Tive a honra e a oportunidade de ter conversado com
o Cardeal DOM SERAFIM FERNANDES DE ARAUJO, Arcebispo Emérito de Belo Horizonte,
em um encontro eventual que tivemos na maravilhosa Igreja de Santa Luzia, próxima
de onde moro, aqui na Capital Mineira, logo depois da Santa Missa que ele acabava
de celebrar naquele festivo dia 13 de dezembro de 2008, em que se comemorava a Milagrosa
Santa que é Padroeira da Paróquia de nosso Bairro. Entre amenidades e boas
recordações dele, em relação à nossa terra Natal, Minas Novas, onde ele sempre
comparece durante os festejos de Nossa Senhora do Rosário, ele me segredou que
uma de suas poucas frustrações na vida, como cidadão, é justamente a de não ter
conseguido a tão desejada implantação de um CAMPUS avançado da PUC-Minas, em
nosso município, por razões que ele mesmo desconhecia, mas que tomou
conhecimento somente depois de que o projeto já estava inviabilizado e ele, a
essa altura, já não era mais reitor daquela conceituada universidade. Disse-me
ele, contudo, que não estavam perdidas as esperanças e que, mesmo sem estar mais
com o poder de decisão, continuaria fazendo suas orações e se esforçando,
pessoalmente, no sentido de ver realizado esse acalantado sonho, o qual,
certamente, estaria muito mais sob a dependência dos interesses políticos que
envolviam todo aquele processo.
Passados alguns dias, movido pelo
natural interesse de melhor me informar, conhecer e também para saber em que
níveis de negociação estavam todo aquele projeto, infelizmente fui surpreendido
com a informação de que até mesmo o terreno, antes disponibilizado para as
construções e instalações do CAMPUS, cujas escrituras públicas já se
encontravam registradas, estas estavam sendo anuladas, após a decisão do
conselho curador de oficialmente devolvê-lo à municipalidade, em razão da falta
de interesse das autoridades e das lideranças políticas, de então, que não se
manifestaram ou, simplesmente, se omitiram quanto à apresentação das
contrapartidas que antes estavam acertadas entre as partes.
Tal revelação me pareceu absurda e
fiquei ainda mais perplexo ao conhecer os estudos da viabilidade de implantação
do projeto, pareceres técnicos, assim como as diversas planilhas, orçamentos e
plantas-baixas, inclusive a maquete do prédio que deveria abrigar a administração
e as salas de aula, tudo, realmente, demonstrando um projeto espetacular e que
seria, sem dúvida, uma das maiores realizações na nossa história, quase que
tricentenária, nos moldes idênticos das que já estavam em andamento e que hoje
já estão em pleno funcionamento, que contemplaram a cidade do Serro, Arcos e Guanhães,
sendo que nesta última cidade, a instalação se deu em razão dos esforços do
ilustre filho da região, com a qual tinha estreitas afinidades, o saudoso professor
Padre Geraldo Magela Teixeira, então membro do colegiado da PUC-MG.
Confesso que chorei copiosamente,
com o coração traspassado de uma dor que não sei descrever, tamanha foi minha
decepção com a postura de um prefeito, pela maioria de nossos conterrâneos considerado
tão importante e poderoso, mas que na mesma proporção, para mim se configurava,
naquele momento, como irresponsável e desprezível com aquela atitude assumida de
menosprezar um projeto daquela magnitude, tão somente movido por interesses
particulares, dentre eles o de não permitir que a PUC viesse a substituir os
cursos então mantidos na região pela UNIPAC, de propriedade de outro político da
mesma facção partidária, dando preferência a esta universidade, embora
reconhecidamente uma instituição de ensino de menor potencial para contribuir
com o progresso de Minas Novas, de forma favorável aos alunos, sob o ponte de
vista econômico, efetivo e da oferta de opções variadas de cursos, com a melhor
qualidade acadêmica.
A implantação da PUC em Minas Novas,
sendo um sonho do nosso mais ilustre conterrâneo, talvez algum dia ainda venha a
se tornar uma feliz realidade, quiçá, em razão de algum milagre produzido por
um Santo, não da Igreja, mas um que seja mais poderoso no universo de nossa
POLÍTICA.
Da minha parte, porém, mesmo que também
sonhe com muita intensidade com um benefício desse porte, não vejo muito
empenho nas lideranças de agora, da mesma forma como aconteceu com aqueles ditos
administradores da época em que o projeto não mereceu a devida atenção e favorável
encaminhamento. INFELIZMENTE esta é a realidade de um dos municípios mais
velhos e mais carentes, não só do VALE DO JEQUTINHONHA, mas de todo o Estado de
Minas Gerais, de tantas grandezas, tradições e valores, mais uma vez
ludibriado, vilipendiado, explorado e espoliado por POLÍTICOS MESQUINHOS,
INIMIGOS DO NOSSO POVO E DA NOSSA GENTE.
Atualmente a PUC está presente nos
seguintes locais, com seus CAMPI em pleno funcionamento, com diversos cursos
superiores e milhares de alunos recebendo os benefícios de um padrão de ensino
invejável, enquanto nosso município, que estava para ser contemplado com
projeto idêntico, juntamente com SERRO, GUANHÃES e ARCOS, continua com sua
população jovem sem qualquer expectativa de acesso a cursos regulares e de boa
qualidade, em nossa humilde, idosa e decrépita cidadezinha.
PUC-MINAS – EM MINAS GERAIS
• PMG- PUC Coração
Eucarístico
• PSG - PUC São Gabriel
• PCO - PUC Contagem
• PPC - PUC Poços de Caldas
• PBE - PUC Betim
• PAR - PUC Arcos
• PGH - PUC Guanhães
• PBR - PUC Barreiro
• PSR - PUC Serro
• PSG - PUC São Gabriel
• PCO - PUC Contagem
• PPC - PUC Poços de Caldas
• PBE - PUC Betim
• PAR - PUC Arcos
• PGH - PUC Guanhães
• PBR - PUC Barreiro
• PSR - PUC Serro
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