quarta-feira, 18 de junho de 2008

S.P.Q.R. - LATIM JURÍDICO, DICIONÁRIO E GRAMÁTICA - CURSO DE LATIM POR MENOS DE R$ 40,00

S.P.Q.R.

SENATVS POPVLVSQVE ROMANVS

Um dia destes estava aguardando minha vez, para ser atendido numa fila de caixa do supermercado, quando notei que a mesma não fluía e então pude perceber que o caixeiro estava bem distraído do seu ofício e muito atento à conversa de dois outros fregueses. O assunto que o atraía, de fato e concretamente, era interessante e aqueles dois senhores, ambos com aparência de serem já passados dos setenta anos de idade, discutiam sobre a importância do retorno ao ensino médio, mesmo que de forma superficial, dos cursos de filosofia e pedagogia.

Lembravam-se de que até a década de 1960 tais matérias faziam parte da grade curricular dos cursos secundários, como antes eram denominados, principalmente, os de humanidades (colegial, clássico e normal).

As demais pessoas que estavam também na fila, esta que se ampliava com a chegada de novos pagantes, já se agitavam e ameaçam reclamar ao gerente da loja, ao que o jovem funcionário, notando o incômodo que causava, desvencilhando matreira e calmamente, acendeu a lâmpada que indica a necessidade da presença de um supervisor de serviço, pediu licença para se ausentar do posto de trabalho, alegando que não se sentia bem, saiu de fininho dirigindo-se imediatamente para os lados do setor onde fica a administração.

Passados alguns minutos, depois de ser atendido pelo caixa substituto, encaminhava-me ao estacionamento levando no carrinho a minha feira, onde deparei, ao lado do meu veículo, com a presença daqueles mesmos dois senhores que discutiam lá na fila do caixa, desta feita como interlocutores daquele funcionário do caixa, justamente o que se retirara do serviço por não estar se sentindo bem.

Intrigado com esse detalhe agucei os meus ouvidos e me detive a escutar o que de tão interessante havia naquele assunto triangulado.

Os dois senhores, que me parecia ser velhos amigos, logo confirmei que eram advogados, colegas de profissão que há muito não se viam e estavam exercitando o prazer das reminiscências comum de malungos da vetusta Casa de Afonso Pena.

A conversa ficava cada vez mais animada, entre eles, ficando mais ainda com a atenção daquele jovem que se mostrava tão interessado pela polêmica, deixando bem patente o inconformismo que todos demonstravam ter com os atuais métodos de ensino que, segundo afirmavam, estão hoje relegados à decoração de apostilas e à temática global cuja demanda é manobrada, em massa, pelos professores de hoje, os quais, em nome da modernidade preparam os estudantes apenas com a finalidade de obterem sucesso nos exames vestibulares, deixando de lado a preocupação de repassar os conteúdos de conhecimento e experiência, sempre tão atuais e necessários para a boa formação cultural, científica e profissional do aluno que, mais que título, deseja ser educado, culto, instruído e capacitado.

Quando dei por mim, já havia deixado a minha mercadoria depositada no bagageiro do carro e me intrometia entre aqueles três indignados com o curso da educação moderna, pois tenho opinião bem parecida à que ali estava sendo debatida.

Penitenciei-me pela minha ousadia de acesso ao grupo, e até mesmo pela indiscrição de ouvir conversa alheia, mas justifiquei que a minha curiosidade era pelo fato de haver notado o grande interesse revelado daquele jovem, ao ponto de ter, o mesmo, recorrido à desculpa de um enjôo momentâneo, com o objetivo de se ausentar do serviço e poder estar ali, com aparência saudável, participando e dando seqüência a um assunto que o seduzira, pois de fato, também para mim, se confirmava como um tema intrigante e da maior importância.

Não deixei de externar minha opinião e disse que tive a oportunidade de alcançar o tempo do curso ginasial, o único que me foi possível freqüentar e concluir, em cuja programação anual, além das matérias que existem ainda hoje no ensino fundamental (até a 8ª série), constava o ensino de latim, de francês, de geografia geral, de história geral, de ciências naturais, de desenho artístico, de música e de filosofia, o que, de certa forma, continua muito útil para minha sobrevivência como autodidata no meio do bacharelismo.

Em pouco tempo, como soe ocorrer nestas oportunidades, todos nos fizemos conhecer, cada um dizendo de seus afazeres, de suas preferências, de suas tendências e aspirações, ao final se descontraindo como se fossem antigos conhecidos, anotando endereços, números de telefones e os respectivos e-mails para futuros contatos.

Os dois velhos colegas da advocacia partiram, cada um em seu carro, e eu, que moro bem próximo ao Supermercado, ainda fiquei por ali, nas imediações, conversando com o jovem funcionário, o qual me pediu orientação e informações sobre onde encontrar livros de latim, pois estava inclinado ao estudo desta língua, pelo que lhe prometi pesquisar e lhe repassar as informações solicitadas, tão logo chegasse em casa e consultasse alguns livros antigos que lá tenho guardados ou, então, do que pudesse obter via internet.

Assim como ficou combinado e, ao retornar, procurei me inteirar do assunto, relacionado ao estudo do latim, quando me deparei com um livro que me fora presenteado por ocasião de meu aniversário, por um cliente da agência bancária onde trabalhei, enquanto funcionário do Banco do Brasil.

Coincidentemente, o referido livro, cujo título é o mesmo que dei a este texto, é um compêndio de LATIM JURÍDICO de autoria do Professor ANTÔNIO CARLOS CAMPOLINA, um daqueles advogados com os quais tive o prazer de dialogar. durante horas, quando ele, de tão modesto e desprovido destes arroubos comuns aos apedeutas, ridículos advogados de porta de cadeia e bacharéis de fins de semana, pois aquele mestre não se apresentou como o ilustre e tão respeitado latinista que é, nem mesmo para demonstrar o quanto era procedente tudo aquilo de que falávamos, talvez para que ficássemos mais à vontade para discorrer sobre um assunto que a maioria das pessoas não se interessam ou mesmo não tenham qualquer referência.

Em razão de tudo isto, ainda mais diante do fato de que o nosso Presidente Lula tem-se manifestado acerca do assunto, prometendo de público que em breve será aprovada a nova legislação de ensino, nela incluindo a obrigatoriedade, nos cursos fundamentais, das matérias relacionadas à filosofia e à pedagogia, vejo valorizada a obra em referência e alimento minhas esperanças de que, para maior alcance da matéria e demanda ao aprimoramento cultural, seja reintroduzido o estudo do Latim, diante de sua indubitável importância para o entendimento ideal da língua portuguesa (e outras da mesma origem), para que as pesquisas lingüísticas possam ser realizadas nas fontes, com a profundidade que se deve buscar o entendimento de uma ciência, cujos mestres principais viveram e foram contemporâneos dos sábios romanos.

Desta forma, portanto, para aqueles que se interessam pelo assunto, indico abaixo o endereço do autor deste livro brilhante e indispensável em bibliotecas, escolas, escritórios e nas estantes de todos os profissionais liberais, mestres, alunos e estudiosos da nossa língua-pátria, que é o Professor Antônio Carlos Campolina que me disse, inclusive, das dificuldades que tem enfrentado para a edição e divulgação de seus trabalhos, sem se dizer do pouco interesse das editoras e distribuidoras pela comercialização dos exemplares de sua publicação, tudo naturalmente pela pouca importância que as autoridades do ensino, até então, têm dado ao tema.

PROF. ANTÔNIO CARLOS CAMPOLINA

AV. AUGUSTO DE LIMA, 134 – AP 516 – CENTRO

BELO HORIZONTE (MG) –

Ou pelo telefone, que ele mesmo atende e providencia a remessa:

(31) 9689-0221

Não deixe de adquirir este livro que, além dos ensinamentos básicos do latim (gramática completa), traz aforismos e brocardos (citações latinas) e referências biográficas de diversos filósofos da antiguidade, ao preço equivalente ao de um ingresso no Mineirão, para cada exemplar (menos de R$ 40,00).

SPQR – Senatus Populusque Romanus –

LATIM JURÍDICO

– Da Justiça e do Direito-

Ob,) Não sei se, com este "marketing", alcançarei algum sucesso de venda, para que o meu ilustre amigo Prof. Campolina possa levar avante o seu idealismo e tão edificante trabalho de divulgar conhecimento e sabedoria, visando implantar a cultura através do seu Curso de Latim.

De qualquer forma, por minha livre iniciativa, procuro também homenagear a memória de meu saudoso professor de latim,

no Ginásio Minas Novas, o inesquecível e insuperável

MESTRE JOSÉ GOMES DA SILVA.


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geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/

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