COLEÇÕES DE SELOS, GIBIS, POSTAIS, ESTAMPAS DE SANTOS E CROMOS (FIGURINHAS)

Nos meus tempos de menino, quando não havia televisão e nem se imaginava algo como a INTERNET, a maior parte dos brinquedos era fruto da nossa criatividade e improvisação, a não ser o velocípede, a bola de borracha, as bolinhas de gude e as poucas publicações (catálogos da Hermes, etc) que chegavam pelos Correios. Guardo ainda, desse tempo e com muito carinho - algumas coleções incompletas por descuido ou desmazelo - verdadeiras relíquias, como os livretos de literatura de cordel, cartilhas escolares e gibis (revistas) do "Coyote", do "Fantasma", do "Capitão Marvell, dos "Sobrinhos do Capitão", de "Mandrake" e muitas outras. 


Às vezes me surpreendo, nos eventuais "seiris", desfazendo-me de algum álbum - que logo volta ao arquivo - sendo que alguns estão completos e bem conservados como o da Copa do Mundo de 1958, que se completou, a pouco, com as figurinhas correspondentes a Castilho (goleiro reserva de Gilmar), de Djalma Santos e de Zózimo - que as encontrei, por acaso, além de muitas outras em duplicidade, dentro de um exemplar antigo de revistas "Seleções" recentemente adquirida na Livraria do Amadeu, no qual esses cromos ficaram incólumes como marcadores de páginas. Foi um feliz achado, de algo que nem mesmo estava procurando, impulsionando-me à retomada de outras coleções que, até então, ficaram paradas no tempo e no espaço, por esquecimento, por falta de motivação ou, principalmente, por ter "saído de moda". 


E é assim que está em andamento um árduo trabalho de garimpo em sebos, junto de amigos e conhecidos que também são aficionados, com o objetivo de restaurar um album de selos e estampilhas, um de postais em P & B, um de flâmulas de clubes de futebol, um de calendários antigos, um de  estampas de santos e um outro de gibis, os quais, depois de completados, deverão ser colocados à disposição de algum museu, de preferência localizado na minha cidade natal ou, como acredito que lá não haverá quem se interesse por estas "baboseiras", haverei de encaminhá-los ao Memorial da Melhor Época, em organização, na cidade de PATO BRANCO. 


Resultado dessa mania de guardar "papeis velhos", encontrei no meio das relíquias que me foram presenteadas pelo meu saudoso "padrinho" Zé de Araújo, um livretinho (brochura de papel jornal, editado por uma gráfica sem nome, na BH da década de 1920) - inteiramente preservado - contendo os primeiros "CHROMOS" de Abílio Barreto, um poeta diamantinense que foi pioneiro de Belo Horizonte, cuja obra é pouco conhecida até mesmo no MHAB, onde não encontrei qualquer exemplar (ou mesmo referência) dessa preciosidade. 


Estou pesquisando o assunto e talvez dê um bom encaminhamento a este achado. Quem estiver interessado, entre em contado através do e-mail casadorabico@yahoo.com.br fazendo menção a esta postagem.