiderato, dou-me muito por satisfeito.



Obrigado e até amanhã!



geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


MENSAGEM A UM AMIGO


Não sou economista, comunista, dentista ou naturalista:

sou tão-somente um simples contista

e, como tal, é que conto o meu ponto de vista.



Tenho lido sobre a Teoria da Evolução e tenho chegado à conclusão realística

de que o Mestre Darwin, assim como este escriba simplista,

apesar de nada provarmos quanto à razão de nossas ideias esquisitas,

termos algumas afinidades e sonhos de idealistas:



Uma seria a compulsão da escrita

E vivermos tanto, até perderem os anos de vistas

A outra seria a de gostar de animais e suas conquistas



Pois, se ainda estivesse vivo, o velho cientista,

estaria com 200 anos e teria socorrido da morte, como alquimista,

a sua mascote que somente veio a falecer há pouco, como os autistas.



Ele tinha em casa essa tartaruga, que viveu tanto e foi capa de revistas,

igualmente tenho uma em minha casa, parece-me uma artista:

Que é dócil, inteligente, esperta, verdinha e com algumas listras.


E que atende pelo nome de Evolucionista.




Nestes tempos em que a força da ciência direciona todos os holofotes da sabedoria humana sobre as divagações sustentadas há 200 anos pela genialidade de um cientista de barbas longas, deslumbrado com suas próprias idéias e com o que ele próprio era incapaz de compreender, devemos continuar observando o vôo das águias, admirar o deslizar dos tubarões e das baleias pelas profundezas ainda insondáveis do oceano e prestarmos muita atenção no olhar invejoso das potências terrenas em direção da infinitude incomensurável que se inicia logo ali no nosso satélite doméstico, o qual ainda não tivemos a capacidade de sondar, vasculhar e conhecer, mesmo que superficialmente, de onde as nossas dúvidas e indagações começam e jamais haverão de chegar até um ponto inimaginável e portanto inatingível para as nossas mais avançadas e modernas tecnologias?
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Admiro, como ninguém, o pensamento científico e os esforços da ciência no sentido de decifrar a existência da vida e a encontrar a chave de muitos segredos que existem nestas nebulosas, estrelas e galáxias mas estou convencido de que, por mais que nelas descobrirem os nossos grandes sábios e os mais dedicados estudiosos da terra, muito pouco haverão todos de avançar, em termos de conhecimento, em direção à grandeza infinita dos cosmos e da eterna indagação de nossa origem como um simples átomo ou uma poeira estelar.
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E confesso, porém, a minha ignorância diante desse cenário de existencialismo, materialismo, evolucionismo, maniqueísmo e outros ismos que pouco me interessam e não escondo o meu bizarro comodismo em ficar observando, boquiaberto, as belezas do mundo e da natureza, preferindo situar-me bem rente ao chão em que piso, no aconchego das minhas pequenas ilusões, buscando ocupar-me apenas em admirar esses esforços – que aliás merecem aplausos e incentivos – pois reconheço que deles resultam benefícios que a humanidade vai colecionando, pois a maior parte das descobertas, sendo utilizadas com critério e justiça, resultam sempre no crescimento da raça humana na convivência das adversidades no interior de uma cápsula, ou limitada nave, chamada terra, este minúsculo planeta que nem luz própria tem, mas que inexoravelmente gira em torno de uma estrela de maior grandeza cuja potencia, sem sombras de dúvida, é apenas um átimo da energia central e geradora de todos os demais elementos visíveis e invisíveis, tangíveis e intangíveis que de tão longe espreitam nossas cabeças ou podem, simplesmente, desconsiderarem nossa minúscula e desprezível existência dentro deste contexto que julgamos estar inseridos.
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Creio, sim, na existência de Deus e sinto Sua presença na Verdade Absoluta que é a sua essência, como me fortaleço na crença de que sou parte DELE, por mais ínfima e insignificante que seja a minha dimensão, interagindo dentro desta engrenagem e me esforçando para cumprir uma missão, que a mim me foi confiada, de levar o meu bastão, resolutamente, lançando-me na senda deste formidável processo criativo, dinâmico sim, mas que não tem qualquer possibilidade de ser apenas uma evolução ou algo adaptável às circunstâncias aleatórias e não programadas segundo um planejamento sofisticado cujo mapa, desenhado no DNA de qualquer criatura, já se revela insondável em si mesmo.
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Do contrário, sabedor de minhas intransponíveis barreiras e limitações de toda ordem, como poderia me arvorar de entender e explicar a existência de cada coisa, cada objeto, cada partícula, cada piscar de um olho, cada pulsar de uma vida, cada grito de dor ou de alegria? E como explicar a força do amor de nossas esposas, da amizade de um Eugênio e de tantos conterrâneos, da esperança em vermos livres o nosso Povo de Minas Novas, da preocupação sempre constante de cuidar de nossos filhos?
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E como haveria de entender as nossas reações diante do por do sol, do perfume de uma flor, do nascimento de uma netinha, da poesia de Neruda, do drible de um Garrincha nas imagens de um MP4 ou do passe malandro do sambista na tela de cristal líquido, ou ainda do marulhar da Cachoeira das Almas, lá no nosso sagrado Rio Fanado, que luta para sobreviver, ou ainda das mensagens pouco utilizadas, hoje em dia, de Sheakspeare ou de um Oscar Wide, assim como o encantamento que se apodera de nossa alma ao embalo de uma canção de Roberto Carlos em sua emocionante homenagem à Mãe do Criador, numa demonstração de fé , da qual eu tanto compartilho?
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Em que pese o "axé", os "rap's", os "pagodes", as "mulheres melancia", os "faustões dos domingões", os "castelos de Edmar", os "renans", os sarneys" e os "é o tchan", contento-me em viver e admirar a vida e em agradecer ao nosso Deus por tanta tolerância, paciência, confiança e misericória!
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Agradecendo-lhe, de coração sincero, as lindas mensagens que me foram hoje enviadas, escolhi as constantes do arquivo anexo, para retribuir-lhe a agradável lembrança e consideração.

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LALAU.
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23-02-2009





DISTRITO DE BAIXA QUENTE - MUN. DE MINAS NOVAS

Vamos louvar o progresso que aos poucos vai-se transformando em realidade e procurar entender, para jamais aceitar como definitivos esses fatos negativos e continuarmos reféns e omissos diante deles, rechaçando energicamente as atitudes que determinaram os entraves ao desenvolvimento de MINAS NOVAS e região.

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Os inimigos do Presidente LULA, principalmente neste momento em que se movimentam os profissionais do voto, encastelados em benesses do governo estadual e que comparecem em colunas de um jornal mafioso, querem eles creditar aos políticos caroneiros e oportunistas o mérito de programas que, não podemos aceitar, sejam usados para confundir o sentimento do povo e desvirtuar o verdadeiro caráter de seriedade e compromisso político, a exemplo do PAC e dos objetivos de criação de amplas oportunidades de resgate das regiões mais desassistidas do país, para o atingimento da definitiva inclusão social das classes menos favorecidas e de realização da cidadania para aqueles que nunca as experimentaram no passado.
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BAIXA QUENTE é um dos quatro distritos de Minas Novas, sendo o que concentra, em relação à totalidade do município, a maior área de terras de ótima qualidade, com imensas faixas de várzeas e tabuleiros irrigáveis localizados ao longo do Rio Setúbal, bem como a existência de uma rede de pequenas propriedades rurais distribuídas pela região de seus afluentes que são os ribeirões "Sítio", "Palmital", "Córrego do Ouro" e "Córrego Indaiá". Estas características lhe conferem a condição de ser considerado o "celeiro" da região, realidade que se reflete na admirável produção agropecuária dessas glebas ali localizadas, que têm como mercado consumidor todas as comunidades vizinhas, além dos mercados da sede municipal, e também os das cidades de Capelinha e Turmalina, cujas feiras semanais demandam a comercialização da grande variedade de produtos rurais vindos da região de Baixa Quente. É bem verdade que a produtividade já foi bem mais expressiva economicamente, na época em que havia a facilidade de melhor escoamento das safras, o que se verificava através da Estrada de Ferro Bahia--Minas, quando o destino da produção seguia até outros centros consumidores como Araçuaí e Teófilo Otoni, via da estação-férrea que existia na vizinha localidade de Engenheiro Schnnor, que há mais de 50 anos foi desativada.


--- Vista parcial de BAIXA QUENTE, distrito de Minas Novas ---

Com o passar do tempo e o esvaziamento do meio rural provocado pelo êxodo e a migração, as atividades foram diminuindo e grande parte das terras, antes destinadas ao manejo pecuário, ao cultivo do feijão, milho, fumo, alho, cebola, marmelo e laranja – que se constituíam em sólidas bases econômicas da atividade rural do município -- hoje estão ocupadas pelo eucalipto ou se constituem áreas de reservas adquiridas por especuladores, empreiteiros, intermediários ou “laranjas” das empresas de reflorestamento, cujas extensas propriedades estão fadadas a serem anexadas aos projetos desta predatória monocultura atualmente disseminada quase que na totalidade do velho município que era sediado pela histórica Vila do Fanado.

Faço este histórico apenas como uma maneira de demonstrar o quanto foram desastrosas as administrações municipais que se sucederam, naquela época, sob a orientação política dos Badarós, que não defenderam os interesses maiores do povo e dos municípios por eles liderados, de vez que, com a força eleitoral que estes detinham, não só no município de Minas Novas mas, de resto, em todas as demais comunidades e cidades que compõem os vales do Jequitinhonha e Mucuri, nada fizeram esses deputados carreiristas e parasitas, no sentido de evitar a criminosa desativação daqueles trilhos, locomotivas e vagões que eram o único meio de transporte a garantir o pleno desenvolvimento de toda esta vastíssima área do Estado de Minas Gerais. O domínio político dessa família, aliás, que atravessou quase que todo o século 20 explorando o feudo como um curral eleitoral, só deixou como marca registrada o atraso econômico, o analfabetismo, o desemprego, a agressão ao meio ambiente e, no meio de tantas mazelas, o agravamento da saúde dos habitantes, tanto pela questão psicológica em decorrência do abandono sofrido, quanto pela carência de meios garantidores do saneamento básico para diminuir os efeitos da verminose, da neurastenia, do raquitismo e das endemias que vêm massacrando gerações deste abandonado “Vale de Lágrimas”

No sentido dessas lamentações, note-se o fato de que, podendo até parecer incrível, ou exagero de minha parte afirmar, mas o que se revela como uma triste realidade é a constatação do estado de calamidade pública e de extrema penúria em que permaneceu o nosso município, por tamanho prazo, pelo menos até a década de 1970, quando, somente para avaliar a triste sina desse povo, eram pouquíssimas as residências da cidade de Minas Novas que se serviam de um simples banheiro (com vaso, pia e chuveiro) pois não havia rede de abastecimento adequada para a população, mas um precário serviço de captação de água bruta, diretamente do Rio Fanado, que era bombeada por um motor a gasolina, mantido pela prefeitura e que beneficiava exclusivamente uma dezena de privilegiados escolhidos pelo prefeito, que aguavam hortas e pomares, enquanto o restante do povo buscava água nos córregos e rios da redondeza, em potes e em bimbarras no lombo de jumentos, e nem mesmo sabia o que seria de fato uma privada sanitária. A própria residência dos Badarós, onde existia um único vaso sanitário de uso exclusivo destinado ao dono da casa (os demais membros da família sempre residiam em Teófilo Otoni ou em Belo Horizonte) nas raras oportunidades em que ele, o chefe da política local, estivesse na cidade em que era o respeitado mandachuva (morubixaba), sendo que a “residência senhorial” veio a ter uma “sala de banhos” completa a partir da reforma que ali foi feita no ano de 1980, assim mesmo com recursos públicos disponibilizados pelo IPHAN, que se encarregou de fazer ali algumas adaptações, preparando aquele velho casarão -- que era a Pousada do Inconfidente Domingos de Abreu Vieira -- com a finalidade de receber a visita do Presidente da República à cidade de Minas Novas, quando ali esteve o ditador João Batista Figueiredo, por ocasião das comemorações dos Duzentos e Cinqüenta Anos da Vila do Fanado. E foi, também, em razão deste evento que a cidade recebeu a atenção do governo estadual para outros problemas graves que ali existiam, para não ficar desconfortável perante a opinião pública, vendo-se na obrigação de introduzir, a toque de caixas, os benefícios da COPASA e da CEMIG, além da tapeação de um serviço telefônico monocanal (sem ligações interurbanas) que só foi melhorado, tempos depois, pela pressão exercida por parte da direção do Banco do Brasil que necessitava, para tornar possível o funcionamento de sua agência instalada no município, de suporte mais sofisticado na área de telecomunicações e, para isto, liderou campanha para implantação de uma estação própria com apenas 100 aparelhos urbanos vendidos a clientes.

Pois bem, de 1980 até hoje são transcorridos 28 anos, sendo que neste lapso de tempo houve um notável progresso na cidade de Minas Novas, o que só se tornou possível com a queda do poder dos Badarós, no período em que foi o município administrado por prefeitos eleitos pela oposição. Entretanto, não se sabendo exatamente as motivações que o animaram, o ex-senador biônico Murilo Badaró implantou na cidade, já em pleno século 21, toda uma rica e bem urdida estrutura que o permitiu voltar ao cenário político e, usando de todos os recursos ilegítimos sob o prisma da decência, da moralidade cidadã e dos postulados da lei eleitoral, logrou êxito em seu projeto de reassumir o mando político, elegendo-se para o cargo de prefeito, no ano de 2004, ficando no poder municipal exatamente pelo prazo de dois anos, por força de liminares judiciais, no meio de várias denúncias de improbidade administrativa, abuso de poder, corrupção e outros desmandos que culminaram em uma CPI instaurada na Câmara de Vereadores e que resultou na sua vexatória renúncia ao cargo, às vésperas do Natal de 2006, justamente na metade de seu mandado, deixando a cidade entregue ao caos e à baderna generalizada que na prefeitura foi instalada pelos seus correligionários e apaniguados.

Além de Baixa Quente, o município de Minas Novas tem ainda os distritos de Cruzinha, Lagoa Grande e Ribeirão da Folha , os quais, até bem pouco tempo, eram apenas simples povoados, comunidades paupérrimas desprovidas de qualquer infraestrutura urbana, o que só vieram conhecer, justamente pela ação administrativa dos prefeitos que governaram independentes da orientação badarônica, apesar de que muitos benefícios não puderam ser realizados em todo o município, além dos muitos que foram possíveis de conseguir com o máximo de sacrifício, por nunca ter sido realizado um planejamento de médio e longo prazo, com programas factíveis e orçamentos detalhados, com vistas a possibilitar a realização de obras, dentro de um plano-piloto e com a garantia de recursos suficientes, em razão dos fatores como incompetência, descuido, omissão ou mesmo pelo desencanto e desilusão a que eram acometidos aqueles pobres alcaides que se entregavam ao capricho do coronelismo e eram manipulados pelos Badarós como simples bonecos articulados, feitos de pano, sujeitos tradicionalmente ao ridículo e ao deboche.


Felizmente agora, graças aos benefícios previstos pelo P.A.C. (PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO) do Governo LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, que tem como objetivo atender a todas as comunidades carentes localizadas nos vales do Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus, pelo menos o Distrito de BAIXA QUENTE finalmente será atendido, nos próximos dias, com os benefícios do saneamento básico que serão ali implantados graças ao convênio assinado com a COPANOR (subsidiária da COPASA para atender a parte mais pobre do Estado), cujos recursos já foram liberados e anunciados pelo governador Aécio Neves,

Segundo a COPASA será construído um cinturão sanitário em toda zona urbana do povoado, de forma a captar o esgotamento sanitário dos banheiros e lavanderias (vide foto da unidade padrão) a serem instaladas nos próximos dias nas residências daquela localidade, cujo projeto será o primeiro de uma série de outros melhoramentos idênticos a serem implementados nos demais distritos e povoados do município de Minas Novas. Desta forma, serão recuperadas as margens dos rios, suas matas ciliares e o rigoroso tratamento sanitário de todos os efluentes domiciliares.


geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/

sábado, 21 de fevereiro de 2009

ARTE PICTÓRICA DOS FANADEIROS

"A Fuga da Sagrada Família para o Egito"
Cenas bíblicas pintadas no altar-mor da Igreja de São José - Minas Novas

"A Visita de Maria a sua prima Izabel"




Arte pictórica
-Pintura-
Quadro de Genesco Murta,
Artista famoso nascido em Minas Novas


A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a uma superfície, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.
Em um sentido mais específico, é a
arte de pintar uma superfície, tais como papel, tela, ou uma parede (pintura mural ou de afrescos). A pintura a óleo é considerada por muitos como um dos suportes artísticos tradicionais mais importantes; muitas das obras de arte mais importantes do mundo, tais como a Mona Lisa, são pinturas a óleo.
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Diferencia-se do
desenho pelo uso dos pigmentos líquidos e do uso constante da cor, enquanto aquele apropria-se principalmente de materiais secos. No entanto, há controvérsias sobre essa definição de pintura. Com a variedade de experiências entre diferentes meios e o uso da tecnologia digital, a idéia de que pintura não precisa se limitar à aplicação do "pigmento em forma líquida". Atualmente o conceito de pintura pode ser ampliado para a representação visual através das cores. Mesmo assim, a definição tradicional de pintura não deve ser ignorada.
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COR

O elemento fundamental da pintura é a
cor. A relação formal entre as massas coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura fundamental, guiando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros. Estas relações estão implícitas na maior parte das obras da História da Arte e sua explicitação foi uma bandeira dos pintores abstratos. A cor é considerada por muitos como a base da imagem.

-História


A pintura acompanha o ser humano por toda a sua história. Ainda que durante o período grego clássico não tenha se desenvolvido tanto quanto a escultura, a Pintura foi uma das principais formas de representação dos povos medievais, do Renascimento até o século XX.

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Mas é a partir do
século XIX com o crescimento da técnica de reprodução de imagens, graças à Revolução Industrial, que a pintura de cavalete perde o espaço que tinha no mercado. Até então a gravura era a única forma de reprodução de imagens, trabalho muitas vezes realizado por pintores. Mas com o surgimento da fotografia, a função principal da pintura de cavalete, a representação de imagens, enfrenta uma competição difícil. Essa é, de certa maneira, a crise da imagem única e o apogeu de reprodução em massa.
]
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No século XX a pintura de cavalete se mantém através da difusão da
galeria de arte. Mas a técnica da pintura continua a ser valorizada por vários tipos de designers (ilustradores, estilistas, etc.), especialmente na publicidade. Várias formas de reprodução técnica surgem nesse século, como o vídeo e diversos avanços na produção gráfica. A longo do século XX vários artistas experimentam com a pintura e a fotografia, criando colagens e gravuras, artistas como os dadaístas e os membros do pop art, só para mencionar alguns. Mas é com o advento da computação gráfica que a técnica da pintura se une completamente à fotografia.

A imagem digital, por ser composta por pixeis, é um suporte em que se pode misturar as técnicas de pintura, desenho, escultura (3d) e fotografia.
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A partir da revolução da
arte moderna e das novas tecnologias, os pintores adaptaram técnicas tradicionais ou as abandonaram , criando novas formas de representação e expressão visual.Pintura figurativa e abstrata

Quando o artista pretende reproduzir em seu quadro uma
realidade que lhe é familiar, como sua realidade natural e sensível ou sua realidade interna, a pintura é essencialmente a representação pictórica de um tema: é uma pintura figurativa. O tema pode ser uma paisagem (natural ou imaginada), uma natureza morta, uma cena mitológica ou cotidiana, mas independente disto a pintura manifestar-se-á como um conjunto de cores e luz. Esta foi praticamente a única abordagem dada ao problema em toda a arte ocidental até meados do início do século XX.

-A partir das pesquisas de Paul Cézanne, os artistas começaram a perceber que era possível lidar com realidades que não necessariamente as externas, dialogando com características dos elementos que são próprios da pintura, como a cor, a luz e o desenho. Com o aprofundamento destas pesquisas, Wassily Kandinsky chegou à abstração total em 1917.

A pintura abstrata não procura retratar objetos ou paisagens, pois está inserida em uma realidade própria.
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A abstração pode ser, porém, construída, manifestando-se em uma realidade concreta porém artificial. Esta foi a abordagem dos
construtivistas e de movimentos similares. Já os expressionistas abstratos, como Jackson Pollock, não construíam a realidade, mas encontravam-na ao acaso. Este tipo de pintura abstrata resulta diametralmente oposta à primeira: enquanto aquela busca uma certa racionalidade e expressa apenas as relações estéticas do quadro, esta é normalmente caótica e expressa o instinto e sensações do artista quando da pintura da obra.Técnica


Diversos tipos diferentes de tintas

As pinturas antigas, inclusive os famosos afrescos da "Renascensa", foram executadas com tintas preparadas pelos próprios artistas que sabiam tirar da natureza os pigmentos com os quais trabalhava, a partir de minerais, vegetais e componentes de origem animal.

Toda Pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.

A escolha dos materiais e técnica adequadas está diretamente ligada ao resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizadas.

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O suporte mais comum é a
tela (normalmente feita com um tecido tensionado sobre um chassis de madeira), embora durante a Idade Média e o Renascimento o afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas).
Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. O papel é suporte comum para a aquarela e o guache, e eventualmente para a tinta acrílica.
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As técnicas mais conhecidas são: a
pintura a óleo, a tinta acrílica, o guache, a aquarela, a caseína, a resina alquídica, o afresco, a encáustica e a têmpera de ovo. É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados com o desenho.

-Gêneros

Natureza morta
Retrato e auto-retrato
Pintura de género
Paisagem
Ícone

Nota - Alguns dados, até aqui utilizados, foram consulados na Wikipedia, via internet

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TEMOS, neste blog, o compromisso precípuo de divulgar a cultura minas-novense, na totalidade de suas manifestações: folclóricas, tradicionais, artesanais, artísticas e todas as outras que se resumem numa única vertente que é a que se denomina de cultural. Partimos do princípio de que a CULTURA de um povo se mede pela qualidade da produção intelectual, nos diversos segmentos, dentro de determinados grupos no meio de uma comunidade. Nesse sentido, temos, desde o início de nossas atividades blogueiras, abordado com maior ênfase a produção literária dos fanadeiros, o que, pela sua amplitude e importância, muito tem ainda a ser analisada e divulgada, de vez que são muitos os literatos que Minas Novas tem a glória de ser berço natal, a exemplo de Álvaro Freire, Rosarinha Coelho, Branco di Fátima, Glac César Coura, Irene Barbosa, Jason Henrique, Jesse Mota, Dr. Arlindo de Castro Maciel, João Raimundo Abreu, Domingos Teodolindo Mota, José Transfiguração de Figueiredo, Flora Pinheiro, José Mota Santos, Murilo Badaró, Geraldo Henrique da Conceição, Nazinha Figueiró, Betinha Machado, Santinha Coelho, Conceição Mota Coelho, Miriam Célia Chagas de Abreu, Magdália Vieira, Dr. Geraldo Coelho de Jesus, Aristides Camargos, Amarildo Sena, Geninha Borges, José Coelho Júnior, Carlos Mota, Márcia Cristina Mota Andrade e Vieira, Cel. João Eugênio Coelho e tantos outros, para ficarmos apenas com os amantes das letras que estão na “ativa”, deixando para depois falarmos daqueles que já partiram, com suas inspirações, para outras dimensões ao encontro da Glória Eterna.

Assim sendo, alternando os enfoques que pretendemos encetar, vamos hoje destacar a ARTE PICTÓRICA FANADEIRA.

Em Minas Novas temos belíssimas pinturas em poder de particulares ou sob a guarda milagrosa dos altares de velhas igrejas católicas, em retábulos, em paredes e forros, cujos autores continuam ignorados, fato que representa uma lacuna imensa em nossa história que não soube ou não teve o devido interesse de registrar e documentar com o cuidado que este acervo requer ainda para ser pesquisado e catalogado, falha que é imperdoável mas que em nada diminui, porém, o valor intrínseco dessa produção artística pelo que ela representa de mais importante para a valorização de nossa cultura no cenário da Arte Sacra que o grande historiador, médico, fotógrafo e antropólogo EDUARDO ETZEL (*), mui sabiamente, denominou de “Berço da Arte Brasileira”.

 
Para adentrarmos neste emaranhado de cores, luzes, traços e encantamentos, fizemos acima um preâmbulo, em “retrospectiva” sobre o assunto a ser abordado, dando algumas pinceladas iniciais que se fazem necessárias na identificação dessa atividade artística, numa visão universal, para desaguarmos, agora no singelo, curioso mas tão intrigante acervo que deveria representar o orgulho maior de nosso povo de Minas Novas e merecer de nossas lideranças empresarias, políticas e governativas a atenção como objeto de incalculável valor para a implantação de um projeto cultural de porte, o que inscreveria a cidade no circuito turístico nacional, pois se trata de um rico filão a ser explorado nestes tempos que se apresentam tão favoráveis na expectativa econômica dessa potencial indústria sem chaminés.


Nada mais didático e convincente do que imagens, pois estas valem muito mais que as palavras, escritas ou faladas, como diriam os mais experientes. Vamos, pois, recorrer a alguns registros que temos em nossos arquivos, que dizem respeito às produções pictóricas de conterrâneos, muitos deles sitiados na berlinda do descaso e do desamparo ou mesmo ignorados como agentes de um ofício que precisa e deve ser URGENTEMENTE colocado na pauta das nossas prioridades comunitárias.



Este significativo conjunto artístico carece de ser recuperada a sua originalidade, agredido que foi pela intervensão insana de leigos e pela falta de cultura de algumas lideranças retrógradas.
Pintura datada de mais de 300 anos, em uma tabuleta de cedro que, até pouco tempo ficava displicentemente jogada – de qualquer jeito – pelos cantos da Igreja de São Gonçalo do Amarante, a primeira capela edificada na Vila do Fanado, que chegou a ser utilizada, durante certo tempo, como curtume e depósito de restos de açougue de um funcionário da Prefeitura Municipal de Minas Novas.



Primorosa pintura (deteriorada pela ação do tempo e em razão do descaso das autoridades locais) da nave central da Igreja do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas.





Deixando-se de lado, não da forma que se caracteriza a omissão das “otoridades” da cidade de Minas Novas, mas apenas para abrir espaço às demais manifestações artísticas deste segmento cultural, vamos homenagear os artistas que se esforçaram, e ainda se esforçam, de maneira dolorosa e admirável, para fazer brotar seus sentimentos como frutos de suas privilegiadas imaginações, suas crenças e inspirações que nascem no coração e se revelam na plasticidade que é a própria imitação da natureza e da maravilhosa criação divina.





FIGURAS MINASNOVENSES QUE SE DESTACAM NA

ARTE PICTÓRICA


GENESCO LAGES MURTA

Genesco Murta – Óleo s/ tela 32 X 45


1885 – MINAS NOVAS - MG - 28 de março // 1967 - Belo Horizonte MG - 7 de janeiro
Formação
1912/1914 - Paris (França) - Freqüenta a Académie de la Grande Chaumiére e a Académie Colarossi, em Montparnasse, na qual estuda com Mauricet, Reynold, Charles Guérin e Bernard Naudin
1914/1915 - Espanha - Estágio
1922/1924 - Munique (Alemanha) - Estuda na Academia Hoffman
Cronologia
Pintor, desenhista, caricaturista, professor
s.d. - Rio de Janeiro RJ - Executa mural no Palácio Tiradentes, antiga sede da Câmara dos Deputados
1919 - Belo Horizonte MG - Muda-se definitivamente para Belo Horizonte, desgostoso com Ouro Preto.
1915 - Belo Horizonte MG - Cria escola noturna de desenho, escultura e gravura, com o gravador Luís de Soto

1918/1921 - Rio de Janeiro RJ - Conhece Eliseu Visconti e Cândido Portinari; dedica-se a pintar a antiga capital federal, sobretudo o Morro do Castelo
1925 /1926 - Belo Horizonte MG - Realiza uma série de murais na Escola Maternal Mello Viana, em colaboração com F. Rocha
1928/1936 - Minas Gerais - Realiza viagens por cidades mineiras, executando murais em edifícios, pinta paisagens e retratos


1928/1936 - Uberaba MG - Leciona na Escola Normal de Uberaba, dedica-se à atividade literária e publica contos e ensaios no suplemento dominical do jornal Folha de Minas
1930c. - Belo Horizonte MG - Executa mural no Tribunal Regional Eleitoral

-Vitrais do Hotel do Barreiro de Araxá - Obra de Genesco Murta-
1942/1944 - Araxá MG - Executa mural no Grande Hotel do Barreiro
1950 - Belo Horizonte MG - Realiza os murais Cavalos, Siderurgia e O Bateador, na agência central do Banco Lavoura (Ed. Banlavoura – Praça Sete)
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Referencias críticas sobre a arte e alusões à figura do artista -
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Murta, Genesco (1885 - 1967) - "Genesco Murta é um homem que a arte tornou solitário. O próprio sentimento das coisas, as cores cinzas que encheram desde cedo os painéis de sua alma e uma rude incapacidade de aceitar o mundo - tudo isso e mais venenos do cotidiano compuseram um marginal, às vezes manso como um ingênuo caipira e comumente áspero como um leão frustrado. Não é literária a interpretação desse pintor tipicamente mineiro, cujo feitio permanece inalterável, apesar de intensamente escovado pelos hábitos parisienses e pelos refinamentos das civilizações européias. É um sertanejo inconverso, contra o qual nada puderam as mais belas sutilezas do pensamento e da cultura. Ele mesmo se diz um xavante, dando ao epíteto toda a riqueza semântica." –
José Calasans
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PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Apresentação de Antônio Houaiss. Textos de Mário Barata et al. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.
"A meu ver, para Genesco Murta o modernismo chegou até o impressionismo e a sua significação estava na liberação do claro escuro, ou seja, o arejamento da superfície, na inconstância da cor. Para Genesco a pintura não poderá furtar-se do contato obrigatório com a natureza e mesmo entendendo ele que o artista não deve copiá-la, acredita que ela é condição vital para a sua existência. De qualquer maneira em alguns de seus principais quadros, a cor libertou-se de tal modo: os verdes e amarelos nas paisagens de mar e a pincelada era lançada mais ousadamente sem muita preocupação de fidelidade e menos preconcebidamente; um óleo de Sílvio de Vasconcelos retratando dois barcos; que os resultados foram animadores, e bastam para justificá-lo como um de nossos grandes artistas. "
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Frederico Morais
Diário de Minas, 2 de setembro de 1959. In MURTA, Genesco. Genesco Murta. Belo Horizonte : Serviço de Documentação das Artes - UFMG, 1973. p. 20
"No dizer de Marcio Sampaio, 'seu pontilhismo sensível era considerado, nas décadas de 20 e 30 como modernismo, e ele foi um dos artistas que, nessa época, deram uma contribuição mais positiva para a arte mineira, embora não tenha tido seguidores'. Artista de bons recursos expressivos, (...) representou em Minas Gerais um elo de licitação entre a pintura tradicional, com base no século XIX,e as novas tendências em ebulição no cenário artístico nacional no imediato pós-guerra de 1914-18."
José Roberto Teixeira Leite


GENESCO MURTA nasceu em Minas Novas (em 28-03-1885, no distrito de Chapada).
Na sua juventude foi pedreiro, pintor de paredes e caixeiro-viajante de negociante da cidade de Minas Novas. De sua terra natal saiu na companhia de um padre, que o adotou como ajudante de serviços gerais, seguindo para Ouro Preto de lá estudar na Europa onde desenvolveu sua arte. Depois de instalada a nova capital, na sua fase áurea de expansão urbana, nas décadas de 1920-40, em Belo Horizonte foi o responsável pelas pinturas e afrescos em várias igrejas, entre elas a de Sagrado Coração de Jesus (Av. Alfredo Balena) que foi edificada pelos herdeiros da família Sales, egressa de Minas Novas, proprietários da Casa Comercial Sales, que ainda existe estabelecida no ramo de Armas, Munições, Utensílios de Casa, Caça e Pesca, firma da qual foi preposto (ou empreiteiro de obras) durante algum tempo. Seu trabalho profissional pode ser admirado em diversos pontos da cidade, como nos painéis decorativos de prédios históricos da Praça da Liberdade, onde funcionaram as Secretarias da Fazenda, Viação e Obras Públicas, Interior e Justiça, na Secretaria da Indústria e Comércio (Praça da Rodoviária), sendo também autor das pinturas que existiam na entrada da antiga Feira de Amostras (já demolida para dar lugar ao atual terminal rodoviário) e as que existem no Grande Hotel do Barreiro, na cidade de Araxá.
Galeria “Genesco Murta” do Palácio das Artes – BH

Pouco menor que a Grande Galeria, mas com a mesma excelência de instalação, a Galeria Genesco Murta cumpre importante papel no fomento das artes plásticas em Minas Gerais, abrindo freqüentemente o seu espaço para novos talentos. Versátil, pode incorporar a contígua Sala Arlinda Corrêa Lima, aumentando sobremaneira o espaço de exposição..
Vista principal do Palácio das Artes, em Belo Horizone (MG)
Como se vê, Minas Novas é o berço natal de um dos mais importantes artistas plásticos do país, que foi lembrado pelo Mestre GUIGNARD (Alberto da Veiga Guignard -Nova Friburgo, 25 de fevereiro de 1896Belo Horizonte, 25 de junho de 1962) – seu malungo – para participar de mostras internacionais e que tem sua memória permanentemente homenageada, de vez que empresta o seu nome à
Galeria “Genesco Murta” do Palácio das Artes em Belo Horizonte, uma das mais completas e austeras casa de cultura de todo o país.
NIL CAMARGOS

Também na imensidão da “Paulicéia Desvairada”, no convívio com uma das sociedades mais ricas, complexas e admiradas em todo o mundo, ali reside, trabalha e ensina a sua arte um gênio da pintura moderna, nascido na Beira do Fanado, cujo nome sequer é conhecido pelos seus mais ilustrados conterrâneos, o que não faz dele um artista anônimo, mas do contrário, um dos mais festejados e valorizados artistas da atualidade, atuante nas mais ecléticas rodas culturais do mundo da arte plástica.

Artista exclusivo da GALERIA ACRILEX em São Paulo


É considerável e encantadora a arte deste minas-novense cuja produção tem destaque nas mais concorridas galerias do pais, fazendo parte de catálogos apreciados no mundo inteiro:

IPÊ ROXO
 NIL CAMARGOS


Natural de Minas Novas (MG), Nil Camargos nasceu em 1969 e mudou-se, ainda criança, para São Paulo. Iniciou sua carreira artística aos 12 anos de idade, quando freqüentou aulas de desenho com o Professor Wlamir Braguion e, mais tarde, pintura com a Professora Lourdes Prado e algumas vivências com o artista Atílio. Neste período dedicou-se a adquirir conhecimentos e fundamentos das diversas técnicas de pintura.Camargos admira a técnica de trabalhar com as cores vibrantes e desde o início vem se aprimorando e pesquisando novas técnicas pra deixar sua marca pessoal, usando assim a técnica mista de pincel e espátula. Ele se auto-intitula um “pintor versátil” mas tem preferências pelos temas Marinha, Paisagens, Casarios de Paraty e Cidades Históricas.Além disso, nosso “Artista em Destaque” diz dar especial atenção aos seus alunos. “Minha inspiração maior é a arte e por isso procuro ensinar cada detalhe que é solicitado, fazendo com que o próprio aluno execute a pintura sob minha orientação, pois é desta forma aprenderá a minha técnica”. Nil Camargos ministra aulas de pintura em São Bernardo do Campo e é um artista patrocinado pela Acrilex, com quem já participou de vários eventos como a HobbyArt 2003, Feira Escolar, entre outros.Também já teve obras expostas em diversos shoppings de São Paulo, galerias de arte e participou de especiais em revistas do segmento.



LUIZ GONZAGA RIBEIRO DOS SANTOS

Mesmo nos dias de hoje, na escuridão de sua cegueira física e no recolhimento de seu lar, tateia os seus antigos pincéis este grande artista popular, quase que indigente se não fosse a assistência carinhosa e humana de sua esposa Ritinha, pois se encontra relegado ao esquecimento dos ingratos conterrâneos. Santeiro de grande inspiração, desde criança esculpia imagens sacras, para o espanto de seu pai que o iniciou nas artes da pintura. Este é o minas-novense LUIZ DE BRÁS, um fenômeno de artista popular cuja produção, da melhor qualidade, a visão de seus olhos – agora opacos -- e a imensa inspiração de sua alma deixou consignada nas paredes de muitas casas e nos altares consagrados a muitos santos milagrosos de nossas ermidas rurais, a exemplo das que se podem admirar em São Sebastião do Indaiá de Baixa Quente, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Gouveia Fanadense e na belíssima igrejinha de Ribeirão da Folha.

LUIZ GONZAGA GOMES LEITE

Outro ícone da capacidade produtiva, favorecida pela mais expressiva inspiração e desenvolvida pelo bom gosto e técnica pictórica, foi o saudoso Mestre Luiz Gonzaga Gomes Leite que, além de outros valores, merece figurar no panteão minas-novense de seus filhos mais ilustres e ser homenageado com o seu nome no frontispício de um museu que o povo deveria exigir que se organizasse na cidade em sua memória. Sua obra é imensa e deveria ser mostrada ao público pelos familiares, muitos deles que herdaram não só o considerável patrimônio por ele deixado, mas também o dom artístico – mas que muito pouco são valorizados no contexto atual de nosso município – a exemplo de filho e sucessor Inocêncio Leite (INÔ) cuja competência e acurada sensibilidade precisa ser resgatada e colocada a serviço da cultura de nossa juventude.

Da obra de Luiz Leite, algumas peças ficam expostas no gabinete do Sr. Prefeito Municipal, muito embora devessem estar no lugar certo e ideal que seria aonde o povo possa ver e admirar, bem de perto, não num espaço inadequado pela sua frieza e inacessibilidade.

INOCÊNCIO NEPOMUCENO LEITE

Da lavra de Inocêncio Leite temos em nossa casa, em lugar de destaque na sala de visitas, um pequeno quadro (*) que minha esposa arrematou na mesa de um leilão da festa do Rosário, já há algum tempo, sendo esta peça requisitada, quase sempre, para as eventuais mostras de artistas mineiros que acontecem no circuito cultural desta capital mineira, nas quais faço o maior empenho de exibir algumas preciosidades, a exemplo desta, que tenho em meu poder e que foram adquiridas – com muito sacrifício – durante os 20 anos que estive lotado na agencia do Banco do Brasil daquela cidade.

Óleo sobre tela (OST) - 28 X 18 - Inocêncio Leite
(*) Uma antiga residência colonial, dos arredores de Carbonita.
Tenho no meu acervo outras preciosidades de artistas anônimos da região, cujas peças conservo com o maior carinho pois representam “meu patrimônio particular”, que eu, por diversas oportunidades, as adquiri nos finais dos leilões, em lotes pouco disputados.

MARIA FLOR DE MAIO MOTA CRISTIANISMO


Uma artista, da maior importância como referência das artes plásticas praticadas em Minas Novas, sem dúvida alguma é a minha prima FLORINHA, muito pouco compreendida e valorizada pelos conterrâneos, cuja obra já é bastante conhecida em várias capitais do Brasil, inclusive em Brasília-DF, onde tive a grata oportunidade de observar a aceitação comercial de sua produção artística que, neste sentido, carece de orientação especializada, encaminhamento e maior apoio de vez que, pelas suas características, requer muito mais investimentos que as demais modalidades da arte plástica.
Dela, entre muitos outros exemplares do meu baú, escolhi as seguintes amostras:

FLORINHA - “O que seria do vermelho se não fosse o AZUL?” – Lápis-cera sobre papelão –




FLORINHA - “O Sol dourado brilha, mas uma hora queima” – Lápis-cêra s/ papel cartão.

 

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  • ARTE SACRA - BERÇO DA ARTE BRASILEIRA (EDUARDO ETZEL)
  • AS FORÇAS MORAIS - (José Ingenieros)
  • CONTOS - (Voltaire)
  • DICIONÁRIO DE FANADÊS - Carlos Mota
  • DOM QUIXOTE DE LA MANCHA - (Cervantes)
  • ESPLÊNDIDOS FRUTOS DE UMA BANDEIRA VENTUROSA - (Demósthenes César Jr./ Waldemar Cesar Santos)
  • EU E MARILYN MONROE & O OUTRO- CARLOS MOTA
  • FRAGMETOS - (Glac Coura)
  • HISTÓRIAS DA TERRA MINEIRA - (Prof. Carlos Góes)
  • http://www.strategosaristides.com/2010/12/cronicas-do-mato.html
  • IDAS E VINDAS - (Rosarinha Coelho)
  • MOSÁICO - (Glac Coura)
  • O CAMINHANTE - (José Transfiguração Figueirêdo)
  • O DIA EM QUE O CAPETA DESCEU NA CIDADE DE MINAS NOVAS - (João Grilo do Meio do Fanado)
  • O MITO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - (Celso Furtado)
  • O NOME DA ROSA - (Umberto Eco)
  • O PRÍNCIPE - (Maquiavel)
  • O SEGREDO É SER FELIZ - ROBERTO SHINYASHIKI

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