segunda-feira, 14 de junho de 2010

DOIS REIS MORREM NUM MESMO DIA

Com muito pesar registro o falecimento do meu primo (que foi casado com minha falecida tia Alicinha Mota) o operário JACINTO CRISTIANISMO COSTA, um homem simples, trabalhador, bom pai de família e que muito amou nossa terra e nosso povo de Minas Novas.

JACINTO CRISTIANISMO COSTA, pioneiro do serviço público de abastecimento d'água em Minas Novas, sempre foi muito incompreendido na sua determinação de levar o benefício do seu humilde serviço de bombeiro (de forma igualitária) para toda a sofrida população da cidade, de vez que observava, naquela época, com muita indignação, o tratamento diferenciado a beneficiar apenas aos moradores especiais que eram ligados ao prefeito municipal. Certa vez, de tanto ouvir reclamações sobre falta d'água, e sabendo do verdadeiro motivo de algumas casas terem muita fartura do "precioso líquido" enquanto que em outras casas - igualmente de proprietários contribuintes - nem mesmo uma gota d'água recebiam em suas torneiras - para denunciiar e escancarar a INJUSTIÇA, ele removeu o calçamento e cavou a Rua Direita deixando à mostra os canos da falcatrua que existia em uma daquelas casas, justamente onde residia um dos chefões da prefeitura, cujo quintal era abastecido por tubos galvanizados de grande polegada para fazer jorrar água, não só para fazer linda a plantação do pomar e da horta daquela dita residência privilegiada, mas para devolver ao Fanado -- de forma acintosa - todo aquele aguaceiro desperdiçado, que sobrava e que corria em abundância pelo quintal abaixo, até ao rio. Tal ousadia custou-lhe a demissão do serviço público municipal, mas ele continuou na profissão de simples bombeiro hidráulico e também na de ferreiro: montou uma boa oficina onde os seus serviços se tornaram essenciais para o desenvolvimento da cidade, obstinadamente trabalhando como serralheiro, como soldador e como mecânico. Casado com Alicinha Mota, constituiu uma grande família de valorosos e dedicados minasnovenses que muito contribuem, ainda hoje, em todos os sentidos, para provar que o trabalho honesto é a base maior e mais perfeita da democracia, da dignidade e da cidadania.

Morreu, também, nesta segunda-feira (14), aos 78 anos, o presidente da Academia Mineira de Letras (AML), Murilo Badaró. Ele teria sofrido um infarto fulminante na casa onde morava, em Belo Horizonte.

O corpo dele vai ser velado, a partir da meia-noite, desta terça-feira, na sede da AML.

Badaró assumiu a presidência da AML em 1998, depois de dedicar-se à carreira política durante 40 anos. Em 1958, com 27 anos, ele foi eleito deputado estadual pela primeira vez. Foi secretário de Estado, no Governo de Israel Pinheiro; foi Deputado Federal; foi ministro da república e Senador Bionico durante a ditadura. Nomeado banqueiro do BDMG, tornou-se um dos maiores capitalista da região do Lago de Furnas e grande investidor de empresas e empreiteiras coligadas do setor eletrico; Foi eleito, de forma bissexta, para prefeito de Minas Novas, em eleição marcada por denúncias comprovadas de corrupção e,cumpriu apenas a metade do mandado, sendo obrigado a renunciar ao cargo em virtude de várias denúncias de irregularidades administrativas beneficiando elementos de seu grupo político.

QUE DEUS OS TENHA, e que Nossa Senhora do Rosário tenha pena destes dois irmãos, hoje falecidos, os quais um dia -- em igual situação e oportunidades --, foram REIS dessa irmandade que está completando 200 anos de existência.

E que a nossa FESTA, assim como a vida de todos nós, continue de forma tranquila e abençoada, seguindo a determinação do CRIADOR que é a de estarmos preparados, sempre cuidadosos com o dia de amanhã, cumprindo com zelo e amor a nossa obrigação de sermos caridosos, humildes e justos.

VIVA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO!

2 comentários:

Cleuson da Informática disse...

Jacinto foi muito importante para comunidade minasnovense, ensinou a muitos jovens a profissão uma profissão. São poucos os que sabem e compartilham os seus conhecimentos.

Cleuson da Informática disse...

Que Deus possa retribuir a Jacinto tudo o que ele já fez os minasnovense, eu fui um dos que tive oportunidade quando trabalhei como aprendiz na sua oficina. Foi pouco tempo, mas tempo suficiente para entender alguns segredos da vida.

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