"calunienta e irresponsabilistica".
O golpe na Petrobrás
A operação, em termos simples:
1. O governo vendeu para a Petrobrás 5 bilhões de barris de petróleo que estão enterrados em algum lugar do pré-sal. Cobrou por isso uns R$ 72 bilhões. Logo, a Petrobrás ficou devendo essa grana, pelo direito de lá na frente pesquisar, perfurar, explorar e finalmente retirar o óleo do fundo do mar.
2. Em seguida, a Petrobrás abre seu capital e oferece ações no mercado. O governo central (Tesouro) compra parte destas ações, pelas quais deveria pagar à estatal uns R$ 45 bilhões. Mas como tem um crédito pelos barris "a futuro", abate apenas o valor da conta e continua credor da Petrobrás de cerca de R$ 27 bilhões.
Você pensa que o negócio acabou com a estatal mandando um cheque nesse valor para o caixa do governo? Se pensou! Está na era da contabilidade pré-Lula.
A Petrobrás não vai pagar, mas o governo federal vai registrar como receita – qualquer paralelo com a jogada do Superávit da PREVI e o BB, é mera verossimilhança - e assim vai fazer neste mês o maior superávit da história.
Ainda vai pegar parte desse dinheiro e emprestar para o BNDES fazer o quê? Pagar as ações da Petrobrás!
Resumo:
O governo não colocou um centavo, mas comprou mais ações da Petrobrás, aumentou sua participação e ainda recebeu de troco R$ 27 bilhões. Não é o máximo? Nada nesta manga, nada nesta outra e..., eis R$ 27 bilhões!
Além disso, o governo assume 51% das ações, com direito a voto e veto, nomeia a diretoria, traça estratégias de administração e, praticamente, estatiza a Petrobrás.
Agora a Petrobrás, na prática, acaba sendo do governo, podendo-se pressupor toda a espécie de safadeza que virá no governo seguinte.
Acha que acabou?
Nada disso. Se você dividir 72 bilhões por 5 bilhões vai encontrar o valor de R$ 14,4 reais ou US$ 8,70, o preço do barril de petróleo que está super faturado. Na crise do petróleo 1973, a maior da história, chegou a US 11,40 (valores atualizados).
Só um detalhe: analistas acreditam que a tendência será do preço do petróleo cair ainda mais se for confirmada uma segunda crise financeira que está por vir.
E assim, o governo Lula vai estatizando a maior empresa do Brasil (a quarta do mundo), sem pôr um centavo do próprio bolso, tudo na cara dos idiotas brasileiros, e na da oposição mais sem qualidade que este país conheceu!
Carlos Alberto Sardenberg
Jornal O Globo, de 02/10/10.
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