De: SYMONE MOTA
Data: 12 de janeiro de 2012 08:14
Assunto: Quero ser big, brother!!!!
Para: undisclosed-recipients
Quero ser big, brother!!!!
Se, em 2001, você tivesse me falado que um programa como o Big Brother viveria para estampar sua décima edição e faria sucesso pelo mundo afora, eu teria mandado te internar. Na lógica da minha cabeça, quem é que estaria interessado em ficar bisbilhotando a vidinha besta de um bando de gente saradona e à toa, interessada em ficar fazendo futrica uns da vida dos outros, formar grupinhos de amigos que nem a gente fazia na pré-adolescência no colégio e ficar se embebedando em festinhas temáticas ridículas, com número de convidados igual ao número de moradores da casa (graaaande bocejo)?
Aparentemente, a resposta certa é: muito mais gente do que você imagina ou gostaria de acreditar. Tem até quem desembolse tostões comprando o pacote pay-per-view pra ter 24 horas de voyeurismo disponíveis, tem quem compre as revistas com todas as fofocas de bastidores antes e as peladonas de praxe depois dos paredóns e o batalhão de telespectadores dispostos a entupir as linhas telefônicas para o momento de 'interatividade' (sei, sei…) da eliminação.
Eu não tenho hábito de assistir televisão, e se às vezes perco programas realmente bacanas por causa disso, imagina então o meu entusiasmo incontido pra ver um reality show (beeeem mais show do que reality, diga-se de passagem) desse calibre! Mas tem um montão de gente que gosta, né? Então, quando é o caso, eu simplesmente recorro a qualquer um dos muitos outros canais disponíveis na TV a cabo (obrigada, obrigada, obrigada, Discovery, National Geographic e History Channel!!!) e deixo o biguibróder pra quem tem estômago de avestruz pra aguentar a chatice do Pedro Bial. Só acho um saco quando estou vendo alguma coisa no Multishow e aí interrompem o que quer que seja sem a menor cerimônia ou aviso, pra passar mais 15 minutos de baboseira. Fazer isso na TV aberta, vá lá; em um canal a cabo, que eu pago caro para ter direito de assistir, é mesmo o fim da dinastia.
Chatinho também é que, ao longo desses dez anos, acumulou-se uma pilha de sub-celebridades geralmente acéfalas, interessadas unicamente em seus 15 segundinhos de famosidade, que ajudam a perpetuar a ideia de que um corpitcho siliconado e saradão pode te trazer fama e fortuna. O mais triste é que, pelo que a gente tá vendo, tem hora que pode mesmo. Quem se dá bem, vai parar na capa da Playboy ou nos programas de variedades das TVs; quem não tem a mesma sorte acaba terminando seus dias de glória nos bailes de debutantes e inaugurações de lojas no xópin. Vida dura, brother.
Não consigo ter a mínima paciência para um programa desses mas, pensando bem, também não tenho a menor paciência pra mesa redonda depois de jogo de futebol, novela das oito ou programas de auditório, então Big Brother é só mais um zzzzz na minha lista. Acredito firmemente no poder do botão ON-OFF do controle remoto da minha tevê e na grande variedade de coisas pra fazer como alternativa nesse horário, desde pregar botão na blusa até terminar o livro do Vargas Llosa que a Renata me emprestou e que tá ótimo – as possibilidades são infinitas e a lista de pendências é gigante. Pra esse tipo de reality, eu não preciso de show nenhum. Beijos no coração... OM,SHANTI,PREMA !!! (PAZ,SAÚDE E PROGRESSO...SEMPRE !!!) Symone Mota | ||
|
acesse o BLOG DE GERALDO MOTA
Nenhum comentário:
Postar um comentário