SUCURIU OU FRANCISCO BADARÓ?
"Em 1948, a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Sucuriú passou a se chamar Francisco Badaró, em homenagem ao Dr. Francisco Duarte Coelho Badaró, ex-ministro plenipotenciário que se instalou em Minas Novas (Vila do Fanado), nomeado que foi, com o advento da República, para o cargo de Juiz de Fora, tão logo se casou com Sinhazinha Nogueira (filha do morubixaba ZÉ BENTÃO) dando início à tradicional família que dominou, à moda dos coronéis, todo o vasto e atrasado município de Minas Novas, de que se apartara para se transformar em pujante célula da exaurida região fanadeira.
Em 30 de dezembro de 1962, depois de muita luta nesse sentido,liderada principalmente pelos religiosos Cônego Figueiró e Monsenhor Bernardino, ocorreu a tão sonhada emancipação político–administrativa como novo município em 1 de março de 1963, quando oficialmente foi denominada Francisco Badaró, em substituição ao sugestivo e original topônimo de Sucuriu (que se relacionava à ocorrência de uma cobra inofensiva, mas de porte volumoso – cobra grossa no idioma tupi-guarani - animal que era abundante nas águas que banhavam a Vila)
O povo Badaroense cultiva, ainda hoje, muitos costumes sefarditas e manifestações folclóricas recebidas dos antepassados. Tais manifestações persistem na alma popular e fazem dessa hospitaleira cidade uma das mais graciosas comunidades do interior de Minas, onde são preservadas as tradições de respeito ao trabalho, às artes e ofícios, ao acatamento das orientações das pessoas mais idosas, da valorização da família e do fervor religioso de seus habitantes.
A cidade fica no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, apresentando um conjunto de belezas - no seu casario, sítios naturais e na simplicidade de sua gente - que nos remetem às vilas encantadas da era mineradora.
Além daqueles dois religiosos citados, a história do município se engrandece com as referências de ilustres cidadãos que muito contribuiram para a boa formação de seu povo, devendo ser enaltecidas as figuras do Padre Emiliano Gomes Pereira, do Maestro José Sebastião de Oliveira, do comerciante José Calazans e da Dona Figueiró (mãe de Antônio Honorato) que, de maneira invejável, é paradigma de mãe, esposa, mestra e lider comunitária.
A economia local se apoia na produção agropecuária, sendo o artesato do algodão, o beneficiamento de cereais e dos derivados do leite, principalmente o tradicional requeijão moreno, a fonte garantidora da existência honrada da laboriosa população desse histórico município brasileiro.
-- geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/
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