Panem et circenses
Panem et circenses [ludos] é a forma acusativa da expressão latina panis et circenses [ludi], que significa "pão e jogos circenses", mais popularmente citada como pão e circo. Esta foi uma política criada pelos antigos romanos, que previa o provimento de comida e diversão ao povo, com o objetivo de diminuir a insatisfação popular contra os governantes.
Em uma visão mais tradicional, a expressão serviu para expressar que os romanos viviam em meio a espetáculos sangrentos, como os combates entre gladiadores, que eram promovidos nos anfiteatros para divertir a população; além disso, pão era distribuído gratuitamente para a população.
A produção historiográfica mais recente tem relativizado esta visão tradicional .
O custo desta política foi enorme, causando elevação de impostos e sufocando a economia do Império.
… iam pridem, ex quo suffragia nulli uendimus, effudit curas; nam qui dabat olim imperium, fasces, legiones, omnia, nunc se continet atque duas tantum res anxius optat, panem et circenses.
Panem et circenses
Celebre frase do imperador romano Vespasiano, cujo nome completo era Tito Flávio Sabino Vespasiano – em latim Titus Flavius Vespasianus, ocupou o trono romano no ano de 69 .d.c e proclamado imperador por suas tropas ainda em Alexandria, sucedeu Nero e foi mentor da construção do Coliseum. Disse ele:
- “Pão e circo para o povo”.
Pior que o imperador era o povo, que se submetia a isso e gostava!
Qual a diferença da Roma antiga, a capital do mundo e os dias atuais?
O senado romano era hipócrita e corrupto. O que dizer do nosso?
Nossa atual política nos permite infinitas comparações.
- Nos faz pensar que, salvo raros casos, ainda somos romanos dos tempos de Vespasiano.
Dai pão e circo para o povo
Francisco B. DiasRecebi uma carta, que está circulando em todos os templos da instituição milenar que se chama Maçonaria. Essa carta também anda circulando pela Internet, portanto não é revelação de segredo, como são tratados os assuntos na maçonaria. Seu teor diz muito dos dias em que vivemos. A Maçonaria dificilmente divulga publicamente ações que silenciosamente desenvolve. Essa carta revela o momento, talvez, mais difícil de nossa história. De acordo com a respeitável Instituição, o povo está sendo mantido na ignorância e sustentado por um esquema que alimenta com migalhas a miséria gerada por essa mesma ignorância. A tirania mudou sua face. "Já não encontramos os tiranos do passado, que com sua brutalidade aniquilavam as cabeças pensantes, cortando o pescoço. Os tiranos de hoje são diferentes, saqueiem a Pátria e degolam as cabeças de outra forma. A tirania se mostra pela corrupção que impera em todos os níveis". O documento salienta que nos dias de hoje "encontramos mais viva do nunca as palavras do Imperador Romano Vespasiano quando na construção do Grande Coliseu disse: "DAI PÃO E CIRCO PARA POVO". Esse grande circo acontece todos os dias diante de nossos olhos, especialmente sob a influência da televisão, que dá ao povo essa fartura de "pão" e de "circo". Quando pensamos que a fartura acaba, surgem mais opções. Vemos a todo o instante a Pátria sendo saqueada para a construção de monumentais estádios de futebol, atualmente chamados de arenas, nos moldes do que era o Coliseu. Enquanto isso os hospitais estão arruinados, caindo aos pedaços e os brasileiros morrendo nas filas dos corredores desses hospitais; outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos que se sentem impunes diante de um Estado inoperoso, ineficiente e absolutamente corrompido. Saúde não existe, educação nem se fala, segurança, muito menos. E o mais triste é que o povo mantido na ignorância, é disso que mais gosta. O Coliseu está entre nós. O circo está entre nós. Já o pão, esse vem do bolsa isto, do bolsa aquilo, mantendo o povo dependente do esquema, subtraindo-lhe a dignidade e a capacidade de conquistar melhores condições de vida com base em suas qualidades, em seus méritos, em suas virtudes. Agora, o circo se arma em torno do absurdo colocado à população de que o problema da saúde é culpa dos médicos. Iludem e enganam o povo, pois fazem cair no esquecimento o fato de que o problema da saúde no Brasil é estrutural, pois o cidadão peregrina sem encontrar um lugar digno, nem mesmo parar morrer. A carta também fala sobre a abertura das portas para profissionais médicos estrangeiros, e o repasse de R$ 40 milhões mensais para sustentar um governo falido e tirano, como o cubano; um dinheiro sem controle e sem fiscalização. Os profissionais que de lá vêm, não têm culpa, já que é um povo sem liberdade, sem direito de expressão, escravo da tirania. A Maçonaria que foi a grande responsável por movimentos históricos e por gritos de liberdade em defesa da dignidade do homem por que não ajuda a enfrentar, como no passado, o arbítrio despótico e cruel do poder central dominador?
Pelo menos a história registra que foi por mãos de Maçons que se deu o grito de Independência do Brasil, da Proclamação da República, da Abolição da Escravatura. Foi pelas mãos de Maçons que se deu o brado da Revolução Farroupilha. E o que está fazendo a Maçonaria de hoje ao ver o circo armado, com a distribuição de um pão arruinado pelo vício que sustenta essa miséria intelectual? A Maçonaria, guardiã da liberdade, da igualdade e da fraternidade, valores que devem imperar entre todos os povos precisa reagir, precisa revitalizar seu grito, seu brado para a libertação do povo. Esse é o seu dever, pois do contrário não passará de semente estéril, jogada na terra apenas para apodrecer e não para germinar. Desencadeemos um movimento de mudança, de inconformismo, fazendo ecoar de forma organizada, democrática e sem violência, segundo os próprios preceitos da Maçonaria: levantar Templos à virtude e de cavar masmorras aos vícios." Esta é uma carta que exige reflexão.
(Leiam e tirem as suas conclusões: muito atual para o Brasil de hoje)
CARTA DO IMPERADOR VESPASIANO (41 dC)
PARA SEU FILHO TITO (79 dC)
22 de junho de 79 d.C.
22 de junho de 79 d.C.
“Tito, meu filho, estou morrendo. Logo eu serei pó e tu, imperador. Espero que os deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas. De minha parte, só o que posso fazer é dar-te um conselho: não pare a construção do Colosseum. Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memória. Alguns senadores o criticarão, dizendo que deveríamos investir em esgotos e escolas. Não dê ouvidos a esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis: numa privada, num banco de escola ou num estádio? - Num estádio, é claro. Será uma imensa propaganda para ti. Ele ficará no coração de Roma por omnia saecula saeculorum, e sempre que o olharem dirão: ‘Estás vendo este colosso? Foi Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou’.
Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão.
Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão.
‘Moralistas e loucos dirão que mais certo seria
reformar as velhas arenas. Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas. Vel caeco appareat (Até um cego vê isso). Portanto, deves construir esse estádio em Roma.
Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase: Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo, pão e circo). Esperarei por ti ao lado de Júpiter”.
PS: Vespasiano morreu no dia seguinte à carta. Tito não inaugurou o Coliseu com um jogo de Copa, mas com cem dias de festa. Tanto o pai quanto o filho foram deificados pelo senado romano.
reformar as velhas arenas. Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas. Vel caeco appareat (Até um cego vê isso). Portanto, deves construir esse estádio em Roma.
Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase: Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo, pão e circo). Esperarei por ti ao lado de Júpiter”.
PS: Vespasiano morreu no dia seguinte à carta. Tito não inaugurou o Coliseu com um jogo de Copa, mas com cem dias de festa. Tanto o pai quanto o filho foram deificados pelo senado romano.
Assim também a gente de Brasília construiu monumentais estádios em Natal, Cuiabá e Manaus, mesmo que nem haja ludopédio por esses lugares.
Só para você ter uma ideia, o campeonato de Mato Grosso teve média inferior a mil pessoas por partida, e a Arena Pantanal, em Cuiabá, terá capacidade para 43.600 espectadores.
Em Recife haverá um novo estádio, mas todos os grandes clubes já têm o seu. Pior será a arena de Manaus: terá 47 mil lugares e, no campeonato estadual, juntando os 80 jogos, o público total foi de 37.971.
As gentes da Terra Papagalli não ligaram nem mesmo para o exemplo dos sul-africanos, que construíram cinco novos estádios e quatro são deficitários.
O pão e o circo continuam...
...Se quiser testar o caráter de alguém, dê poder a ele. (A.Lincoln).
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