A REDE DE ESGOTOS, construída em Minas Novas no distante ano de 1963, na gestão do prefeito JOSÉ DE SOUZA COELHO, foi um verdadeiro assombro, em termos de progresso para aquela época, em razão do projeto arrojado - que abriu valas profundas por todas as ruas e subúrbios da cidade - uma obra considerada ousada e que, segundo algumas lideranças de então, considerada como dispensável numa comunidade onde poucas casas tinham água encanada e, muito menos, instalações sanitárias que devessem ser ligadas àquela modernidade. Ademais, sob a ótica daqueles que só pensam nos "louros" da política (ou melhor, da politicagem), seria ela uma obra que ficaria escondida, debaixo da terra, que em nada acrescentaria ao prestígio de um administrador. E, sob este aspecto, de fato, depois de inaugurada, mais nunca se falou sobre os benefícios da rede de esgoto e ninguém, até hoje, sabe desse fato ou tem na consciência o dever de reconhecer os méritos daquele prefeito, cuja memória muitos de nossos conterrâneos não dá o devido valor e a importância que ele merece. No entanto, uma rede de esgoto não é uma obra definitiva, pois deve ser ampliada de conformidade com a demanda do serviço. E uma obra dinâmica e que vai-se ampliando de acordo com o progresso e com o bom senso do administrador preocupado e antenado com o desenvolvimento. Quem não conhece o que administra é como um motorista sem habilitação e sem preparo na direção de um veículo, que, certamente, haverá de se arremessar a um precipício. Para isto é que existe um instrumento administrativo que se chama PLANO DIRETOR URBANÍSTICO que é obrigatório e que precisa ser consultado diariamente pelo prefeito e pelos seus assessores. O "Plano Diretor" do município de Minas Novas é um documento que foi elaborado dentro de todas as exigências constitucionais, mas, ao que parece, não passa de uma LETRA MORTA, sem qualquer valor para os atuais administradores. A ampliação da rede de esgoto é uma obrigação que está devidamente prevista, não somente no referido plano, mas também em todas as previsões orçamentárias que são aprovadas a cada exercício e que devem ser observadas no exercício subsequente. Como se vê, o que falta é a visão do administrador e a acomodação da concessionária do serviço público que não cumpre seu dever, apenas se apoderando da arrecadação das taxas, sem prestar o devido serviço ao qual é obrigada por força de lei e do contrato que tem cláusulas específicas, com data, valor e prazo. É em relação a esse contrato que me refiro, ao assegurar que a COPASA é a responsável por esse crime ambiental que está matando, não somente o FANADO, mas toda uma população que vive dependente de suas águas.
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