MUSEUS, TURISMO E ECONOMIA NA VISÃO DE UM POLÍTICO IMPORTANTE
"Olharás para o futuro e deixarás o passado para trás, pois quem vive de passado é museu... e se museu servisse para alguma coisa útil, a cidade de Ouro Preto ainda seria a capital de Minas Gerais, não uma cidade decadente, cheia de desempregados, prostitutas, cachaceiros, arruaceiros e um lugar cada vez mais atrasado.
O turismo na cidade do Rio de Janeiro, assim como nas maiores cidades do Brasil, depende muito mais das praias, que de museus. Qual seria o fator custo-benefício resultante de investimentos em cultura? As bilheterias dos museus geram receitas?
Museu só gera lucros para os famosos e reconhecidos artistas plásticos, cujas obras são providenciais para a lavagem de dinheiro da corrupção! "
(Declaração de um importante político(*) que, na juventude, foi estudante em Ouro Preto)
(Adivinhe quem é):
(*) Não se trata do ex-prefeito César Maia (que estudou engenharia na Escola de Minas, na década de 1960), mas do ex-presidente GETÚLIO VARGAS, que estudou em Ouro Preto, quando seus irmãos se envolveram numa briga que terminou com a morte do estudante paulistano Carlos de Almeida Prado Júnior em 7 de junho de 1897.
INFELIZMENTE, desta visão arcaica ainda comungam alguns administradores como o de Minas Novas que permite a descaracterização do patrimônio histórico da cidade, não somente facilitando a vida de iconoclastas, fazendo vistas grossas às demolições, como concedendo alvarás de funcionamento de comércios que ocupam logradouros públicos estratégicos como praças, jardins e estádios, prejudicando a população, incentivando a concorrência aos comerciantes legalmente estabelecidos e, o que é pior, desvalorizando os enormes investimentos por parte do Governo Estadual com a recuperação/restauro de bens tombados e de grande valor histórico, que se têm verificado nos últimos tempos.
Segundo levantamentos realizados pelo TCE-MG, Minas Novas é uma das cidades mineiras que mais tem recebido investimentos em seu conjunto de bens históricos, tombados ou não.
Cuidar do PATRIMÔNIO HISTÓRICO, assim como garantir o uso correto dos bens públicos, é uma das atribuições do
MINISTÉRIO PÚBLICO,
a quem cabe fiscalizar, denunciar e exigir correções e punições.
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