A Câmara Municipal e os Vereadores
Uma vertente da Ciência Política, chamada de realismo político, objetiva estudar o que são os fenômenos políticos e não o que eles deveriam ser. Assim tentaremos descrever de forma prosaica a atuação do vereador e suas dificuldades no parlamento municipal, naturalmente sem com isso inserir um julgamento moral sobre o processo legislativo, isto é, não queremos ir para esfera do bem ou do mal da atuação parlamentar.
Antes devemos dividir, de forma geral, o cenário político em dois grandes  momentos: o eleitoral e, depois de eleito, a vida parlamentar.
No primeiro momento há o pleito  eleitoral, que perpassa alguns meses, mas que é bastante intenso aos  candidatos, pois os mesmos fazem visitas nas suas bases eleitorais e até fora  dela. O parlamentar realiza reuniões e anota as demandas dos moradores, ouve  reclamações dos munícipes e, claro, faz promessas e acordo de todos  os tipos com os vários segmentos da sociedade. Tudo para conquistar o maior número  de votos possível. Tal processo é intrínseco ao jogo político. 
Depois de eleito, o parlamentar (aqui  referimo-nos ao parlamentar de primeiro mandato no legislativo municipal, tem  que aprender como funciona a "Casa de Leis": como se faz e qual é a diferença  entre uma indicação, um requerimento, uma moção, um projeto de Lei, um projeto  de resolução entre outros dispositivos do métier de um parlamentar. Além do  mais a sua função é fiscalizar os atos do Executivo, assim deverá conhecer um  pouco da administração da prefeitura local, suas finanças e repartições para  poder cumprir com sua função constitucional. Importante, também, de se lembrar,  é que o parlamentar tem que conhecer também o andamento de uma sessão na  Egrégia Casa Municipal, pois as sessões têm, primeiramente, o Expediente e  depois a Ordem do Dia. É na Ordem do Dia que os projetos de lei são votados. Há  vários tipos de votação, votação qualificada, votação simples e simbólica. Mas  antes de ir à votação todo projeto de lei passa por várias comissões, como por  exemplo: Comissão de Constituição e Justiça. Depois que os projetos receberem  pareceres favoráveis das Comissões é que vão para a pauta da sessão e, se estes  receberem pareceres desfavoráveis, por serem inconstitucionais, o projeto é  arquivado. Claro, que tal métier é feito para confundir o cidadão, que  geralmente não entende nada do que ocorre na sessão. Muitas das vezes a  linguagem legislativa é feita para esconder os posicionamentos dos vereadores,  e aí  é residem as possíveis maracutaias  que precisam ser combatidas pelos bons legisladores.
Caros futuros Vereadores de Minas  Novas:  Descrevemos, de forma  sucinta, os trâmites do nosso arranjo político para chegar ao cerne da  questão aqui proposta, qual seja a de que a vida  parlamentar é marcada por um processo independente do processo eleitoral. Para  votar qualquer projeto o parlamentar – provavelmente - terá que negociar com  seus pares a votação. As demandas anotadas no processo eleitoral terão que ser  transformados em requerimentos ou projetos de lei, assim deverão passar pelo  crivo de outros parlamentares que poderão votar favorável ou não dependendo da  correlação de força na casa legislativa.
Podemos criar um cenário onde a  correlação de força dentro da "Casa de Leis" se dá de forma dual, ou seja,  entre à bancada da situação e da oposição. Serão da situação todos aqueles que  defenderem o governo municipal, do outro lado, fazem parte da oposição todos  aqueles que não concordarem com a política do Executivo, mesmo que seja de  parcial ou de forma integral. Para um parlamentar é mais fácil ser da situação,  pois receberá mais recursos, no sentido de ter acesso aos secretários, cargos  comissionados nas repartições públicas entre outros benefícios.
 Portanto, ao parlamentar da oposição ficará a difícil tarefa de fiscalizar os atos do Executivo e provar as prováveis  lacunas do governo municipal.
Quanto mais uma Câmara de  vereadores tiver um número que se aproxima do empate entre situação e oposição  melhor será sua dinâmica interna. O contrário é verdadeiro: se em uma Câmara de  vereador com treze vereadores tivermos somente um parlamentar na oposição, ele  terá pouco espaço para sustentar seus argumentos e provavelmente não conseguirá  passar nenhum projeto de lei. As promessas eleitorais, neste cenário, evaporaram-se  no vazio e o único jogo existente é apoiar ou não o governo municipal. 
Por isso "nobres pares", ficamos  com a sensação de um certo distanciamento entre os parlamentares e nós, a  sociedade civil, pois a Egrégia Casa Municipal tem uma dinâmica própria. Você, como vereador, tem que conhecer sua função.
A não compreensão destes processos  nos condiciona muitas vezes à apatia e a uma visão moralista da política,  cobrando que o parlamentar represente as bases que o elegeram, enquanto os  mesmos estão conflitando pró ou contra o governo municipal.
Será que a celebre frase de  Aristides Lobo de 1889, continua nos assombrando  "O povo assisti[u] àquilo bestializado,  atônito, surpreso, sem conhecer o que significava (...)"?
Ou teria razão o velho"rei" Pelé,  ainda no início da década de 1970, quando afirmou que "Os brasileiros não sabem votar"?
Minas Novas, uma  cidade histórica, entre outros louros e atributos, tem uma das Câmaras  Municipais mais antigas e representativas do Brasil e esse grande município, que  até 1860 figurava entre as melhores cidades médias de Minas Gerais, precisa  conquistar novamente sua posição de importância no cenário político, econômico,  cultural e progressista da Região do Vale do Jequitinhonha, de que é a "Célula-mater".
SENDO ASSIM, VAMOS  ESCOLHER BEM OS NOSSOS CANDIDATOS.
NESTE SENTIDO, É  MUITO IMPORTANTE PENSARMOS NA ECOLOGIA, NA LIMPEZA, NA MORALIDADE:
PARTIDO VERDE–Seção de Minas Gerais
     FELIPE MOTA  (43)                               DR. MAGTON (13)
     PREFEITO                                               VICE-PREFEITO
 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário