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Para que houvesse essas procissões, que eram
recorrentes em Minas Novas, em épocas assim, o saudoso vigário Cônego Barreiros, que era sacerdote culto, piedoso e ardoroso devoto do "Cristo Crucificado", mandou que se
colocassem cruzeiros de madeira, a partir da Igreja de São Francisco, em frente
da Igreja do Rosário, na Gruta, na encruzilhada da estrada da Barragem, no
Achará, na Cava Funda, no Espanta Moleque, no Tope e, dali em diante, de
quilômetro em quilômetro, passando-se pela cabeceira do Bom Sucesso, indo ate
uma capela rústica que ficava no Morro Redondo, próxima ao Ribeirão do Meio.
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Essas cruzes, pelo menos a maioria delas,
viraram carvão ou perderam seus braços. E, como nos lembrava nossa saudosa Mãe,
sem os braços não há como abraçar, benzer e abençoar.
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Nesse sentido, seria muito bom que se pensasse
em reconstruir esse itinerário de penitência, recompor as cruzes e levarmos,
até os pés de cada um desse símbolo cristão do Martírio de Jesus Cristo, as
pedras de nosso pedido de perdão e a nossa fervorosa súplica pela bênção que,
certamente, virá no formato da benfazeja chuva de que tanto estamos
necessitados.
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Somente para recordar, no Calendário Romano o
dia dedicado à Santa Cruz é 14 de setembro e esta data está próxima.
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Além das pedras, seria bom que se plantassem, ao
redor da Cruz, algumas mudas de “saudades” e também de “esperanças” que devem,
mesmo faltando água, serem irrigadas com nossas lágrimas.
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Exaltação
da Santa Cruz
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Ícone russo da Festa da Exaltação da Santa Cruz
por Gury Nikitin, 1680. Galeria Tretyakov, Moscou,Rússia.
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Esta
festa é chamada em Grego de Ὕψωσις τοῦ Τιμίου Σταυροῦ e em Latim
de Exaltatio Sanctae Crucis (literalmente, "Exaltação da Santa
Cruz"[nota 1] ). Em algumas partes da Comunhão Anglicana
a festa é chamada Santo Dia da Cruz, um nome também utilizado por Luteranos. A celebração é às vezes chamada Festa
da Cruz Gloriosa.[1]
No
calendário litúrgico cristão há várias Festas relacionadas à Cruz, todas com a
intenção de relembrar a crucificação de Jesus Cristo, evento central da fé,
como diz o apóstolo São Paulo: "nós pregamos a Cristo crucificado, que é
para os judeus, na verdade, uma pedra de tropeço,
e para os gentios uma estultícia; mas
para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus e
sabedoria de Deus."[2] Enquanto a Sexta-Feira Santa é dedicada
à paixão e Crucificação, a Festa da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de Setembro, celebra a cruz como instrumento
de salvação, fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o
pecado, a morte e o demônio.
Santo André de Creta
diz: "Celebramos a festa da cruz; por ela as trevas são repelidas e volta
a luz. Celebramos a festa da cruz e junto com o Crucificado somos levados para
o alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse
da cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um
tesouro."
Segundo a
tradição, a Vera Cruz foi descoberta em 326 por Helena de
Constantinopla, mãe do Imperador Constantino I, durante peregrinação à cidade de Jerusalém. A Igreja do Santo Sepulcro
foi construída no local da descoberta, por ordem de Helena e Constantino. A
igreja foi dedicada nove anos após, em 335, com uma parte da cruz em exposição.
Em 13 de Setembro ocorreu a dedicação da igreja e a cruz foi posta em exposição
no dia 14, para que os fiéis pudessem orar e venerá-la. Em 614 os persas
invadiram a cidade e tomaram a cruz, que foi recuperada pelo Imperador
Bizantino Heráclio em 628. Após um ano em Constantinopla, a
cruz retornou ao Santo Sepulcro.
A
Exaltação da Santa Cruz é a festa principal dos Cônegos
Regulares da Ordem da Santa Cruz.[3]
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