sábado, 7 de março de 2009

UM HOMEM ... UMA MULHER.

Nestes tempos modernos de liberalidade dos costumes, quando as mulheres – depois de décadas de lutas – impõem-se com firmeza e determinação na busca de seus direitos de ampla igualdade e quando, segundo pesquisas, elas já detêm grande fatia do mercado de trabalho, assumindo posições de comando que tradicionalmente era reservado com prioridade aos homens, não sei se o grande poeta francês escreveria o seu poema (conforme abaixo) naqueles mesmos termos que ali podemos admirar. É que, apesar da beleza poética, de romantismo, da elegância, de toda homenagem e louvores ao então “sexo frágil”, o texto tem sido, na atualidade, objeto de polêmicas e até mesmo execração por algumas feministas mais exaltadas que se esquecem de que o enfoque nele retratado reflete o contexto de uma época em que, realmente, a própria mulher sentia-se valorizada dessa forma em que é comparada pelo poeta.
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De qualquer forma, os tempos mudam, mudam-se os costumes, os conceitos se moldam à realidade e em cada civilização existe uma ordem estabelecida com a qual a sociedade se interage.
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Para quem gosta de novelas, um bom exemplo de como são diferentes os costumes pelo mundo, mesmo na atualidade, em relação às mulheres, em “Caminhos das Índias” (TV Globo) pode-se ver um pouco da realidade da vida social indiana onde a mulher, apesar das conquistas globalizadas que lá já são observadas, continua sendo tratada como uma propriedade do homem, muito embora receba tratamento de verdadeiras deusas (o que se caracteriza como sendo uma situação contraditória em si mesma).
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Vale a pena, porém, fazer uma reflexão sobre o que pensava Victor Hugo, na sua ótica de um grande cavalheiro, culto, que vivia em uma cidade do porte de Paris, numa época de “glamour” em que as mulheres deveriam ser “coquetes”: mimosas, delicadas, fieis, frágeis e maravilhosas.
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Como dizia minha bisavó Idalina Sena, do alto de sua sabedoria:
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“Cada terra com seu uso, cada roda com seu fuso.”
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-O Homem e a Mulher
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Vitor Hugo
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O homem é a mais elevada das criaturas; a mulher é o mais sublime dos ideais.Deus fez para o homem um trono; para a mulher um altar.O trono exalta; o altar santifica.O homem é o cérebro; a mulher é o coração.O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.A luz fecunda; o amor ressuscita.O homem é forte pela razão; a mulher é invencível pelas lágrimas.A razão convence; as lágrimas comovem.O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios.O heroísmo enobrece; o martírio sublima.O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência.A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.A aspiração do homem é a suprema glória.A aspiração da mulher é a virtude extrema.A glória faz tudo grande.A virtude faz tudo divino.O homem é um código; a mulher, um evangelho.O Código corrige; o evangelho aperfeiçoa.O homem pensa; a mulher sonha.Pensar é ter no crânio uma larva.Sonhar é ter na fronte uma auréola.O homem é um oceano; a mulher, um lago.O oceano tem a pérola que adorna.O lago, a poesia que deslumbra.O homem é a águia que voa.A mulher é o rouxinol que canta.Voar é dominar o espaço.Cantar é conquistar a alma.O homem é um templo. a mulher é o sacrário.Ante o templo nos descobrimos. Ante o sacrário nos ajoelhamos.Enfim, o homem está colocado aonde termina a terra e a mulher onde começa o céu.
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Mas, sem querer intrometer-me na polêmica, que o texto acima é bonito, lá isto ele é. E deixando de lado os preconceitos, VIVA A MULHER neste dia 08 de março e em todos os demais dias em que vai continuar sendo a “costela” predileta de quem gosta de ser Homem, com todas as letras, compromissos e respeito aos direitos de todos os cidadãos.

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geraldo mota
http://geraldomotacoelho.blogspot.com/

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