A Nova Era
Muitas são as aflições e dificuldades que o mundo contemporâneo
atravessa. Em muitos países, as crises políticas, econômicas e sociais
são notícias rotineiras gerando um clima de pessimismo e inseguranças
generalizados. E nos perguntamos; quando começaremos a vivenciar a tão
aguardada nova era, descrita pelos benfeitores como um novo período para
a Humanidade, onde teremos paz, justiça e fraternidade?
Ilusoriamente acreditamos que um dia acordaremos e receberemos a
notícia tão esperada, talvez pelos mesmos noticiários que enfatizam as
problemáticas, de que tudo mudou, o mundo se transformou regenerando-se e
agora sim, seremos felizes. Ledo engano.
Todo o processo de transformação ocorrerá na intimidade dos
habitantes de nosso planeta, ou seja, de dentro para fora. A regeneração
não será material, mas moral.
Em toda a Codificação encontramos explicações sobre a necessidade da
reformulação de nossos hábitos e comportamentos. O Evangelho Segundo o
Espiritismo trabalha em minúcias os principais pontos negativos a serem
observados e combatidos em nossa personalidade, mas também nos traz o
bom ânimo tão necessário em todos os embates. Insuflam-nos os bons
Espíritos a fé que fortalece, dentro do entendimento de que tudo pelo
que passamos pode servir como aprendizado, desde que utilizemos de bom
senso, avaliando nossas atitudes,verificando como não cometer os mesmos
erros.
“… vós sois o grão de areia, mas sem grãos de areia não haveria montanhas…”,
nesta linda alusão do Espírito Fénelon, que encontramos no próprio
Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo I, vemos retratada a
importância do todo. Cada um de nós representa uma parte de algo maior,
como um grande organismo que precisa de todas as suas células sadias e
trabalhando em harmonia para ser considerado saudável. Se cada grão
fizer sua parte garantiremos a integridade da montanha. Cada um de nós
tem sua tarefa de crescimento individual que se reflete no coletivo.
A lei dos mundos é a do progresso incessante, e este processo já se
iniciou há muito tempo, já não ultrapassamos a era primitiva? Entretanto
vislumbrar a nova era dependerá do esforço que empreendermos em nosso
próprio crescimento moral, pois ela representa um novo modo de pensar e
agir.
De nada nos adiantará o desânimo, a tristeza, o cansaço, embora sejam
perfeitamente compreensíveis os momentos de exaustão em uma grande
viagem. Todavia, precisamos nos lembrar das promessas do Mestre Nazareno, “Vinde a mim todos que estais cansados e eu vos aliviarei…”.
Em nosso auxílio Jesus nos legou seu Evangelho redentor e esclarecedor,
que pode nortear nossos caminhos, consolar nossas aflições, mas acima
de acima de tudo nos ensinar a importância do amor, elemento fundamental
para nossa felicidade futura.
Umberto Fabbri é autor da Mundo Maior Editora. Publicou o livro Resgate de Almas.
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