domingo, 15 de junho de 2008

POLÍTICA E BOLEROS: LERO-LERO!


Lembrando da sabedoria, sempre atual, do velho EÇA DE QUEIRÓS, de que

«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.» eu vou tentar ficar mudo, não sei até quando, nada falando de política neste blog, enquanto vamos apreciando os lindos boleros que descobri no "site" http://www.paixaoeromance.com.br/ que indico aos leitores de bom gosto que queiram acessá-lo e se deliciar, em sonhos, pelos salões do saudoso CRAMN, do OASIS, do IPÊ, do ELITE, do GRÃO ESPANHOL ou mesmo do MONTANHÊS DANCING que somente uns poucos privilegiados, que ainda resistem, conheceram, num tempo feliz quando havia os JKs da vida...
EU EXPLICO:

A propósito da política, que não foi idealizada para ser suja, somente para justificar o meu atual estado de indignação, também sempre tive um pé atrás em relação aos queijos, às marmeladas e às feijoadas que são servidas em casas de gente nem sempre muito bem asseada e digna.
Este entendimento, de minha parte, decorre de estarmos diante de, no mínimo, esse imenso disparate que o Judiciário Brasileiro esta admitindo, considerando como normal o fato de que políticos corruptos – que estejam denunciados formalmente, mas que não estejam ainda condenados em última instância – tenham a possibilidade de se candidatarem nas próximas eleições, assim como poderão concorrer os demais bandoleiros, pistoleiros, vadios e traficantes de maconha e de outras drogas.

Sei distinguir perfeitamente o que seja um e outro poder, entretanto vejo que o Poder Judiciário nada perde para os outros dois de nossa triste república. As leis são normas estabelecidas nas sociedades com o objetivo de limitar as ações de seus membros visando o bem-estar comum. Sem as leis, haveria a desordem e os povos agiriam como os animais, pelo instinto e sob as leis da natureza, onde o mais forte sobrevive. Entretanto, no caso brasileiro, mesmo com as inúmeras leis que regem nossa sociedade, o Poder Judiciário está a permitir que os que acreditam ser mais fortes e poderosos procurem – e muitos conseguem -- viver sob a égide da impunidade e dos privilégios, a exemplo de alguns prefeitos, além do exagerado e incrível número de políticos parasitas, como vereadores, deputados e senadores, estes que são os responsáveis diretos pela elaboração das leis.

Vejo agora, com tristeza, que neste caso os ministros do Judiciário – que existem para interpretar e fazer cumprir o que determina a LEI (elaboradas pelos políticos) --, revelam-se que não são diferentes destes, pois no fundo são eles os mais ardorosos artífices das brechas legais, e pior, pois agem deliberadamente fazendo vistas grossas à estas saídas de emergência, fazendo-o de forma privilegiada e avassaladoramente eficaz, conservando-as para, numa eventualidade, utilizarem-nas em proveito próprio, pois a serviço do seu corporativismo.

Geralmente, com o objetivo precípuo de preservação da classe política, e por tabela a classe dos togados da alta cátedra, as leis sempre incorporam atenuantes e benefícios para todos os tipos de crimes e visam interesses próprios, aos quais sabem proteger e blindar, em detrimento dos anseios da população, fazendo letra morta o artigo 37 da Constituição Federal que deveria ser a baliza de todos os diplomas legais que disciplina o concurso e a ação dos agentes públicos.

Também o artigo quinto da nossa Constituição, que preconiza a igualdade de todos perante a lei, é pura teoria, já que na realidade existe uma gritante desigualdade no país, decorrente do corporativismo político e das leis criadas para proteger as pessoas que as fizeram.

Cabe lembrar uma famosa frase do estadista alemão Otto Von Bismarck, conhecido como o Chanceler de Ferro, que assim afirmava: ''As leis são como as salsichas. É melhor não ver como são feitas''.

No Brasil, ao mesmo tempo em que um político pode cometer um crime e sair impune, um pobre coitado que rouba um pacote de feijão num supermercado é tratado como bandido perigoso e rapidamente preso, sem maiores delongas jurídicas. Isto é um dos casos de desigualdade que ignoram a Constituição e ofendem a cidadania.

Penso que os legisladores brasileiros, em sua maioria, além de legislarem em causa própria, no que diz respeito a seus interesses políticos, eleitorais, financeiros e pessoais, criam condições legais para a eventualidade de, em algum momento, serem eles próprios os criminosos, mantendo “lobbies” invisíveis nos gabinetes de tribunais, usando das artimanhas tão condenáveis como o nepotismo cruzado.

Esta tese decorre da grande quantidade de benefícios que gozam os bandidos em nosso país, inclusive os políticos criminosos, que possuem a inaceitável imunidade parlamentar.
É urgente que surja um “salvador” para dar basta neste estado de calamidades, desbaratando a praga que está liquidando com a República e com o sentimento de cidadania do povo brasileiro!

Fica muito difícil entender porque existe tanta facilidade para a bandidagem e tanta dificuldade para a maioria dos cidadãos honestos, obrigados a viver sem emprego, saúde, saneamento, habitação, educação, segurança, transporte e a pagar uma exorbitante carga tributária.

Gostaria muito de ver o Congresso Nacional aprovando leis severas para todos os tipos de crime, principalmente os de corrupção, pois a enorme quantidade de leis que existe são muito benevolentes e estimuladoras para a criminalidade.

Seria muito importante para a sociedade que os políticos cassados, ou que renunciassem a seus mandatos, ficassem inelegíveis por, no mínimo, 12 anos, em vez dos ridículos três anos atuais.
Outrossim, deveriam ser confiscados seus bens, adquiridos com o ilícito, perdendo eles, também, o direito à aposentadoria paga com os recursos do erário e serem obrigados a ressarcir a sociedade dos prejuízos financeiros causados.

Acho que devo estar sonhando, pois estamos ainda muito longe de uma grande e representativa quantidade de políticos éticos, honestos, altruístas, trabalhadores e preocupados com a população, que sejam suficientemente corajosos para votarem leis de tamanha envergadura punitiva.

Existem bons políticos, por enquanto uma minoria sem força para a aprovação de leis que possam atingir a própria classe. Apesar de tudo, vamos exigir a prisão dos malfeitores da sociedade, mesmo com as leis vigentes, para que a certeza da impunidade não seja a bandeira das futuras gerações de brasileiros.

Folgo-me, e tenho novos alentos, com a operação da Polícia Federal, agora denominada de VOLTA PARA PASÁRGADA, que desta vez engaiolou, além do prefeito de Juiz de Fora, mais alguns larápios como ÉDSON ARGES, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, indicando uma tendência de que a instituição segue firme em direção de encontrar muitos outros “peixes” que sempre orbitaram o aquário do TCE-MG nos últimos tempos.

Finalmente, lamentando profundamente o trágico e covarde episódio que liquidou com a vida do meu amigo CLÁUDIO WALDETE, jovem e entusiasta liderança política de Berilo, confio plenamente na ação da exemplar Polícia Civil da Comarca de Minas Novas em seu desiderato em elucidar o crime e colocar atrás das grades este terrível malfeitor que, de forma tão diabólica, cometeu este ato insano e priva uma família e uma comunidade da convivência de uma pessoa tão querida e que tanto tinha a oferecer à sua terra e à sua bondosa e ordeira gente.
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geraldo mota
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