segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

AOS MINAS-NOVENSES, FANADEIROS, ROEDORES DE PEQUI, CANDONQUEIROS E POVO DE INGOMA:






Para melhor nos posicionarmos no presente, vamos analisar o passado tendo como fonte de inspiração o nosso hino. Vejamos a sua linda letra e até poderemos acessar o link para ouvirmos a linda interpretação de nossa conterrânea Vanda América de Souza Cruz.
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HINO ÀS MINAS NOVAS:
Minas novas, em uníssono brado,
Reboou entre a gente altaneira
E a conquista do nosso eldorado
Põe-se em marcha a luzida bandeira
Sob os pés dos primeiros entrantes,
O sertão em caldeira se abria...
Desfolharam-se auroras radiantes
Longas noites na selva bravia.
Nenhum astro reluz na espessura
E o caminho se antolha de fráguas
Penedias, escarpas… da altura,
Grandes rios despenham as águas
As jornadas heróicas e rudes,
Vencem fome, cansaço ou a morte,
A nação vai forjando as virtudes
De uma raça titânica e forte.
E o estrelário do azul se descerra
Para o nosso ideal sobre-humano
Constelar de áureas gemas a terra,
Como um céu refletido no oceano,
Recompõe-se o painel do passado.
Sementeiras de luz sobre o anil...
Minas Novas é o sol altanado
Doura os claros heróis do Brasil!
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Nós, dessa terra encantada e misteriosa, onde todos lutamos diária e bravamente para transformá-la num município digno de seu povo, num esforço que vem desde o tempo da venturosa VILA DO FANADO, precisamos parar um pouquinho para pensarmos sobre o nosso futuro, deixando de lado – mesmo que momentaneamente, em algumas horas do dia – com essa mania de glorificarmos incessantemente o passado e muito pouco nos esforçarmos para que o PRESENTE seja, de fato, a plataforma mais importante para a construção de nossos planejamentos, nossos objetivos e nosso progresso em todas as direções da vida moderna. Não que devamos descuidar de nossa história, de nossas tradições ou desprezar usos e costumes que fazem de nosso povo uma gente agradável de se relacionar e de nossa cidade um lugar bucólico, diferente e peculiar pela hospitalidade, pela sabedoria da boa convivência familiar e pelo conjunto de belezas naturais, paisagísticas, monumentais e de valores históricos que devem e precisam ser preservados e bem administrados como riquezas inalienáveis e todo um enorme potencial econômico a ser incorporado em benefício do progresso social e comunitário. Devemos ter, sim, muito orgulho de nossa cidade e de nossa gente, pois de fato temos uma história bonita, admirável e, sobre este aspecto, celeiro de produção agrícola e reduto de homens poderosos e influentes, ninguém será capaz de negar a grande contribuição política e econômica que nosso município sempre exerceu em Minas Gerais, sem dúvida alguma muito mais no passado e, infelizmente, cada vez mais com sua dinâmica arrefecida nos últimos tempos, talvez pela acomodação, talvez pela exaustão, talvez pela ausência de cuidados, de incentivos e de investimentos.
Como devemos saber, a história, assim como a própria vida, ela é feita de altos e baixos, de movimentos sinuosos, trancos, sobressaltos, tropeços e lutas constantes, mas o resultado da trajetória precisa ser positivo, de avanços e conquistas, mas nunca de retrocesso e derrotas, pois o mais importante – mesmo depois de quedas e perdas – é o soerguimento e a compensação que se consegue com a decidida reorganização das forças e das ideias, na inteligente conjugação da experiência adquirida com o surgimento de novas oportunidades e situações que vão abrindo o caminho em direção de dias melhores e mais agradáveis.
É bem certo que entre nós ainda perduram muitas diferenças, muitas divergências e muitas picuinhas que vêm desde os tempos imemoriais do carrancisco, em que se amarravam cachorro com linguiça, daquela época dos currais da casa grande, da influência matriarcal de “Sinhá Castora” e da “Dona Candixa”, pela imposição dos coronéis sem patentes e da manipulação dos bate-paus que alimentavam as disputas inconsequentes de “sabiá x viuvinha”, de “pica-pau x pinta-jegue”, de liberais X monarquistas, de defensores da UDN x PSD, dos moradores “rua de baixo contra rua de cima” e dos frequentadores do CRAMN contra CRIMN. Apesar desse imenso ranço historio que nos acompanha e nos prende a esse tempo de atraso, felizmente temos alguma esperança, pois não formos contaminados pelas divergências de classes, sempre convivendo pacificamente como pobres no meio de ricos, pretos como compadres de brancos e todos se embolando entre feios e bonitos no mesmo balaio sem tampa de uma sociedade sem preconceitos, na prevalência da solidariedade e do harmonioso cotidiano, embora este tenha-se acomodado pela influência de circunstâncias ímpares, incomuns em outras localidades, como as benesses dos hereditários cabides de emprego, da prodigalidade das minerações (faiscadas e garimpadas nos diversos córregos) e do conservadorismo de usos, costumes e tradições que, de certa forma, fazem de nosso povo e de nossa gente uma população diferenciada pelas diversas características bem próprias que têm o DNA na ancestralidade sefardita, dos cristãos-novos que anteciparam a chegada dos bandeirantes e que tinham suas catas profundas com a inconfessável finalidade de procurar gemas desconhecidas no país, muito mais que para minerar os veios auríferos que sabiam ser superficiais e efêmeros. Não somos egoístas, vingativos e nem carregamos rancores em nossos corações. Mas carecemos de sopros previdentes, de ousadia, coragem e energias para o enfrentamento dos atuais desafios e a busca de uma nova, correta e bem definida direção.
O fato, mais contundente, é o de que PRECISAMOS DESPERTAR PARA NOVOS TEMPOS. Não podemos continuar acomodados, à espera de milagres divinos e de benesses governamentais. Nossa comunidade, felizmente, ainda conta com pessoas honestas, que estejam talves cansadas ou acomodadas, mas que continuam sendo nomes respeitáveis, de cidadãos que reúnem todas as boas características necessárias para se apresentarem novamente como bons candidatos, nas próximas eleições, bastado que sejam convidados, estimulados e incentivados a se colocarem à disposição da disputa eleitoral.
E temos também muitos jovens promissores e de grande potencial. Lembramos, porém, que para ser um bom vereador, ativo, propositivo, de boas ideias, bons projetos e propostas factíveis, inteligentes e benéficas ao interesse popular é OBRIGAÇÃO apresentar serviços e se comprometer a seguir os exemplos de quem se lança à vida pública.
O prefeito, principal líder político do lugar, deve ser uma pessoa honrada, digna de respeito e que inspire confiança, não podendo ser um aventureiro que vá utilizar do cargo em benefício de seus interesses comerciais e fazer da prefeitura um balcão de negócios para favorecer parentes, amigos e companheiros de partido. Essas funções, antes de se constituírem como fonte de renda e benesses, deve ser encaradas como honrosas e dignificantes, pois afinal o que ficará para a história e para o julgamento popular será o desempenho honesto e frutuoso que o político possa ter deixado como o legado de sua breve, porém profícua, passagem pela administração do município.
MINAS NOVAS, mesmo contrariando tudo o que desejam seus detratores e inimigos, continua sendo um grande município, com uma população considerável, com potenciais econômicos invejáveis e nos surpreendendo com um conjunto de fatores muito favoráveis que podem colocá-lo no seu devido lugar de merecimento, entre as comunidades que oferecem boa qualidade de vida e futuro promissor para todos os habitantes. Isto, naturalmente, dependerá da consciência individual e do compromisso de cada um em se unir a favor desse grande ideal que é o de PROGRESSO, de PAZ e de FELICIDADE.
SEJAMOS DIGNOS DO RESPEITO A NOSSAS TRADIÇÕES, LUTANDO PARA MELHORAMOS O PRESENTE E COM O COMPROMISSO DE CONSTRUIRMOS UM FUTURO CADA VEZ MELHOR PARA TODOS NÓS.

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