CONFITEOR...
Ao completar a marca de 215.000 acessos,
quero mais uma vez deixar bem claro a
meus leitores que, embora todos os meus esforços no sentido de me afirmar como
blogueiro, nunca passei de ser, mesmo, simplesmente um semianalfabeto metido a
escrevinhador, mas que, definitivamente, não tem medo de escrever – ainda que o
fazendo errado ou dificultosamente arranhando o vernáculo – pois este, sem
dúvida, é o meu passatempo predileto, gratuito, sem ônus para quem quer que
seja.
E será dessa forma que continuarei seguindo,
com a firme intenção de divulgar ideias, prestar serviços educacionais, dizer algumas
verdades e de procurar dar alguma informação que julgo ser, no mínimo, de
interesse dos poucos (mas selecionados) amigos que me honram com seus acessos
fieis e que queiram continuar acessando meus escritos, para os quais eu faço,
às vezes, minhas inofensivas patacoadas impregnadas de sutilezas.
A propósito desta minha mania,
sobre as quais recebo muitas críticas, e também – felizmente pra mim –
muito mais elogios e incentivos (logicamente
partindo dos amigos de bom coração, que me querem agradar...) em
agradecimento e respeito a estes, tenho procurado, cada vez mais, aprimorar
meus instrumentos de busca, de pesquisas e de interlocução com outras fontes,
indiscutivelmente os principais pontos de apoio desse meu humilde projeto que
vou levando adiante, de forma quase que romântica e que desejo ver o termo,
inda que seja bem lá adiante.
Minha proposta inicial e que tenho
trazido até aqui, não é a de dar notícias ou ser porta-voz de quaisquer
segmentos da sociedade, mas de fazer comentários aleatórios acerca de
realidades esparsas e variegadas, de forma a preencher o meu tempo e afastar o
sentimento de vazio que, às vezes, assalta aos que teimam em ser ativos, ou
melhor, dizendo, aos que não se acostumam à ociosidade. Na verdade, não tem
sido fácil, para mim, equilibrar-me nesse meio em que se exigem, com muita
razão, os necessários conhecimentos e atributos para que a formatação do
produto final – a informação que se pretende – não seja prejudicada no seu conteúdo,
no ideal formato e no seu acalantado objetivo. É assim que, para manter-me como
jornalista sem diploma, aonde me
aventuro, nessa seara de títeres, vou tateando como um cego no meio do tiroteio,
procurando precaver-me, lendo o bastante as boas publicações, escolhendo
escritores confiáveis e estando o mais que possível antenado cotidianamente às
diversas mídias – e aos blogs pré-selecionados, consultando livros, revistas, indo
a teatro, cinema, congressos e eventos de toda natureza- buscando a duras penas
o convívio com pessoas de todos os segmentos da comunicação, algumas de
admirável gabarito, muitos deles que são mestres e profissionais renomados, muitas
delas que, para meu consolo e gáudio, são também amadoras, leigas, autodidatas,
freelancers, curiosas e assim atiradas ou destemidas como devem ser os
aventureiros e também os desmiolados. E assim, procuro compensar as minhas carências
de uma formação regular e acadêmica, sem a qual não pude, infelizmente, atender
aos gostos mais apurados, às picuinhas, às exigências conservadoras,
preconceituosas ou corporativistas de uma parcela de leitores que, por minha
culpa, perderam a paciência comigo.
Mas no rumo dessa trilha e toada, que
a muitos assusta e desestimula, tenho encontrado gente de todo o tipo, de todos
os matizes e animações, resultando, para minha felicidade, um público fiel que
se traduz, pelo menos nesse ano que se finda, numa média diária de 150 acessos,
todos eles, tenho absoluta certeza, de pessoas amáveis e admiráveis, a maioria portadora
de bom caráter, de mente aberta e ventilada, que me traz positivas vibrações e me
ajuda, despretensiosamente, a melhor entender a realidade da vida e a me inteirar,
com mais clareza, acerca de tudo que gravita em torno dessa nossa breve e
atribulada existência. Esta é a realidade que de fato vem para confirmar que a
sabedoria e a ciência, assim como a energia, resultam, sem sombra de dúvidas, da
firme determinação, da fé no V-0, do
impulso, do movimento, do atrito, do enfrentamento de obstáculos, do destemor
diante das corredeiras e oscilações, da firmeza frente às intempéries, da
entrega às diversas variações de todas as origens, sendo estes os riscos aos quais
se expõem os que têm como meta avançar em direção de seus ideais mais sagrados,
com a única preocupação de não prejudicar seus semelhantes e assim não atrair
para si a ira do Onipotente. E nessa busca incessante e desafiadora de tudo que
é belo, interessante, agradável, útil, salutar e que possa trazer satisfação,
alegria, felicidade ou apenas poder acrescentar nem que seja um pouquinho de fé
e de esperança em algum espírito mais carente de aconchego e de solidariedade, assim
acredito, como um novo Dom Quixote, que esta minha missão deve ser renovada
toda vez que mais um moinho de vento seja superado e colocado fora de combate.
Dessa forma, que venham as hermenêuticas,
as exegeses, as semióticas, as epistemologias, as lógicas, as retóricas, as gramáticas,
as literaturas, as leis de diretrizes, as linguísticas e outras elucubrações,
antes para mim fantasmagóricas e intransponíveis, pois todas elas,
gradativamente, vão sendo superadas ao passo que também se vão descortinando
horizontes repletos de cores, de luzes, de sons e novos significados que o
mundo da comunicação vai adicionando ao universo do meu rude e humilde conhecimento.
Contudo, reafirmo que não me iludo
quanto à possibilidade de glória ou sucesso, embora não os menospreze como
quimeras, bastando-me, como recompensa, os eventuais elogios de alguns blogueiros
congêneres que me visitam com mais frequência. E justamente nesta disposição é
que atribuo o fato de nada ser mais agradável que receber feedback, pois, sem
dúvida alguma, um sentimento que julgo não ser menor ou inferior é o orgulho
que se deve ter das coisas boas decorrentes de atos conscientemente praticados.
E mesmo nessa busca incessante do prazer em estar interligado com o mundo, às
vezes deparo-me nos limites muito estreitos de minha intelectualidade,
principalmente diante da infinitude insondável de nosso idioma, que reserva a
seus falantes termos como “saudade” e “banzo”, mas que não entende como aceitar
o schadenfreude, sequer como empréstimo linguístico da lingua
alemã, mesmo que o momento atual, por que passa a política de nossos pais, (incômodo
que me aflige de forma pungente) me leve à tentação de recorrer-me a esse
retumbante estrangeirismo para, de fato e com maior contundência, desnudar a sensibilidade
e o estado de minha alma diante de tantas aberrações patrocinadas pela falta de
rumos do atual governo e de norte mais apropriado para nosso desafortunado
povo, em razão de mazelas tantas que de há muito venho tratanto em meu blog,
sem encontrar qualquer ressonância, hipótese insofismável que, de certa forma, se
considerada em seu desiderato, seria absurda pretenção de minha parte.
Não me vence, contudo, a triste constatação de que estamos sob a égide
de um definitivo ou perene cataclisma. Os embates, no seu próprio escopo, dizem-me
das muitas esperanças, emanações auspiciosas que realmente são possíveis
enquanto houver fé, energia e vida. Anima-me sempre a perpectiva de ares
alvissareiros que a própria Providência Divina deixa que circulem entremeados aos
fluxos tormentosos, estes sim que, se não vencidos, levar-nos-iam
inexoravelmente em seu turbilhão com o destino ao báratro que é o ideal dos desavisados de plantão.
A sabedoria popular, às vezes, chega-nos carregada de símbolos e de rigorosas
advertências, certamente com o intúito de nos poupar de sofrimentos. Um dos
anexins mais conhecidos é o que afirma ser “a lingua o chicote do corpo” e não serei eu o primeiro
a contestar tal sentença, mesmo acreditando que os que aceitam a força deste
apotégma, demonstram apenas uma passiva mansidão,
a acomodação, a submissão ou até mesmo a covardia. Sei que não sou a
“palmatória do mundo” e que muitos, muito mais sábios e competentes que eu, não
se arvorariam a contrariar essas malignas forças que, no meu atrevimento, sei
que tenho desafiado. Afinal, não se deve cutucar feras com varas curtas. Mas o
que proponho, deixando de lado os riscos e me submetendo ao escudo de Belaz, é
seguir confiado no encaminhamento divino que nos orienta a atingir os pontos
vulneráveis do briareu, em seu ninho de élopes afeitos ao sistema vigente que
jamais será referendado pelo mesmo poder empíreo que é o que me estimula sem me
apoquentar.
Sei que a Lingua Portuguesa é bela, mas muito treiçoeira. Quanto ao idioma
alemão, de que acima me referi, que pouco conheço e muito admiro, entendo
muito menos que o Latim. Mas pinçando
alguns conceitos, lembrei-me agora de um conterrâneo, também amante das letras,
mas delas apartado pela falta de oportunidades, todavia, brilhantemente se
aventurou no jornalismo esportivo e nele se destaca, atualmente, como um dos
mais vibrantes comentaristas que enaltecem e fortalecem o futebol como arte e
como riqueza nacional. Refiro-me ao grande amigo Demóstenes César Mendes cuja sabedoria e criatividade nada têm a
dever àqueles profissionais forjados nas escolas convencionais, inclusive
quanto ao conhecimento razoável desse idioma germânico, na sua inspiraçao pelas
grandes figuras como Wagner, Einstein,
Thomaz Mann, Goëthe, Beethowen, abençoados pelos deuses nórticos das Walkírias
e dos Nibelungo, eles e mais os atuais magos da bola, estes incríveis fenômenos
que ainda há pouco massacraram os tetra-campeões desta nossa terra tupiniquim.
E mais não direi sobre esse jornalista fanadeiro, também sem diplomas, até porque
já se possou um bom tempo que com ele não tenho a ventura de me encontrar, mas
pelo que me consta, não lhe faltam boas inspirações à sua pouca frequência aos
bancos escolares, o que, de certa forma, em relação a este detalhe, ninguém está credenciado, nem
mesmo os “suprassumos” e todo-poderoros como um certo molusco de nove dedos, a fazer
loas e apologias ao infame apedeutismo, de que, particularmente, tanto me
queixo.
E aos deuses
de todos os olimpos rogo de coração puro e cheio de fervor que nos protejam,
aos rábulas e aos freelancers, e que, particularmente, por aqui me conserve e que este meu confiteor não seja entendido como meu libelo e nem mesmo decretado como um Schwanengesang, com todo o perdão que merecer por
parte dos profissionais da mídia, dos eruditos e dos caga-regras. AMÉM!!! (ou
como diria o saudoso e circunspecto “mestre” Frederico Roxo, à sua estimada
“Cabeça da Comarca”, sempre que alguém o censurava: “merda para o Vasco e bosta para o Flamengo!”.).
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Obrigado pelos acessos a meu BLOG!
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PARA TODOS OS MEUS QUERIDOS CONTERRÂNEOS:
FELIZ E MUITA ANIMADA FESTA DE JUNHO!!!
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“Talvez eu não tenha muitos amigos. Mas, os que tenho –
Graças a Deus e à minha Padroeira Nossa Senhora do Rosário - são os melhores e
mais bacanas que alguém muito feliz poderia almejar e ter”.
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