quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TODOS OS DEMAIS MARANHÕES, DO AMAPÁ AOS PAMPAS, TÊM LÁ OS SEUS SARNEYS QUE MERECEM!

A decomposição senatorial
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No bate-boca entre os senadores Pedro Simon, Renan Calheiros e Fernando Collor, o aspecto mais deplorável era que nenhum dos três se pronunciava em respeito à verdade. Calheiros usava de deboche e obliquidade do malandro calejado, Collor despejava toda a acidez desenvolvida em longos anos de ostracismo que se seguiram à sua cassação, enquanto Simon abusava da sagacidade dos "Pampas", interpretando o santo que nunca foi e não é.
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Ficou patente, nesse episódio enjoativo, que o Senado está nas mãos de uma quadrilha voltada aos próprios interesses, mais ou menos ilícitos, e virada de costas para o país. E não só isso, mas em rota de colisão com os princípios elementares da ética.
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Renan Calheiros, desprovido de argumentos para defender suas teses esdrúxulas e vergonhosas, apenas ameaçava retaliar, denunciar, criar dificuldades para alcançar facilidades e segurar seu poder na casa. Para o bem do país? Não, para engordar seu patrimônio que se multiplicou milagrosamente no exercício de mandatos eletivos.
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Fernando Collor teve o atrevimento de ameaçar aos gritos um colega, descortinando olhar de psicopata, prometendo revelar episódios desabonadores caso ele não se calasse de imediato. Mas o silêncio que Collor exigia era em relação à pessoa que mais foi vilipendiada e denunciada por ele no passado: o ex-presidente da República José Sarney.
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Collor, assim como Calheiros e Lula, mudou de posição em relação a Sarney, não ao final de uma revisão ideológica e fundamentada, não pela fulguração na estrada de Damasco, mas apenas pelo interesse fisiológico que surgiu em relação a uma aliança no Maranhão e no Senado.
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Calheiros, armado de dossiês, elaborados por Agaciel Maia, como se fossem metralhadoras, pretende manter sob controle a mais poderosa e democrática instituição legislativa da República; Collor vislumbra ressurgir das cinzas, ou da lama, e Simon faturar um momento de glória, interpretando o "durão ético" quando todas as dúvidas já foram escancaradas pelos outros.
E mesmo quem ficou em silêncio, tem culpa nesse episódio. E estar no meio de um naufrágio e desconhecê-lo é sintoma estranho, provavelmente de comprometimento que imobiliza os lábios. Enfim, poucos se salvaram.
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O Senado mostrou que, atrás da fachada, a decomposição consumiu a instituição.

E-mail: vittorio.medioli@otempo.com.br - Publicado em: 06/08/2009

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A guerra midiática é travada num círculo tremido que não fecha
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Sem interrupções, pedidos de aparte ou fuzuê. Só o espocar dos flashes. Por cerca de 50 minutos, ontem à tarde, o plenário do Senado - cheio como há muito não se via - acompanhou em silêncio as alegações do presidente daquela Casa. Sarney, com as mãos trêmulas e a fala várias vezes vacilante, subiu para a tribuna com munição pesada.
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Todo mundo queria assistir àquele discurso de peso proporcional, na política, a jogo da seleção.
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Apresentou supostas provas como antídoto contra supostas acusações contra ele. Usou documentos, datashow e caneta de laser. Tentou cercar todas as denúncias. Conseguiu convencer?
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Não. Discurso furado como peneira. Após a explanação do mesozóico homem público, o líder tucano, Arthur Virgílio, resumiu bem aquela "Tosca". Sarney não mentiu, só se esqueceu. A mansão de R$ 4 milhões em Brasília, esqueceu pela segunda vez; a primeira foi na declaração à Justiça Eleitoral de 2006. Omitiu o uso questionável de sua verba indenizatória para pagar uma empresa no Maranhão incumbida de organizar seu acervo pessoal. Deixou de citar que cedeu apartamento funcional a uma prestimosa servidora. Esqueceu o mais importante: seu estreito laço com Agaciel, nome que sequer pronunciou do púlpito.
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Sobre a parentada, esqueceu quem são a cunhada, a sobrinha da mulher, a filha de seu ex-ministro e o genro do amigo ex-diretor. Se houve nomes dos quais não pôde fugir, pôs a culpa nos colegas Cafeteira, Mozarildo e até na filha Roseana. Sobre Henrique Bernardes, exorcizou os grampos. Não obstante, disse que eles não o comprometiam. Como assim? E a promessa de procurar o Agaciel para ajudar a neta?
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Em suma, foi um festival de buracos. Um círculo que, feito com traço tremido, não fechou.
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VITORIO MEDIOLI é empresário de sucesso que se deu ao luxo de não querer mais ser deputado federal ou senador, pois se assim o quisesse seria sempre eleito, preferindo não mais se candidatar, tendo lá seus motivos e razões, pois já demonstrou ter formação humanística e ter posicionamentos coerentes com suas convicções, além de ser profundo conhecedor dos labirintos do poder e do mundo político de Brasília, com a sabedoria e a experiência de “bom italiano” que ele é:
OS SENADORES sabem que tudo vai dar em nada e por isto fazem o jogo daqueles que RESISTEM, pois assim são obrigados a agir, para sobreviverem diante de quaisquer evidências de corrupção: valentemente, com todas as suas forças, recursos e imaginação, devem mentir, jurar, mentir, desafiar, amedrontar seus os acusadores, inverter as provas, mentir, tripudiar sobre a lei, desqualificar o bom senso, tornar a mentir, abusar da lógica, mentir, ameaçar com rigor os que sabem da verdade, pois eles próprios sabem que o que se deve fazer é mentir e não se deixar parecer vencido e ir até o fim no jogo da cretinice e dos absurdos para os quais eles se preparam como exímios atores, numa peça teatral cujo script eles sabem todo o enredo, toda trama e o desfecho. Eles sabem que a opinião pública, em ralação a suas falcatruas, de nada vai prejudicá-los nos seus respectivos redutos onde todos eleitores são fieis e os têm como santos, como salvadores, como perfeitos, como inocentes, como injustiçados, como éticos e como os melhores, por estas razões vão continuar votando neles e os querendo com o eternos reis. Cada um em seu burgo. Por isto é que o SARNEY pouco se lixa com os que o acusam, pois ele precisa apenas de continuar no senado, cumprindo sempre o ritual macabro da mentira, mesmo que desmoralizado perante o resto do país, de vez que o que lhe importa e interessa é ficar lá na sua Amapá, o quintal do Maranhão, não se importando com o achincalhe, o ridículo, o fato de ter sido acuado, desmoralizado, diante do que provou ser capaz de resistir, de ser valente, de ser duro e corajoso, merecendo ficar lá para garantir o seu império, e para isto terá sempre garantidos os votos dos imbecis eleitores do Amapá e do Maranhão, a maioria que nos “sarneys” de fato votam, os quais vivem como no mundo da lua, cegos, enfeitiçados, hipnotizados ou “benzidos” e completamente obcecados pelo poder desse homem cretino e tão cheio de bigodes e de poderes diabólicos.

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O que fazem os senadores, também dominados pelo mesmo poder? ... resistir, resistir e resistir, na certeza de que logo mais, até o surgimento de outros fatos, outras denúncias, outras motivações incontroláveis e vazadas pela mídia com suposto potencial para obrigar novamente a armação do circo, repetindo todo o enredo, ser coerente com sua determinação de mentir e resistir, pois tudo voltará, inexoravelmente, mais uma vez a se acalmar e a ficar na mesma de sempre: cada um mamando no seu canto, escrevendo suas memórias e despejando seus marimbondos de fogo sobre aqueles que se derem ao trabalho e aos esforços inócuos de os acusar e que jamais terão capacidade de convencer a quem quer que seja de que exista alguma coisa que deva ser apurada, que venha comprovar as artimanhas ou que possa desmascarar aquela incrível farsa que o Senado da República tem sido, chegando-se à mesma conclusão que todos temos, sobre a qual os senadores nem se importam, pois é assim que para eles deve ser e continuar sendo, esse parlamento inútil cujo objetivo será sempre o mesmo, ou seja, o de ser um teatro, um circo de cavalinhos velhos e boquirrotos, homens asquerosos e indecentes, artistas mambembes que sabem como ninguém encenar uma democracia de fachada e uma ação política calhorda para um país mal descoberto, pessimamente colonizado e vergonhosamente administrado.

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TODOS OS DEMAIS MARANHÕES, DE NORTE A SUL, DO AMAPÁ AOS PAMPAS, TÊM OS SARNEYS QUE MERECEM!

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