REUNIÕES DE TRABALHO: 
mais que uma ferramenta  administrativa, um processo educativo-
Mobilização  focada na técnica de reuniões de trabalho, enquanto processo educativo, com  vistas a subsidiar a prática administrativa em todas as áreas e, especialmente  na campanha eleitoral ou  política, conduzindo-a  de forma profissional com eficiência e produtividade, ao mesmo tempo para  subsidiar , com a avaliação de potencialidades, a seleção de pessoal, tendo-se  presente, inclusive, a formatação do futuro gabinete e setores essenciais do  possível governo municipal. 
Nesse  sentido, para o delineamento de um fio condutor, inspirou-se na abordagem da  desburocratização, da descentralização   e  da democratização dos grupos  operativos, sendo conferida ênfase ao planejamento criterioso, tanto no que  envolve a fase preparatória, os aspectos logísticos e de organização, quanto no  que remete à dinâmica do encontro grupal, pontuando os momentos-chave de uma  reunião, de vez que haverá sempre uma pauta a ser observada na ordem do dia.
 INTRODUÇÃO 
A  chamada do título é um convite para repensar sobre tema tão polêmico, pois,  bem-vindas ou não, reuniões de trabalho são práticas que têm persistido nos  mais diversos âmbitos e áreas de trabalho. REUNIÃO DE TRABALHO, mesmo em se  tratando de campanha eleitoral,  é  simplesmente um encontro, previamente  agendado, onde devem comparecer apenas as pessoas diretamente envolvidas no  processo, que estejam interessadas, que foram escolhidas,  convocadas ou convidadas para tratar de temas  ou assuntos que sejam exclusivamente no interesse do grupo. Portanto, não se  trata de local para comícios ou para marcação de posições pessoais com o  objetivo de fazer prevalecer outros interesses de caráter individual ou diferente  daquele a que o grupo se propôs.
TIPOS DE REUNIÕES 
Antes  de entrar em questões mais específicas e operacionais, julga-se pertinente  apontar os tipos de reuniões, de acordo com alguns critérios que interferem no  processo como um todo. Esta caracterização não é estanque em suas fronteiras,  mas facilita a compreensão de muitos aspectos que vão se refletir na  organização das diversas fases do processo.   
Periodicidade, presença dos participantes, espaço de  fala e atribuição do poder decisório são alguns dos critérios definidores de  tipos de reuniões, e são classificações que podem variar em alguns termos mas,  no teor, são de consenso predominante: 
Quanto à periodicidade 
Denomina-se  ordinária quando segue um cronograma previamente estabelecido. Ao ser  marcada fora do protocolo habitual, geralmente em caráter emergencial,  caracteriza-se como sendo extraordinária.
Quanto à presença 
Na  forma de participação espontânea, procede-se a um convite para as  pessoas interessadas. Porém, quando se trata de participação obrigatória,  as pessoas são convocadas. 
Quanto ao espaço de fala e ao poder decisório 
 a) Comunicativa: transmite-se um aviso  ou se cientifica o grupo de um fato, uma inovação. O coordenador problemas. O  coordenador (chefe/dirigente) não traz, nem pede soluções, restringe-se a  esclarecer fatos ou problemas. Quase todo o tempo de fala é de quem coordena.  Assim, o grupo escuta; 
b) Normativa:  transmite-se uma ordem, fixa rumos e traça orientações. O coordenador  (chefe/dirigente) traz uma solução consigo e se limita a externá-la, sem pedir  sugestões. Os participantes têm possibilidade de perguntar e solicitar  esclarecimentos. O grupo pergunta;
c) Consultiva:  colhe-se a opinião do grupo quanto ao melhor caminho a seguir, mediante um  determinado problema. O coordenador (chefe/dirigente) solicita ao grupo que  apresente uma solução. O grupo opina; 
d) Deliberativa:  delega-se ao grupo a autoridade necessária para decidir autonomamente.  Entrega-se aos participantes a decisão. O grupo decide. 
PREPARO DE UMA REUNIÃO 
Toda  reunião necessita um preparo cuidadoso a fim de obter o êxito esperado. Sejam  os participantes pessoas estranhas a você ou pessoas com quem você tem contato  diário é exigido, de sua parte como dirigente da reunião, certas atitudes e certos  cuidados que são muito importantes no decorrer de uma reunião.
A  nossa experiência, seja coordenando, observando ou na condição de participante,  tem mostrado que esta fase é decisiva a priori para o sucesso de uma  reunião e, assim, merece atenção especial. Como a possibilidade de alcançar os  objetivos pretendidos é proporcional ao detalhamento que se dá na fase  preparatória, convém atentar para o apoio logístico, como a seguir é descrito. 
Organização do local e previsão de recursos  materiais 
Na era  dos recursos de multimídia, dispõe-se de recursos cada vez mais sofisticados  que propiciam ilustração e estímulos, funcionando como estratégia para promover  o debate e para agilizar as trocas de informações nas reuniões de trabalho.  Entretanto, estes recursos, por si só, não garantem o sucesso de uma reunião,  pois a base a que se refere encontra-se na interação grupal que inclui a  identificação com os objetivos, cooperação, formas de comunicação, entre  outros. Com esse propósito, um ambiente físico que propicie uma interação  favorável pode agir como diferencial, em uma reunião. Sugere-se que os recursos  sejam adaptados de acordo com cada situação/contexto, buscando tornar o  ambiente o mais favorável possível ou, ao menos, que ele não seja obstáculo no transcorrer  da reunião. É importante certificar-se de que todos possam ver e ouvir bem e  que haja cadeiras suficientes. Sendo viável, pode-se considerar aspectos como instalações  sanitárias adequadas,boa iluminação e ventilação, controle, eliminação e/ou vedação  de ruídos, entre outros. Outra providência é dispor em quantidade suficiente os  materiais de referência: cópias de ata ou minuta da reunião anterior, folders,  panfletos, apostilas, folhas soltas para anotações e rascunhos, canetas,  gráficos, cartazes, quadro, giz, apagador.  Também providenciar o fornecimento de água  potável e copos em número suficientes para todos os participantes.
Aviso antecipado: convite e convocação 
O  caráter de convite ou de convocação depende da instância em que se insere, como  já foi dito. Também cabe mencionar que determinados protocolos formais já  traçam orientações acerca de quando e em que termos emitir o aviso aos  interessados, anunciando uma reunião. A necessidade de aviso antecipado, no  entanto, não se restringe a um cumprimento protocolar. O que de fato interessa  são as implicações. A primeira delas recai no planejamento que é de todos e não  somente da equipe de coordenação. O pressuposto básico é o de que todas as  pessoas têm compromissos, agendas e programações. Aqui, não se entra no mérito  do que deve ser priorizado, porém, entra-se no mérito de que o aviso antecipado  constitui-se em subsídio para que os convidados ou convocados possam da melhor  forma organizar sua agenda pessoal e, efetivamente, participar da reunião. Além  disso, quando avisadas em tempo hábil, as pessoas têm a possibilidade de se  prepararem para o encontro, trazendo material, buscando informações adicionais,  elaborando ideias, o que certamente vai enriquecer e agilizar os debates. Os  recursos que se dispõe atualmente são diversos, desde memorandos, ofícios,  cartazes, até os meios eletrônicos. Importante é que conste: 
a) destinatário(s); 
b) emissor; 
c) tipo de reunião, informando se é  ordinária/extraordinária e se a participação é espontânea (convite) ou  obrigatória (convocação); 
d) data; 
e) horário (de início e de término); 
f) local de realização; 
g) agenda temática, por ordem de importância ou outro  critério estabelecido; 
h)  recomendações específicas (leituras prévias, acesso a documentos, consultas em  páginas na internet, etc.) 
Elaboração da agenda / pauta  das discussões 
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CONVOCAÇÃO | 
A não ser em casos emergenciais, toda    reunião é antecedida de uma convocação formal, se possível através de um    documento circular onde será colhida a assinatura de cada convocado – ou, se    for o caso, do "ciente" da pessoa convidada. | 
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PAUTA | 
No preâmbulo dessa carta-circular    deverá constar a finalidade da reunião, com a pauta resumida dos assuntos a    serem tratados, em ordem de importância e prioridade. | 
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LOCAL | 
Informar claramente o local e o    endereço onde se realizará a reunião, dando indicações precisas sobre as vias    de acesso, meios de transporte, itinerário e até mesmo um croqui (mapa) para    facilitar a chegada.  | 
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HORA | 
Definir a hora de início, tempo de    duração e hora de terminar a reunião, para que os convocados possam conciliar    sua agenda e programar suas demais atividades. | 
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DURAÇÃO | 
Para que a reunião não ultrapasse o    tempo predefinido é importante deixar bem claro que outros assuntos não    poderão ser tratados na reunião. | 
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INFORMALIDADE | 
Em reuniões de trabalho dispensam-se    os protocolos e as convenções, prevalecendo a descontração respeitosa e a    cordialidade que deve existir no relacionamento diário entre colegas de    serviço e familiares. | 
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MESA-REDONDA | 
Mesmo havendo a disponibilidade de uma    estrutura como a de um auditório, o ideal é de que as reuniões de trabalho se    realizem no formado de mesa-redonda, onde todos fiquem no mesmo nível de    acomodação e à vontade para se manifestar. | 
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OBJETIVIDADE | 
Sem discursos, uso de termos técnicos,    rebuscados e delongados, as intervenções orais devem ser claras e objetivas. | 
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ARGUMENTAÇÃO | 
Os argumentos devem ser práticos, sem    sofismas e teorias. | 
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DISCUSSÃO | 
É importante que todos os assuntos da    pauta sejam esclarecidos de forma transparente, abrindo-se debates, troca de    opiniões e que se incluam as possíveis contribuições que de fato o grupo    entender sejam pertinentes. | 
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POLEMIZAÇÃO | 
Nas discussões dos temas pautados,    mesmo diante de controversas, devem ser evitadas as polêmicas e altercações,    sendo que neste caso deverá haver a segura e imediata intervenção do    coordenador da reunião. | 
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CONTROVERSAS | 
Uma questão controversa é qualquer tema em    que alguns têm uma opinião, e outros têm outra.  Exemplos de questões controversas: adoção de crianças por homossexuais; racismo, umbanda, maçonaria, liberação do uso da maconha, práticas como o Aborto, a Eutanásia. Questão Israel Palestina, Independência do Tibet. entre outras. | 
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VOTAÇÃO | 
Sendo necessária a votação, para    decidir sobre alguma questão de impasse, que o processo seja realizado de    forma nominal e aberto, de preferência voto escrito ou assinalado. | 
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ARTICULAÇÃO | 
O coordenador e o secretário devem ser    pessoas bem articuladas entre si e de forma geral com todo o grupo, não    necessariamente que estas pessoas sejam as mais importantes e as mais    interessadas, mas as que demostrarem habilidades para a condução dos    trabalhos, naquele ato. Nesse sentido é salutar que haja rodízio entre os    presentes, dando-se oportunidade de que todos possam aprender a coordenar e a    secretariar reuniões de trabalho. | 
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PRIORIDADE | 
As prioridades da pauta devem ser    previamente discutidas e elencadas na carta-circular de convocação ou    convite. | 
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UNANIMIDADE | 
Unanimidade é algo muito difícil de se    observar no meio de um grupo de pessoas livres, independentes e observadoras,    embora às vezes seja esse um ideal desejável e necessário. Se for impossível    a unanimidade é preciso que se busque o consenso e este deve ser trabalhado    com muito critério e sabedoria, Neste caso é que entra a ação conciliatória e    negociadora de líderes ou de profissionais habilitados na área específica. | 
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MAIORIA    SIMPLES | 
Para definir alguns objetivos, quando    houver necessidade de votação, será definida vencedora a proposta que obtiver    a maioria simples dos votos, ou seja, a metade mais um de todos os votos    válidos. | 
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CONSENSO | 
O Consenso é o resultado do trabalho    conciliatório em que todos os presentes, após discutir e debater uma proposta    polêmica resolve adotar uma solução que seja interessante para todo o grupo,    mesmo que para isto sejam levados a abrir mãos de alguma vantagem ou de algum    ponto de vista.  | 
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CRONOMETRAGEM | 
Para que a reunião se comporte dentro    do tempo estabelecido é necessário o uso de um cronômetro com sinal sonoro, a    ser acionado pelo coordenador, sendo admitidos pequenos acréscimos de tempo    para a complementação das ideias e das mensagens, o que não pode transformar    em rotina. | 
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SISTEMATIZAÇÃO | 
Para a lavratura da ata é preciso que    haja a sistematização dos assuntos tratados. Para tanto, o resumo efetuado    pelo secretario deverá ser lido por outro participante da reunião, de vez que    pode ocorrer registros que não traduzem com clareza o que de fato ficou    acertado durante as discussões daquele tema específico. | 
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AVALIAÇÃO | 
Após a sistematização, procede-se a    avaliação que deverá constar como fechamento da ata. | 
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ACOMPANHAMENTO | 
Como o processo é dinâmico, as decisões    tiradas na reunião de trabalho devem merecer acompanhamento, sendo necessário    definir uma equipe para realizar esse trabalho de acompanhar e cobrar os    resultados, nos prazos estabelecidos em cronogramas, tomando as medidas que    se fizerem necessárias no sentido de corrigir desvios tanto de tempo, prazo,    valores, objetivos, etc. | 
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DIVULGAÇÃO | 
Todas as ações decorrentes da reunião    de trabalho devem ser amplamente divulgadas, assim como seus resultados, de    forma que cada membro ou participante se situe dentro do contexto desejado, a    fim de que ele faça sua auto-avaliação e se defina com mais firmeza a    dedicação aos objetivos e projetos comuns ao grupo. | 
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RESULTADOS | 
Os bons resultados devem ser    comemorados, cada um a seu modo, de forma a incentivar o grupo a se dedicar    com mais afinco na conquista de outras metas importantes. | 
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REGISTRO | 
A ata é o registro dos assuntos    tratados em reunião. Para maior controle, a secretaria deve manter outros    registros em fichas-controle e em bancos de dados virtuais, de forma a    facilitar as consultas e o gerenciamento necessário de cada situação. | 
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AUTO-CRÍTICA | 
Cada participante do grupo deve fazer    sua autocrítica, principalmente situando-se quanto à capacidade de    articulação, de convencimento, de simpatia, de aprovação, de rejeição, de    produção, de produtividade, de contribuição pessoal e de plena utilidade aos    objetivos do grupo. Eventualmente poderá um membro, cuja participação esteja    revelando alguma dificuldade de relacionamento ou de aceitação, quando este    for incapaz de se auto-avaliar, nesse sentido, sofrer o mesmo um alerta e até    mesmo a advertência de que sua atuação está sendo prejudicial ao grupo. | 
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RESPEITO | 
Num grupo de trabalho é inadmissível a    falta de respeito mútuo, devendo prevalecer os comportamentos sociais rigorosamente    compatíveis com os critérios da civilidade, de formação, de educação e de    ética. | 
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ACATAMENTO | 
Acatar decisões tiradas em grupo é    sinal de grandeza. Não se devem permitir exceções e nem mesmo    condescendências. | 
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HUMILDADE | 
Humildade vem do Latim humus que significa    "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se    projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A    Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nosso bom senso ao nos avaliarmos    em relação às outras pessoas, com a    devida  
Muito confundida com Modéstia, pode ser exatamente o contrário,    o modesto tem falta de ambição, a humildade pode estar no ato de reconhecer    que em determinado momento estamos sendo ambiciosos ao invés de gananciosos. 
Diz-se que a humildade é uma virtude de quem é humilde; quem se vangloria mostra simplesmente que humildade lhe falta. É nessa posição que    talvez se situe a humilde confissão de Albert Einstein quando reconhece que "por detrás da matéria há algo de    inexplicável". 
Por humilde também se pode entender a personalidade que assume    seus deveres, obrigações, erros, culpas e limitações sem resistência. Assim,    se pode dizer que a pessoa ou indivíduo "assume humildemente". 
Uma das grandes provas de Inteligência    e segurança pessoal é a capacidade de ser humilde. Humildade não é submissão    nem passividade, mas, acima de tudo, colocar-se nivelado à razão, à justiça,    à solidariedade e à cidadania. Quem não gosta de ser humilde demonstra    caráter desprezível, intolerante e, por isto mesmo, de rejeição a si próprio    através da antipatia pessoal e da reação – às vezes de forma velada –    resultante de retaliações e ações de resistência a seu comando, por parte de    colegas, subordinados e até mesmo de familiares que passam a ignorar, a    evitar o contato ou a não aceitar sua influência.  | 
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PONTOS    FRACOS e PONTOS FORTES | 
Identificar pontos-fortes e    pontos-fracos é um processo da maior importância como eficaz instrumento na    consecução de resultados almejados. Conhecimento pormenorizado de detalhes e    sua real avaliação resultam em equilíbrio de forças e na recomposição de perdas    através do melhor aproveitamento dos ganhos. | 
 
 
 
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