Bolsa Família:
A imagem acima fala mais do que mil palavras. Por que trabalhar se existe o pitéu do governo?
Pois é, precisamos ir na ferida do Bolsa Família. Existem suas vantagens, mas também muitas desvantagens e ai está a questão. Vamos fazer uma reflexão.
Veja este link: História Bolsa Família:
Resumindo, o Bolsa Família foi a unificação do Auxilio Gás, Bolsa Escola, Cartão Alimentação e Bolsa Alimentação, todos programas criados no governo de FHC. O PT simplesmente unificou estes programas e criou o Bolsa Família.
O programa exige a contrapartida dos participantes, óbvio, filhos na escola é a principal. No passado foi mais rigorosa a fiscalização. Hoje acho que existem grandes falhas de cadastro, fraudes e outras coisas típicas do Brasil. Basta ver o "nível" das pessoas sacando nas loterias o seu Bolsa Família para entender o que digo.
São quase 14 milhões de famílias, que devem abranger quase 50 milhões de pessoas (considerando 4 membros por família).
Não podemos negar que programas assistenciais têm sua serventia. Quando foi idealizado, ele visava dar apoio ao sustento de tantos miseráveis que viviam e ainda vivem no Brasil, mas jamais poderia ser vista como a salvação da pátria e a extinção da miséria.
Pior ainda quando é instrumento eleitoreiro, sem tirar da pauta o interesse de FHC que teve com certeza o mesmo viés.
Na relação econômica, é impulso no consumo que ajuda a indústria e o crescimento, mas sem sustentabilidade e temporariamente. O Bolsa Família já cumpriu seu papel no tocante a máquina econômica e os ganhos agora devem ser marginais.
Pois bem, se listarmos os benefícios do Bolsa Família e as desvantagens ao país pode ser difícil chegar a uma conclusão e com certeza haverá sempre a polêmica, entretanto a algumas conclusões podemos chegar:
1. Este
programa jamais será extinto por ser forte instrumento eleitoral. Meu receio é
quando tivermos uma crise econômica, cíclica ou não. E ai? Alguém vai pagar
esta conta, aliás já pagamos com os crescente aumento dos gastos públicos e
nossa absurda carga tributária.
2. Nem os
mais ardorosos defensores poderão negar que é um grande estímulo a indolência.
Convenhamos que muitos vão preferir o Bolsa Família do que a enxada ou o sol a
sol do trabalho. Isso é péssimo.
3. Deveria
haver mais contrapartida e fiscalização do governo. Filhos na escola
principalmente. Se temos o programa vamos usá-los para incentivar a educação
além das benesses pecuniárias. Não acredito que esta fiscalização exista com o
rigor necessário. Ao contrário, acho que existe muita corrupção e erros
cadastrais com muitos espertalhões se aproveitando. Vira e mexe temos estes
casos na mídia.
Recentemente foi lançado boato da extinção do Bolsa Família com
corrida aos bancos para saque. Isso mostrou a dependência de milhões de
pessoas. Acusaram a oposição de usar este boato como ferramenta política, mas
há controvérsias e a mídia fala que a CEF se preparou para estes saques, em
tese, fora da hora. Não será o governo usando sua ferramenta e uma forma de
reforçá-la?
Posso garantir e debater com quem quiser. Justiça social não se alcança
dando o peixe, mas a vara de pescar, os ensinamentos e as condições para a
pesca. Oportunidades para os jovens, crescimento econômico com sustentabilidade
e pensamento no futuro do país seriam a verdadeira justiça social.
Quando um país cresce firme e sustentável as oportunidades de emprego e
geração de renda fazem a justiça social de forma muito mais eficiente do que o
pitéu do governo depositado no final do mês.
No coração - e considerando a situação de tanta gente - não é fácil ser
contra ou crítico do Bolsa Família, mas na razão e no pensamento de futuro não
temos outra alternativa.
O “Bolsa Família” deveria ser transitório, mas veio para ficar e o meu medo é quando a festa
acabar e a conta chegar para todos nós pagarmos.
MURILO PRADO BADARÓ
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