UMA VERDADE
NUNCA ADMITIDA PELAS AUTORIDADES DE MINAS NOVAS:
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Assim como “Toda unanimidade é burra” (NELSON RODRIGUES),
também toda a monocultura é polêmica. (BETINHO)
“Toda monocultura é polêmica: Se, de um lado trás ótimos
resultados financeiros econômicos para as grandes empresas que a exploram, por
outro lado potencializa a pobreza e a miséria nas comunidades onde atuam”. (PADRE JUSTINO)
PADRE JUSTINO OBERS
Padre Justino Obers, da Ordem dos
Crúzios, foi Professor, filósofo e bioquímico, atuou na CPT/MG, dedicando-se a um
trabalho incansável de educação ambiental junto às populações rurais de Minas
Gerais e de valorização do saber local, até 1992, quando faleceu.
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O Padre Justino Obers esteve várias vezes em Minas Novas para conhecer os
problemas relacionados às terras devolutas, aos migrantes e aos processos de
grilhagem de terras em que estavam envolvidos os prepostos da ACESITA e de
outras reflorestadoras. Comparecia às audiências judiciais onde era mal
recebido por advogados das empresas, por oficiais de justiça e até mesmo por
autoridades da comarca, que o consideravam intruso e impertinente. Várias vezes
foi enxotado de dentro do fórum local, quando não conseguiam impedi-lo de
acessar o recinto onde se realizavam as tais audiências. Na sua luta contra os
desmandos que se praticavam a favor das empresas de reflorestamento, chegou a
ser aconselhado pelo bispo diocesano, no sentido de se abster de “advogar” a
favor dos posseiros e minifundiários. Esse religioso, cujo trabalho foi considerado
polêmico pelas autoridades, é hoje considerado um verdadeiro mártir da luta
contra os grilheiros e a favor dos migrantes.
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