sábado, 8 de agosto de 2015

INVESTIGAÇÃO CULTURAL - investimento e preocupação na recuperação, preservação e defesa de nosso patrimônio.





Nesse livro, o autor pesquisa toda sua genealogia e a história de seus antepassados, Um deles, seu avô Dr. Francisco  Lourenço de Freitas, em 1828 foi nomeado Juiz de Fora na recém criada Comarca de Minas Novas, onde viveu e trabalhou por muitos anos. Na busca da historia, em suas fontes fidedignas, o autor empreende uma longa viagem até Minas Novas, onde fica pesquisando a passagem de seu ilustre parente, isto já no ano de 1960 e, a partir desta data, ele faz várias anotações e importantes relatos, conforme o inicio de sua descrição, no fac-simile acima, no final dessa página, até uma grande parte de todo o livro, o qual ainda estou lendo. O Engenheiro Victor Figueira de Freitas faz uma importante avaliação sobre tudo o que pesquisou e sobre o que viu da realidade de nossa cidade, tecendo comentários interessantíssimo sobre muita coisa, inclusive sobre a potencialidade turística da cidade, já naquele tempo, cujo entrave, a seu ver, seria a falta de uma boa administração em todos os aspectos.


Como é por demais sabido, tudo na vida tem um preço, um custo e uma razão de ser. Nada é de graça e ninguém, por mais que seja dado a ajudar, consegue agir sem despesas e, muitas das vezes, para conseguir álbum resultado, torna-se necessário enfrentar sacrifícios de longas pesquisas, paciência, espera, tempo, dinheiro e incompreensões. E tudo fica muito mais difícil, na medida em que as fontes que se procuram se tornam mais escassas e muitas que são inacessíveis para quem, de fato, não esteja preparado para enfrentar os desafios que aparecem pelo caminho de quem se dispõe a peregrinar por arquivos públicos e particulares, cartórios antigos, registros paroquiais e municipais, bibliotecas de toda espécie, livrarias e até sebos. Muitos desses lugares a entrada de uma pessoa comum não é muito facilitada, principalmente quando o objetivo é pesquisar documentos antigos, valiosos, verdadeiras relíquias que o proprietário guarda a sete chaves. Há, ainda, arquivos que são sigilosos, “herméticos”, cujo acesso se permite apenas aos sócios ou membros de determinadas sociedades secretas. E mais ainda, grande parte desses lugares não empresta, não vende e nem permite que se façam cópias ou fotografem os dados pesquisados. 
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Nos últimos anos, principalmente depois que me aposentei e passei a ter mais disponibilidade de tempo, tenho feito pesquisas sobre a HISTÓRIA DE MINAS NOVAS e, para ver acontecer algum resultado, visito todos aqueles lugares que citei e não perco a oportunidade de comparecer em eventos, como seminários e congressos, onde os temas sejam de interesses coincidentes. Sendo assim, tenho travado conhecimento com pesquisadores de várias áreas e de vários lugares, sempre coletando dados, informações, dicas e orientações, as mais diversas, pois, cada vez mais, vejo o quanto nossos antigos conterrâneos foram omissos ou desleixados com a obrigação que tinham de se preocupar com o registro da nossa história, muito pouco deixando, de forma escrita e oficial, sobre os acontecimentos daquelas épocas em que viveram, de forma a permitir que seus sucessores, herdeiros e, enfim, a posteridade conhecesse o seu passado. Mas, o que se percebe, com muita clareza, é o lado perverso e ignominioso da “queima de arquivos”, um recurso ao qual sempre se recorreram os maus políticos e outras autoridades que passaram pela obscura história de nosso município, agentes que assim se cuidavam, espertamente, para não deixarem rastros de suas passagens pela administração municipal, sempre em prejuízo do bem público e lesando os interesses da coletividade.  
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Como já escrevi aqui, neste espaço, não basta que o pesquisador tenha a necessária boa vontade em pesquisar. É preciso, além da vontade, a existência dos meios que o levem ao bom resultado da pesquisa. Portanto, esse trabalho depende de conhecimento – não estou me referindo à cultura acadêmica – mas sabedoria sobre o que se propõe. Depende de “inteligência” investigativa, de técnicas de detetives, ou seja, no popular, de “treitas” e “manhas” para poder caminhar no meio de armadilhas, de atalhos e de desconfianças.
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Um dia desses fiquei conhecendo um antigo professor de História, já aposentado, que continua muito influente no meio cultural aqui de Belo Horizonte, pois o mesmo já lecionou em vários colégios, inclusive no COLÉGIO LOYOLA, um dos mais tradicionais desta Capital Mineira, no qual identifiquei um grande interesse pelas minhas pesquisas, tendo ele me acenado com a possibilidade de me fazer algumas indicações sobre as fontes de que necessito para continuar nessa minha lida investigativa. E ontem eu tive a feliz oportunidade de conhecer a magnífica biblioteca de um dos citados colégios, onde o meu amigo me introduziu como seu “assistente”.  Na primeira obra a que tive acesso, num departamento exclusivamente voltado aos assuntos relacionados a cada município de Minas Gerais, pude ver estantes inteiras dedicadas a município bem mais jovem e bem menos importante que o nosso, mas, infelizmente, chegando à letra “m”, no escaninho – bem acanhado – onde deveriam estar os documentos sobre a nossa querida Minas Novas, muito pouco ou quase nada há a ser visto, a não ser documentos bem mais recentes, os quais foram coletados de 20 anos para cá.  Contudo, graças aos conhecimentos da bibliotecária e suas técnicas de rastreamento de dados, bem como a ajuda de um eficiente banco de dados digitalizados, estamos tendo acesso a documentos, relativos a outras localidades, que fazem referência a muita coisa de nosso município, de vez que muitos que hoje são prósperos e importantes se emanciparam de nossa velha e maltratada Vila do Fanado e, a partir de uma nova organização como ente federativo, deixando de pertencer ao desorganizado ente que lhe deu origem, puderam contar com melhor orientação e passaram a agir conforme indica o bom senso e a devida responsabilidade de quem fica à frente de um governo qualquer que seja o seu nível político de governança.
E está sendo, justamente na condição de “assistente” desse amigo professor, que pude fazer algumas pesquisas e até mesmo fazer cópias de alguns documentos, que há muito tempo estava procurando encontrar, a exemplo dos que se seguem. 
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Mas, voltando à questão dos custos financeiros, torna-se quase que impraticável poder-se adquirir algumas obras, que são raríssimas e que tem o acesso dificultado por quem delas detém a posse. Naquela mesma biblioteca pude ver com os olhos, mas não pude nem tocar, uma obra intitulada “A MINAS GERAES DE 1925 – Organizada pelo professor VICTOR SILVEIRA” , uma relíquia, um verdadeiro álbum de fotografias do início do século passado, com minuciosas referências, entre elas a antiga matriz de São Pedro do Fanado, a Cadeia Pública, vários sobrados e muitas outras informações sobre pessoas, fatos, dados e curiosidades da nossa região. Saí lá desse colégio verdadeiramente encantado com o que vi e, tão logo cheguei em casa, movido pela curiosidade e na esperança de achar mais informações sobre aquela dita obra, encontrei o anúncio, de um exemplar igual, à venda num Sebo do Rio de Janeiro, ao preço aproximado de R$ 1.900,00 (um mil e novecentos reais). Vou continuar na esperança de poder adquirir igual tão logo passe essa crise geral em que todos nós estamos sofrendo com os problemas da economia e de nosso triste momento político.
 

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