quarta-feira, 6 de julho de 2011

UMA NOVA MINAS NOVAS

ANOTAÇÕES SECRETAS NA TOSCA AGENDA DE UM PERFEITO IMBECIL, INERTE, SOLERTE E INVISÍVEL


"A cidade de Minas Novas, para mim, sempre foi muito difícil de ser governada em razão dos diversos fatores negativos que lhe são peculiares, ainda hoje por mim observados, tais  como as mazelas decorrentes de sua miserabilidade endêmica que aqui, muito mais do que as tradicionalmente apresentadas pelos demais municípios do miserável Vale do Jequitinhonha, saltam aos olhos daqueles que conhecem a história na sua profundidade crítica e têm plena consciência de que muito pouco pode ser feito pela sua recuperação, diante dos repetidos, infrutíferos e frustrantes esforços que foram, até hoje, por nós coordenados, juntos de outras lideranças de nossa região, a exemplo do que também foi tentado fazer pelo político que me antecedeu, o ex-senador Murilo Badaró, de saudosa memória.

Minas Novas, além de tudo, como tem sido reconhecida pelo resto do Estado de Minas Gerais, de cujos aspectos assim avaliados também concordo,  é o triste e viciado reduto de um povo indolente e pouco irascível, acostumado com a boa vida das sinecuras, do empreguismo e da ociosidade deletéria comum aos indivíduos preguiçosos e parasitas, dos que vivem do jogo, da esbórnia, do garimpo, da prostituição, da gigolagem, da agiotagem, do alcoolismo, do escambo e da pilhagem.


É fato que se impõe como forte razão de seu atraso a piedosa humildade de seus moradores, o lamentável apego às tradições portuguesas, sua nefasta submissão às crendices religiosas arraigadas ao sincretismo herdado dos africanos, seus perniciosos costumes de origem sefaradita/fanadeira/judaica, traços fisionômicos de uma sub-raça, tudo refletido na sua péssima culinária, na mediocridade de seu artesanato, no seu debochado jeito de ser e no seu grosseiro e aviltante folclore que agride e ridiculariza a sociedade e as famílias de bem.


Não existe aqui e agora, como também nunca existiu no passado, a preocupação com as atividades produtivas nos três principais eixos e segmentos da economia (comércio, indústria e serviços), de vez que a mentalidade predominante continua sendo a de que o município é um feudo colonial a ser mantido e sustentado por um poder distante que, ao mesmo tempo em que explora o povo, nada lhe exige (ou lhe remunera) senão pelo compromisso do voto de cabresto, da sua obsequiosa lealdade ao poder governante e da canina fidelidade ao chefe político controlado pelo coronelismo.


Também tenho observado que passam ao largo das preocupações da maioria da população, a necessidade de aprimoramento cultural, do aperfeiçoamento dos aparelhos produtivos, da organização social e da valorização comunitária. Aliás, seriam estes critérios, como causas e efeitos, que poderiam determinar a obtenção de resultados positivos, não fosse esta uma máquina primitiva, emperrada, falida, de todo obsoleta e irrecuperável.


Diante dessa lamentável, mas inquestionável evidência, é que o nosso governo tem procurado, à frente da Prefeitura nestes últimos 06 (seis anos), a busca de soluções paliativas e muitas das vezes radicais (no conceito enraizado dos naturais dessa pobre cidade), redundando em insatisfação improcedente de alguns munícipes, quando estamos, de fato e determinadamente, redirecionando recursos e orientando todos os nossos esforços no sentido e a favor do fortalecimento de um distrito, este sim, que tem respondido, de forma positiva, aos investimentos necessários ao seu crescimento e ao condicionamento robustecido para sediar, dentro de pouco tempo, de forma definitiva e eficiente, a administração, a política, a economia e o progresso de todo o município de Minas Novas, segundo nosso planejamento e de acordo com todo um arcabouço de providências que pretendemos implementar já a partir desse segundo semestre de 2011 e tendo em vista as primeiras movimentações eleitorais que já se anunciam para outubro de 2012.

Esta é portanto, uma realidade: Minas Novas é quase finada e estamos operando para que permaneça fadada a se exterminar, assim como já o estamos fazendo com o finado FANADO.


E em assim sendo, nessa nova etapa de nossas metas, temos como certo inaugurarmos as Lagoas Novas em lugar das Minas Velhas, estas que, inviabilizadas pelo neurastenismo de seu povo, finalmente serão soterradas na sua falta de perspectivas, pelo comodismo e pela atual imbecilidade de uma raça que, ainda a pouco, sob os pés dos últimos entrantes, era “titânica e forte”, mas que agora – infelizmente para os autênticos fanadeiros – vê-se relegada como gente desorientada, fraca, frouxa, inculta e submissa.

Assinado:

O perfeito"


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FIQUEMOS DE OLHOS BEM ABERTOS !!!

Conhecidos, pois, os segredos de alguém tão insensato e que demonstra completa ignorância acerca de nossa história, eis que é chegada a hora de se recomporem os painéis de um passado recente, um lapso de progresso e honestidade que foi interrompido pelas duas últimas administrações, mas que desta vez seja através de novas jornadas heróicas com as quais haveremos de vencer as frágoas e eliminar as escarpas desse governo municipal corrupto que aí está, que nada entende de Minas Novas e nem mesmo de honestidade.

Encaremos a atual situação e vamos em frente com a coragem de uma luzida bandeira, em busca da dignidade, do desenvolvimento, da justiça e da cidadania.


Avante, Povo Fanadeiro!

Acorde sob os acordes da honra:

Honre, cante e faça cantar o

HINO A MINAS NOVAS:


Minas Novas, uníssono brado,
Reboou entre a gente altaneira
E na conquista do nosso eldorado
Põe-se em marcha a luzida bandeira

Sob os pés dos primeiros entrantes,
O sertão em clareira se abria...
Desfolharam-se auroras radiantes,
Longas noites na selva bravia.

Nenhum astro reluz na espessura
E o caminho se antolha de fráguas
Penedias, escarpas… da altura,
Grandes rios despenham as águas

As jornadas heróicas e rudes,
Vencem fome, cansaço ou a morte,
A nação vai forjando as virtudes
De uma raça titânica e forte.

E o estrelário do azul se descerra
Para o nosso ideal sobre-humano
Constelar de áureas gemas a terra,
Como um céu refletido no oceano,

Recompõe-se o painel do passado.
Sementeiras de luz sobre o anil...
Minas novas é o sol altanado
Doura os claros heróis do Brasil! 



Observação.

O hino de Minas Novas tem letra de Dr. Pedro Anísio Maia e música adaptada com base em frases melódicas inspiradas na obra de Ludwig van Beethoven (Sinfonia n. 06, op. 124 de “The Consecration of the House - Consagração da Casa”) e “As ruínas de Atenas, op. 113”.




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