A fazenda “Papagaio”, localizada a apenas 6 km do centro de Minas Novas, pela segunda vez - em menos de um ano - foi invadida por ladrões que derrubaram e carregaram centenas de árvores adultas como ipês, gonçalos, braúnas, candeias, araçás, jatobás, perobas, angicos, sucupiras e outras madeiras de lei. A ação delituosa desses criminosos ambientais, além de destruir valiosas espécies nativas da região, coloca em risco os esforços dos proprietários que vinham, de forma voluntária, cuidadosamente preservando essa área como reduto de preciosidades, verdadeira reserva florestal de inestimável importância para flora e fauna nativa, pois garantiam a diversidade entre os extensos maciços cobertos pela vegetação invasora de eucaliptos, além de se constituir como único manancial do Ribeirão do Bom Sucesso, atualmente degradado e em processo de recuperação. As pessoas envolvidas nesses delitos ambientais, que já foram flagradas e fotografadas, encontram-se devidamente identificadas, mas continuam impunes, havendo sérias suspeitas de estarem beneficiadas pela proteção de autoridades locais, embora as vítimas continuem insistindo pelo prosseguimento do inquérito que está paralisado na Delegacia de Policia Civil. Os proprietários afirmam que, na busca da defesa de seus direitos, procurando as polícias Militar e Ambiental, os quais imediatamente acataram os Boletins de Ocorrência, estão agora - além do grande prejuízo material - sofrendo com constantes pilhérias e ameaças por parte dos criminosos que – estando livres e impunes – sentem-se protegidos em razão da omissão das autoridades em questão.
CONVENIÊNCIA, DISPLICÊNCIA, CONIVÊNCIA, OMISSÃO, CORRUPÇÃO OU FALTA DE AÇÃO DAS AUTORIDADES POLICIAIS DE MINAS NOVAS...
Estas são as diversas indagações, entre muitas outras, que se ouve entre os moradores da cidade de Minas Novas, diante desses fatos lamentáveis que colocam em risco a segurança da população em um dos mais antigos municípios de Minas Gerais e sede de uma das mais extensas comarcas do Estado. Todos estão alarmados com a falta de segurança nas ruas, onde o índice de violência e criminalidade vem crescendo nos últimos meses, em razão de questões que envolvem o tráfico e consumo de drogas, a pirataria de cigarros e o comércio de mercadorias de origem duvidosa como motos, celulares e aparelhos domésticos usados. Entretanto, causa maior estranheza que ocorrências de fatos delituosos cujos suspeitos e responsáveis já estejam claramente identificados continuem impunes e nem mesmo denunciados ao Ministério Público para que as medidas judiciais sejam cumpridas. A impunidade tem incentivado a ação de elementos inescrupulosos que, sabendo que não serão presos ou processados, invadem propriedades rurais para praticar roubos, furtar animais e derrubar cercas e espécies vegetais. Esses vândalos vêm praticando verdadeira devassa em reservas particulares como os casos mais recentes, acontecidos na fazenda “Papagaio”, localizada a apenas 6 km do centro da cidade, onde centenas de árvores já foram transformadas em lenha para os fornos de uma olaria próxima ou reduzidas em toras para cercas de arame em pequenas propriedades da região, sendo que os autores desses crimes já são de pleno conhecimento da Delegacia Policial da cidade, cujo titular, porém, nega-se a dar o necessário encaminhamento dos respectivos inquéritos que foram abertos por provocação das vítimas e permanecem engavetados. Além desses elementos criminosos, são também conhecidos nomes dos principais traficantes que atuam na cidade, bem como de comerciantes piratas de cigarros e de outras mercadorias de origem perigosa, todos que, LAMENTAVELMENTE, agem com incrível desenvoltura e desrespeitosa complacência dos agentes da lei.
GERALDO MOTA
Jornalista MTe 16.401-MG
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