quinta-feira, 2 de abril de 2009

Re: NOTÍCIAS DA AFA-BH - O DEVANEIO de Tunico Sargento

HÁ mais de 50 anos li um livro antigo ("O Delito de Todos) do autor Eduardo Zamucois (Pinar del Río, Cuba, 1876 -Buenos Aires, 1971),obra que -debalde- venho procurando em várias bibliotecas. Localizei, enfim, um exemplar (brochura muito surrada), e o adquiri, em um sebo virtual, estando em processo de releitura, agora de forma mais crítica. ´

Faço, sempre, algumas indagações acerca do fato de que obras como essa, além de muitas outras de grandes escritores, alguns anônimos ou muito pouco conhecidos, mas que souberam analisar o seu tempo e tentaram deixar para a posteridade incríveis pensamentos, permaneçam relegadas ao injusto ostracismo, não merecendo uma nova edição.

FELIZMENTE, em relação a outra pérola da literatura espanhola ("As Forças Morais") de autoria do escritor José Ingenieros (Palermo, 24 de abril de 1877 — Buenos Aires, 31 de outubro de 1925), mesmo que decorrido quase um século de sua estreia, numa editora (que me parece ter escutado meus protestos!) está voltando agora ao prelo.




2009/4/1 GERALDO MOTA <geraldomotacoelho@gmail.com>


---------- Forwarded message ----------
From: Jose Mota Santos <jmotasantos@uol.com.br>
Date: 2009/4/1
Subject: Re: NOTÍCIAS DA AFA-BH - O DEVANEIO de Tunico Sargento
To: afa.bh@bol.com.br


Sr.Antônio Carlos Dias,

(Diretor, Redator, etc do "Noticias da AFA-BH")

SI NON È VERO È BENE TROVATO

Face, a grande repercussão do artigo (editorial), que noticiou com detalhes o ruidoso atentado, esgotando em horas todos os exemplares do grande jornal e a posterior manifestação do "blogueiro" Geraldo Magela Mota Coelho, não só incansável pesquisador das coisas da terra de Santa Cruz, mas também herdeiro da capitania de Duarte Coelho e das "minas de ouro" deixadas por Sebastião Leme do Prado, necessário se faz algumas correções sobre o rumoroso crime.

Historicamente, ou folcloricamente, na fantasia do ilustre cronista, o "Dr.Motinha", em entrevista concedida na Rádio Fanado da cidade de Sucupira, esclareceu que as armas assassinas não eram " Berettas 9mm" e sim duas garruchas e só três tiros acertaram a vítima, pois uma bala mascou. Também, no qüiproquó aprontado pelo valente Tunico, as balas eram também para o Zé Ribamar e Lafaiete, pois na cabeça do sargento, o Mailçu não podia ser ministro e dar ordens para Calazans, pois nunca trabalhou no Banco e, anteriormente, já tinha sido ministro da fazenda, no Governo de Thomé de Souza, enquanto o Ribamar tinha herdado a "Nova República", quando morreu o Ministro da Justiça de Getúlio, o jurisconsulto de São João D`el Rey, e a Escola de Sagres, deixada pelo Infante Dom Henrique.

Disse mais, que a defesa de Tunico Sargento foi patrocinada sob o pálio da gratuidade, pois o indiciado policial/bancário, já afastado da corporação militar e aposentado do Banco Oficial, criado em 1808, pelo Rei Fujão, alegou que os honorários ficariam na dependência do recebimento de volumosa quantia a ser paga por conhecido "fundo de pensão" que, bem administrado na Bolsa de Valores e Costa do Sauipe Hotéis e Resorts, teria gerado superávit de 20.000$000 vinte mil contos de réis, digo, vinte bilhões de reais e acreditava o sonhador Sargento que a volumosa quantia seria dividida de forma equânime entre todos associados, hoje tratados como assistidos do referido fundo. Segundo o bravo justiceiro, até hoje nada recebeu e parte do dinheiro já foi devolvido ao Banco, digo à Coroa para pagamento do"mensalão" e compra de "cuecas dolarizadas" e outras peças afins.

Narrou, ainda, o diligente causídico que toda linha de defesa do apenado, teve amparo em Dostoiésvski (Crime e Castigo), no trabalho de Dr. José de Oliveira Fagundes em sua defesa dos Inconfidentes, feita nos "autos da devassa", em Victor Hugo (os miseráveis), em razão da sede de justiça manifestada pelo indiciado Tunico Sargento - o "Zeca Diabo" de Montes Claros.

ALERTA: Na ficção do ilustre cronista, parece-me que agora, mais velho e tarimbado e não menos corajoso, o valente Tunico-Sargento pretende investir contra outros malfeitores da res pública, estando na mira de suas garruchas os responsáveis pelos casos: Lutfala, Coroa- Brastel, Grupo Capemi, Grupo Delfim, Escândalo da Mandioca, Brasilinvest, Polonetas, Concessões de Rádios e TVS, Transbrasil, Vasp, Varig, Esquema PC, Pasta Rosa, BNDES, Telebrás, Compra de Votos Reeleição, Escândalo do Judiciário, TRT-SP (Juiz Lalau e outros), Sudam, Sudene, Painel do Senado, Caso Lunus (Roseana Sarney), Celso Daniel, Toninho do PT, Caso Francenildo, Sanguessugas, Mensalão, mensalinhos, Valerioduto, Dólar na Cueca , cartões de crédito, Brasil Telecon, Grupo Opportunity, Roupas da Lu Alckmin, Doação Terninhos Dona Marisa, pensão alimentícia do Renan Calheiros, etc, etc, etc.

Enquanto isso, o seu zeloso advogado já está cuidando dos "hábeas corpus", na esperança de que agora receberá seus honorários com o dinheiro que o sonhador Tunico-Sargento espera receber do indigitado Superávit de seu riquíssimo "fundo de pensão".

QUOSQUE TANDEM, CATILINA, ABUTERE PATIENTIA NOSTRA ?

JMS/

----- Original Message -----
From: afa.bh
Sent: Tuesday, March 31, 2009 1:29 PM
Subject: NOTÍCIAS DA AFA-BH

Prezados ex-colegas BB

Não sei se todos tiveram a oportunidade de receber o informativo 73 de "Notícias da AFA-BH", razão pela qual lhe envio, em anexo, cópia da matéria ali publicada na primeira página, para que também entenda um pouco do que vai em nossa alma.

Trata-se de uma das pérolas produzidas por antigos colegas que, desde os bons tempos de nosso saudoso BB, além de continuarem como verdadeiros cidadãos, homens sérios que aprenderam e sempre praticam o fiel cumprimento da Lei, a exemplo do que observavam com referência às instruções normativas das CICs, pois mesmo no gozo da merecida aposentadoria, continuam sentindo o gratificante prazer de defender - com garra, bom humor e competência - os interesses da empresa e fazer do seu posto, agora de descanso, uma trincheira de cidadania e de respeito ao patrimônio social, aos colegas, ao cliente e ao usuário dos serviços de uma empresa na qual ainda, esperançosos e altruístas, todos nós acreditamos ser viável. Nada de que seja, evidentemente, mais do que nossa obrigação de fazê-lo, de vez que, como brasileiros coerentes e de bem, continuamos acreditados como uma classe privilegiada, dentro de nossas comunidades onde, via de regra, procuramos exercer nossos d ireitos e deveres de forma descente, ética e solidária, para desfrutamos, enfim, do merecido prestígio e respeito que conquistamos.

Naquele tempo, quando os fatos narrados teriam sucedido, mas que bem ilustra o sentimento real do cronista, de fato o Banco do Brasil tinha em seu quadro de funcionários o que havia de melhor entre os cidadãos brasileiros, como as figuras exemplares de um Dr. Calazans, na Diretoria, de um Dr. Motinha, na AJURI e do folclórico "Tunico Sargento" em suas andanças como simples e quixotesco funcionário pelas mais distantes filiais. Esse era um tempo difícil, de muito chumbo e de imensas privações, quando o BB cumpria à risca sua função social levando o progresso para todos os rincões do país, sendo considerado o "Braço Direito do Estado Brasileiro". Infelizmente, porém, assim como em todos os universos e paraísos, também no nosso BB existiam (e existem ainda) demônios, monstros, cretinos, vermes e outras figuras deletérias como Mailçu, Lafaiete, Zé de Ribamar e sua corja de abutres.

Sinto uma pena enorme pelo fato de que a cena descrita na admirável crônica do colega Antônio Carlos seja apenas uma obra fictícia.

Se, contrariando a realidade, tivesse ela ocorrido de acordo com a bravura desse nosso herói, é bem certo que os trâmites legais da aludida trama seriam confirmados, justamente da forma ali imaginada, levando-se em conta o estado de necessidade, daquele momento, com a aplicação da extremada medida e o acerto na escolha do patrocínio jurídico, "in casu", colocada sob a regência do Dr. Mota, este colega de quem muito me orgulho, não só pelo parentesco, mas pelo comprovado brilhantismo e profissionalismo que dele conhecemos, como um dos maiores causídicos militantes nos auditórios desta Capital, entre os advogados militantes egressos dos quadros do Banco, além de ser ele, também, assíduo leitor do meu Blog.

Se o Tunico Sargento realmente tivesse agido, daquela forma, sob os cuidados do Dr. Mota, de há muito estaria o nosso colega absolvido de seus atos de bravura, em razão de que o Banco estaria agora preservado em sua histórica grandiosidade, e - em assim sendo -- seus mais dedicados funcionários (o verdadeiro e mais valioso patrimônio de uma empresa) não teriam perdido o alicerce de suas famílias e vidas e, muitos, suas próprias vidas ...

Em referência às questões jurídicas, em nosso pais, confesso que sou radicalmente contrário aos benefícios que a lei, em detrimento dos interesses do povo humilde, sofrido e trabalhador, concede em abundância aos larápios, estupradores, pedófilos, assaltantes, lascarinos, xixilados, corruptos, profissionais do colarinho branco e demais políticos desprezíveis, bem como fico indignado com as artimanhas, os recursos protelatórios, os meandros e labirintos em que os bons advogados descobrem filigranas para absolvê-los, simplesmente para confirmar seus talentos e convicções, o que não deixa de ser louvável, em homenagem à inteligência a ao esforço profissioanl (dos advogados, naturalmente!).

Quanto ao grande herói Tunico Sargento, vai aqui o meu abraço de parabéns a seu criador, cujo pensamento deveria ser transcrito - como objeto de reflexões sobre o caso em análise, quanto ao risco e ao perigo de, pela força do poder maligno da incompetência togada, reproduzirem-se no país justiceiros como o simbólico, valente e simpático bancário apelidado de Tunico - devendo este figurar como uma alegoria e um alerta, destacado em todas as páginas das agendas ministeriais, como sumulas vinculantes a serem observadas pelos Gilmares Mendes, pelos Tarsos Genros, Sogros e demais parentes e aderentes desta outra casta de energúmenos que comandam a nossa "Ré" pública, naqueles palácios da Esplanda onde impera um ogro maravilhado tendo como lugares-tenentes o Ribamar, Rei do Maranhão, além do assessoria de outros chalaças e rasputins do quilate de Mailsons, Hélios, Coutinhos e outr os químicos da patifaria verde-amarela, sangrando copiosa e diariamente nossa fé e nossa esperança.


geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/



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