quarta-feira, 2 de abril de 2014

PÃO E CIRCO


Panem et circenses

 

Panem et circenses [ludos] é a forma acusativa da expressão latina panis et circenses [ludi], que significa "pão e jogos circenses", mais popularmente citada como pão e circo. Esta foi uma política criada pelos antigos romanos, que previa o provimento de comida e diversão ao povo, com o objetivo de diminuir a insatisfação popular contra os governantes.


Em uma visão mais tradicional, a expressão serviu para expressar que os romanos viviam em meio a espetáculos sangrentos, como os combates entre gladiadores, que eram promovidos nos anfiteatros para divertir a população; além disso, pão era distribuído gratuitamente para a população. 


A produção historiográfica mais recente tem relativizado esta visão tradicional .


O custo desta política foi enorme, causando elevação de impostos e sufocando a economia do Império.

A frase teria sua origem nas Sátiras de Juvenal, mais precisamente na décima (Sátira X, 77–81):

iam pridem, ex quo suffragia nulli uendimus, effudit curas; nam qui dabat olim imperium, fasces, legiones, omnia, nunc se continet atque duas tantum res anxius optat, panem et circenses.

 Panem et circenses

 http://sergioaperon.com.br/wp-content/uploads/2011/02/Vespasiano_3.jpg



Celebre frase do imperador romano Vespasiano, cujo nome completo era Tito Flávio Sabino Vespasiano – em latim Titus Flavius Vespasianus, ocupou o trono romano no ano de 69 .d.c e proclamado imperador por suas tropas ainda em Alexandria, sucedeu Nero e foi mentor da construção do Coliseum. Disse ele:

- “Pão e circo para o povo”.

Pior que o imperador era o povo, que se submetia a isso e gostava!

Qual a diferença da Roma antiga, a capital do mundo e os dias atuais? 

O senado romano era hipócrita e corrupto. O que dizer do nosso? 

Nossa atual política  nos permite infinitas comparações.

- Nos faz pensar que, salvo raros casos, ainda somos romanos dos tempos de Vespasiano.

Dai pão e circo para o povo

Francisco B. Dias

Recebi uma carta, que está circulando em todos os templos da instituição milenar que se chama Maçonaria. Essa carta também anda circulando pela Internet, portanto não é revelação de segredo, como são tratados os assuntos na maçonaria. Seu teor diz muito dos dias em que vivemos. A Maçonaria dificilmente divulga publicamente ações que silenciosamente desenvolve. Essa carta revela o momento, talvez, mais difícil de nossa história. De acordo com a respeitável Instituição, o povo está sendo mantido na ignorância e sustentado por um esquema que alimenta com migalhas a miséria gerada por essa mesma ignorância. A tirania mudou sua face. "Já não encontramos os tiranos do passado, que com sua brutalidade aniquilavam as cabeças pensantes, cortando o pescoço. Os tiranos de hoje são diferentes, saqueiem a Pátria e degolam as cabeças de outra forma. A tirania se mostra pela corrupção que impera em todos os níveis". O documento salienta que nos dias de hoje "encontramos mais viva do nunca as palavras do Imperador Romano Vespasiano quando na construção do Grande Coliseu disse: "DAI PÃO E CIRCO PARA POVO". Esse grande circo acontece todos os dias diante de nossos olhos, especialmente sob a influência da televisão, que dá ao povo essa fartura de "pão" e de "circo". Quando pensamos que a fartura acaba, surgem mais opções. Vemos a todo o instante a Pátria sendo saqueada para a construção de monumentais estádios de futebol, atualmente chamados de arenas, nos moldes do que era o Coliseu. Enquanto isso os hospitais estão arruinados, caindo aos pedaços e os brasileiros morrendo nas filas dos corredores desses hospitais; outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos que se sentem impunes diante de um Estado inoperoso, ineficiente e absolutamente corrompido. Saúde não existe, educação nem se fala, segurança, muito menos. E o mais triste é que o povo mantido na ignorância, é disso que mais gosta. O Coliseu está entre nós. O circo está entre nós. Já o pão, esse vem do bolsa isto, do bolsa aquilo, mantendo o povo dependente do esquema, subtraindo-lhe a dignidade e a capacidade de conquistar melhores condições de vida com base em suas qualidades, em seus méritos, em suas virtudes. Agora, o circo se arma em torno do absurdo colocado à população de que o problema da saúde é culpa dos médicos. Iludem e enganam o povo, pois fazem cair no esquecimento o fato de que o problema da saúde no Brasil é estrutural, pois o cidadão peregrina sem encontrar um lugar digno, nem mesmo parar morrer. A carta também fala sobre a abertura das portas para profissionais médicos estrangeiros, e o repasse de R$ 40 milhões mensais para sustentar um governo falido e tirano, como o cubano; um dinheiro sem controle e sem fiscalização. Os profissionais que de lá vêm, não têm culpa, já que é um povo sem liberdade, sem direito de expressão, escravo da tirania. A Maçonaria que foi a grande responsável por movimentos históricos e por gritos de liberdade em defesa da dignidade do homem por que não ajuda a enfrentar,  como no passado, o arbítrio despótico e cruel do poder central dominador?
Pelo menos a história registra que foi por mãos de Maçons que se deu o grito de Independência do Brasil, da Proclamação da República, da Abolição da Escravatura. Foi pelas mãos de Maçons que se deu o brado da Revolução Farroupilha. E o que está fazendo a Maçonaria de hoje ao ver o circo armado, com a distribuição de um pão arruinado pelo vício que sustenta essa miséria intelectual? A Maçonaria, guardiã da liberdade, da igualdade e da fraternidade, valores que devem imperar entre todos os povos precisa reagir, precisa revitalizar seu grito, seu brado para a libertação do povo. Esse é o seu dever, pois do contrário não passará de semente estéril, jogada na terra apenas para apodrecer e não para germinar. Desencadeemos um movimento de mudança, de inconformismo, fazendo ecoar de forma organizada, democrática e sem violência, segundo os próprios preceitos da Maçonaria: levantar Templos à virtude e de cavar masmorras aos vícios." Esta é uma carta que exige reflexão.
 
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWcqWSOfA-AHK8V2V9mZKKB4k7v6ElaMtRzAfPbF2ioVoJB8RfDU3kJh5LGSKCdxwGGMEZEsvR62hxKqCK_oVeICn1iVQq3nX-5Rh2ltsAi6Bjng4eyuPCqa2-7aonhoYmGFpaDhF1Km0a/s400/mais+um+on.jpg

(Leiam e tirem as suas conclusões: muito atual para o Brasil de hoje)

CARTA DO IMPERADOR VESPASIANO (41 dC)
PARA SEU FILHO TITO (79 dC)

22 de junho de 79 d.C.
 “Tito, meu filho, estou morrendo. Logo eu serei pó e tu, imperador. Espero que os deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas. De minha parte, só o que posso fazer é dar-te um conselho: não pare a construção do Colosseum. Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memória. Alguns senadores o criticarão, dizendo que deveríamos investir em esgotos e escolas. Não dê ouvidos a esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis: numa privada, num banco de escola ou num estádio? - Num estádio, é claro. Será uma imensa propaganda para ti. Ele ficará no coração de Roma por omnia saecula saeculorum, e sempre que o olharem dirão: ‘Estás vendo este colosso? Foi Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou’.
Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão.
‘Moralistas e loucos dirão que mais certo seria
reformar  as velhas arenas. Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas. Vel caeco appareat (Até um cego vê isso). Portanto, deves construir esse estádio em Roma.

Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase:
Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo, pão e circo). Esperarei por ti ao lado de Júpiter”.

PS: Vespasiano morreu no dia seguinte à carta. Tito não inaugurou o Coliseu com um jogo de Copa, mas com cem dias de festa. Tanto o pai quanto o filho foram deificados pelo senado romano.

Assim também a gente de Brasília construiu monumentais estádios em Natal, Cuiabá e Manaus, mesmo que nem haja ludopédio por esses lugares.

Só para você ter uma ideia, o campeonato de Mato Grosso teve média inferior a mil pessoas por partida, e a Arena Pantanal, em Cuiabá, terá capacidade para 43.600 espectadores.

Em Recife haverá um novo estádio, mas todos os grandes clubes já têm o seu. Pior será a arena de Manaus: terá 47 mil lugares e, no campeonato estadual, juntando os 80 jogos, o público total foi de 37.971.

As gentes da Terra Papagalli não ligaram nem mesmo para o exemplo dos sul-africanos, que construíram cinco novos estádios e quatro são deficitários.
O pão e o circo continuam...

...Se quiser testar o caráter de alguém, dê poder a ele. (A.Lincoln).


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