sábado, 21 de fevereiro de 2009

ARTE PICTÓRICA DOS FANADEIROS

"A Fuga da Sagrada Família para o Egito"
Cenas bíblicas pintadas no altar-mor da Igreja de São José - Minas Novas

"A Visita de Maria a sua prima Izabel"




Arte pictórica
-Pintura-
Quadro de Genesco Murta,
Artista famoso nascido em Minas Novas


A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a uma superfície, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.
Em um sentido mais específico, é a
arte de pintar uma superfície, tais como papel, tela, ou uma parede (pintura mural ou de afrescos). A pintura a óleo é considerada por muitos como um dos suportes artísticos tradicionais mais importantes; muitas das obras de arte mais importantes do mundo, tais como a Mona Lisa, são pinturas a óleo.
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Diferencia-se do
desenho pelo uso dos pigmentos líquidos e do uso constante da cor, enquanto aquele apropria-se principalmente de materiais secos. No entanto, há controvérsias sobre essa definição de pintura. Com a variedade de experiências entre diferentes meios e o uso da tecnologia digital, a idéia de que pintura não precisa se limitar à aplicação do "pigmento em forma líquida". Atualmente o conceito de pintura pode ser ampliado para a representação visual através das cores. Mesmo assim, a definição tradicional de pintura não deve ser ignorada.
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COR

O elemento fundamental da pintura é a
cor. A relação formal entre as massas coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura fundamental, guiando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros. Estas relações estão implícitas na maior parte das obras da História da Arte e sua explicitação foi uma bandeira dos pintores abstratos. A cor é considerada por muitos como a base da imagem.

-História


A pintura acompanha o ser humano por toda a sua história. Ainda que durante o período grego clássico não tenha se desenvolvido tanto quanto a escultura, a Pintura foi uma das principais formas de representação dos povos medievais, do Renascimento até o século XX.

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Mas é a partir do
século XIX com o crescimento da técnica de reprodução de imagens, graças à Revolução Industrial, que a pintura de cavalete perde o espaço que tinha no mercado. Até então a gravura era a única forma de reprodução de imagens, trabalho muitas vezes realizado por pintores. Mas com o surgimento da fotografia, a função principal da pintura de cavalete, a representação de imagens, enfrenta uma competição difícil. Essa é, de certa maneira, a crise da imagem única e o apogeu de reprodução em massa.
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No século XX a pintura de cavalete se mantém através da difusão da
galeria de arte. Mas a técnica da pintura continua a ser valorizada por vários tipos de designers (ilustradores, estilistas, etc.), especialmente na publicidade. Várias formas de reprodução técnica surgem nesse século, como o vídeo e diversos avanços na produção gráfica. A longo do século XX vários artistas experimentam com a pintura e a fotografia, criando colagens e gravuras, artistas como os dadaístas e os membros do pop art, só para mencionar alguns. Mas é com o advento da computação gráfica que a técnica da pintura se une completamente à fotografia.

A imagem digital, por ser composta por pixeis, é um suporte em que se pode misturar as técnicas de pintura, desenho, escultura (3d) e fotografia.
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A partir da revolução da
arte moderna e das novas tecnologias, os pintores adaptaram técnicas tradicionais ou as abandonaram , criando novas formas de representação e expressão visual.Pintura figurativa e abstrata

Quando o artista pretende reproduzir em seu quadro uma
realidade que lhe é familiar, como sua realidade natural e sensível ou sua realidade interna, a pintura é essencialmente a representação pictórica de um tema: é uma pintura figurativa. O tema pode ser uma paisagem (natural ou imaginada), uma natureza morta, uma cena mitológica ou cotidiana, mas independente disto a pintura manifestar-se-á como um conjunto de cores e luz. Esta foi praticamente a única abordagem dada ao problema em toda a arte ocidental até meados do início do século XX.

-A partir das pesquisas de Paul Cézanne, os artistas começaram a perceber que era possível lidar com realidades que não necessariamente as externas, dialogando com características dos elementos que são próprios da pintura, como a cor, a luz e o desenho. Com o aprofundamento destas pesquisas, Wassily Kandinsky chegou à abstração total em 1917.

A pintura abstrata não procura retratar objetos ou paisagens, pois está inserida em uma realidade própria.
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A abstração pode ser, porém, construída, manifestando-se em uma realidade concreta porém artificial. Esta foi a abordagem dos
construtivistas e de movimentos similares. Já os expressionistas abstratos, como Jackson Pollock, não construíam a realidade, mas encontravam-na ao acaso. Este tipo de pintura abstrata resulta diametralmente oposta à primeira: enquanto aquela busca uma certa racionalidade e expressa apenas as relações estéticas do quadro, esta é normalmente caótica e expressa o instinto e sensações do artista quando da pintura da obra.Técnica


Diversos tipos diferentes de tintas

As pinturas antigas, inclusive os famosos afrescos da "Renascensa", foram executadas com tintas preparadas pelos próprios artistas que sabiam tirar da natureza os pigmentos com os quais trabalhava, a partir de minerais, vegetais e componentes de origem animal.

Toda Pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.

A escolha dos materiais e técnica adequadas está diretamente ligada ao resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizadas.

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O suporte mais comum é a
tela (normalmente feita com um tecido tensionado sobre um chassis de madeira), embora durante a Idade Média e o Renascimento o afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas).
Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. O papel é suporte comum para a aquarela e o guache, e eventualmente para a tinta acrílica.
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As técnicas mais conhecidas são: a
pintura a óleo, a tinta acrílica, o guache, a aquarela, a caseína, a resina alquídica, o afresco, a encáustica e a têmpera de ovo. É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados com o desenho.

-Gêneros

Natureza morta
Retrato e auto-retrato
Pintura de género
Paisagem
Ícone

Nota - Alguns dados, até aqui utilizados, foram consulados na Wikipedia, via internet

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TEMOS, neste blog, o compromisso precípuo de divulgar a cultura minas-novense, na totalidade de suas manifestações: folclóricas, tradicionais, artesanais, artísticas e todas as outras que se resumem numa única vertente que é a que se denomina de cultural. Partimos do princípio de que a CULTURA de um povo se mede pela qualidade da produção intelectual, nos diversos segmentos, dentro de determinados grupos no meio de uma comunidade. Nesse sentido, temos, desde o início de nossas atividades blogueiras, abordado com maior ênfase a produção literária dos fanadeiros, o que, pela sua amplitude e importância, muito tem ainda a ser analisada e divulgada, de vez que são muitos os literatos que Minas Novas tem a glória de ser berço natal, a exemplo de Álvaro Freire, Rosarinha Coelho, Branco di Fátima, Glac César Coura, Irene Barbosa, Jason Henrique, Jesse Mota, Dr. Arlindo de Castro Maciel, João Raimundo Abreu, Domingos Teodolindo Mota, José Transfiguração de Figueiredo, Flora Pinheiro, José Mota Santos, Murilo Badaró, Geraldo Henrique da Conceição, Nazinha Figueiró, Betinha Machado, Santinha Coelho, Conceição Mota Coelho, Miriam Célia Chagas de Abreu, Magdália Vieira, Dr. Geraldo Coelho de Jesus, Aristides Camargos, Amarildo Sena, Geninha Borges, José Coelho Júnior, Carlos Mota, Márcia Cristina Mota Andrade e Vieira, Cel. João Eugênio Coelho e tantos outros, para ficarmos apenas com os amantes das letras que estão na “ativa”, deixando para depois falarmos daqueles que já partiram, com suas inspirações, para outras dimensões ao encontro da Glória Eterna.

Assim sendo, alternando os enfoques que pretendemos encetar, vamos hoje destacar a ARTE PICTÓRICA FANADEIRA.

Em Minas Novas temos belíssimas pinturas em poder de particulares ou sob a guarda milagrosa dos altares de velhas igrejas católicas, em retábulos, em paredes e forros, cujos autores continuam ignorados, fato que representa uma lacuna imensa em nossa história que não soube ou não teve o devido interesse de registrar e documentar com o cuidado que este acervo requer ainda para ser pesquisado e catalogado, falha que é imperdoável mas que em nada diminui, porém, o valor intrínseco dessa produção artística pelo que ela representa de mais importante para a valorização de nossa cultura no cenário da Arte Sacra que o grande historiador, médico, fotógrafo e antropólogo EDUARDO ETZEL (*), mui sabiamente, denominou de “Berço da Arte Brasileira”.

 
Para adentrarmos neste emaranhado de cores, luzes, traços e encantamentos, fizemos acima um preâmbulo, em “retrospectiva” sobre o assunto a ser abordado, dando algumas pinceladas iniciais que se fazem necessárias na identificação dessa atividade artística, numa visão universal, para desaguarmos, agora no singelo, curioso mas tão intrigante acervo que deveria representar o orgulho maior de nosso povo de Minas Novas e merecer de nossas lideranças empresarias, políticas e governativas a atenção como objeto de incalculável valor para a implantação de um projeto cultural de porte, o que inscreveria a cidade no circuito turístico nacional, pois se trata de um rico filão a ser explorado nestes tempos que se apresentam tão favoráveis na expectativa econômica dessa potencial indústria sem chaminés.


Nada mais didático e convincente do que imagens, pois estas valem muito mais que as palavras, escritas ou faladas, como diriam os mais experientes. Vamos, pois, recorrer a alguns registros que temos em nossos arquivos, que dizem respeito às produções pictóricas de conterrâneos, muitos deles sitiados na berlinda do descaso e do desamparo ou mesmo ignorados como agentes de um ofício que precisa e deve ser URGENTEMENTE colocado na pauta das nossas prioridades comunitárias.



Este significativo conjunto artístico carece de ser recuperada a sua originalidade, agredido que foi pela intervensão insana de leigos e pela falta de cultura de algumas lideranças retrógradas.
Pintura datada de mais de 300 anos, em uma tabuleta de cedro que, até pouco tempo ficava displicentemente jogada – de qualquer jeito – pelos cantos da Igreja de São Gonçalo do Amarante, a primeira capela edificada na Vila do Fanado, que chegou a ser utilizada, durante certo tempo, como curtume e depósito de restos de açougue de um funcionário da Prefeitura Municipal de Minas Novas.



Primorosa pintura (deteriorada pela ação do tempo e em razão do descaso das autoridades locais) da nave central da Igreja do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas.





Deixando-se de lado, não da forma que se caracteriza a omissão das “otoridades” da cidade de Minas Novas, mas apenas para abrir espaço às demais manifestações artísticas deste segmento cultural, vamos homenagear os artistas que se esforçaram, e ainda se esforçam, de maneira dolorosa e admirável, para fazer brotar seus sentimentos como frutos de suas privilegiadas imaginações, suas crenças e inspirações que nascem no coração e se revelam na plasticidade que é a própria imitação da natureza e da maravilhosa criação divina.





FIGURAS MINASNOVENSES QUE SE DESTACAM NA

ARTE PICTÓRICA


GENESCO LAGES MURTA

Genesco Murta – Óleo s/ tela 32 X 45


1885 – MINAS NOVAS - MG - 28 de março // 1967 - Belo Horizonte MG - 7 de janeiro
Formação
1912/1914 - Paris (França) - Freqüenta a Académie de la Grande Chaumiére e a Académie Colarossi, em Montparnasse, na qual estuda com Mauricet, Reynold, Charles Guérin e Bernard Naudin
1914/1915 - Espanha - Estágio
1922/1924 - Munique (Alemanha) - Estuda na Academia Hoffman
Cronologia
Pintor, desenhista, caricaturista, professor
s.d. - Rio de Janeiro RJ - Executa mural no Palácio Tiradentes, antiga sede da Câmara dos Deputados
1919 - Belo Horizonte MG - Muda-se definitivamente para Belo Horizonte, desgostoso com Ouro Preto.
1915 - Belo Horizonte MG - Cria escola noturna de desenho, escultura e gravura, com o gravador Luís de Soto

1918/1921 - Rio de Janeiro RJ - Conhece Eliseu Visconti e Cândido Portinari; dedica-se a pintar a antiga capital federal, sobretudo o Morro do Castelo
1925 /1926 - Belo Horizonte MG - Realiza uma série de murais na Escola Maternal Mello Viana, em colaboração com F. Rocha
1928/1936 - Minas Gerais - Realiza viagens por cidades mineiras, executando murais em edifícios, pinta paisagens e retratos


1928/1936 - Uberaba MG - Leciona na Escola Normal de Uberaba, dedica-se à atividade literária e publica contos e ensaios no suplemento dominical do jornal Folha de Minas
1930c. - Belo Horizonte MG - Executa mural no Tribunal Regional Eleitoral

-Vitrais do Hotel do Barreiro de Araxá - Obra de Genesco Murta-
1942/1944 - Araxá MG - Executa mural no Grande Hotel do Barreiro
1950 - Belo Horizonte MG - Realiza os murais Cavalos, Siderurgia e O Bateador, na agência central do Banco Lavoura (Ed. Banlavoura – Praça Sete)
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Referencias críticas sobre a arte e alusões à figura do artista -
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Murta, Genesco (1885 - 1967) - "Genesco Murta é um homem que a arte tornou solitário. O próprio sentimento das coisas, as cores cinzas que encheram desde cedo os painéis de sua alma e uma rude incapacidade de aceitar o mundo - tudo isso e mais venenos do cotidiano compuseram um marginal, às vezes manso como um ingênuo caipira e comumente áspero como um leão frustrado. Não é literária a interpretação desse pintor tipicamente mineiro, cujo feitio permanece inalterável, apesar de intensamente escovado pelos hábitos parisienses e pelos refinamentos das civilizações européias. É um sertanejo inconverso, contra o qual nada puderam as mais belas sutilezas do pensamento e da cultura. Ele mesmo se diz um xavante, dando ao epíteto toda a riqueza semântica." –
José Calasans
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PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Apresentação de Antônio Houaiss. Textos de Mário Barata et al. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.
"A meu ver, para Genesco Murta o modernismo chegou até o impressionismo e a sua significação estava na liberação do claro escuro, ou seja, o arejamento da superfície, na inconstância da cor. Para Genesco a pintura não poderá furtar-se do contato obrigatório com a natureza e mesmo entendendo ele que o artista não deve copiá-la, acredita que ela é condição vital para a sua existência. De qualquer maneira em alguns de seus principais quadros, a cor libertou-se de tal modo: os verdes e amarelos nas paisagens de mar e a pincelada era lançada mais ousadamente sem muita preocupação de fidelidade e menos preconcebidamente; um óleo de Sílvio de Vasconcelos retratando dois barcos; que os resultados foram animadores, e bastam para justificá-lo como um de nossos grandes artistas. "
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Frederico Morais
Diário de Minas, 2 de setembro de 1959. In MURTA, Genesco. Genesco Murta. Belo Horizonte : Serviço de Documentação das Artes - UFMG, 1973. p. 20
"No dizer de Marcio Sampaio, 'seu pontilhismo sensível era considerado, nas décadas de 20 e 30 como modernismo, e ele foi um dos artistas que, nessa época, deram uma contribuição mais positiva para a arte mineira, embora não tenha tido seguidores'. Artista de bons recursos expressivos, (...) representou em Minas Gerais um elo de licitação entre a pintura tradicional, com base no século XIX,e as novas tendências em ebulição no cenário artístico nacional no imediato pós-guerra de 1914-18."
José Roberto Teixeira Leite


GENESCO MURTA nasceu em Minas Novas (em 28-03-1885, no distrito de Chapada).
Na sua juventude foi pedreiro, pintor de paredes e caixeiro-viajante de negociante da cidade de Minas Novas. De sua terra natal saiu na companhia de um padre, que o adotou como ajudante de serviços gerais, seguindo para Ouro Preto de lá estudar na Europa onde desenvolveu sua arte. Depois de instalada a nova capital, na sua fase áurea de expansão urbana, nas décadas de 1920-40, em Belo Horizonte foi o responsável pelas pinturas e afrescos em várias igrejas, entre elas a de Sagrado Coração de Jesus (Av. Alfredo Balena) que foi edificada pelos herdeiros da família Sales, egressa de Minas Novas, proprietários da Casa Comercial Sales, que ainda existe estabelecida no ramo de Armas, Munições, Utensílios de Casa, Caça e Pesca, firma da qual foi preposto (ou empreiteiro de obras) durante algum tempo. Seu trabalho profissional pode ser admirado em diversos pontos da cidade, como nos painéis decorativos de prédios históricos da Praça da Liberdade, onde funcionaram as Secretarias da Fazenda, Viação e Obras Públicas, Interior e Justiça, na Secretaria da Indústria e Comércio (Praça da Rodoviária), sendo também autor das pinturas que existiam na entrada da antiga Feira de Amostras (já demolida para dar lugar ao atual terminal rodoviário) e as que existem no Grande Hotel do Barreiro, na cidade de Araxá.
Galeria “Genesco Murta” do Palácio das Artes – BH

Pouco menor que a Grande Galeria, mas com a mesma excelência de instalação, a Galeria Genesco Murta cumpre importante papel no fomento das artes plásticas em Minas Gerais, abrindo freqüentemente o seu espaço para novos talentos. Versátil, pode incorporar a contígua Sala Arlinda Corrêa Lima, aumentando sobremaneira o espaço de exposição..
Vista principal do Palácio das Artes, em Belo Horizone (MG)
Como se vê, Minas Novas é o berço natal de um dos mais importantes artistas plásticos do país, que foi lembrado pelo Mestre GUIGNARD (Alberto da Veiga Guignard -Nova Friburgo, 25 de fevereiro de 1896Belo Horizonte, 25 de junho de 1962) – seu malungo – para participar de mostras internacionais e que tem sua memória permanentemente homenageada, de vez que empresta o seu nome à
Galeria “Genesco Murta” do Palácio das Artes em Belo Horizonte, uma das mais completas e austeras casa de cultura de todo o país.
NIL CAMARGOS

Também na imensidão da “Paulicéia Desvairada”, no convívio com uma das sociedades mais ricas, complexas e admiradas em todo o mundo, ali reside, trabalha e ensina a sua arte um gênio da pintura moderna, nascido na Beira do Fanado, cujo nome sequer é conhecido pelos seus mais ilustrados conterrâneos, o que não faz dele um artista anônimo, mas do contrário, um dos mais festejados e valorizados artistas da atualidade, atuante nas mais ecléticas rodas culturais do mundo da arte plástica.

Artista exclusivo da GALERIA ACRILEX em São Paulo


É considerável e encantadora a arte deste minas-novense cuja produção tem destaque nas mais concorridas galerias do pais, fazendo parte de catálogos apreciados no mundo inteiro:

IPÊ ROXO
 NIL CAMARGOS


Natural de Minas Novas (MG), Nil Camargos nasceu em 1969 e mudou-se, ainda criança, para São Paulo. Iniciou sua carreira artística aos 12 anos de idade, quando freqüentou aulas de desenho com o Professor Wlamir Braguion e, mais tarde, pintura com a Professora Lourdes Prado e algumas vivências com o artista Atílio. Neste período dedicou-se a adquirir conhecimentos e fundamentos das diversas técnicas de pintura.Camargos admira a técnica de trabalhar com as cores vibrantes e desde o início vem se aprimorando e pesquisando novas técnicas pra deixar sua marca pessoal, usando assim a técnica mista de pincel e espátula. Ele se auto-intitula um “pintor versátil” mas tem preferências pelos temas Marinha, Paisagens, Casarios de Paraty e Cidades Históricas.Além disso, nosso “Artista em Destaque” diz dar especial atenção aos seus alunos. “Minha inspiração maior é a arte e por isso procuro ensinar cada detalhe que é solicitado, fazendo com que o próprio aluno execute a pintura sob minha orientação, pois é desta forma aprenderá a minha técnica”. Nil Camargos ministra aulas de pintura em São Bernardo do Campo e é um artista patrocinado pela Acrilex, com quem já participou de vários eventos como a HobbyArt 2003, Feira Escolar, entre outros.Também já teve obras expostas em diversos shoppings de São Paulo, galerias de arte e participou de especiais em revistas do segmento.



LUIZ GONZAGA RIBEIRO DOS SANTOS

Mesmo nos dias de hoje, na escuridão de sua cegueira física e no recolhimento de seu lar, tateia os seus antigos pincéis este grande artista popular, quase que indigente se não fosse a assistência carinhosa e humana de sua esposa Ritinha, pois se encontra relegado ao esquecimento dos ingratos conterrâneos. Santeiro de grande inspiração, desde criança esculpia imagens sacras, para o espanto de seu pai que o iniciou nas artes da pintura. Este é o minas-novense LUIZ DE BRÁS, um fenômeno de artista popular cuja produção, da melhor qualidade, a visão de seus olhos – agora opacos -- e a imensa inspiração de sua alma deixou consignada nas paredes de muitas casas e nos altares consagrados a muitos santos milagrosos de nossas ermidas rurais, a exemplo das que se podem admirar em São Sebastião do Indaiá de Baixa Quente, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Gouveia Fanadense e na belíssima igrejinha de Ribeirão da Folha.

LUIZ GONZAGA GOMES LEITE

Outro ícone da capacidade produtiva, favorecida pela mais expressiva inspiração e desenvolvida pelo bom gosto e técnica pictórica, foi o saudoso Mestre Luiz Gonzaga Gomes Leite que, além de outros valores, merece figurar no panteão minas-novense de seus filhos mais ilustres e ser homenageado com o seu nome no frontispício de um museu que o povo deveria exigir que se organizasse na cidade em sua memória. Sua obra é imensa e deveria ser mostrada ao público pelos familiares, muitos deles que herdaram não só o considerável patrimônio por ele deixado, mas também o dom artístico – mas que muito pouco são valorizados no contexto atual de nosso município – a exemplo de filho e sucessor Inocêncio Leite (INÔ) cuja competência e acurada sensibilidade precisa ser resgatada e colocada a serviço da cultura de nossa juventude.

Da obra de Luiz Leite, algumas peças ficam expostas no gabinete do Sr. Prefeito Municipal, muito embora devessem estar no lugar certo e ideal que seria aonde o povo possa ver e admirar, bem de perto, não num espaço inadequado pela sua frieza e inacessibilidade.

INOCÊNCIO NEPOMUCENO LEITE

Da lavra de Inocêncio Leite temos em nossa casa, em lugar de destaque na sala de visitas, um pequeno quadro (*) que minha esposa arrematou na mesa de um leilão da festa do Rosário, já há algum tempo, sendo esta peça requisitada, quase sempre, para as eventuais mostras de artistas mineiros que acontecem no circuito cultural desta capital mineira, nas quais faço o maior empenho de exibir algumas preciosidades, a exemplo desta, que tenho em meu poder e que foram adquiridas – com muito sacrifício – durante os 20 anos que estive lotado na agencia do Banco do Brasil daquela cidade.

Óleo sobre tela (OST) - 28 X 18 - Inocêncio Leite
(*) Uma antiga residência colonial, dos arredores de Carbonita.
Tenho no meu acervo outras preciosidades de artistas anônimos da região, cujas peças conservo com o maior carinho pois representam “meu patrimônio particular”, que eu, por diversas oportunidades, as adquiri nos finais dos leilões, em lotes pouco disputados.

MARIA FLOR DE MAIO MOTA CRISTIANISMO


Uma artista, da maior importância como referência das artes plásticas praticadas em Minas Novas, sem dúvida alguma é a minha prima FLORINHA, muito pouco compreendida e valorizada pelos conterrâneos, cuja obra já é bastante conhecida em várias capitais do Brasil, inclusive em Brasília-DF, onde tive a grata oportunidade de observar a aceitação comercial de sua produção artística que, neste sentido, carece de orientação especializada, encaminhamento e maior apoio de vez que, pelas suas características, requer muito mais investimentos que as demais modalidades da arte plástica.
Dela, entre muitos outros exemplares do meu baú, escolhi as seguintes amostras:

FLORINHA - “O que seria do vermelho se não fosse o AZUL?” – Lápis-cera sobre papelão –




FLORINHA - “O Sol dourado brilha, mas uma hora queima” – Lápis-cêra s/ papel cartão.

 

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