terça-feira, 6 de outubro de 2015

“DURA LEX, SED LEX”





“DURA LEX, SED LEX”
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A criminalidade campeia, à solta, no município de Minas Novas, onde a Segurança Pública, assim como os demais serviços comunitários, está uma verdadeira calamidade.  A bandidagem está agindo livremente, à luz do dia, colocando a população em constante estresse e ninguém vê qualquer providência por parte do prefeito, uma autoridade que está sendo comparada ao zero à esquerda.
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POR FALAR EM LEIS E EM POLÍCIA, acabei de me lembrar de um fato, muito antigo, mas que pode sugerir uma saída para resolver os problemas de segurança pública em nossa cidade. Vou direto aos fatos: 
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Lá pelos idos de 1940-1950, para variar, Minas Novas estava entregue às traças, pois não havendo boas lideranças no município as coisas desandam e, como diziam os mais experientes, a "vaca vai pro brejo". Naquele tempo, como agora, a falta de vergonha era geral e os políticos que aqui militavam só o faziam no sentido de encherem suas burras - ou seja - para puxar a sardinha para sua brasa, botarem o dinheiro da prefeitura no bolso e viverem, com seus familiares, no bem bom das capitais. 
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Nesse tempo o descaso era tanto que as igrejas estavam caindo e até o fórum, que funcionava no Sobradão, deixou de existir em virtude das péssimas condições daquele prédio. Escola pública só existia uma e, mesmo assim, eram poucas as professoras formadas. Prefeitura era uma repartição de enfeite, onde compareciam os empregados somente no dia de receber o salário. Não havia juiz, nem promotor e o delegado era chamado de "calças curtas", pois era um pau mandado do prefeito. Mesmo assim, sendo o principal "testa de ferro" o pobre do delegado vivia no mais completo aperto e sofrimento para fazer o seu serviço - diga-se de passagem - sem receber qualquer salário em troca. Era apenas um cargo honorífico, para atender os interesses partidários e do chefe político. Contudo, como se tratava de pessoa muito simples mas orientada pela religiosidade, pelo bom senso e pelo respeito que vigorava entre as famílias, essa autoridade procurava pautar-se pela "boa convivência", sem cometer arbítrios e injustiças. Mas a falta de um poder mais efetivo, com mais representatividade e condições de agir, levou a comunidade a sentir, cada vez mais, a sua decadência e os efeitos do abandono administrativo. 
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Foi assim, estando sem saída, que o delegado, que era o saudoso JOAQUIM LOPES, procurou pelas pessoas que ele acreditava serem as mais importantes do lugar, como o próprio prefeito da época, os vereadores, o juiz de paz, o adjunto de promotor de justiça, as professoras, o padre, os comerciantes e mais alguns amigos e estes, junto dele, passaram a discutir as medidas que deveriam tomar, mas o que se verificou foi um jogo-de-empurras, quando um ficou passando sua responsabilidade sobre os ombros do outro e, daquela discussão, resultou que em nada chegaram de positivo. Ninguém queria assumir responsabilidade e cada um achava que deveria ficar no seu canto, como se nada fosse de seu interesse. Mas, aquele bom homem, muito bem intencionado e de fato desejoso de ver a cidade andar nos trilhos da normalidade social, sem bagunças, sem alterações e sem crimes, mas, ao mesmo tempo considerando sua triste impotência diante de tantos problemas graves, ele resolveu tomar uma drástica atitude. Mandou que sua filha, a saudosa professora MARIA LOPES, pintasse uma faixa bem grande, com os seguintes dizeres, afixando-a em frente de sua casa, pois nem mesmo delegacia existia:

"POR FALTA DE AUTORIDADES, DE POLICIAIS E DE CADEIA, A PARTIR DESTA DATA FICAM PROIBIDAS AS BRIGAS"

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