BRASIL, PÁTRIA EMBROMADORA!!!
Instituições do Pronatec
relatam corte de ao menos 50% nas vagas
FÁBIO
TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
25/05/2015
02h00
O governo Dilma Rousseff (PT) reduziu as vagas em
escolas particulares no Pronatec, programa federal que custeia ensino técnico a
jovens e adultos.
Instituições que ofertam os cursos em São Paulo,
Minas Gerais e Rio de Janeiro ouvidas pela Folha relataram que tiveram menos de
50% das vagas que haviam recebido no último chamamento do programa, ano
passado.
Um levantamento dos colégios do Rio aponta que
apenas 18% das vagas pedidas foram aceitas pelo governo.
As escolas foram informadas na sexta-feira (22) de
quantos postos foram aceitos pelo Ministério da Educação. Procurada, a
assessoria de imprensa da pasta confirmou neste fim de semana que houve
redução, mas disse não saber informar o montante.
Editoria de Arte/Folhapress
|
O
programa, uma das principais bandeiras do governo Dilma, vem sofrendo restrições
desde o fim do 2014, conforme a Folha revelou no início deste ano. À
época, a União vinha atrasando o repasse de verbas referentes às aulas já
dadas. De 2013 a 2014, 600 mil alunos foram atendidos no programa em escolas
particulares.
Com dificuldades orçamentárias, a gestão federal
tem feito cortes em diversas áreas. Ainda na educação, reduziu também o número
de novos financiamentos no ensino superior do Fies (crédito estudantil
oficial).
TETO
Neste novo edital do Pronatec, além de menos vagas,
o governo estabeleceu teto de pagamento para as horas-aula, segundo as
instituições.
Escolas paulistas e do Rio dizem que só são aceitos
cursos que cobrem até R$ 3,90 por aluno nas turmas da manhã e R$ 4,29 nas da
tarde.
"Os colégios se prepararam para ampliação de
vagas, porque era o que o governo prometia. Com a restrição de vagas e o teto
de pagamento, a quebradeira vai ser geral", disse o diretor de uma escola
em São Paulo, que oferece três cursos no programa. Ele pediu 600 postos, mas
recebeu menos de 200.
Até o último processo, ele cobrava R$ 4,60 pela
hora-aula por aluno. "O pagamento será muito pequeno, a qualidade do curso
cairá. Mas sabemos também que havia escolas que abusavam e cobravam caro do
governo", diz.
O Pronatec visa melhorar a qualidade da mão de obra
do país, considerada insuficiente pelo setor produtivo.
OUTRO LADO
O Ministério da Educação afirma que "todos os
programas neste ano foram dimensionados para manter a oferta e, ao mesmo tempo,
se adequar aos ajustes orçamentários". A pasta diz ainda que vai ofertar
menos vagas do Sisutec (sistema de distribuição de vagas no Pronatec) em
relação ao ano passado.
A ideia é distribuir as vagas restantes entre um
número maior de municípios, de forma a "interiorizar a oferta". A
pasta disse também que se reuniu com as escolas para explicar as mudanças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário