Coincidências poéticas existem...
e são muitos os casos, em nossa literatura, de se verificar no universo da obra de alguns autores inadvertidos ou incautos, a ocorrência desses "fenômenos".
Entretanto, é caso mais comum entre os cantores e compositores.
Chamou-me a atenção o e-mail enviado pelo mestre Rabicó, sempre atento às coisas de nossa "Língua Pátria", em que denuncia ter-se deparado, num livro publicado pelo ex-deputado Getúlio Neiva, de um poema (como se fosse de sua autoria) contendo estrofes retiradas desse lindo poema da lavra do grande poeta Carlos Drummond de Andrade.
Mesmo em se tratando de algo que poderia ser classificado como "ingênuo, irrelevante ou de pouca importância", é deslize inadmissível que alguém o cometa, principalmente sendo o agente transgressor uma pessoa pública, tida e havida como culta e consciente.
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário