terça-feira, 6 de outubro de 2009

Texto do Luis Nassif no Cruzeiro, muito importante

 
TEXTO ESCRITO POR DALTON SILVEIRA MAGALHÃES - ENGENHEIRO AGRÔNOMO

 
Nos últimos anos principalmente, tenho recebido e-mail's e/ou comentários depreciativos, xulos e que denigrem a imagem do Presidente Lula e do nosso País. É certo! As evidencias estão aí.... e bota transparencia nisso! Não tenho nenhuma viseira e tambem não sou partidário daqueles que gostam de  tapar o sol com a peneira, por isto acolho os manifestos com bastante atenção, mas tambem com um olhar crítico: Me punha a analisar as posturas dos adversários, dos governos anteriores e principalmente como se encontrava o nosso País de pires na mão se humilhando perante o FMI e  as grandes potencias mundiais.... tambem uma realidade que todos nós cansamos de ver e sofrer...como bons brasileiros. Esclareço que não sou petista e não faço nenhuma apologia àquilo que é ou está errado. Gostaria, entretanto que vc lesse o texto abaixo que uma amiga me enviou. Acho que ele ilustra de maneira simples e resumida, mas com muita propriedade, aquilo que eu sinto que o nosso presidente tem de melhor. Talvez o seu grande legado (e que não é pequeno) para a nação brasileira. Com o espirito desarmado, vamos à leitura....    
 
 

 
Reproduzo aqui um texto do economista Luis Nassif no Jornal Cruzeiro do Sul de 04.10.2009. Quero salientar que o Nassif já foi crítico do governo, mas é um cara independente e lúcido. Foi ao ponto, com muita franqueza.

Sim, nós podemos

Notícia publicada na edição de 04/10/2009 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno C - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
 
Estava almoçando com um amigo banqueiro quando veio a notícia de que o Rio de Janeiro havia sido escolhido cidade-sede das próximas Olimpíadas. Mandou abrir um vinho em comemoração. De manhã, um funcionário dele, em Copenhagem, mandou e-mail informando que na cidade só se falava em Lula, uma euforia completa apenas pela presença de Lula por lá.
 
No restaurante, as mesas comemoraram pedindo vinhos e champagnes. Nas ruas, uma população orgulhosa do feito brasileiro. No Blog, centenas de comentários de leitores orgulhosos de serem brasileiros, finalmente orgulhosos de serem brasileiros, repito.
 
Chego no escritório, ligo a Internet e procuro o vídeo com o discurso de Lula, defendendo a candidatura do Rio e, depois, com Lula com os olhos marejados falando de sua maior especialidade: o modo de ser brasileiro. Tecendo loas ao Brasil, ao Rio, à ginga, à alma brasileira.
 
E me espanto de como é possível que parte da opinião pública ainda não tenha se dado conta da dimensão política global de Lula. Ele se tornou um dos governantes paradigmáticos do maior processo de transformações que a humanidade atravessa desde o pós-guerra.
 
***
 
A população pobre, que era custo, hoje se tornou o grande ativo dos emergentes China, Índia e Brasil. Lula representa não apenas a história de sucesso do operário que chegou a presidente. O polonês Lech Walesa também teve esse papel e não passou de mera curiosidade histórica. Já Lula tem desempenhado um papel civilizatório inimaginável.
Assumiu um país exaurido pela insensibilidade social, liderando um continente propenso a exageros populistas históricos, como contraposição aos exageros liberais. Globalmente, o fracasso das políticas neoliberais projetou uma sombra de xenofobia, intolerância e radicalização sobre todos os continentes.
 
Foi nesse ambiente propício à radicalização que Lula projetou sua imagem de pacificador, de agente do processo civilizatório mundial.
 
Com a mesma bonomia com que trata seus adversários políticos no Brasil, ou como tratava os peões de fábrica no ABC, ajudou a criar uma alternativa democrática no continente, orientando Evo Morales, contendo os arroubos de Hugo Chávez, tornando-se a esperança do Ocidente de manter uma porta aberta com o Irã.
 
Quando leva Obama para uma sala para explicar, em um bate-papo, como agir no caso do Irã, o severino retirante se despe de toda liturgia do cargo, dos tremeliques da diplomacia, usa a linguagem tosca e direta com que as pessoas normais se comunicam e ajuda a desenhar a nova diplomacia mundial. E com a cara do Brasil, a afetividade do Brasil, alisando as pessoas, tratando-as com o carinho brasileiro.
 
Na coletiva que deu após a escolha do Rio, a profissão de fé no Brasil entrará para a história. O orgulho de ser brasileiro, o sim, nós podemos entra definitivamente para o repertório brasileiro do século 21, do mesmo modo que JK empurrou o país com seu otimismo e sua genuína crença no valor do brasileiro.
 
Daqui a vinte anos, quando o país estiver definitivamente entronizado no panteão dos grandes países do mundo, será mais fácil avaliar a verdadeira dimensão de Lula, como o grande timoneiro dessa travessia.


EU TAMBÉM CONCORDO: SOU PLENAMENTE FAVORÁVEL A "DAR A CESAR O QUE É DE CÉSAR"!




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