Amigo (a), sugiro ler primeiramente a crítica de Bruno Mendes. Em seguida, veja o vídeo. É um filme-denúncia. Roberto.
Assista o trailler oficial (legendado) : http://www.youtube.com/watch?v=vsGxpqQGhrE CRÍTICA do FILME "CONFIAR" O gênero drama é preenchido por dois tipos de filmes. Há o dramalhão com fórmulas utilizadas em demasia: exagero no emprego da trilha sonora lacrimejante, uso do slow motion em várias sequências, beijos de despedidas ao som de clássicos pop, dentre outros artifícios. O segundo tipo é aquele que comove pela força da história, pela construção bem elaborada de personagens e dos desdobramentos dramáticos de suas vidas; sem apoiar-se em convenções. O longa Confiar, de David Schwimmer (o Ross da famosa série Friends), felizmente, pertence a este grupo. Annie (Liana Liberato), uma menina de 14 anos, é presenteada pelos pais Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener, de Sentimento de Culpa) com um computador. Dócil e cordial, a garota mantém um relacionamento ameno com a família. O laço de confiança estabelecido entre os responsáveis e a jovem é tão forte, que eles não se importam que ela converse com estranhos na internet. Não é segredo que Annie tem contato virtual com Charlie, um garoto que diz ter 16 anos. Ao marcar um encontro às escondidas, porém, descobre que ele na verdade é um homem com aproximadamente 35 anos, que a seduz. O fato quebra o clima harmonioso da família, e traz consequências psicológicas drásticas para todos. Extremamente honesto, Confiar não abre mão de abordar um tema tão delicado como o abuso sexual de uma menor, de forma direta e clara. A sequência na qual Annie estabelece o encontro íntimo com Charlie é uma das mostras dessa proposta. Com o uso do plano próximo na parede do quarto mal iluminado, é impossível manter-se indiferente à angústia e ao desespero da inocente garota, que apenas emite sons. Méritos para a competentíssima direção de Schwimmer e a estupenda (essa é a palavra) caracterização da jovem atriz Liana Liberato, que esbanja expressividade ao retratar uma garota doce, delicada, confusa e ao mesmo tempo rebelde e transgressora, como qualquer garota de 14 anos, sem jamais ser a típica "rebelde sem causa", como tantas adolescentes são representadas no cinema. A obra ainda acerta em mostrar, como plano de fundo, o quanto a 'erotização precoce', e o apelo sexual que surge de todos os lados é comum, em nossa sociedade. Garotas novas conversam sobre o uso de roupas curtas, e um amigo do trabalho de Will – que, aliás, trabalha com campanhas publicitárias, nas quais são comuns fotos de pessoas jovens usando poucas roucas – flerta com a garçonete de um restaurante, que aparenta ter 19 anos. Há no filme uma pequena denúncia (provocativa e extremamente bem concebida) de que muitos "homens do bem" são passíveis de comportamentos sórdidos. Aquele que comete abuso pode ser o vizinho, um professor, alguém do próprio meio. Estas informações são expostas ao espectador de forma sutil. Mais um ponto positivo. Após o ocorrido, a família sofre, quer tomar atitudes drásticas, e o Estado tem dificuldades em localizar o criminoso e coibir o crime. Nos Estados Unidos, no Brasil, na China, os pedófilos da internet estão em todos os lugares, e não é fácil captura-los. Confiar pode ser identificado como 'filme denúncia' e merece ser visto por pais com filhos adolescentes que passam horas na internet. Além disso, é 'cinema de pura qualidade', comovente e esclarecedor. Poucos clichês e talento de sobra. Por: Bruno Mendes | ||
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Amigo (a), leia a crítica abaixo; depois veja o vídeo. É um filme denúncia
Assista o trailler oficial (legendado) : http://www.youtube.com/watch?v=vsGxpqQGhrE O gênero drama é preenchido por dois tipos de filmes. Há o dramalhão com fórmulas utilizadas em demasia: exagero no emprego da trilha sonora lacrimejante, uso do slow motion em várias sequências, beijos de despedidas ao som de clássicos pop, dentre outros artifícios. O segundo tipo é aquele que comove pela força da história, pela construção bem elaborada de personagens e dos desdobramentos dramáticos de suas vidas; sem apoiar-se em convenções. O longa Confiar, de David Schwimmer (o Ross da famosa série Friends), felizmente, pertence a este grupo. Annie (Liana Liberato), uma menina de 14 anos, é presenteada pelos pais Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener, de Sentimento de Culpa) com um computador. Dócil e cordial, a garota mantém um relacionamento ameno com a família. O laço de confiança estabelecido entre os responsáveis e a jovem é tão forte, que eles não se importam que ela converse com estranhos na internet. Não é segredo que Annie tem contato virtual com Charlie, um garoto que diz ter 16 anos. Ao marcar um encontro às escondidas, porém, descobre que ele na verdade é um homem com aproximadamente 35 anos, que a seduz. O fato quebra o clima harmonioso da família, e traz consequências psicológicas drásticas para todos. Extremamente honesto, Confiar não abre mão de abordar um tema tão delicado como o abuso sexual de uma menor, de forma direta e clara. A sequência na qual Annie estabelece o encontro íntimo com Charlie é uma das mostras dessa proposta. Com o uso do plano próximo na parede do quarto mal iluminado, é impossível manter-se indiferente à angústia e ao desespero da inocente garota, que apenas emite sons. Méritos para a competentíssima direção de Schwimmer e a estupenda (essa é a palavra) caracterização da jovem atriz Liana Liberato, que esbanja expressividade ao retratar uma garota doce, delicada, confusa e ao mesmo tempo rebelde e transgressora, como qualquer garota de 14 anos, sem jamais ser a típica "rebelde sem causa", como tantas adolescentes são representadas no cinema. A obra ainda acerta em mostrar, como plano de fundo, o quanto a 'erotização precoce', e o apelo sexual que surge de todos os lados é comum, em nossa sociedade. Garotas novas conversam sobre o uso de roupas curtas, e um amigo do trabalho de Will – que, aliás, trabalha com campanhas publicitárias, nas quais são comuns fotos de pessoas jovens usando poucas roucas – flerta com a garçonete de um restaurante, que aparenta ter 19 anos. Há no filme uma pequena denúncia (provocativa e extremamente bem concebida) de que muitos "homens do bem" são passíveis de comportamentos sórdidos. Aquele que comete abuso pode ser o vizinho, um professor, alguém do próprio meio. Estas informações são expostas ao espectador de forma sutil. Mais um ponto positivo. Após o ocorrido, a família sofre, quer tomar atitudes drásticas, e o Estado tem dificuldades em localizar o criminoso e coibir o crime. Nos Estados Unidos, no Brasil, na China, os pedófilos da internet estão em todos os lugares, e não é fácil captura-los. Confiar pode ser identificado como 'filme denúncia' e merece ser visto por pais com filhos adolescentes que passam horas na internet. Além disso, é 'cinema de pura qualidade', comovente e esclarecedor. Poucos clichês e talento de sobra. Por: Bruno Mendes | ||
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