Livro eterniza histórias do centenário Colégio ArnaldoPublicação, que será lançada na segunda-feira, traz depoimentos de ex-alunos e fatos que marcaram a trajetória de instituição de ensino que completou 100 anos
Publicação: 23/05/2014 11:57 Atualização: 23/05/2014 12:35
Fachada do Colégio do Arnaldo: instituição é patrimônio educacional e cultural de BH |
Para comemorar os 100 anos de uma das mais tradicionais instituições de ensino de Belo Horizonte, será lançado na segunda-feira (26) o livro "Colégio Arnaldo 100 anos – Patrimônio educacional e cultura", que traz a história da escola ricamente ilustrada, além de apresentar textos e depoimentos. Localizado em um dos pontos mais tradicionais da cidade, o prédio começou a ser construído em 1914 e foi concluído em 1935.
Organizada pelo ex-aluno e advogado João Guilherme Porto, a publicação conta histórias interessantes sobre o prédio, que há um século começou a ser construído graças aos padres verbitas. Entre elas, está o relatório feito durante a Primeira Guerra Mundial, que ilustra a desconfiança, tão típica dos mineiros, contra os padres alemães, justamente em 1917, quando o Brasil declarou guerra contra a Alemanha.
O documento, feito pelo então secretário do interior Cícero Ferreira, aponta certa suspeita sobre a forte consistência da construção, apontando-a como de "solidez exagerada ali onde não se costuma exigi-la". O episódio deu origem a um dos mais interessantes mitos da então jovem capital de Minas. Em determinado trecho, o inspetor diz estar convencido de que casos colocados quatro pequenos canhões nos topam das torres da instituição, Belo Horizonte poderia ser "basicamente arrasada". O que se tratava de uma suspeita exagerada rapidamente se transformou em verdade ao ser contata e recontada pelos belo-horizontinos. O episódio chegou a provocar o fechamento temporário da escola.
O livro também ilustra a dedicação ao conhecimento apresentada pelo Colégio Arnaldo. As fotos dos antigos laboratórios de química e física, assim como o acervo do Museu de Mineralogia, mostram a importância dada pela instituição aos estudos das ciências.
Outro fato marcante abordado na obra é a entrada de mulheres na instituição na década de 60. Restrito a homens, o colégio passou aceitar estudantes do sexo feminino, que despertaram interesse pela carreira de cunho científico.
Entre as comemorações do centenário do Colégio Arnaldo está a entrega da restauração da fachada do prédio, que volta a ter a cor original da construção, em tom mais bege.
Ex-alunos
O tradicional colégio foi responsável por formar alunos que acabaram por se tornar pessoas ilustres nacionalmente. Nesta lista figuram os escritores João Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade - que dá nome à biblioteca da escola -, os músicos Fernando Brant e Toninho Horta, além dos médicos Ivo Pitanguy e Hilton Rocha.
Serviço
O lançamento do livro será realizado segunda-feira (26), às 19h30, no próprio colégio, na Praça João Pessoa, 200, no bairro Santa Efigênia, Leste de BH.
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