sexta-feira, 2 de maio de 2008

MINAS NOVAS É TERRA DE TODOS NÓS

 

Um leitor assíduo do meu blog (o que muito me honra), que é antigo morador de nossa cidade -- onde vive e trabalha honestamente e mantém sua família aí constituída -- me escreveu agradecendo pelo fato de ter-lhe enviado um e-mail chamando-o de "dileto conterrâneo", sendo ele nascido em uma outra cidade cujo território, outrora, pertencera ao antigo município de Minas Novas.

 

O fato chamou-me a atenção e assim dei-me conta de que jamais fiz distinção entre os fanadeiros nascidos ou não em nossa terra, sendo meus legítimos conterrâneos todos aqueles que assim se consideram e demonstram esta condição através de suas atitudes concretas e positivas.

 

Abomino posições radicais, de qualquer natureza, não creio que sejam toleráveis as posturas segregacionistas e xenófobas, por parte de quem quer que seja, e até mesmo ouso afirmar que muitos foram os "alienígenas" que demonstraram ser autênticos fanadeiros, muito mais minasnovenses de que muitos dos que se dizem ter nascido em antigos casarões desta terra ou que descenderam de nobres famílias governativas.

 

No meu humilde julgamento são insuperáveis minasnovenses, na honradez de suas famílias, no labor incessante e exemplar, na valorização da cultura e das nossas tradições, no respeito aos valores de nosso lugar e no amor extremadamente dedicado à nossa terra, pessoas da têmpera e do quilate de um ícone como o Dr. Francisco Martiniano, como o Dr. Agostinho da Silva Silveira, como a Irmã Maria Helena, como o juiz de direito Dr. José Guaracy de Vasconcellos, como o comerciante, fazendeiro, caminhoneiro e político Dário Sales Magalhães, como os policiais militares Gesse Moreira, Serafim Abreu e João Moura, como os religiosos José Pacífico Peregrino, Salustiano Silva, Emiliano Gomes Pereira e José Lávia, além de tantas outras personalidades do passado e muitas do presente que se entrelaçaram e se ajustaram a nossa vida fanadeira, sendo que entre estes, sem desfazer-me dos demais, destaco as pessoas das Irmãs religiosas Ana Maria Ortelli, Geralda e Genoveva, dos padres Pedro e Plínio Galasso, dos juizes de direito Dr. Gudesteu Biber Sampaio e Dra. Maria Celeste Porto, dos bancários Francisco Carlos Campos Coelho, Manoel Alves da Silva, Maria Izabel Lages Casais Mota, Marília Potter Issler Ascena, Victor José Baptista e Ludgero Lourenço Sampaio, do delegado Dr. Potiguara Francisco, dos médicos Dr. José Antônio Dias e Dr. Rafles Rafael Coelho, dos operários Humberto Vital Gomes, Xisto e Derli Baianinho, dos profissionais liberais como os Drs. José Morais Filho, Wellington Oliveira, Tito Pacheco Figueiredo, Márcio Araujo, Benedito Porto e Ana Lourdes, do vereador Alcides Guedes Filho, dos industriais Geraldo (Gera) Nogueira, Antônio Figueiredo Sobrinho e José Nogueira Pereira, dos professores Sávio Bartolomeu, Déa Alves da Silva Coelho, Maria Antônia Silva, Vânia Beatriz Alves Morais Magalhães, Avelina Figueiró, Izabel Abreu, Aparecida Pires e Nosvalda Barbosa Cunha, dos policiais militares Ednaldo Pinto, Francisco Nascimento, Cirilo Gonçalves e Geraldo Maciel, dos funcionários Itamar Hippy, Flávio Paulista, Antônio Soneca e Dirceu da Ruralminas, dos comerciantes Antonio Lemos Nunes, César Marques de Oliveira, Alcides Barbosa, Geraldo Paranhos, Zezinho Rodrigues, Alvimar Oliveira, Sandro, Francisca Pereira Francis, César Gomes e Clélio Murta, dos servidores aposentados como José Thimóteo da Paz Nunes,Eduardo Furini, Pedro Rodrigues Neto e José Vicente Pinheiro, além de tantos outros profissionais, mulheres e homens trabalhadores que continuam honrando e dignificando o nome de Minas Novas e nos proporcionando a honra e o maior orgulho com suas presenças e convivências sociais, inserindo-se cada um na construção de uma comunidade que busca se afirmar como uma terra digna de se viver e lugar ideal para se habitar, de se criar os filhos com soberania e independência, todos com os olhos voltados para a frente e para o alto, para o progresso e para o desenvolvimento.

Creio que seria desnecessário incluir na minha lista de queridos conterrânios, todos os meus diletos fanadeiros que vivem em Minasz Novas mas que nasceram em Sucuriu, Berilo, Capelinha, Chapada do Norte, Jenipapo, Turmalina, Leme do Prado, Novo Cruzeiro, Araçuai, José Gonçalves de Minas e Veredinha, os quais, em nossa cidade, são verdadeiros irmãos que jamais se negaram de reconhecer, valorizar e respeitar as nossas raízes.

A terra ideal é aquela que nos acolhe e nos oferece a sua hospitalidade. E a recíproca sempre é verdadeira. Exemplo maior do que seja isto, tenho dentro de minha casa um incrível caso, que a todo momento me faz lembrar deste detalhe: minha querida esposa NILDA é natural da cidade de Itambacuri, lugar maravilhoso e de gente feliz onde morei, trabalhei, constitui família e alí, com muita alegria e satisfação, ainda conservo fortes laços de amizade e gratidão, pois lá vivi durante muito tempo, razão que me tornou ou apaixonado pela Terra abençoada de Nossa Senhora dos Anjos, pela qual tenho o maior carinho, considerando-a, de coração, como minha terra. Eu, desta forma, já nem me surpreendo quando sou tomado de saudades e estremecido de amor pela minha cidade adotiva, enquanto que Nilda, mesmo não se esquecendo jamais de sua terra natal e de sua gente, sonha a todos os momentos com o povo e todas as coisas fanadeiras, com o que há e com tudo o que acontece em Minas Novas, como se fosse ela, e não eu, que em minha terra tivesse de fato nascido. E assim nos completamos e compartilhamos o amor por nossas duas terras idolatradas. . .

 

Em homenagem a eles, publico abaixo esse interessante poema do grande poeta Affonso Romano de Sant'Anna:

 

 

Guerra da Terra Alheia

 

 

O povo que não tem pátria, patriota,
combate o povo que ontem
- nem pátria tinha.
O fato é que o mais fraco
vai de novo pagando o pato
sem que se saiba ao certo
se o ovo nasceu primeiro
ou se, ao contrário, a galinha.

É isto fábula de rato e gato?
História de cordeiro e lobo?
De fato o povo que outrora
não tinha pátria
combateu em pátria alheia
para ter sua própria pátria.

Agora na pátria própria
combatem em alheia pátria
os que, sem pátria, combatem
pra ter, enfim, pátria própria.

Não se sabe por que não podem
compartir a própria pátria
esses que compartem a pátria alheia.
São aranhas enredadas
no ódio da própria teia?
Por que não compartem terra
e céu, como as flores e pássaros
compartem a aldeia?

Há fim? há princípio?
nesta história redonda e torta?
Por que não compartem a sorte
e a vida, esses compatriotas
do horror e morte? Além do mais,
se há tanto tempo compartem a guerra
por que não podem compartir a paz?

 

 

Se houver dentre aqueles ilustres conterrâneos citados qualquer um que deseje se apresentar como candidato aos cargos eletivos de prefeito e de vereadores, os nomes têm que ser analisados como opções legítimas e propostas democráticas de verdadeiros cidadãos comprometidos com o futuro de um município pujante e uma terra que sabe respeitar o direito e a Justiça.



--
geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com

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