domingo, 20 de setembro de 2015

LEVI MARIA DE SÃO GERALDO


UM HOMEM CHAMADO LEVI MARIA DE SÃO GERALDO


O nome LEVI, na bíblia, tem o significado de SACERDOTE. Como bem sabemos, os sacerdotes são religiosos que estudaram várias ciências, como línguas, literaturas, filosofia, teologia, história e que ficaram durante muito tempo se preparando e se fortalecendo, em suas convicções, para abraçarem com firmeza e competência a causa missionária e dedicar-se às coisas sagradas, na difusão da fé levando a palavra de Deus através do compromisso que abraçou, de acordo com sua vocação e formação. Portanto, em todo o curso da história da humanidade, a classe dos sacerdotes sempre mereceu o respeito dos povos, em razão da importância do trabalho espiritual e da ação dessas lideranças no sentido de pregarem o ensinamento contido nas Escrituras. O sacerdote, desta forma, é uma pessoa consagrada ao serviço divino e, como tal, tem merecido lugar de destaque em todas as comunidades, onde é aceito como o “pastor de almas”. Um sacerdote autêntico geralmente é uma pessoa bem esclarecida, um sábio, culto, estudioso e sempre estará se preparando, cada vez mais, para ser fiel, piedoso, solidário e de fato competente para corresponder à confiança, à credibilidade e cumprir a rigor sua tarefa de ser o mensageiro de Deus. Não existe religião sem sacerdote, mas também não haverá sacerdote e se não houver fieis, ou seja, o povo é necessário para ouvi-lo e acompanhá-lo na fé. Nesse contexto, nossa MINAS NOVAS tem sido muito feliz e sempre foi abençoada pela presença de ilustres sacerdotes, sendo também o berço natal de vários deles que, tanto no passado, como no presente, engrandecem e fortalecem a Igreja Católica como a instituição mais antiga, mais íntegra, mais respeitada e mais atuante em todos os cantos do mundo atual.
A Igreja Católica, porém, depois dos estudos realizados no Concílio Vaticano Segundo, considera que sua maior importância não está no CLERO, mas, sim, no POVO DE DEUS.   
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E no sentido de colocar, definitivamente, a Igreja a serviço de Deis, mas a favor da humanidade, tem procurado valorizar, não somente o trabalho sacerdotal e clerical, mas buscando potencializar a ação pastoral, abrir espaços para atuação cada vez maior dos leigos e das pessoas consagradas às mais diversas atividades dentro do segmento comunitário. E mesmo estas pessoas convocadas para o exercício desse trabalho de evangelização e de culto religioso, mesmo sem a ordenação sacramental, todos deverão estar preparados através de cursos, encontros, pastorais e estudos direcionados à vida e à prática religiosa.
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Muito antes, porém, do famoso CONCÍLIO VATICANO II, ainda no tempo do Papa Pio XII, até o final da década de 1960, nossa cidade ficava sem a assistência religiosa de padres e freiras, sendo que naquela época, lá uma vez ou outra, aqui aparecia um sacerdote, vindo de outras cidades, para celebrar a missa e outros sacramentos. Na maior parte do ano as diversas igrejas da cidade permaneciam fechadas e eram abertas apenas para a visitação dos fieis, para a “reza do terço” e, aos domingos, para o catecismo das crianças, um trabalho que era realizado por algumas pessoas bondosas que, movidas tão somente pela caridade e pela boa índole cristã, sentiam a necessidade de não deixar apagar, de vez, a chama da Fé em Jesus Cristo, conforme o que nosso Divino Criador nos indica em seu Evangelho. Dentre essas pessoas, uma figura sempre se destacou, como um verdadeiro FACHO DE LUZ e de BONS EXEMPLOS. Assim podemos classificar o trabalho pastoral de uma pessoa leiga que se fez, no meu entendimento, o mais completo sacerdote, na essência e na etimologia da palavra LEVI, pois com esse nome foi ele batizado, como se os seus bondosos pais já estivessem profetizando que ele seria um HOMEM DEDICADO AO SERVIÇO DE DEUS. E, para cumprir este destino LEVI MARIA DE SÃO GERALDO teve como guias poderosos, primeiramente a inspiração de Deus, com a orientação sempre segura e exemplar de seu pai FREDERICO ROXO e, no mais, a piedosa e sempre contemplativa leitura dos raros textos religiosos que lhe caiam às mãos. 
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LEVI DE ROXO estudou apenas o curso primário e jamais passou por treinamentos pedagógicos de qualquer espécie. No entanto, na ausência de padres, procurava movimentar em nosso meio o culto religioso, incentivando e coordenando o funcionamento normal das diversas Irmandades e Congregações que tinham nele a mais segura e entusiasta liderança, não deixando de ser da maior importância, para a comunidade minas-novense, o trabalho por ele desenvolvido, principalmente, junto à Irmandade do Santíssimo Sacramento, à Conferência de São Vicente de Paulo, na Liga Católica Jesus, Maria e José, na Congregação do Sagrado Coração de Jesus e junto aos Congregados Marianos, onde LEVI se desdobrava no avivamento da fé, com suas fervorosas pregações do Evangelho, com a competência e firmeza de fazerem inveja aos grandes pregadores sacros, ao ponto de, eventualmente estando presentes os sacerdotes visitantes, estes se colocarem admirados diante de tanta sabedoria e da piedosa demonstração de capacidade, não somente de conteúdo literário, mas, acima de tudo, de credibilidade, de argumentação e de convencimento que vibrava e emanava daquele peito, corajoso e valente, escolhido por Deus para ser um legítimo pregador de seu Divino Nome.   
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“Seu” LEVI, contudo, não foi apenas um “pastor de almas”, pois sua simples presença inspirava paz e conforto ao povo simples, sofredor, carente de todo e qualquer recurso, daqueles que não tinham a assistência nem de padre e nem de médico, sendo empurrados pela necessidade de procurá-lo em busca de socorro, no acolhimento fervoroso, na solidariedade, na disponibilidade e na caridade. 
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Aquele homem que se apresentava sempre alegre, mas que se fazia sisudo e cerimonioso quando a circunstância assim exigia nada exigia em troca de seu esforço e de sua fé, sendo também capaz de promover verdadeiros “milagres” através de suas mãos, com seus conhecimentos práticos de enfermagem, auxiliando em partos, em assistência aos indigentes, preparando chás e mesinhas para crianças e, mais ainda, acudindo pessoas atingidas por violências físicas e por acidentes naturais, aplicando injeções e fazendo curativos de feridas, bandagens e encanamento de ossos fraturados, assim fazendo, gratuitamente, com tanta segurança e eficiência que o seu atendimento era, muitas das vezes, requisitado até mesmo pelos médicos e outros profissionais da saúde que viam nele um verdadeiro fenômeno, acompanhando o seu trabalho com respeito e admiração.
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E um homem, assim abençoado, com tantas virtudes e valores, certamente que deverá ser eternamente lembrado pelos minas-novenses como um de seus grandes benfeitores. 
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O verdadeiro filho de DEUS é aquele que se dedica com amor a seus irmãos. E o verdadeiro CRISTÃO é aquele que colabora na CRIAÇÃO DE DEUS, construindo sua família na retidão, no amor e na FÉ.
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Na fotografia abaixo, o esplendor da honra e da alegria de um pai vendo o bom encaminhamento de sua filha, a saudosa MARIA AUGUSTA, que, por sua vez, foi um grandioso exemplo de mulher, esposa, mãe, irmã, amiga e cidadã que, seguindo os passos do pai, certamente que figura entre os eleitos da Vida Eterna.



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