sexta-feira, 26 de junho de 2009

EDUCAÇÃO E POLÍTICA COMO PORTAS DO PROGRESSO

Todos nós, que somos pais, educadores por profissão ou por circunstâncias, que somos naturais ou conhecedores das realidades do Vale do Jequitinhonha e, em particular temos preocupações com o município de Minas Novas, temos que parar um pouquinho para refletir sobre o conteúdo dos arquivos em anexo.

Sabemos que em nosso município, a exemplo do que acontece no resto do Brasil, mas de forma mais aguda em nossa cidade de Minas Novas, torna-se da maior URGÊNCIA a tomada de posições a respeito de uma nova ordem a ser estabelecida em alguns segmentos daquela sociedade, onde se faz preciso que participemos, de alguma forma, contribuindo, em esforço concentrado, no sentido de reverter-se o estado de calamidade em que se encontram os níveis educacional e cultural de nossos jovens que "vegetam" por aquelas bandas.

Sabemos que são muitas as dificuldades -- sejam elas estruturais, estratégicas e/ou logísticas-- mas, de imediato, o que se pode afirmar é que a situação educacional ali exige uma saída rápida, em razão da lastimável realidade que se verifica no meio de tantas outras carências. E o fato de se definir a EDUCAÇÃO como prioridade, é porque, somente através dessa primeira providência é que as demais poderão ser encetadas, confirmando assim a assertiva já por demais debatida, dispensando-se, portanto, renová-la como tese, de vez que, sendo este o único caminho, nenhuma outra opção resta-nos para a correção dos rumos propostos.

Serão várias as limitações e enormes as barreiras que se apresentarão, de imediato, havendo, porém, no meio desse caos, alguns valores que devem ser, por ato de louvor e justiça, destacados como sendo imprescindíveis, pois são o exemplo de sacrifício -- verdadeiro martírio -- representado pelo trabalho de uma minoria de professores, muito poucos em cada uma das escolas, em número insuficiente (diga-se de passagem) ali existentes, onde militam pouquíssimos profissionais que têm a consciência de que a missão de ensinar é muito mais um sacerdócio que um meio profissional de ganhar bons salários. Mas, de qualquer forma, contando com esses valores humanos referidos, já será um bom começo, pois têm eles, de fato, o pleno sentimento do dever a cumprir, a necessidade de sustentarem esta causa e a motivação principal que é a coragem e o compromisso de não se deixarem vencer pelo desânimo e pelo medo de ir à luta. E, a respeito do ENSINO, torna-se preocupante também o fato de que os futuros profissionais, que estão sendo forjados no meio de um processo inadequado e corrompido, na realidade vítimas do engodo, frequentam, na maioria, cursos superiores improvisados e especulativos, estabelecimentos mercenários do abominável comércio de diplomas, faculdades sem exigência de frequência presencial, criadas sem o compromisso de habilitar o pedagogo que, em síntese, é forjar aquele agente cuja missão seria a de informar e formar, ser o transmissor das primeiras letras, o operário da iniciação para a sabedoria, o multiplicador das técnicas e dos ofícios, o orientador das artes e das disciplinas, os profissionais que jamais terão competência adequada para transmitir os conteúdos de um planejamento que visa moldar personalidade, carater, espírito, sabedoria, moral e toda a gama de elementos teóricos e práticos que definem e possibilitam a CIDADANIA.

Ao lançar esta polêmica, de arguir como fonte de nossas mazelas a carência do setor de ensino, também estou deixando bem claro que a responsabilidade maior é do PODER EXECUTIVO, nos três níveis de governo, com ênfase à falta de credibilidade e pulso da administração municipal, tendo presente a visão lamentável de todo o nosso município onde são constantes os incidentes -- banais, aos olhos de muitos que já nem reconhecem como necessários os valores do conhecimento e da cultura -- esses comportamentos execráveis que ocorrem cotidianamente, não só nas referidas escolas, mas nas repartições públicas, nas ruas e nos ambientes em que haja a frequência de grupos de pessoas, onde, via de regra, são comuns os atos de vandalismo, de grosseria, de descalabro, de insultos, de desrespeito e de agressão aos mais elementares princípios da boa convivência social, não se excluindo, como alvos destas barbaridades, os próprios pais, os professores, os idosos, as autoridades constituídas, quando nem mesmo as tradições são respeitadas e o patrimônio público é tido como propriedade de uma quadrilha.

É fato incontestável, em nossa cidade, a disseminação das práticas condenáveis, com a incrível aceitação das drogas, da prostituição, da pirataria, da sonegação, da prevaricação, da falta de pudor, da apologia à luxúria e de tudo que se relaciona ao que seja ilegal e imoral, pois já não existe limite para o descalabro público e o mais lamentável é a completa omissão por parte das lideranças -- para não dizer "autoridades locais" -- que se omitem e se apresentam como descompromissadas com estes problemas, transferindo-os, sucessivamente, ao encargo de outras esferas de poder que, afinal, realimentam o círculo vicioso da inércia, da incompetência e da impunidade.

Muitos, a esta altura, haverão de estar-se esquivando, imiscuindo-se desse compromisso comum aqui proposto, alegando que os fatos não os afetam, por não fazerem mais parte daquela comunidade, o que, a princípio, constituiria ato de covardia, de injustiça e falta de caridade. Outros poderiam dizer que não têm capacidade, habilidade, tempo, recursos próprios ou muitas outras desculpas para fugirem a este chamamento, quando nenhuma obrigação, além de um pouquinho de boa vontade e de sensibilidade, será de fato cobrada de quem quer que seja.
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Ninguém, que seja bem formado, que tenha princípios cristãos e seja movido pela razão e pelo amor a seus semelhantes, haverá de afirmar que nada pode fazer em benefício de seu próximo. Cada um, isto sim, poderá contribuir, seja com seu bom exemplo -- o que já seria um ponto de partida muito positivo -- seja com o entusiasmo do incentivo, seja com gestos concretos de participação efetiva em reuniões de trabalho, com o envio de sugestões, planos, propostas, programas e até mesmo com investimento em ações de melhoria ou na decisão de aplicar recursos financeiros em alguma iniciativa empresarial, na expectativa de geração de empregos, lucros e dividendos.

Se de um lado são imensas as carência, temos certeza de que, ao serem estas mazelas eliminadas, abrir-se-ão muitíssimas possibilidades do aproveitamento de tantas potencialidades as quais estão até hoje ocultas, omitidas, desestimuladas e que precisam ser descobertas, trabalhadas e estimuladas.

Como medidas salvadoras, temos ouvido, já a muito tempo, muita conversa fiada, centenárias promessas feitas por indivíduos irresponsáveis e exploradores da boa fé popular que dominaram a região desde o Brasil Colônia e até mesmo propostas de políticos carreiristas que continuam comparecendo ao Vale do Jequitinhonha apenas para garimpar votos, nas safras eleitorais, que nenhum resultado positivo possa ser observado a favor da população, salvo raríssimas excessões que não foram bem assimiladas.

O início das campanhas eleitorais já se aproximam e serão determinantes, para as eleições que acontecerão no final do próximo ano, a imediata definição dos nomes que haverão de merecer nossos votos e nossos apoios, pois sem estes os cidadãos que estiverem pleiteando cargos eletivos não chegam ao sucesso de seus pleitos eletivos.Tais nomes, de possíveis candidatos aos cargos políticos, de parlamentares em potencial, cada um de nós podemos avaliar a partir de lideranças que vêm destacando no grupo local, pessoas que tenham gabarito de conhecimento, habilidade, honradez, compromisso, energia, disponibilidade e VONTADE de atender a estas expectativas iniciais.
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Portanto, já é hora de irmos definindo os nomes para compor chapas interessantes ao progresso e ao desenvolvimento de nossa Terra, fechando as portas para os corruptos tradicionais, os aventureiros, os compradores de votos, deixando de lado as paixões partidárias e sem alimentar as antigas divergências originadas do coronelismo, da submissão, do medo, do egoísmo, da vaidade e da falta de diálogo comum entre ditadores e opressores que tanto prejuízo social tem causado a Minas Novas.

Como inicialmente afirmado, tudo depende da EDUCAÇÃO e será através da boa formação -- justamente neste princípio educacional--, que poderemos firmar compromissos políticos no sentido de viabilizar e garantir a condução correta de ações e projetos factíveis de imediata implementação, não só nas Escolas, mas, por consequência, em todos os demais segmentos da comunidade.

Apesar de parecer este um discurso de político, que em parte não deixa de ser, devo garantir que não tenho qualquer motivação para apresentar-me como candidato a cargo eletivo, não me desobrigando, porém, de estar engajado no movimento partidário daqueles que se apresentarem habilitados. dentro deste contexto, pois acredito na força da participação democrática e popular e estou convencido de que será na conciliação de interesses nobres e na conjugação de esforços diversos que se poderá estabelecer as bases necessárias à edificação de uma sociedade sadia, produtiva, agradável e duradoura.

Lanço o desafio e aguardo inscrições para um debate público, amplo, sincero, criterioso e democrático através de meu BLOG.

Temos pela frente um curto período de discussões, mas uma grandiosa oportunidade de solucionarmos, em definitivo, os graves problemas sociais que infelicitam famílias de bem e todos aqueles, honestos e trabalhadores desse município, que de fato estejam indignados com a atual situação política e estejam dispostos a buscar as melhores soluções para a nossa tricentenária Minas Novas.


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