terça-feira, 8 de setembro de 2015

O CONDE DE MONTE CRISTO - Uma grande e emocionante obra.




O Conde de Monte Cristo
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-Dumas, Alexandre-
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“Que louco eu fui de não ter arrancado meu coração no dia em que jurei me vingar! “ Conde de Monte Cristo 


Um clássico da literatura, que mexe com a imaginação e a sensibilidade de milhões e milhões de leitores, há mais de 150 anos, ganha finalmente a edição brasileira que merece: em caixa com dois tomos, ilustrado com 170 gravuras de época e enriquecido por mais de 500 notas explicativas. O romance constrói um suspense atrás do outro, numa sequência de peripécias de tirar o fôlego — traições, denúncias anônimas, tesouros fabulosos, envenenamentos e vinganças. Publicado originalmente na forma de folhetim entre 1844 e 1846, dois anos depois já circulava em diversas línguas sob a forma de livro, numa carreira vertiginosa que só encontra paralelo na saga de Os três mosqueteiros, outro best-seller de Alexandre Dumas. E nesse emocionante jogo de aventuras, simulações, duplas identidades e todo tipo de inteligentes peripécias, “O conde de Monte de Cristo”, em moderna edição e de acordo com a nova ortagrafia, volta para acertar suas contas com leitores de todo o Brasil.
'Alexandre Dumas se diverte… como uma lanterna mágica. ... O amor conserva a decência, o fanatismo é alegre, os massacres fazem sorrir.' Gustave Flaubert
Quando jovem e tive a oportunidade de ter em mãos a obra imortal de Alexandre Dumas, confesso que “O Conde de Monte Cristo” me impressionou de forma tão extraordinária que, durante alguns dias não consegui interromper a leitura das 1.745 páginas (67 capítulos da primeira parte, mais 50 capítulos da segunda parte –“A Mão do Finado” e mais 32 capítulos do epílogo “A Casa de Gelo”, daquela primorosa edição de 1967, da Lello & Irmão Editores, uma empreitada que levei a termo quase em único fôlego, num final de semana em que não preguei os olhos, dedicando-me, encantado, exclusivamente em chegar ao fim daquela imensa trama de tanto desafio e  impressionante realidade, numa narrativa da mais perfeita imaginação, a qual considero sem precedentes na literatura mundial.
Depois da primeira leitura, também tive acesso a outras versões, adaptadas e ilustradas, assim como pude assistir a filmes de diferentes produções, em épocas diferentes, inclusive uma de desenho animado, todas que muito enriqueceram o meu entendimento sobre aquela obra, à qual sempre me recorro como uma das melhores e mais completas leituras, tanto para entretenimento como para exercitar técnicas de aprimoramento literário, buscando nessa obra a mais edificante gama de recursos e de ferramentas disponíveis no contexto da Literatura universal.

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Resumo do livro "O Conde de Monte Cristo"

O Conde de Monte Cristo

Alexandre Dumas, pai

 

Esse resumo foi retirado do site:

http://www10.brinkster.com/ricardomoraes/pt/res/resconde.htm


A história se passa na França, nas primeiras décadas do século XIX. O jovem e belo marinheiro Edmond Dantès acaba de retornar de uma viagem a bordo do Faraó. O proprietário do Faraó, sr. Morrel, corre ao porto para ver o navio. Ele descobre que o capitão do navio havia morrido durante a viagem e que Dantès tinha assumido o posto com admirável capacidade. Assim, ele planeja fazer oficialmente Dantès o próximo capitão do navio.
O futuro de Dantès é promissor. Sua situação financeira será bastante melhorada, assim como a do seu pai. Além disso, Dantès tem planos para se casar com a bela Mercedes, que estava aguardando o seu retorno do mar com grande ansiedade e amor.
Entretanto, Dantès não irá ter a chance de realizar esse brilhante futuro. Seu sucesso tinha criado três inimigos, que se juntam para conspirar contra ele. São eles Danglars, Fernando Mondego e Caderousse. Danglars se tornará o capitão do Faraó se Dantès for removido; Fernando aspira ganhar o amor de Mercedes; e o alfaiate Caderousse é um invejoso vizinho de Dantès. Eles escrevem uma carta anônima acusando Dantès de participar de uma conspiração bonapartista - algo bastante perigoso, pois os realistas estão no poder na França.
Talvez a conspiração não tivesse sido tão bem sucedida se a denúncia não tivesse caído nas mãos do promotor público, Sr. de Villefort. Este homem nada tem de pessoal contra Dantès, mas mesmo assim faz com que Dantès seja encarcerado como um perigoso criminoso. Sua política contra os bonapartistas tem que ser extremamente rigorosa para contrabalançar a reputação de seu pai, um notório bonapartista. Villefort é paranóico sobre este fato, temendo que sua carreira possa ser prejudicada no governo realista. Assim, ele lança Dantès, um homem inocente, nas masmorras do Castelo de If, prisão da qual ninguém consegue escapar.
O regime político muda, mas Dantès é esquecido. O sr. Morrel tenta libertá-lo, mas sem sucesso. Na prisão, Dantès perde a esperança e decide morrer de fome. Por sorte, o prisioneiro da cela vizinha estava escavando um túnel para fugir e, por erros de cálculo, acaba saindo na cela de Dantès por engano. O prisioneiro, Abade Faria, é um homem muito culto e torna-se amigo de Dantès. O Abade ensina a ele todo o seu vasto conhecimento sobre literatura, ciências e idiomas. Ele também revela a Dantès a localização de um tesouro imenso na ilha de Monte Cristo, na esperança que Dantés possa recuperar esse tesouro caso consiga fugir. Quando o Abade morre, Dantès troca de lugar com o cadáver e se fecha no saco que havia sido preparado para o sepultamento no mar. O saco é lançado para o mar sem que percebam a troca e Dantès se vê finalmente livre, depois de catorze anos de cativeiro. Ele sai do saco com a ajuda de uma faca que trazia consigo, e, depois de algum tempo, é resgatado do mar por um barco de contrabandistas italianos.
Dantès agora tem uma única razão para viver: se vingar daqueles que haviam destruído a sua vida. Ele se torna contrabandista por algum tempo, e finalmente tem a oportunidade de recuperar o tesouro do Abade Faria. Dantès irá usar esse tesouro para preparar a derrocada dos quatro homens que o aprisionaram. Dantès, agora o Conde de Monte Cristo, irá preparar cuidadosamente sua vingança, pois ele aprendeu a virtude da paciência, e a sua vingança será mais apreciada se ela for o mais completa possível.
Assim, Monte Cristo se prepara pelos dez anos seguintes, aprendendo todos os detalhes sobre o passado dos seus inimigos. Ele também reúne um grupo de servidores que estão em débito eterno para com ele. Usando a sua imensa fortuna, ele compra a liberdade de homens como Pepino. Luigi Vampa, o grande bandido italiano, também deve favores ao Conde. Todos esses homens devem suas vidas ao Conde e irão provar serem indispensáveis aos seus planos de vingança.
Antes de botar seus planos em prática, entretanto, o Conde recompensa a única família que permaneceu leal a ele. Ele salva a firma Morrel do desastre financeiro doando anonimamente para a família um diamante e um novo navio.
Agora, o Conde está pronto para iniciar sua vingança, que ele considera como um ato de justiça divina. Ele entra na sociedade parisiense através da amizade com Albert de Morcerf, o filho do Conde e da Condessa de Morcerf, que são respectivamente Fernando Mondego e Mercedes. Albert também o apresenta formalmente a Danglars e Villefort. Entretanto, nenhum deles o reconhece, pois o consideravam morto há muitos anos. A única a reconhecer Dantès é Mercedes, mas ela não revela sua identidade a ninguém.
Todos os inimigos de Monte Cristo são homens muito ricos e importantes, formando o centro da vida social e política de Paris. A chegada de Monte Cristo em Paris causa uma grande sensação, pois sua fortuna é imensa. De fato, todos estão ansiosos a se associar com este grande homem, o que é excelente para os planos de Monte Cristo.
O Conde, disfarçado como um abade, procura Caderousse e o encontra ainda como um homem pobre e ressentido. Ele dá a Caderousse um diamante, mas sabe que isto somente causará problemas para o alfaiate, pois sua ganância é grande demais para que ele se satisfaça com tão pouco. Na verdade, o diamante é parte da lenta punição de Caderousse. Em pouco tempo, o alfaiate começa a decair. Ele mata um joalheiro, depois mata a própria esposa e acaba sendo jogado na prisão. Monte Cristo, disfarçado como o rico Lorde Wilmore, ajuda Caderousse a fugir da prisão. Caderousse então tenta roubar o Conde, ainda sem saber que ele é Dantès. Durante essa tentativa de roubo, o alfaiate é mortalmente ferido pelo seu cúmplice, Benedetto. Enquanto Caderousse agoniza, o Conde sussurra sua identidade no seu ouvido. Caderousse clama pela piedade de Deus antes de morrer.
Fernando Mondego tornou-se um herói militar ajudando os gregos a se libertarem dos turcos, ganhando como conseqüência uma grande fortuna e o título de Conde de Morcerf. Ele tinha se casado com Mercedes, que tinha perdido toda a esperança de rever Dantès e que nada sabia da participação de Fernando na prisão do seu amado. Monte Cristo destrói Mondego ao revelar para toda a sociedade parisiense a sua conduta militar traiçoeira. O Conde apresenta uma jovem chamada Haydée, que ele havia comprado como escrava e libertado. Ela declara que era a filha de Ali, o paxá de Medina, que tinha sido o benfeitor de Mondego. Mas ele tinha traído e assassinado Ali, entregue sua cidade aos inimigos turcos, e vendido sua esposa e sua filha como escravas. A notícia se espalha e Morcerf fica arruinado. Pouco depois, Mercedes e Albert o abandonam, e Morcerf termina se suicidando.
O Sr. de Villefort tinha se casado duas vezes, tendo uma filha do primeiro casamento, chamada Valentina, e um filho do segundo casamento. O Conde destrói Villefort através de um jovem chamado Andrea Cavalcanti, que ele introduz na sociedade parisiense. Benedetto, aliás Cavalcanti, é o filho de Villefort com a sra. Danglars. Muito tempo atrás, Villefort tinha tentado sepultar vivo o recém-nascido, mas Bertuccio, agora servo de Monte Cristo, tinha desenterrado o bebê, salvando-o. O crime de Villefort é revelado num tribunal, uma vez que Cavalcanti está sendo julgado como um prisioneiro fugitivo. Assim, Villefort é destruído. Sua segunda esposa é tão traiçoeira quanto ele, pois ela tinha envenenado toda a família de Villefort para que seu filho pudesse herdar uma grande fortuna. Monte Cristo tinha salvado a vida de Valentina dando-lhe um antídoto, pois Maximiliano Morrel, filho do sr. Morrel, estava apaixonado por ela. Villefort acaba enlouquecendo.
Danglars tinha se tornado num rico banqueiro. Ele tem uma esposa e uma filha. Sua esposa é nobre por nascimento, mas quando se casou com Danglars ela era considerada uma mulher de má reputação. O Conde destrói Danglars abrindo crédito de seis milhões de francos com ele. O dinheiro vem numa excelente hora, pois Danglars estava em dificuldades financeiras. No entanto, subitamente Monte Cristo pega um empréstimo de cinco milhões em dinheiro. Isto faz com que Danglars não consiga mais manter a sua firma. Ao mesmo tempo, o Conde tinha arranjado o fracasso de um contrato de casamento entre a filha de Danglars e Andrea Cavalcanti. Como resultado, a filha de Danglars tinha fugido de casa. Uma vez que Danglars estava mantendo um casamento de aparências há anos, ele não tem mais nada que o prenda a Paris. Assim, ele foge para a Itália, mas o Conde o segue até lá.
Danglars resgata seus cinco milhões de francos da firma de Monte Cristo na Itália. Assim que ele recebe o dinheiro, bandidos ligados ao Conde raptam Danglars e o mantém prisioneiro. Os bandidos o arruínam, exigindo somas exorbitantes por pequenas quantidades de comida. Danglars fica rapidamente sem nada e seu cabelo fica totalmente branco durante seu breve cativeiro. Monte Cristo não deixa de informar Danglars sobre sua verdadeira identidade.
Assim, a vingança do Conde agora está completa. Todos os seus inimigos tinham sido castigados de forma lenta, conforme ele desejava. Monte Cristo tem um último encontro com Mercedes. Ela diz que irá entrar para um convento e levar uma vida de orações. Quanto a Albert, ele partiu sob o nome de solteira da sua mãe para reconstruir seu futuro no exército.
Como sua obra estava terminada, o Conde de Monte Cristo precisa partir. Depois de deixar a maioria dos seus bens para Maximiliano Morrel e Valentina, aos quais ele deseja toda a felicidade e um amor eterno, ele parte num navio com Haydée, seu novo amor, em busca do seu próprio futuro.



Alexandre Dumas, pai (Villers-Cotterêts, 24 de julho de 1802 — Puys, 5 de dezembro de 1870) foi um romancista francês. Seu nome de batismo era Dumas Davy de la Pailleterie. Nasceu na região de Aisne, próximo a Paris. Era neto do marquês Antoine-Alexandre Davy de la Pailleterie e de uma escrava (ou liberta, não se sabe ao certo) negra, Marie Césette Dumas. Seu pai foi o General Dumas, grande figura militar de sua época.
Alexandre Dumas, pai, escreveu romances e crônicas históricas com muita aventura que estimulavam a imaginação do público francês e de outros países nos idiomas para os quais foram traduzidos. Alguns destes trabalhos foram:

·         Os Três Mosqueteiros (Les Trois Mousquetaires, 1844)
·         Vinte anos depois (Vingt Ans Après, 1845)
·         O Visconde de Bragelonne (Le Vicomte de Bragelonne, 1847) - (do qual faz parte O Homem Com a Máscara de Ferro)
·         A Rainha Margot (1845)
·         A Dama de Monsoreau (1846)
·         Os Quarenta e Cinco (1847)
·         Joseph Balsamo (1849)
·         O Colar da Rainha (1850)
·         Ange Pitou (1851)
·         A Condessa de Charny (1853)
·         O Cavaleiro de Maison-Rouge (1854)
Seu trabalho como escritor lhe rendeu muito dinheiro, porém Dumas vivia endividado por conta de seu alto gasto com mulheres e de seu estilo de vida. O grande e dispendioso château que construiu estava constantemente cheio de pessoas estranhas que se aproveitavam de sua generosidade. Com a deposição do rei Luís Filipe após uma revolta, não foi visto com bons olhos pelo presidente recém-eleito, Napoleão III, e em 1851 Dumas teve que ir embora para Bruxelas para fugir de seus credores. Dali viajou à Rússia, onde o francês era a segunda língua falada e suas novelas também eram muito populares.
Dumas passou dois anos na Rússia antes de se mudar em busca de aventuras e inspiração para mais histórias. Em março de 1861, o reino da Itália foi proclamado, com Vítor Emanuel II como rei. Nos três anos seguintes, Alexandre Dumas se envolveria na luta pela unificação da Itália, retornando a Paris em 1864.
Apesar do sucesso e das ligações aristocráticas de Alexandre Dumas, sua vida sempre foi marcada por ser mulato. Em 1843, escreveu uma curta novela intitulada Georges, que chamava atenção para alguns aspectos raciais e para os efeitos do colonialismo. Apesar disso, atitudes racistas contrárias à sua posição legítima na história da França ainda bem depois de sua morte, 5 de dezembro de 1870.

 

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