Meus leitores:
A frase é conhecida, mas, quanto à autoria, há controvérsias. Alguns a atribuem ao inglês Aldous Huxley ((Godalming, 26 de Julho de 1894 — Los Angeles, 22 de Novembro de 1963), autor de Admirável Mundo Novo (1932 - Brave New World) em cuja obra o autor estaria nos advertindo para que estivéssemos atentos, não permitindo o futuro sombrio desenhado naquele interessante livro escrito ainda na primeira metade do século passado.
Outros creditam esse ditado, hoje popular, à autoria de Thomas Jefferson (Shadwell, 13 de abril de 1743 – Charlottesville, 4 de julho de 1826) terceiro presidente dos Estados Unidos, que afirmava estar o poder do homem público sempre roubando da população, do povo simples, dos muitos injustiçados, para repartir a riqueza arrecadada como impostos e taxas, destinando-a aos poucos que lhe rodeiam, o que, sendo ainda uma realidade, continua a exigir a nossa constante precaução.
Mas há quem atribua aquela brilhante frase a Patrick Henry (May 29, 1736 – June 6, 1799), que governou a Virgínia no século XVIII e ficou conhecido por sua oratória apaixonada contra a escravidão, assim como ao estadista irlandês John Philpot Curran (24 July 1750 – 14 October 1817) político que teria incluído em um dos seus discursos que "É comum o indolente ver seus direitos serem tomados pelos ativos" (uma situação bem peculiar e parecida com a que está acontecendo em Minas Novas, pós Murilo Badaró, de triste memória!).
No Brasil, durante os embates políticos entre PSD e UDN, a frase era usada frequentemente nos discursos inflamados do jornalista Carlos Lacerda (Rio de Janeiro, 30 de abril de 1914 — Rio de Janeiro, 21 de maio de 1977) e se tornou um slogan quase que patenteado pelo Brigadeiro Eduardo Gomes ( Petrópolis, 1896 – Rio de Janeiro, 1981) que foi candidato a presidente da república nas eleições gerais de 1945 e de 1950, em cujas campanhas eram vendidos deliciosos e nutritivos confeitos de chocolate (hoje amplamente conhecidos como "brigadeiros") para ajudar nas despesas eleitorais.
"A condição sobre a qual Deus dá liberdade ao homem é a eterna vigilância; se tal condição é descumprida, a servidão é, ao mesmo tempo, a consequência de seu crime e a punição de sua culpa".
Independentemente de quem tenha sido o autor da célebre frase, todos eles foram maravilhosamente felizes ao declarar que devemos ser cuidadosos e proativos, competentes e ágeis o bastante para prever problemas, necessidades ou mudanças, com o fito de alterar eventos, fazer acontecer em vez de apenas observar sem reagir.
Creio mais ainda que, para a verdadeira liberdade, precisamos fortalecer a democracia, necessitamos diariamente de boa dosagem de ânimo, de estímulo para o trabalho e a indispensável e SALUTAR inteligência para lutarmos contra as desigualdades e as injustiças, voltados para nós mesmos, no íntimo de nossa condição humana, vigiando nossos pensamentos e nossas atitudes. Porque são estes valores inalienáveis que devem comandar nossas vidas e os únicos que podem gerar sentimentos que funcionam positivamente a favor do ambiente em que vivemos, pois o nosso mundo começa dentro de nossa casa, no círculo de nossa gente, no meio do povo que nos rodeia, perto daqueles que nos conhece e que espera de nossa parte que façamos algo de concreto em benefício e engrandecimento da comunidade.
Quem quer ser realmente livre, deve estar sempre vigilante em sua sociedade, a partir da célula inicial da União que é o seu município, de forma a não ficar somente atento ao que acontece lá fora, no resto do mundo, como muitos pensam e acreditam que deve ser, pelo simples fato de se considerarem cultos e se julgarem importantes. Quem quer gozar a verdadeira liberdade, deve tomar cuidado consigo mesmo, com os que vivem sob a sua tutela, com a sua consciência de cidadão, com os próprios pensamentos que vão se transformar em obras, com as próprias responsabilidades assumidas perante Deus, perante a Família e perante a comunidade. Esse é o preço.
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