terça-feira, 7 de julho de 2009

VIVA DAVID


Leia, no final, a linda história de DAVID

FALE O PORTUGUÊS CORRETAMENTE - Agradecendo a gentiileza do Engº Agrônomo DALTON MAGALHÃES, que além de doutor na arte de cultivar a terra, é também um mestre das letras escritas, faladas, cantadas e enaltecidas, o qual houve por bem enviar-nos sua costumeira contribuição, desta feita baseada nos ensinamentos do PROF. PASQUALE, reproduzo-a abaixo, com alguns comentários que se fazem oportunos, pelo fato de ser da maior importância para o aprimoramento dos conhecimentos gerais de todos nós:


DITOS POPULARES, que são "ditos" erroneamente falados pelo povo -

No popular se diz:

'Esse menino não pára quieto, até parece que tem "bicho carpinteiro". Quando o correto seria dizer:

'Esse menino não pára quieto, até parecendo que tem bicho no corpo inteiro'

E também:

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão .....'

Enquanto o correto é: ' Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.'

-
'Cor de burro fugido.' (como se o fato de estar fugindo, esta ação definisse a cor do burro, o que se revela impossível) Sendo correto e procedente: 'Corro de burro fugido! – ou seja, por precaução, quando vejo aproximar-se um burro que esteja fugindo, eu corro dele, deixando que ele passe por mim sem que me veja...'
Pois todos nós, que fomos criados no interior ou na roça, sabemos que um burro quando está fugindo fica arisco (desconfiado) e, assim estando, estranha qualquer um, ameaçando com dentes e coices, a quem dele se aproximar, temendo que seja novamente capturado, por isto: saia da frente, quando notar que se aproxima um desses animais em fuga....
Outro que no popular todo mundo erra: 'Quem tem boca vai a Roma.' Que, a princípio, o correto seria: 'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar), referindo-se ao direito que todos têm, na DEMOCRACIA, de se indignar e de protestar sempre que não concordar com os atos de um determinado governo (neste caso o governo de Roma). Entretanto, no primeiro caso, assume sentido lógico, também, sendo o formato que se popularizou neste dito conceituoso, provérbio, rifão, adágio, axioma, anexim, postulado ou máxima, quando se quer afirmar que, tendo-se a capacidade de falar, de indagar, de perguntar, pode-se encontrar os caminhos que levam a pessoa perdida à cidade de Roma.
-
Outro que todo mundo diz errado, sem mesmo saber o sentido do que se quer afirmar: 'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa, quando o correto é se dizer: 'Esculpido em Carrara.' (com a intenção de se afirmar que a cópia se revelou idêntica ao original, como se fosse um daqueles trabalhos perfeitos dos cinzeladores (escultores, entalhadores,) de mármore proveniente da cidade italiana de Carrara (região da Toscana, próxima ao Mar Mediterrâneo, onde ainda são abundantes as reservas do mármore branco, do qual grandes artistas de renome produzem suas estátuas, desde a Era Romana, inclusive as do maior deles, Michelanchelo, que esculpiu "Davi", cuja obra de tão parecida com o próprio modelo que a inspirou, o artista a ordenou, ele próprio admirado e extasiado: - PARLA! (fale!).
-
"Carrara" se generalizou como sendo um tipo de mármore branco, muito requisitado para a composição de peças artísticas, e construções luxuosas. O uso deste recurso de estilo, assim como se diz: o "PORTO" em relação ao vinho famoso; um "havana" em referência ao bom charuto produzido na Ilha de Fidel, é um dos recursos literários que, em lingüística, se denomina de metonímia
.-
Mais um famoso... 'Quem não tem cão, caça com gato.' - Que, na verdade, seria: 'Quem não tem cão, caça como gato... ou seja, sozinho, solitário, escoteiro como fazem os bichanos: com as próprias unhas!
Lembrando-nos, aqui, que devemos ser criativos, argüindo-nos, espicaçando, concitando e estimulando: VIRE-SE, que você não é quadrado ...

Observação:

Tenho insistido, em vão, para que o "revisor automático" dispense o uso do trema (") - no verbo ARGUIR, por ex. -- que exigia este sinalzinho diacrítico, de vez que caiu em desuso por força do último acordo ortográfico que está em vigor desde 03 de janeiro de 2009.
*****

ESTILÍSTICA


O QUE É ESTILÍSTICA?

-
Parte da gramática que estuda a expressividade da língua, como forma de embelezá-la (no sentido poético, da forma, etc.), havendo uma infinidade de recursos que são comuns em vários idiomas, caracterizando o estilo ao se transmitir idéias, seja pela escrita ou pelo discurso falado, declamado, cantado ou anunciado.




Denotação - uso geral, comum, literal, finalidade prática, utilitária, objetiva, usual.
Ex.: A corrente estava pendurada na porta.
corrente- cadeira de metal, grilhão (dicionário /Aurélio)


Conotação - uso expressivo, figurado, diferente daquele empregado no dia-a-dia, depende do contexto.
Ex.:" A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir." (Chico Buarque)
corrente- opinião da maioria



Figuras de estilo ou linguagem


Formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objetivo de ser mais expressivo.

A seguir, as principais figuras de estilo em ordem alfabética:


1- Anacoluto- interrupção na seqüência lógica da oração deixando um termo solto, sem função sintática. Ex.: Mulheres, como viver sem elas?



2- Anáfora- repetição de palavras. Ex.: Ela trabalha, ela estuda, ela é mãe, ela é pai, ela é tudo!


3- Antonomásia - substituição do nome próprio por qualidade, ou característica que o distinga. é o mesmo que apelidado, alcunha ou cognome. Ex.: Xuxa (Maria das Graças); O Gordo (Jô Soares)


4- Antítese - aproximação de idéias, palavras ou expressões de sentidos opostos. Ex.: Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.


5- Apóstrofo ou invocação - invocação ou interpelação de ouvinte ou leitor, seres reais ou imaginários, presentes ou ausentes. Ex.: Mulher, venha aqui! / Ó meu Deus! Mereço tanto sofrimento?


6- Assíndeto - ausência da conjunção aditiva entre palavras da frase ou orações de um período. Essas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas. Ex.: Nasci, cresci, morri. ( ou invés de: Nasci, cresci e morri.)


7- Catacrese - metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e tornou-se cotidiana não representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência da palavras mais apropriadas. Surge da semelhança da forma ou da função de seres, fatos ou coisas. Ex.: céu da boca; cabeça de prego; asa da xícara; dente de alho.


8- Comparação ou símile - aproximação de dois elementos realçando pela sua semelhança. Conectivos comparativos são usados: como, feito, tal qual, que nem... Ex.: Aquela criança era delicado como uma flor.


9- Elipse - omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas. Ex.: Marta trabalhou durante vários dias e ele, (trabalhou) durante horas.


10- Eufemismo – atenuação de algum fato ou expressão com objetivo de amenizar alguma verdade triste, chocante ou desagradável. Ex.: Ele foi desta para melhor. (evitando dizer: Ele morreu.)


11- Hipérbole - exagero proposital com objetivo expressivo. Ex.: Estou morrendo de cansada.


12- Ironia - forma intencional de dizer o contrário da idéia que se pretendia exprimir. O irônico é sarcástico ou depreciativo. Ex.: Que belo presente de aniversário! Minha casa foi assaltada.


13- Metáfora - é um tipo de comparação em que o conectivo está subentendido. O segundo termo é usado com o valor do primeiro. Ex.: Aquela criança é (como) uma flor.


14- Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma proximidade de sentido.


A metonímia pode ocorrer quando usamos:


a- o autor pela obra
Ex.: Nas horas vagas, lê Machado. (a obra de Machado)


b- o continente pelo conteúdo
Ex.: Conseguiria comer toda a marmita.
Comeria a comida (conteúdo) e não a marmita (continente)


c- a causa pelo efeito e vice-versa
Ex.: A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade.
A fome gerada pela falta de trabalho que causa a desnutrição.


d- o lugar pelo produto feito no lugar
Ex.: O Porto é o mais vendido naquela loja.
O nome da região onde o vinho é fabricado


e- a parte pelo todo
Ex.: Deparei-me com dois lindos pezinhos chegando.
Não eram apenas os pés, mas a pessoa como um todo.


f- a matéria pelo objeto
Ex.: A porcelana chinesa é belíssima.


porcelana é a matéria dos objetos;


g- a marca pelo produto
Ex.: - Gostaria de um pacote de bombril, por favor.
Bom Bril é a marca, o produto é esponja de lã de aço.


h- concreto pelo abstrato e vice-versa
Ex.: Carlos é uma pessoa de bom coração
Coração (concreto) está no lugar de sentimentos (abstrato)


15- Onomatopéia – uso de palavras que imitam sons ou ruídos. Ex.; Psiu! Venha aqui!


16- Paradoxo ou oxímoro – Aproximação de palavras ou idéias de sentido oposto em apenas uma figura. Ex.: "Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo." (Carlos Drummond de Andrade)


17- Personificação, prosopopéia ou animismo – atribuição de características humanas a seres inanimados, imaginários ou irracionais. Ex.: A vida ensinou-me a ser humilde.



18- Pleonasmo ou redundância – repetição da mesma idéia com objetivo de realce. A redundância pode ser positiva ou negativa. Quando é proposital, usada como recurso expressivo, enriquecerá o texto:
Ex.: Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração fatal.



Quando é inconsciente, chamada de "pleonasmo vicioso", empobrece o texto sendo considerado um vício de linguagem: Irá reler a prova de novo. Outros: subir para cima; entrar para dentro; monocultura exclusiva; hemorragia de sangue.


19- Polissíndeto – repetição de conjunções (síndetos). Ex.: Estudou e casou e trabalhou e trabalhou...


20- Silepse – concordância com a idéia, não com a forma. Ex.: Os brasileiros (3ª pessoa) somos (1ª pessoa) massacrados. Pessoa -
Vossa Santidade (fem.) será homenageado (masc.). Gênero-
Havia muita gente (sing.) na rua, corriam (plur.) desesperadamente. Número



21- Sinestesia - mistura da sensações em uma única expressão. Ex.: Aquele choro amargo e frio me espetava.
Mistura de paladar (amargo) e tato (frio, espetava)



*****

David ou Davi é uma das esculturas famosas do artista renascentista MICHELANGELO. O trabalho retrata o "pequeno" DAVI, com realismo anatômico impressionante, sendo considerada uma das mais importantes obras do período renascentista e, até mesmo, do próprio autor.

-Essa maravilhosa escultura atualmente encontra-se na cidade italiana de FLORENÇA, comuna que sempre se primou pela cultura e pelas artes, tendo, por consequinte, originalmente encomendado esta obra, por algum tempo desaparecida de lá, e que foi resgatada para o patrimônio de seu povo, sendo seu maior tesouro e principal atração turística no meio de tantas outras, não menos importantes.

-É uma estátua em mármore e mede 5,17 m de altura, desde a base. Michelangelo levou três anos para concluí-la (1501 --1504, revelando-a no dia 8 de setembro de 1504. Este famoso artista clássico é considerado, através dessa obra, um gênio inovador, pois retrata o personagem bíblico, não após a batalha que este herói travou contra Golias (da maneira que foi retratado pelos artistas Donatello e Verruchio, antes dele), mas no momento imediatamente anterior àquela histórica luta, quando David – invocando a proteção de Deus -- está apenas se preparando para enfrentar uma força que todos julgavam ser impossível de derrotar. Michelangelo, de fato, neste trabalho usou o realismo do corpo nu e o predomínio das linhas curvas, retrando uma figura humana, mas imprimindo nela uma ideia de que aquele era um "rei", um "protegido de Deus", um "homem perfeito".


Rosto de David.

A PROPÓSITO, muito em breve, ainda este ano, terei mais um sobrinho-neto, que vai nascer lá pelas bandas de SERTÃOZINHO (SP), que será o primogênito de minha sobrinha WILLYANE COELHO FIGUEIREDO, médica-pediatra, muito conceituada nas clínicas daquela cidade e da vizinha Ribeirão Preto, onde mora e é casada com CÍCERO que, apesar do nome de origem romana, é um legítimo fanadeiro e será pai de um varão paulista, muito saudável, menino tão esperado que, na família, será recebido com toda alegria, como o foi aquele verdadeiro rei hebreu:


David.

-Segundo a SAGRADA ESCRITURA, foi DAVID um judeu nascido em Belém, na Judéia, tido como fundador do poder militar judaico e símbolo da aliança entre Deus e seu povo. Sua história é narrada na Bíblia, nos livros I e II de Samuel. Foi ele, ainda criança, harpista na corte do rei Saul, primeiro rei de Israel, e na guerra contra os filisteus, convocado na última hora, seguiu armado com uma simples funda (uma arma simples e primitiva, usada pelos meninos), com a qual acertou com uma pedra a testa de Golias, o campeão do exército inimigo, cujo golpe certeiro derrubou o gigante e permitiu que o pequeno lanceiro o liquidasse, cortando-lhe a cabeça. Essa vitória e outras que se seguiram despertaram o entusiasmo do povo hebreu. Enciumado, o rei resolveu eliminar o rapaz, embora este tivesse se casado com sua filha Micol e fosse amigo de seu filho Jônatas. Fugindo então da corte, viveu em seguida em vários lugares, enquanto seus partidários tornavam-se cada vez mais numerosos. Depois da morte do rei e seu filho, em sangrenta luta contra os filisteus, regressou DAVID à Judéia e sua tribo o nomeou rei, ao mesmo tempo em que as tribos restantes elegiam Isbaal, outro filho de Saul.

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