sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

AMAMENTAR EM PÚBLICO É ATENTADO AO PUDOR, EXIBICIONISMO OU DESLEIXO ?


Peito pra fora? Só no carnaval! Não inventa de amamentar em público, sua subversiva.

Uma moça de nome Letícia González  publicou ontem na versão on line de uma revista - que eu não leio por não compartilhar dos mesmos valores - um texto querendo abrir o debate para "quando é ´ok´ amamentar e quando é 'demais' amamentar". Uma pessoa de um grupo de discussão compartilhou e eu fui lá ver, porque o título (Amamentar em público e em qualquer lugar. Tem que poder. Mas precisa?) era daqueles que você lê e pensa: "Ó lá a pessoa querendo os tais 15 minutinhos, sem pauta, com as malas prontas e querendo ir pro carnaval".
No fim do texto, ela lança a pergunta-debate: "Quando é ´ok´ e quando é ´demais´ amamentar?".
Eu li, eu ri e eu comentei.
Vai aqui o comentário, que até o momento em que escrevo não havia sido publicado.
"Olá Letícia. Foi com espanto que li a sua pergunta-debate sobre quando é "ok" amamentar e quando é "demais". Se nós estivéssemos falando sobre usar saias que permitem ver a calcinha, sobre blusas que permitem ver o bico dos seios, sobre revistas Playboys e afins penduradas em bancas, sobre mulheres pagando peitinho na tv, sobre mulheres nuas no carnaval, sobre essas coisas que são supérfluas e totalmente desnecessárias (ainda que ocorram com cada vez mais frequência e com o aval das pessoas), sua pergunta faria sentido. Mas não estamos falando de hábitos ou comportamentos supérfluos, estamos falando de algo que é insubstituível e que nenhum leite artificial ou mamadeira é capaz de repor: amamentação. Que vai muito, mas muito mais além de, como é mesmo que você se refere a ela, "um peito pulando pra fora da roupa". Amamentar um filho é alimentá-lo não só de leite materno, é oferecer a ele entrega, disponibilidade, afeto, contato e segurança. Os peitos de quem amamenta não pulam pra fora da roupa, eles não têm vida própria. Eles são expostos pela mãe para que o filho se alimente. Fome, sede, acontece em todo lugar. É compreensível, portanto, que em todo lugar uma mulher possa amamentar sem ter que se preocupar com a mentalidade curta e doentia das pessoas, que podem olhar para ela como aberrante ou como objeto sexual. Muitas organizações de saúde no mundo estão trabalhando arduamente para que toas as mulheres, homens e famílias se conscientizem de que, sim, é necessário, importante e fundamental amamentar. Amamentar, Letícia, nunca será demais, pelo contrário. O que anda acontecendo é de menos: mulheres que andam se sentindo desconfortáveis porque pessoas se acham no direito de lançar esse tipo de discussão sem embasamento, sobre quando é "ok" e quando é "demais". A Organização Mundial de Saúde, a UNICEF, o Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais da Saúde já responderam e respondem todos os dias a sua pergunta: NUNCA é demais amamentar. Quem se sente incomodado pela prática deveria se questionar sobre os motivos do seu incômodo, talvez com a ajuda de um analista. Isso simboliza uma série de más resoluções psíquicas. Um abraço"







SEXTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2012

 Peito pra fora? Só no carnaval! 

Não inventa de amamentar em público, sua subversiva.

Uma moça de nome Letícia González publicou ontem na versão on line de uma revista - 
que eu não leio por não compartilhar dos mesmos valores - um texto querendo abrir o debate para
 "quando é ´ok´ amamentar e quando é 'demais' amamentar". 

Uma pessoa de um grupo de discussão compartilhou e eu fui lá ver, porque o título
Amamentar em público e em qualquer lugar. Tem que poder. ( Mas precisa?)

Era daqueles que você lê e pensa:

"Ó lá a pessoa querendo os tais 15 minutinhos, sem pauta, com as malas prontas e querendo ir
pro carnaval".

No fim do texto, ela lança a pergunta-debate:

"Quando é ´ok´ e quando é ´demais´ amamentar?".

Eu li, eu ri e eu comentei.

Vai aqui o comentário, que até o momento em que escrevo não havia sido publicado.

"Olá Letícia. Foi com espanto que li a sua pergunta-debate sobre quando é "ok"
 amamentar e quando é "demais". Se nós estivéssemos falando sobre usar saias que permitem ver a calcinha, sobre blusas que permitem ver o bico dos seios, sobre revistas Playboys e afins penduradas em bancas, sobre mulheres pagando peitinho na tv, sobre mulheres nuas no carnaval, sobre essas coisas 
que são supérfluas e totalmente desnecessárias (ainda que ocorram com cada vez mais frequência e 
com o aval das pessoas), sua pergunta faria sentido. Mas não estamos falando de hábitos ou comportamentos supérfluos, estamos falando de algo que é insubstituível e que nenhum leite
artificial ou mamadeira é capaz de repor: amamentação. 
Que vai muito, mas muito mais além de, como é mesmo que você se refere a ela, "um peito pulando 
pra fora da roupa". Amamentar um filho é alimentá-lo não só de leite materno, é oferecer a ele 
entrega, disponibilidade, afeto, contato e segurança. Os peitos de quem amamenta não pulam pra 
fora da roupa, eles não têm vida própria.

Eles são expostos pela mãe para que o filho se alimente. Fome, sede, acontece em todo lugar. 

É compreensível, portanto, que em todo lugar uma mulher possa amamentar sem ter que se 
preocupar com a mentalidade curta e doentia das pessoas, que podem olhar para ela como aberrante 
ou como objeto sexual. Muitas organizações de saúde no mundo estão trabalhando arduamente para 
que toas as mulheres, homens e famílias se conscientizem de que, sim, é necessário, importante e fundamental amamentar. Amamentar, Letícia, nunca será demais, pelo contrário. 

O que anda acontecendo é de menos: mulheres que andam se sentindo desconfortáveis porque
pessoas se acham no direito de lançar esse tipo de discussão sem embasamento, sobre quando é "ok" e quando é "demais". 

A Organização Mundial de Saúde, a UNICEF, o Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais da 
Saúde já responderam e respondem todos os dias a sua pergunta: NUNCA é demais amamentar. 

Quem se sente incomodado pela prática deveria se questionar sobre os motivos do seu incômodo, 
talvez com a ajuda de um analista. Isso simboliza uma série de más resoluções psíquicas. 

Um abraço"
Tá 

chegando o carnaval.

Um monte de mulher vai sambar com as peitolas de fora e o mundo vai achar leeendo.

Até a finada Dercy já saiu com as peitolas de fora e o pessoal achou suuuper artístico.

Tem um monte de fantasia daquelas que se acoplam peitos de borracha ou de plástico, que
geralmente os homens gostam de usar.
Mulher não usa muito porque, afinal, a gente já tem, né? Pra nós é tão comum...

Os peitos são fantasias.

E um dos significados de "fantasia" é: imaginação criadora; ficção; coisa que não tem existência
real, mas apenas ideal.

Os peitões também são fantasias.

E os seres humanos estão com problemas pra diferenciar o que é fantasia do que é real.

Então é assim: no carnaval, peitão pra fora de mentira pode, tá?

Mas isso é FAN-TA-SIA.

Não queiram tornar os sonhos alheios realidades, mulheres, suas tolas...


Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar...


O pessoal da Parto do Princípio criou um monte de marchinha divertida sobre os doutores cesaristas
e plantão. Quem vai criar marchinhas bacanas sobre amamentação que não incentive a chupeta e a mamadeira? Hein?

E pro carnaval: todo mundo de peitão de fora, galera!

Menos as mães que amamentam. Porque, né? Isso é demais...

A propósito: essa imagem aí de cima fui eu mesma quem montou, bem toscamente, pra representar o
que eu quero dizer...

6 comentários:

Raquel disse...
Nao li o que essa Leticiavescreveu, mas concordo plenamente com vc. Infelizmente há muitas pessoas com essa mentalidade. Sempre comento com meu marido, sao poucos os lugares públicos, shoppings, clubes, restaurantes onde se consegue amamentar com naturalidade.
Adriana Gomes Guimarães disse...
Meu, esse post fraco e bipolar da tal Letícia escreveu gerou quase 500 comments! Por isso eu acredito em política pública, porque atinge as massas, como essa Marie Claire revistinha de quinta categoria editorial e que a mulherada adora ler.
O assunto, especialmente da maneira que é tratado é tão absurdo que eu não saberia como responder a não ser como fez um cara que mandou seu post lá nesse blog: Filho tá com fome? Peito nele!
E não se fala mais nisso.
Desconstruindo a Mãe disse...
Ligia, teu comentário/post gerou em mim a sensação de que tu soubeste expressar algo que eu penso e de uma maneira ainda melhor do que imaginaria escrever esse comentário.


Realmente, transar ou dar a entender que isso aconteceu no programa de TV, no chamado horário "nobre", em que muitas crianças estão acordadas ainda, pode; "mulher-planta/fruta" em programa que desmoraliza ao objetificar a mesma (e a todas nós), porque ficam se balançando com roupas minúsculas, Ok!


Agora uma atitude natural, normal e saudável é vista como exibicionismo e incentivo à sexualidade. - Oi?!


Por isso cada vez mais acho que os "mamaços"não podem ser esquecidos, ao longo de todo o ano. Talvez fosse o caso de todas comentarmos esse texto. Quem sabe colocas o link aqui pro povo se manifestar em massa?


Beijo,
Ingrid
Andrea Fregnani disse...
Coloquei o link e a imagem no meu face, vale sempre divulgar,
bjs
Tuka Siqueira disse...
É isso aí! Nem tem muito o que acrescentar, disseste tudo!


Bjs
Ligia Moreiras Sena disse...
Eu nem tenho muito mais o que dizer, sabe gente... Pra mim são coisas tão óbvias que não dá pra entender como é que ainda é preciso explicar pra esse povo a naturalidade do gesto.
Ingrid, amiga. Tem mais de 500 comentários lá no link do tal texto. Dá um google no título que passei no texto do blog que vc encontra. Não posto aqui o link apenas pra não vincular meu blog àquela revista de alguma forma... ainda mais àquele texto que é falta de pauta total. Beijos!

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