domingo, 5 de julho de 2009

CULTURA NO MUNICÍPIO DE MINAS NOVAS - UM ABSURDO DE OMISSÃO

PREFEITURA DE MINAS NOVAS DESPREZA A CULTURA

A TV MINAS reprisou, neste Domingo, o vídeo completo focalizando a reunião, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, do dia 04 de junho, quando aconteceu a AUDIÊNCIA PÚBLICA DA CULTURA POPULAR DO VALE DO JEQUITINHONHA.

LAMENTAVELMENTE chama atenção o fato de que, nestes movimentos culturais, tem-se observado a sistemática e completa ausência da PREFEITURA DE MINAS NOVAS que, a exemplo de tudo que se relaciona com a CULTURA, não se faz presente e nem mesmo indica alguém capaz e motivado para representá-la.

Nesse importante evento, com a presença de várias autoridades do mundo político estadual e nacional, dos diversos órgãos do Ministério da Cultura e de empresas que têm interesses e investimentos na região, havia representantes de todos os municípios do Vale, além de agentes culturais de outros importantes municípios mineiros, como Montes Claros, Conceição do Mato Dentro, Contagem, Betim, Prados, Teófilo Otoni, Resende Costa, Mariana, Ouro Preto, São João Del Rei, Juiz de Fora, Oliveira, Sabará e outros, todos visivelmente participativos e muito interessados em conhecer, aprender, avaliar e aplaudir iniciativas como o FESTIVALE, a FECAJE, a AGRUTEVALE, a VALE MAIS e tantas outras entidades e organizações que vêm lutando – contra tudo e contra todos, como os maus políticos – na defesa e na preservação da Cultura Popular e pelo desenvolvimento sustentável de toda a região do Jequitinhonha.

É simplesmente um ABSURDO, a administração de um município da importância cultural como MINAS NOVAS, que tem um dos melhores acervos históricos de todo o Vale do Jequitinhonha, que tem uma tradição invejável no FOLCLORE, no ARTESANATO, nas FESTAS RELIGIOSAS e GRANDIOSOS EVENTOS POPULARES, que tem uma das melhores estruturas para viabilizar sua indústria de TURISMO, enfim, de forma irresponsável e de todo condenável continue agindo com tamanha omissão, desprezo, descaso e completa falta de interesse pelas oportunidades de alavancar recursos e aplicações que possam garantir o progresso e o desenvolvimento desse município que já tem quase 300 anos, mas a cada dia regride – no tempo e no espaço – como se estivesse querendo voltar à idade média.
É de se registrar que, por ironia do destino, nessa audiência, para não dizer que Minas Novas estava de todo ausente, lá se fez presente o jovem cantor e compositor PEDRO MORAIS, justamente o filho do casal DALTON MAGALHÃES/ VÂNIA BEATRIZ MORAIS – esses dois artistas e profissionais competentes e da maior importância, em vários sentidos para o município e toda a região – que se viram empurrados para esta Capital, pela completa ausência de valorização do trabalho que sempre desenvolveram naquela terra que tanto ajudaram, contudo tanto prezam e pela qual continuam lutando, pois lá deixaram ótimas amizades.
NOTÍCIAS DO VALE
Jequitinhonha no plenário

O 27º FESTIVALE

será realizado na lindíssima cidade de

GRÃO MOGOL

Audiência pública discutiu cultura popular no Vale do Jequitinhonha


sâmia Bechelane
O Vale do Jequitinhonha abriga uma vasta diversidade cultural, que carece, no entanto, de ações para sua devida valorização e reconhecimento. A constatação deu o tom das discussões na audiência A cultura popular do Vale do Jequitinhonha, seu desenvolvimento e potencialidade, realizada em 04 de junho no auditório na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Além dos elementos culturais de maneira geral, a audiência colocou em pauta também o Festivale - Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha, que acontece anualmente na região desde 1980, cada ano em uma cidade.

Foto: Marcelo Metzker/ALMG
O encontro reuniu lideranças e pessoas ligadas de alguma forma ao Vale e ao movimento cultural da região. Compuseram a mesa o deputado estadual Carlos Gomes, propositor da audiência, Aída Ferrari, representante do Ministério da Cultura em Minas Gerais, Vilmar Oliveira, diretor-executivo do Vale Mais (Instituto Sociocultural do Jequitinhonha), Ângela Freire, presidente-executiva da Fecaje (Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha), Tadeu Martins, membro-fundador do Festivale, Saulo Laranjeira, artista e produtor cultural, José Augusto Pereira, presidente da Agrutevaje (Associação dos Grupos Teatrais do Vale do Jequitinhonha), Gláucia Brandão, presidente da Comissão de Cultura da ALMG, Maria das Dores Pimentel Nogueira, Superintendente de Interiorização da Secretaria Estadual de Cultura, dentre outros.

Na roda

Foi consenso entre os palestrantes a ausência do devido reconhecimento para a cultura popular do Vale do Jequitinhonha, tanto por parte de agentes governamentais quanto por atores da própria região. Vilmar Oliveira, por exemplo, acredita que as formas de cultura popular no Vale estão sendo invadidas por outras. Citou também a falta de um museu de cultura popular na capital, iniciativa que já existe em outras regiões. Para Saulo Laranjeira, as novas gerações não estão absorvendo a cultura popular do Vale: "falta incentivo ao movimento cultural na própria cidade".

Ângela Freire chamou a atenção para a diversidade no interior do próprio movimento cultural, citando como exemplo os mais de 70 grupos de cultura popular existentes na região do Jequitinhonha. A diretora da Fecaje lamentou a dificuldade em articular o sistema educacional com a cultura popular. "Parece que uma coisa está totalmente separada da outra. É difícil sensibilizar as escolas para isso", afirmou.

Tadeu Martins lembrou-se de como elementos aparentemente externos à questão da cultura influenciam no debate. "O Vale do Jequitinhonha perdeu sua identidade. Não temos nem um mapa definitivo e único para a região. Faltam estradas também", pontuou. O criador do Festivale colocou também a necessidade de o Festival continuar, como antes, deitando raízes após sua realização. "Não pode ser um evento que desapareça em seu eventismo", realçou.

Articulação
A audiência deixou claro que minimizar os problemas da cultura no Vale só é possível com esforços e parcerias conjuntos. Maria das Dores Pimentel, da Secretaria Estadual de Cultura, destacou a importância do Festivale para a região do Vale, por si só uma mostra de quão articuladas são as pessoas do lugar. Para ela, não se trata de resgatar a cultura popular, mas preservar aquela que já existe "nos corações de quem é e também de quem não é da região".

Para o deputado Getúlio Neiva, é preciso fortalecer as representações do movimento cultural com suportes governamentais, inclusive no que diz respeito aos fatores financeiros. Ainda que seja uma das maiores expressões da cultura do Jequitinhonha, o Festivale conta com incentivos apenas das Leis de Incentivo à Cultura.

Vilmar Oliveira, do Vale Mais, acredita que a cultura deve ser trabalhada em integração com outras áreas. "É necessário incorporar o cidadão comum nesse movimento, para além dos artistas", reforça. Para Ângela, da Fecaje, a questão cultural deve se integrar também a processos econômicos ou se colocar como fonte mesmo de políticas públicas.

Na ocasião, foi acordado que a Assembléia Legislativa de Minas Gerais encaminhará um requerimento que solicite a declaração do Festivale como Patrimônio Cultural de Minas Gerais.

Festival de Música e Concurso de Poesia já podem receber inscrições

Estão abertas as inscrições para o Festival de Música e o Concurso de Poesia (Noite Literária) do 27º Festivale - Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha, que acontece este ano entre os dias 26 de julho e 1º de agosto, na cidade de Grão-Mogol.
A Noite Literária deste ano homenageia o escritor Baptista Brasil, de Felisburgo, e vai acolher a apresentação das dez melhores poesias enviadas à apreciação do Festival. Para concorrer, os trabalhos devem ser inéditos e, seus autores, pessoas nascidas ou residentes no Vale do Jequitinhonha. Os talentos vencedores serão premiados com quantias em dinheiro e troféus.

Já o homenageado do Festival de Música é o conhecido cantor e músico Paulinho Pedra Azul, vencedor do Primeiro Festival de Música do Festivale, em 1980. As vinte músicas selecionadas pela comissão de música se apresentarão em duas noites e, após isso, concorrerão entre si na final. Poderão participar do Festival de Música somente canções inéditas, de compositores ou interpretes brasileiros. Os talentos vencedores também serão premiados com quantias em dinheiro e troféus.

As inscrições para a Noite Literária e para o Festival de Música vão até o dia 3 de julho e as produções devem ser enviadas para a Fecaje - Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha, organizadora do Festivale. O edital completo dos concursos e outras informações estão no site da Fecaje.

O Festivale

O primeiro Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha aconteceu em 1980, na cidade de Itaobim. Ao explicitar a diversidade cultural da região, a intenção era lutar por sua devida valorização e reconhecimento. Hoje o evento tem a duração de uma semana e reúne música, literatura, artesanato, dança, teatro, a cada ano em uma cidade diferente.

Em 2009, Grão-Mogol foi a escolhida para abrigar o 27º Festivale. A cidade, distante cerca de 570 km de Belo Horizonte e 140 km de Montes Claros, destaca-se por seu elevado potencial turístico. Grão-Mogol é dona de belas praias, cachoeiras e formações rochosas, além de aconchegantes construções barrocas, curiosas edificações em pedra (do tempo da escravião), cujo expoente é a maravilhosa Igreja Matriz de Santo Antônio.

GRÃO MOGOL, pela sua história e riquezas naturais é, sem dúvida alguma, um dos mais interessantes e bucólicos recantos de toda Minas Gerais, um lugar encantador que precisa ser visto e valorizado pelas autoridades de Minas Gerais e do Brasil.

A cidade de MINAS NOVAS já sediou dois eventos do FESTIVALE, nos bons tempos em que havia administração responsável e que lutava pela cultura, pelo povo, pelo progresso e pelo desenvolvimento desse tão sofrido município, hoje completamente abandonado pelo PODER PÚBLICO.

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