TEMPOS DE OPRESSÃO E OBSCURANTISMO
ESTÃO DE VOLTA AO BRASIL ATRAVÉS DA FOLHA DE SÃO PAULO.
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A FOLHA DE SÃO PAULO, com o apoio do
Consórcio de Empresas Jornalísticas e as bênçãos do STF recriou o DIP (*) e este
está mais ativo e DESTRUTIVO que no tempo do Governo de Getúlio Vargas.
(*) o órgão de repressão criado pela FALHA DE S. PAULO está disfarçado com o nome de Departamento de Verificação de Autenticidade da Informação que está atuando na censura de todas as postagens feitas na internet, principalmente no FACEBOOK, cujos conteúdos - mesmo que sejam simples opiniões - não estejam perfeitamente alinhadas ao editorial daquela empresa jornalística ou que expressem verdades que incomodam ao "consórcio" de indisfarçável militância a favor de uma ideologia comunista.
O Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP) foi um órgão criado pela ditadura do Estado Novo em
1939. Ele era responsável por difundir a ideologia do regime por intermédio da
propaganda política e também por realizar a censura. Investiu maciçamente no
rádio e existiu até o ano de 1945.
O que era o DIP?
O DIP era um órgão existente durante a
ditadura do Estado Novo e se chamava Departamento de
Imprensa e Propaganda. Surgiu em 1939, sendo criado por meio
do Decreto-Lei n.º 1.915, emitido no dia 27 de dezembro
de 1939. Ele não foi o primeiro departamento responsável pela propaganda do
governo de Vargas.
O
DIP era responsável pela propaganda e pela censura do Estado Novo, a ditadura
de Getúlio Vargas.[1]
Ao longo da Era Vargas, os órgãos de imprensa que existiram
antes do DIP foram:
·
Departamento Oficial de Publicidade,
que existiu entre 1931 e 1934;
·
Departamento de Propaganda e Difusão
Cultural (DPDC), entre 1934 e 1938;
·
Departamento Nacional de Propaganda
(DIP), que existiu em 1938 e 1939. O DIP substituiu esse último.
O DIP era responsável por realizar
todas as ações que fossem promover a ideologia
da ditadura do Estado Novo. O grande alvo desse órgão era propagar essa
ideologia pelas classes populares do Brasil e suas duas funções básicas
eram realizar a propaganda oficial do governo e
promover a censura das informações.
O DIP possuía diferentes seções, com
diveraos escopos de atuação e que englobavam distintas áreas. Ao todo, as
seções do DIP eram as seguintes:
·
Propaganda;
·
Radiodifusão;
·
Cinema e Teatro;
·
Turismo;
·
Imprensa;
·
Serviços Auxiliares (incluem as áreas
de comunicações, contabilidade, tesouraria material, filmoteca, discoteca e
biblioteca).
A sede do DIP ficava no Rio de
Janeiro, a capital do Brasil na época. No entanto, o controle do DIP se
espalhava para os demais estados do Brasil por meio dos Departamentos
Estaduais de Imprensa e Propaganda, os DEIPs. A existência dessas filiais
garantia ao DIP a possibilidade de controlar minuciosamente tudo que acontecia
no Brasil.
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As duas grandes áreas de
atuação do DIP eram o rádio e a imprensa escrita,
embora tivesse forte atuação no campo artístico, como o cinema, teatro e
literatura. O DIP engajava intelectuais em defesa do Estado Novo e permitiu
que Getúlio Vargas tivesse amplo controle sobre
as opiniões circulantes no país.
O DIP também incentivou o culto
à personalidade de Getúlio Vargas, por meio de propagandas exaltando o
presidente e tornando obrigatória a colocação de retratos de Vargas em
repartições públicas. O rosto de Getúlio Vargas tornou-se conhecido nesses
espaços, embora existam historiadores que apontem que Vargas não aprovasse
diretamente essa ação do DIP.
Acesse também: Populismo — as características da política brasileira entre
1930 e 1964
Quais eram os principais objetivos do
DIP?
Os objetivos do DIP são claros e podem
ser encontrados no próprio decreto-lei que determinou a sua criação. De maneira
genérica, vimos que a missão do DIP era realizar a propaganda política do
Estado Novo e a censura das informações. De maneira mais específica, baseando-se
no decreto-lei, podemos dizer que os objetivos do DIP eram:
·
coordenar a propaganda nacional;
·
monitorar e organizar o turismo;
·
fazer a censura do teatro, cinema,
práticas esportivas, literatura e imprensa;
·
estimular a produção de filmes nacionais;
·
propor vantagens para a elaboração de
filmes educativos;
·
estimular a realização de eventos com
intelectuais brasileiros;
·
proibir a entrada de livros
estrangeiros no Brasil considerados “nocivos”;
·
promover eventos cívicos e patrióticos;
·
organizar o programa de radiodifusão do
governo.
Esse volume de ações e de áreas de
atuação levou muitos historiadores a definirem o DIP não como um órgão, mas,
sim, como um superministério do Estado Novo.
Como o DIP atuava?
Cordeiro
de Farias, militar que já foi governador de Pernambuco, discursando no DIP.[1]
Um dos focos do DIP, como já vimos, era
o rádio, objeto que se tornou o principal meio de
comunicação do Brasil, muito por ação do governo de Getúlio Vargas, que
utilizava o meio para divulgar sua propaganda. A ideologia do Estado Novo era
transmitida por meio de programas como o Hora do Brasil,
noticiário diário que era obrigatório nas estações de rádio brasileiras.
Esse programa permitiu que a população
tivesse um contato diário com aquilo que o governo fazia e com a voz do próprio
Vargas, como bem colocaram as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling|1|.
Mas não só de noticiário vivia a programação de rádio durante
o Estado Novo, pois o DIP fez questão de variar a programação.
Com isso, foi incentivado o
desenvolvimento de programas de música, nos quais o samba se popularizou rapidamente e se tornou
um símbolo do Brasil; havia também programas de humor e, até mesmo, programas
de auditório. O público-alvo dessa programação era a população mais pobre e que
tinha na rádio uma de suas poucas opções de lazer.
A transformação do samba em
símbolo do Brasil garantiu um grande impulso para o Carnaval e para as escolas de samba. Os desfiles realizados por
elas, por exemplo, começaram a ser patrocinados pelo governo. Além disso, eventos cívicos e festas patrióticas eram
organizados em datas específicas, como o 7 de setembro ou o 1º de maio.
O DIP também produzia
documentários, que eram transmitidos nas sessões de cinema e que
chegaram a ser exportados para fora do Brasil, e também publicações impressas.
Uma delas era O Brasil de hoje, de ontem e de amanhã, uma
publicação mensal que trazia informes sobre diferentes aspectos da vida no
Brasil e sempre procurava colocar evidência na figura de Getúlio Vargas.
A censura era uma das
áreas de maior atuação do DIP, afinal, o Estado Novo era uma
ditadura e, como tal, fazia um controle rigoroso das informações. A
censura poderia ser do ponto de vista moral e religioso, mas também político.
Filmes e peças teatrais só poderiam ser reproduzidos e encenados se fossem
aprovados pela censura.
Os programas de rádio só eram aprovados
se a censura liberasse, e a criatividade dos sambistas muitas vezes foi podada,
porque as letras eram barradas pelos censores. A censura só começou a
perder força no Brasil em 1945, quando a contestação ao Estado Novo estava
avançada e generalizada em diversos grupos da sociedade.
Assuntos relacionados: Queremismo: o movimento que defendia a permanência de Vargas
no poder
Extinção do DIP
A partir de 1943, a ditadura do
Estado Novo começou a perder força, e o questionamento da sociedade
começou a enfraquecer a posição de Vargas. Por conta disso, a censura do regime
começou a ser furada e algumas aberturas foram realizadas no Brasil, em uma
tentativa de Vargas de se sustentar no poder, mas não deu certo.
Ele foi deposto no final de 1945, mas,
antes disso, autorizou a extinção do DIP. O Decreto-Lei nº 7.582, de 25 de maio
de 1945, determinou o fim do DIP e sua substituição pelo Departamento Nacional
de Informações, o DNI, órgão que existiu só até 1946. Durante sua existência,
os gestores do DIP foram os seguintes: Lourival Fontes (1939-1942), Coelho
dos Reis (1942-1943) e Amílcar Dutra de Menezes (1943-1945).
Notas
|1| SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel.
Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 377.
Crédito das imagens
[1] FGV/CPDOC
Por Daniel Neves Silva
Professor de História
Gostaria de fazer a referência deste texto em um
trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
SILVA, Daniel Neves. "Departamento de Imprensa
e Propaganda (DIP)"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/o-dip-estado-novo.htm. Acesso em 22
de dezembro de 2021.
Acesse também: A revolta que manifestou a insatisfação de São
Paulo contra Getúlio Vargas
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