sábado, 2 de abril de 2011

O PORQUÊ DE ESTAR O SOBRADÃO EM RUÍNAS,,,

Não é a idade (menos de 200 anos) e nem mesmo o efeito das chuvas que ultimamene têm sido abundandes, as causas de estar o sobradão em péssimas condições, nos últimos tempos. O infortúnio dos monumentos históricos e demais bens culturais localizados no município de Minas Novas e, por conseguinte, da própria condição intelectual do povo dessa cidade, decorre da falta de cultura, da incompetência e da insensibilidade dos atuais governantes pois, afinal, quem não conhece o valor dessas riquezas - ou as negligencia - também não haverá de se importar com a educação, com a tradição e com os valores maiores de uma comunidade que se preze e que procura preservar, defender e honrar suas raízes, seus costumes, a sua própria identidade como povo civilizado e progressista.
Quem não conhece a história de sua terra, quem não conhece as tradições do seu povo e não sabe - ou não quer - reconhecer a importância da cultura e da educação, a estes tanto faz que existam as Muralhas da China, o Coliseum, a Torre de Pizza, a Capela Sistina, a Torre Eiffel, o Cristo Redentor, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, os Profetas do Aleijadinho, a Igrejinha da Pampulha ou a Lagoa de Vandico, a Igreja do Rosário dos Homens Pretos de Minas Novas, do Solar de Dona Auta Maciel, do Sobrado destinado ao Museu de Percursos do Jequitinhonha, do sobrado de Gabriel Borges ou mesmo o quase finado Sobradão, agora remediado com um ridículo telhado sustentado sobre caibros de eucaliptos roliços, para tapar o sol com a peneira e empurrar com a barriga a dignidade desse povo que não sabe de seus direitos, não conhece os seus deveres e ainda pior, confia o destino de um município tão importante nas mãos de pessoas irresponsáveis e sem qualquer compromisso com a seriedade e a cidadania.

Esta dura realidade, que agora se evidencia com maior intensidade, desencadeou-se com a eleição de uma prefeita que nada entendia de Minas Novas. Agravou-se com a eleição de um ex-senador biônico - de triste memória - que, apoderando-se do município, infestou a prefeitura de toda espécie de ratos e sentindo-se bafejado pela quadrilha de políticos corruptos a que pertencia, comprou votos, ludibriou o TRE, manipulou o TCE, humilhou o representante local do  Ministério Público, engalobou a Phillips (no caso da iluminação do sobradão e outros monumentos), depois se desiludiu com o grupo que o elegeu e a quem sustentava, vendo-se obrigado - vergonhosamente - de capitular-se e de se renunciar ao cargo que conquistou de forma ilegítima e criminosa, deixando em seu lugar um vice completamente despreparado para resgatar o prejuizo e reconduzir o município, de forma honesta, criteriosa e eficiente, aos rumos que até algum tempo atrás vinha encontrando os melhores destinos, bruscamente interrompidos pela politicagem coronelística de um tradicional mercenário egresso dos porões da ditadura.

E são muitos, além do atual prefeito, os herdeiros dessa triste figura.  São muitos, na atualidade, que mesmo reconhecendo o grande mal que causaram a Minas Novas, permitindo que novamente se intalasse no município justamente aquele que daria continuidade ao carrancismo e ao regresso, pois têm conhecimento que o finado ex-prefeito (que Deus o tenha.no lugar bem merecido..) nunca teve ele boas intenções com a terra que dizia ser sua e ao povo de quem se dizia ser conterrâneo, haja vista a herança deixada, representada pelo triste passivo que todos conhecem de sua administração calamitosa, da qual não se pode apontar uma obra sequer que tenha sido positiva e permanente.

Está por demais comprovado que aos antigos políticos que dominavam como coronéis o município de Minas Novas, a eles não interessavam o progresso e o bem estar do povo, "pois quanto mais pobres, ignorantes e bobos, melhor é o jeito de dominar esses bocós" (assim já dizia a matriarca Dona Sinhazinha!). E aos dominadores desse antigo curral eleitoral, para que se preocupar com escolas, com livros para as crianças, com bibliotecas para o povo, com teatros, com jornais, com museus, com estradas, com leitos de hospital?

Para que investir em cultura?

- Ora, ora, bolas:  é muito melhor deixar o povo inculto e ignorante, pois assim jamais haverá de conhecer seus legítimos direitos e de ter a petulância de exigir o correto emprego dos impostos arrecadados, de conferir-se se é justa a aplicação dos recursos do FPM, e acompanhar de perto a obrigação do prefeito de cuidar com zelo e competência dos bens públicos, do erário, dos monumentos, da paz social, do progresso harmônico e constante da comunidade laboriosa. Esta é a tradição ...
E, quanto ao sobradão, o que diria de um monumento tão altivo, tão visível, tão imponente, tão conhecido e tão valorizado? 

Ha!!! O problema é que esta velharia já estava passando da hora de ter a sua eliminação do cenário minasnovense: Sua visibilidade sempre incomodou e faz lembrar que no interior daquele prédio, quando ali funcionava uma Escola Normal, que era a única existente em todo o Nordeste de Minas (além de uma outra que existia em Diamantina), ali se  formaram várias cabeças pensantes e ilustres como Dom João Pimenta (primeiro bispo de Montes Claros), Cônego José Barral, Cônego Barreiros, Coronel Amaral, Coronel Coelho, Coronel Manoel Fulgêncio Pereira, Coronel Demóstenes César, Coronel João André, Dr. Bento Nogueira, Dra. Alzira Reis, além de ser o altar sagrado de grandes mestres do passado como o Dr. José Eloi Otoni, Mestre João Cândido, Dr. Francisco Martiniano Oliveira, Professor Olínto Esteves, Mestra Flora Brasileira Pires César e o próprio Coronel José Bento que, apesar da descendência deixada, deve ter sua memória preservada por se saber que a degeneração de sua prole não é culpa das águas do Fanado, somente de uns tempos para cá poluídas, mas pela ação malévola da vertente de Piranga.

Quais seriam os registros a serem preservados, publicados, mostrados e divulgados num memorial, num museu ou numa outra casa de cultura desse gênero? O fechamento ignominioso de uma Escola Normal? O título de "Persona non grata, do Vaticano"? A demolição da Igreja de São Pedro? A construção da Ponte do Constantino? O Massacre dos Tocoiós? A "febre tifo" dos Garapas? O extermínio dos Caraíbas? A construção do Campo de Jovina para receber o Correio Aéreo Nacional? A raspagem da estrada de Capelinha? A herança de Brites, do Mirante e da Pousada das Cavalhadas? A bomba hidráulica do Cansanção? A iluminação da Phillips? O time de futebol do Juventus? E os móveis antigos do Sobradão ? (não me refiro às tábuas do soalho, pois estas, de fato foram corroídas por cupins!)

É esta a razão de não haver quase nada de registros históricos para se exibir  - além de baboseiras ufanistas e incensatórias de puxa-sacos - pois não se salvaram os arquivos públicos, os registros paroquiais e nem mesmo os acervos cartoriais que deveriam estar incólumes e sob a guarda de seus respectivos oficiais no Forum de uma Comarca que é das mais antigas jurisdições do Estado, que se originou ainda no tempo do Império, pois de seus armários sumiram volumes e volumes de muitos processos importantes, como o do inventário dos bens deixados pelo Cônego Barreiros, dos autos do confisco dos bens do Tenente-coronel Domingos de Abreu Veira, envolvido na Inconfidência Mineira, da massa-falida do Intendente João de Barros (construtor e ex-dono do Sobradão), do inventário das irmãs Gondinhas e Firmianas (tias do Cônego, cujo acervo passou "milagrosamente" ao poder de parentes de um juiz natural de Itamarandiba!), da incrível e espantosa falência fraudulenta do Império do Divino Paráclito Espírito Santo e até mesmo do histórico processo em que Tiradentes foi acusado de agredir um condutor de escravos, para livrá-los da tortura e do açoite, em que aquele protético e mascate (antes de ser alferes e inconfidente) foi preso, condenado e teve seus bens (boticões, bússolas, mapas, relógios e tropa) confiscados para o pagamento da multa, custas e honorários, pois também esses bens apreendidos, com excessão da tropa que foi vendida naquela época, os demais ficaram retidos no Cartório do Crime, apensados aos autos,  até bem pouco tempo, onde eram exibidos e depois desapareceram sem qualquer explicação. Onde estariam - também - os autos de inventário do Coronel Álvaro Pimenta, fazendeiro do Alagadiço e Alto dos Bois, além de tantos documentos de heranças jacentes que foram usados para lastrear transações em nome da Fundação Pietro Salline, da Nutrix, e do escandaloso, ainda em vigor, nebuloso contrato de comodato firmado entre a Acesita e o Estado de Minas, através da Ruralminas, como se estas glebas de antigas sesmarias, com legítimos herdeiros, caracterizassem terras devolutas....

Onde estariam o relatório e a prestação de contas do engenheiro Constantino? Porque, ao invés da ponte, cujos vestígios estão no "Pilar do fundo do Funchal", sobrou apenas uma "ponte pênsil de arame" sobre o Rio Fanado, cujo custo - no início do século passado - equipara-se ao preço de uma "Rio-Niteroi"?

Poderia um médico e político ter o dom da onipotência e da ubiquidade...

Quem seria o Barão de Minas Novas...

E o Visconde do Jequitinhonha...

Talvez uma boa investigação histórica, científica e, quiçá policial,  fosse a solução para se apurar as causas e os efeitos, localizando-se assim a resposta para a indagação feita pelo historiador João Valdir Alves, no documento abaixo, que lamenta a falta de registros históricos necessários às pesquisas que se desenvolvem, a nivel acadêmico, que poderiam embasar providências e determinar ações - com mais justiça e eficiência - no sentido de buscar soluções para grande parte das mazelas, não só do município de Minas Novas, mas de resto, do imenso território que fazia parte de sua jurisdição e que hoje são cidades importantes como Teófilo Otoni, Almenara,  Itambacuri, Itamarandiba, Berilo, Araçuai, Salinas, Rio Pardo de Minas, Chapada, Sucuriu, Capelinha e até mesmo Montes Claros e Governador Valadares que naquele tempo (Arraial das Formigas e Figueira do Rio Doce, respectivamente) seus habitantes, por desconhecerem suas reais delimitações, viam-se contingenciados a recorrer às autoridades (vivaldinas!) da histórica (ou ironicamente folclórica...) Vila do Fanado para suas demandas forenses, deixando na Casa Grande a vassalagem ao morubixaba, conhecido "apóstolo fanadeiro", comparsa de todos os coronés de patentes compradas da indigitada "guarda nacional" que infelicita, até hoje, esse "vale da Miséria".


NOTA CIENTÍFICA
Fontes para uma reflexão sobre a história do Vale do Jequitinhonha
(Sources for a reflection about the history of Jequitinhonha Valley)
João Valdir Alves de Souza *
O
 Vale do Jequitinhonha ocupa uma área de 85.000 km2 na região nordeste do estado de Minas Gerais, onde vivem aproximadamente 1.000.000 de pessoas, distribuídas em 80 municípios. Nos últimos anos, tem crescido sistematicamente o interesse de pesquisadores pela região, ao que parece, em função do generalizado discurso segundo o qual o Vale ostenta indicadores sociais e econômicos comparáveis aos piores do mundo. Ao lado das atividades de pesquisa destacam-se, também, diversas formas de intervenção desenvolvidas por instituições acadêmicas e organizações governamentais e não-governamentais.
O que tem caracterizado essas atividades de pesquisa e intervenção, entretanto, é a forma bastante desarticulada de sua realização. Não há qualquer diálogo substantivo entre as instituições que lá atuam e/ou entre os pesquisadores que as representam. Isso tem trazido dificuldades tanto em relação a possíveis ações coordenadas, as quais poderiam produzir impactos mais significativos, quanto em relação aos próprios pesquisadores, os quais trabalham geralmente de forma isolada, tendo acesso apenas ocasional às pesquisas de colegas que se encontram por acaso. Além disso, tem sido muito pequena a visibilidade do quadro que essas novas pesquisas têm traçado.
Em decorrência disso, as imagens que têm predominado na formação das representações sobre a região são aquelas difundidas pela imprensa, grosso modo voltadas para a denúncia de suas mazelas, o que tem generalizado o Jequitinhonha como “bolsão de pobreza”, “região problema”, “vale da miséria”, “ferida de subdesenvolvimento” etc. Não se trata de não reconhecer os graves problemas que afligem grande parte da população local, mas não há dúvida de que é preciso reconhecer que o Vale não é uma região homogênea e que a maioria dessas matérias da imprensa não capta essas diferenciações.
Essa vasta região é diversificada tanto pelo longo processo histórico de ocupação quanto pela diversidade de atividades que predominaram em cada lugar. No alto-médio Jequitinhonha (Serro Frio, Diamantina, Minas Novas) e no norte do estado (Rio Pardo de Minas, Salinas) a ocupação do território se deu a partir do início do século XVIII. No baixo Jequitinhonha (Pedra Azul, Jequitinhonha, Almenara, Salto da Divisa), ela aconteceu somente um século depois. No alto Jequitinhonha, a atividade principal foi a mineração, decorrente das bandeiras paulistas que chegaram às “minas gerais” a partir do final do século XVII. No norte de Minas e no baixo Jequitinhonha, a atividade principal foi a pecuária, que atingiu o território mineiro através do vale do São Francisco, o “rio dos currais”. Atualmente, há predomínio da atividade mineradora no alto Jequitinhonha, predomínio da pecuária no baixo Jequitinhonha e uma atividade mista na região intermediária.
Apesar de ainda pouco conhecida, principalmente em algumas microrregiões, pode ser considerado bastante vasto o material já produzido sobre a região. Dois tipos de fontes alimentam a pesquisa e o conhecimento no campo da história: as fontes primárias e as fontes secundárias. Fontes primárias ou originais são aquelas que documentam um fato, uma circunstância, um vivido. São os documentos escritos, objetos de uso pessoal e coletivo, instrumentos diversos. Exigem do pesquisador mais que uma leitura, ou seja, exigem sua inscrição num contexto histórico, social, político, econômico e cultural para que adquiram inteligibilidade, uma vez que são sempre fragmentárias e se referem a uma particularidade. As fontes secundárias, pelo contrário, dizem respeito às diversas leituras que os diferentes pesquisadores fazem das fontes primárias. Ainda que possam se transformar em novas fontes de pesquisa, as fontes secundárias são textos postos no mercado de bens culturais para consumo de diferentes categorias de sujeitos: outros pesquisadores, professores, estudantes, curiosos de modo geral. Enquanto as fontes primárias estão mais ligadas à produção do conhecimento da história, as fontes secundárias estão mais ligadas à difusão do conhecimento histórico.
O Vale do Jequitinhonha se caracteriza pela dificuldade de acesso tanto a fontes primárias quanto secundárias. Há uma profunda carência de arquivos públicos. Exceto em Diamantina, onde há a Biblioteca Antônio Torres e o arquivo do Palácio Arquidiocesano, e no Serro, com o Museu Casa dos Otoni, em nenhum outro lugar há um arquivo público relevante que concentre fontes primárias de pesquisa no nordeste de Minas. Isso faz com que essas fontes estejam dispersas junto a pessoas da comunidade ou em arquivos particulares. A “operação historiográfica”, neste caso, tem que ser realizada a partir de indícios, em decorrência da escassez de dados. Ressalte-se, também, o descuido em relação à preservação dos documentos históricos, cujo destino tem sido a fogueira, o lixo ou os porões mofados, onde estão aos cuidados das traças, das baratas e dos ratos.
As fontes secundárias têm crescido notavelmente nos últimos anos. Apesar disso, como se disse anteriormente, tem predominado uma visão homogeneizadora sobre a região, desconsiderando diferenças fundamentais entre as microrregiões. Essas fontes podem ser identificadas quanto ao espaço, quanto ao tempo e quanto à origem.
Em relação ao espaço, predomina a produção e difusão de conhecimento sobre determinadas regiões (Serro, Diamantina), sendo bastante escasso o conhecimento sobre outros lugares (toda a região de que Minas Novas constituiu-se como centro histórico). Mesmo nas regiões fronteiriças, mais dinâmicas, como a de Montes Claros e a de Teófilo Otoni, é muito incipiente a divulgação do conhecimento regional. Não há na biblioteca da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), a única universidade em todo o norte de Minas e sudoeste da Bahia, nem na biblioteca da Fundação Educacional Nordeste Mineiro, de Teófilo Otoni, uma ala ou uma prateleira sequer destinada às fontes regionais.
Em relação ao tempo, há uma grave lacuna historiográfica no que se refere ao século XIX e à primeira metade do século XX, na região que compreendia o termo de Minas Novas, o que compromete uma visão de maior alcance sobre a história local. Raros são os trabalhos que abordam esse período histórico. Grosso modo, os autores afirmam que a região entrou em profundo estado de abandono e estagnação a partir do final do século XIX, voltando a aparecer como objeto de interesse apenas a partir de meados do século XX. Predomina, neste caso, uma interpretação sustentada em ciclos econômicos (mineração, algodão, pecuária) fora dos quais praticamente nada de relevante teria acontecido.
Em relação à origem, tem havido o predomínio quase absoluto de manifestações da imprensa, nem sempre sustentadas em um conhecimento sistemático da região, o que mais tem contribuído para difundir a imagem homogeneizadora da qual se falou acima. Essas manifestações se caracterizam pelo forte apelo ao emocional, buscando atingir, na opinião pública, uma mobilização voltada para o caráter assistencialista, principalmente por época de aprofundamento das hostilidades do quadro natural (enchentes, secas). Apesar do predomínio dessas visões da imprensa, são vários os lugares da produção desse conhecimento, como os diagnósticos governamentais, a produção local e os trabalhos acadêmicos. Todos eles encerram, entretanto, um paradoxo, que pode ser assim abordado.
1) Imprensa (escrita, falada, vídeo). Paradoxo do “denuncismo”. Alerta para os graves problemas que afligem a população local, mas, ao mesmo tempo, reforça as representações negativas sobre a região. Ver, por exemplo: “Jequitinhonha: a escola no coração da miséria.” Nova escola. São Paulo,  ano VII, edição n0 63, dez 1992; “Vale do Jequitinhonha vive miséria somali.” Folha de São Paulo. São Paulo, 18/04/93; “Parada no tempo: como é a vida no Vale do Jequitinhonha, um dos lugares mais pobres do Brasil.” Isto é Minas. Belo Horizonte, Edição n0 87, 21/07/93. A questão central aqui é: a que e a quem serve continuar reproduzindo a idéia de “vale da miséria”?
2) Diagnósticos institucionais. Paradoxo da “inoperância”. Realizam diagnósticos diversos e elaboram projetos, até mesmo tecnicamente perfeitos, mas politicamente inviáveis. Ver, por exemplo, o caso do Programa de Barragens, elaborado no contexto das ações do Programa Novo Jequitinhonha (FJP, 1988) e o Programa de Assentamento Dirigido do Vale do Jequitinhonha – PADVALE, que consistia em realizar, nos moldes da empresa agrícola, o assentamento de produtores rurais em quatro grandes núcleos de colonização no Vale (RURALMINAS, 1987). Em relação ao primeiro, um jornal da capital publicou um caderno especial para enaltecer seus propósitos. “Usina de Santa Rita: a redenção do Jequitinhonha.” Hoje em dia. Belo Horizonte, 8/5/88. Quanto ao segundo, não foi realizado porque esbarrou na resistência da população local.
3) Produção local. Paradoxo do “saudosismo”. Resulta, geralmente, de trabalhos de autodidatas locais. Celebra as mudanças operadas em virtude do “progresso” que chega, mas lamenta a perda dos valores mais sagrados. Apesar de bem intencionada, produz geralmente uma historiografia pouco criteriosa, porque não se fundamenta em recursos teórico-metodológicos apropriados, mesmo quando seu propósito é produzir uma “História do Vale do Jequitinhonha”. Muitas vezes, volta-se para a enumeração de fatos, para a relação dos nomes dos ocupantes de cargos públicos e para o destaque das pessoas ilustres do lugar. Alguns se revestem de um exacerbado cunho ufanista. São muito comuns os livros de memórias e de poesias. Entretanto, é o material que mais circula entre a população, mesmo porque o propósito dos autores é geralmente produzir uma literatura para consumo doméstico e de fácil manuseio e assimilação por parte dos leitores.
4) Trabalhos acadêmicos. Paradoxo do “distanciamento”. Produzem, na maioria das vezes, análises precisas e instigantes, mas o conhecimento não se reveste de uma dimensão prática. Apesar de ainda insuficientes para permitirem uma visão de conjunto mais sistemática da região, pode-se dizer que tais análises são bastante amplas na abordagem dos objetos e de grande diversidade nas conclusões a que chegaram. Quanto ao conteúdo, essa produção é bastante variada. Ela perpassa um vasto conjunto de relatos de viajantes estrangeiros, produção típica do século XIX, vasto conjunto de diagnósticos sócio-econômicos, típicos dos anos 70 e 80, e avança, atualmente, para a produção de uma reflexão crítica sobre o próprio olhar que tem sido lançado sobre uma região em relação à qual tornou-se senso comum dizer que se atolou na miséria, no abandono e na estagnação. O tema “campesinato” é um dos que mais aparecem nos estudos acadêmicos. Tomando como referência o raciocínio de Ricardo Ribeiro (RIBEIRO, 1993), pode-se dizer que os estudos sobre campesinato na região: ressaltam a relação particular entre apropriação do meio ambiente e o modo de vida camponês (GRAZIANO e GRAZIANO NETO, 1983; COSTA, 1997); discutem as diferentes formas de reprodução da pequena produção (MOURA et al., 1980; CARNEIRO, 1997); destacam a importância da migração sazonal como importante estratégia de produção e reprodução sociocultural e econômica (AMARAL, 1988; GEBARA, 1988; BACARIN e GEBARA, 1988; MORAES SILVA, 1988, MAIA, 2000); abordam a atuação do Estado via programas de apoio à pequena produção (PRATES et al., 1980; ARROYO, 1982; VOLL, 1985); investigam a relação dos camponeses com a escola (GOMES e RABELO, 1984; CARNEIRO, 1986; GANNAM, 1987); analisam os movimentos sociais, a comunicação e a cultura (ÁVILA, 1980; POEL, 1979, POEL, 1981, POEL, 1986; ANTUNES, 1986; SGRECIA e GADELHA, 1987; RIBEIRO, 1993); investigam a dimensão religiosa (MULLS e BIRCHAL, 1992; SOUZA, 1993 e SOUZA, 2000); recuperam a memória (SOL, 1981; FIGUEIREDO, 1983; MACEDO, 1992; PEREIRA, 1996; RIBEIRO, 1996; SANTOS, 1997; WEYRAUCH, 1997) e tratam das conseqüências das transformações recentemente ocorridas na região a partir da penetração de atividades em bases capitalistas (FURTADO, 1985; SILVA, 1987; MOURA, 1988; RIBEIRO, 1996, SOUZA, 1997), para citar apenas algumas das obras mais recentes.
Essa bibliografia, entretanto, tem que ser garimpada pelos pesquisadores, porque, apesar de ampla, como se verá a seguir, em nenhum lugar ela está disponível de forma concentrada. Isso traz problemas diversos, uma vez que se corre o risco de ficar “reinventado a roda”, gastando o tempo em pesquisas sobre temas já pesquisados. Para os novos pesquisadores isso traz graves problemas, como dispor-se a pesquisar um tema sem o domínio do que já se conhece. Formar um banco de dados que concentre esse material é uma necessidade premente. Espera-se que a criação do Mestrado em Desenvolvimento Social na UNIMONTES, que deverá ter o Vale do Jequitinhonha como locus de muitas das pesquisas de seus alunos, desencadeie uma ação nessa direção.
A bibliografia que se segue, nem de longe esgota a busca por mais fontes primárias e secundárias. Este é um trabalho que deve ser continuado. Aqui está o que considero mais relevante em termos de produção bibliográfica sobre a região. Como a própria delimitação regional do Vale do Jequitinhonha é muito elástica (ver SOUZA, 1997), incluí obras que não dizem respeito especificamente ao Vale, mas às suas fronteiras, como Mucuri e norte de Minas.
Mais importante do que fazer um vasto levantamento dessa bibliografia, entretanto, é encontrar meios de disponibilizá-la a todos aqueles que se interessam pelo conhecimento dessa região tão contraditória, sobre a qual tanto se fala e tão pouco se conhece. Fica a sugestão de se criar em algumas cidades do Vale e na biblioteca da UNIMONTES um Centro de Documentação com um acervo básico sobre a região. Além disso, deve-se estar atento à produção de um material didático de fácil manejo pelos estudantes e professores do ensino fundamental, com o objetivo de desenvolver o gosto pelos temas regionais.

Bibliografia básica sobre o Vale do Jequitinhonha
ALMANAQUE DE CULTURA POPULAR. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Cultura, 1986. Mensal. Série Vale do Jequitinhonha, n. 0 a 3.
AMARAL, Leila. Do Jequitinhonha aos canaviais: em busca do paraíso mineiro. 3 v. Belo Horizonte: FAFICH/UFMG, 1988. Dissertação (Mestrado em Sociologia da Cultura).
AMORIM, João Roberto D. Oligarquias, coronelismo, caciques e populistas. Montes Claros: Ed. UNIMONTES, 2000.
ANDRADE, Manuel Correia de. Áreas de domínio da pecuária extensiva e semi-extensiva na Bahia e no norte de Minas Gerais. Recife: SUDENE, 1982.
ÂNGELIS, Côn. Newton de. Efemérides riopardenses1698-1972. 4 v. Salinas: R&S Arte Gráfica, 1998.
ANGULO, José Luis Gutiérrez. Mercado local, produção familiar, e desenvolvimento: estudo de caso da feira de Turmalina, Vale do Jequitinhonha, MG. Lavras/MG: UFLA, 2002. Dissertação (Mestrado em Administração: Gestão, Ambiente e Desenvolvimento).
ANTUNES, Carolina. Aspectos do linguajar rural da região de Turmalina. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 1985. Dissertação (Mestrado em Letras).
____. Movimentos do vale: corpo e narrativa. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2000. Tese (Doutorado em Letras – Estudos Literários).
ANTUNES, Sérvulo S. Donizete. Comunicação, cultura  e movimentos sociais: a atuação do movimento de cultura popular no Vale do Jequitinhonha. São Paulo: ECA/USP, 1986. (mimeo).
____. Das raízes às sementes: edição de uma antologia poética do Jequitinhonha nos anos 80. São Paulo: ECA/USP, 1989. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social).
____. Tecendo brechasmodernização econômica, desajuste social, movimentos sociais e culturais no Vale de Jequitinhonha (77-85). São Paulo: ECA/USP, 1986. (mimeo).
ARAÚJO, Maria Thereza de. O cancioneiro do Vale. Rio de Janeiro: PUC/RJ, 1980. Dissertação (Mestrado).
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* Doutor em História da Filosofia da Educação (PUC/SP). Mestre em Educação (FAE/UFMG). Bacharel-Licenciado em Ciências Sociais (FAFICH/UFMG). Professor de Antropologia e Educação e Sociologia da Educação na FAE/UFMG. Pesquisador da História Cultural do Vale do Jequitinhonha.

Um comentário:

Unknown disse...

Meus parabens hoje mais uma veis voltei a ver este blog cultural que muito me facina e fico muito feliz em saber que ele pertence ao meu amigo diléto Sr. Geraldo mota

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