terça-feira, 31 de março de 2009

AS PERIPÉCIAS DE TUNICO SARGENTO E AS REFLEXÕES DE UM VELHO COLEGA DO BB

Prezados ex-colegas BB

Não sei se todos tiveram a oportunidade de receber o informativo 73 de "Notícias da AFA-BH", razão pela qual lhe envio, em anexo, cópia da matéria ali publicada na primeira página, para que também entenda um pouco do que vai em nossa alma.

Trata-se de uma das pérolas produzidas por antigos colegas que, desde os bons tempos de nosso saudoso BB, além de continuarem como verdadeiros cidadãos, homens sérios que aprenderam e sempre praticam o fiel cumprimento da Lei, a exemplo do que observavam com referência às instruções normativas das CICs, pois mesmo no gozo da merecida aposentadoria, continuam sentindo o gratificante prazer de defender – com garra, bom humor e competência - os interesses da empresa e fazer do seu posto, agora de descanso, uma trincheira de cidadania e de respeito ao patrimônio social, aos colegas, ao cliente e ao usuário dos serviços de uma empresa na qual ainda, esperançosos e altruístas, todos nós acreditamos ser viável. Nada de que seja, evidentemente, mais do que nossa obrigação de fazê-lo, de vez que, como brasileiros coerentes e de bem, continuamos acreditados como uma classe privilegiada, dentro de nossas comunidades onde, via de regra, procuramos exercer nossos direitos e deveres de forma descente, ética e solidária, para desfrutamos, enfim, do merecido prestígio e respeito que conquistamos.

Naquele tempo, quando os fatos narrados teriam sucedido, mas que bem ilustra o sentimento real do cronista, de fato o Banco do Brasil tinha em seu quadro de funcionários o que havia de melhor entre os cidadãos brasileiros, como as figuras exemplares de um Dr. Calazans, na Diretoria, de um Dr. Motinha, na AJURI e do folclórico "Tunico Sargento" em suas andanças como simples e quixotesco funcionário pelas mais distantes filiais. Esse era um tempo difícil, de muito chumbo, poucas esperanças e de imensas privações, quando o BB cumpria à risca sua função social levando o progresso para todos os rincões do país, sendo considerado o "Braço Direito do Estado Brasileiro". Infelizmente, porém, assim como em todos os universos e paraísos, também no nosso BB existiam (e existem ainda) demônios, monstros, cretinos, vermes e outras figuras deletérias como Mailçu, Lafaiete, Zé de Ribamar e sua corja de abutres.

Sinto uma pena enorme pelo fato de que a cena descrita na admirável crônica do colega Antônio Carlos seja apenas uma obra fictícia.

Se, contrariando a realidade, tivesse ela ocorrido de acordo com a bravura desse nosso herói, é bem certo que os trâmites legais da aludida trama seriam confirmados, justamente da forma ali imaginada, levando-se em conta o estado de necessidade, daquele momento, com a aplicação da extremada medida e o acerto na escolha do patrocínio jurídico, "in casu", colocada sob a regência do Dr. Mota, este colega de quem muito me orgulho, não só pelo parentesco, mas pelo comprovado brilhantismo e profissionalismo que dele conhecemos, como um dos maiores causídicos militantes nos auditórios desta Capital, entre os advogados militantes egressos dos quadros do Banco, além de ser ele, também, assíduo leitor do meu Blog.

Se o Tunico Sargento realmente tivesse agido, daquela forma, sob os cuidados do Dr. Mota, com certeza de há muito estaria o nosso colega absolvido de seus atos de bravura, em razão de que o Banco estaria agora preservado em sua histórica grandiosidade, e – em assim sendo -- seus mais dedicados funcionários (o verdadeiro e mais valioso patrimônio de uma empresa) não teriam perdido o alicerce de suas famílias e vidas e, muitos, suas próprias vidas ...

Em referência às questões jurídicas, em nosso pais, confesso que sou radicalmente contrário aos benefícios que a lei -- em detrimento dos interesses do povo humilde, sofrido e trabalhador -- concede em abundância aos larápios, estupradores, pedófilos, assaltantes, lascarinos, xixilados, corruptos, profissionais do colarinho branco e demais políticos desprezíveis, bem como fico indignado com as artimanhas, os recursos protelatórios, os meandros e labirintos em que os bons advogados descobrem filigranas para absolvê-los, simplesmente para confirmar seus talentos e convicções, o que não deixa de ser louvável, em homenagem à inteligência a ao esforço profissional (dos advogados, naturalmente!).

Quanto ao grande herói Tunico Sargento, vai aqui o meu abraço de parabéns a seu criador, cujo pensamento deveria ser transcrito – como objeto de reflexões sobre o caso em análise, quanto ao risco e ao perigo de, pela força do poder maligno da incompetência togada, reproduzirem-se no país justiceiros como o simbólico, valente e simpático bancário apelidado de Tunico – devendo este figurar como uma alegoria e um alerta, destacado em todas as páginas das agendas ministeriais, como súmulas vinculantes a serem observadas pelos Gilmares Mendes, pelos Tarsos Genros, Sogros e demais parentes e aderentes desta outra casta de energúmenos que comandam a nossa "Ré" pública, naqueles palácios da Esplanda onde impera um ogro maravilhado tendo como lugares-tenentes o Ribamar, Rei do Maranhão, além do assessoria de outros chalaças e rasputins do quilate de Mailsons, Hélios, Coutinhos e outros químicos da patifaria verde-amarela, sangrando copiosa e diariamente nossa fé e nossa esperança.


geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/

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