terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

PRIMEIRA MENSAGEM DO BLOG DO LALAU

Esta é a primeira página do blog do Lalau!

Não tenho ainda muita noção de como isto funcionará, ou melhor, sei o que desejo -- que é escrever e transmitir as minhas idéias -- mas não estou certo de que, sozinho, possa dar conta de executar esse trabalho seguindo apenas as orientações que for descobrindo "navegando" pela internet.

O problema que de imediato vejo é o meu costume antigo de viajar por estradas, guiando o meu carro, enquanto que agora a viagem que estou iniciando será através de janelas virtuais, em um veículo estático.

Tudo isso prá mim é coisa nova mas creio que, mesmo com as limitações técnicas, será esta viagem muito útil e agradável e assim vou me esforçar para chegar lá adiante, aprendendo sempre, utilizando deste moderno meio de comunicação.

Fico feliz pois finalmente poderei publicar alguma coisa que de há muito que desejava, mas vinha tentando fazê-lo através de jornais ou até mesmo de um livro, nada que fosse lá coisa muito primorosa ou importante, pois nunca tive e não terei quaisquer pretensões literárias, contudo humildemente espero que tenham alguma serventia para não deixar que certos temas sejam sepultados no esquecimento coletivo.

Quero antes de começar esta jornada, deixar bem claro que, além das citadas limitações técnicas, existirão os percalços e os tropeços que espero não inviabilizem o bom entendimento deste projeto, levando-se em conta o fato de saber-me quase analfabeto de pai, mãe e parteira.

Nessas condições publicar um livro seria complicado, pois depois de impresso um texto, este se torna definitivo. Pelo blog, ao contrário, sempre haverá a possibiliade de revisões e correções, mesmo durante o percurso da viagem, eliminado eventuais digressões e as prováveis agressões vernaculares que, na medida em que forem sendo observadas pelo leitor, espero que este se digne de denunciá-las, via deste mesmo BLOG, de vez que, com esta contribuição, desejo o aperfeiçoamento literário.

Sendo assim, as janelas se apresentam como providenciais mesmo sendo na condição virtual, pois aqui se abrem para socorrer-me e possibilar a minha aventura pela seara antes exclusiva dos intelectuais, que tanto admiro e invejo.

A vida passa, o tempo passa, a viagem passa. E como diria o grande Poeta: "Eta vida besta, meu Deus!" (*)

A própria história da humanidade, quando a observamos através da memória, são janelas que se vão abrindo, muitas delas que até mesmo ficaram fechadas durante muitos anos por falta da curiosidade de alguém chegar-se até elas para lhe descerrar as trancas. E janelas não foram imaginadas para ficarem fechadas. A função primordial delas será sempre a de permitir a ventilação, a oxigenação e, muito mais que isto, deixar que entrem luz e calor nos ambientes sombrios, eliminando os fungos, as bactérias e demais elementos nocivos que gostam da escuridão.

Minha finalidade não será outra senão a de colocar pra fora, através dessas janelas, umas ideias que tenho a respeito de projetos relacionados a Minas Novas e região, buscando sensibilizar conterrâneos e amigos daquele lugar a se engajarem numa campanha de libertação daquele marasmo, daquela inércia, para não dizer daquele lamentável atraso em que se encontra o nosso município em relação às demais regiões do Estado de Minas Gerais.

Muitas e muitas janelas estarão à nossa espera para que sejam abertas. Mas as portas também são muito importantes e devem estar posicionadas, de preferência, ladeadas por muitas janelas através das quais possam entrar os raios do sol da manhã e as bênçãos da Natureza.

Portas imensas com centenas de janelas -- como as que existem no Sobradão de Minas Novas -- porém, continuarão sem muito sentido, principalmente se as nossas construções seguirem no mau exemplo daquele velho ícone arquitetônico, tão imponente e bonito, mas que tem atravessado séculos como um espigão oco, desocupado, ocioso e cheio de fantasmas.

Vamos abrir as nossas portas e janelas, deixando entrar luz, espantar fantasmas e micróbios, mas deixando-as livres para entrarem os espíritos desarmados e, mais ainda, aqueles que forem portadores de bons flúidos, desejos e de muitas boas propostas.

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No último dia 10 de janeiro foi o aniversário do meu grande amigo MANOEL RAMIRO, data em que completou 102 anos de idade!

Convidado para a festa, fui até à casa dele, onde mora com vários companheiros idosos, todos muito cultos e solidários, que comungam do mesmo projeto de resgate dos valores relacionados à cultura afro-brasileira.

O grupo de amigos, com apoio de folcloristas, organizou uma linda comemoração, durante a qual o homenageado nos brindou com a declamação de vários poemas, alguns de sua própria autoria, tendo ele revelado, causando-nos muita emoção, todo o périplo de sua vida pelos diversos lugares em que trabalhou, sempre como fiel colaborador do serviço religioso, uma autêntica saga que está a merecer divulgação, o que me propuz a fazê-lo, naturalmente com a prévia aquiescência dele.

Esse incrível conterrânio -- apesar da idade -- tem uma vitalidade de fazer inveja a muito jovem: não descarta a possibilidade de fazer uma viagem a Minas Novas, tão logo ele tenha essa oportunidade, pois no momento encontra-se envolvido em vários compromissos inadiáveis assumidos com a Fundação Casa do Povo de Ingoma.

Segundo ele, depois de quase 80 anos distante é bem provável que não vá encontrar lá muita coisa que tenha restado do seu tempo de rapaz. Muito saudosista e sonhador, guarda consigo velhos recortes de jornais daquela época, tendo também algumas fotos antigas, dentre elas uma da década de 1940 que lhe fora enviada pelo seu amigo e admirador, o saudoso jornalista Nenem César, (com o qual manteve intensa correspondência, por algum tempo), retratando o sobradão sendo reformado.

A partir daquela foto (anexo 1, no início desta página) ele montou uma maquete (anexo 2) em papelão, que orgulhosamente enfeita a cabeceira de sua cama ao lado de uma imagem de São Gonçalo do Amarante.

A sua expectativa é a de que, com tanto progresso que espera ver em sua cidade natal, encontre lá muitas construções mais modernas e amplas, como a da foto (anexo 3) de um prédio que ele viu na cidade de Porto (Portugal), em uma de suas viagens à Europa, que consta de um lindo album que ele me mostrou, fotografia interessante que eu a copiei no scanner e que adiante reproduzo.

Fiquei pensativo e para não entristecê-lo ou decepcioná-lo, fiquei calado e nada comentei.
Por enquanto vou ficando por aqui e prometo que vamos ter muito assunto pela frente, agora que tenho a maravilhosa assistência desse grande amigo que, por feliz acaso, pouco antes do seu aniversário, encontrei durante uma festividade promovida pela UFMG em homenagem a seus antigos colaboradores, inclusive ao nosso ilustre minasnovense a quem, a partir de agora, vamos conhecer, respeitar e dele ter justificado motivo de orgulharmos.

2 comentários:

- disse...

Meu grande amigo Lalau... Suas palavras são sempre bem vindas e recebidas com carinho e admiração. Sem dúvidas você é um grande pensador e escritor da nossa terrinha. O Fanado tem filhos com essa luz. Seu blog tá bacana. Estou lendo os textos! abraços

Fabio Mota disse...

Lalau, parabéns pelo Blog. Serei um leitor assíduo.

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