quinta-feira, 16 de julho de 2015

O AVANÇO DA TECNOLOGIA E O MARASMO EM MINAS NOVAS






(LALAU MOTA p/ Blog de GERALDO MOTA) 

Não faz muito tempo que nosso meio de comunicação que permitia mais rapidez na troca de informações era o velho telefone, aquela maravilha tecnológica do século 19, cuja invenção, durante muito tempo, era atribuída ao britânico naturalizado norte-americano, o engenheiro/elocucionista  Alexander Graham Bell (em 1873), fato histórico que hoje, como se sabe,  de fato deveu-se à inventividade e criatividade do italiano Antonio Meucci, que no ano de 1860 – portanto 13 anos antes do Graham-Bell - criou um sistema idêntico, que passou a ser conhecido como "telégrafo falante”. O telefone é um dos dispositivos de telecomunicações desenhados para transmitir sons por meio de sinais elétricos nas vias telefônicas. É definido como um aparelho eletroacústico que permite a transformação, no ponto transmissor, de energia acústica em energia elétrica e, no ponto receptor, teremos a transformação da energia elétrica em acústica, permitindo desta forma a troca de informações (falada e ouvida) entre dois ou mais assinantes. A primeira demonstração pública da invenção de Meucci teve lugar em 1860, e sua descrição publicada saiu num jornal de língua italiana de Nova Iorque. Meucci criou o telefone com a necessidade de comunicar-se com sua esposa, que era doente e por isso ficava de cama no seu quarto no andar superior. O laboratório de Meucci ficava no térreo, assim ele não tinha condições para cuidar da esposa e trabalhar ao mesmo tempo; assim sendo, ele inventou o telefone, a fim de que se sua esposa precisasse dele não tivesse que gritar ou sair de sua casa.]



Para haver êxito nessa comunicação, os aparelhos necessitam estar ligados a vários equipamentos, que formam uma central telefônica. Contudo, esse sistema também não é seguro para as comunicações que envolvam a necessidade de sigilo, sendo que em Minas Novas havia sempre a insegurança de possíveis escutas clandestinas – Conta a história que o empresário Almond Strowger, dono de uma funerária de Nova Iorque, desconfiava que as telefonistas desviavam, propositalmente, as ligações destinadas a ele para um outro agente funerário, seu concorrente. Por isso, resolveu inventar um sistema que dispensasse o intermédio delas. Idêntica providência teve CHICO DO BANCO, no final do ano de 1980, logo providenciando a troca do equipamento para um mais moderno, que atendesse toda a população, não somente aos interesses do banco, desta feita com maior participação do poder público, após a visita ao município, feita pelo presidente da república João Figueiredo que, nessa oportunidade, conforme pude pessoalmente assistir, estando aquela alta personalidade na nova agência do BB, que se inaugurava em Minas Novas, ficou visivelmente indignado diante da impossibilidade de fazer uma ligação urgente para Brasília, o que se constituiu em grande constrangimento para as demais autoridades ali presentes, as quais, como de costume, tudo faziam no sentido de distrair os presentes e para desviar os olhos do mundo, não permitindo que se mostrassem o verdadeiro sofrimento do povo do Vale do Jequitinhonha e a enorme miséria que até ali se abatia sobre toda região.


No Brasil os primeiros telefones foram instalados no Rio de Janeiro. Em 1883 a cidade contava com 5 centrais telefônicas, cada uma com capacidade para 1000 linhas, e também funcionava a primeira linha interurbana, ligando o Rio a Petrópolis.
Campinas foi a terceira cidade do mundo a ter uma linha telefônica (logo após Chicago e o Rio de Janeiro).
No Rio Grande do Sul o serviço telefônico foi instalado em 1885, em Pelotas, com a União Telefônica.
A primeira empresa brasileira foi a Brazilian Telephone Co., que depois de passar por diversos proprietários, foi incorporada, em junho de 1889, à Brasilianische Elektrizitäts Gesellschaft, com sede em Berlim, que ganhou uma concessão de 30 anos.




Atrasados que sempre fomos, em Minas Novas havia um único equipamento telefônico que, desde 1953, ligava o gabinete do prefeito, na prefeitura, à usina hidrelétrica da Barragem das Almas, sistema arcaico alimentado por baterias e acionado por uma manivela, cujo equipamento (parte dele) se encontra afixado na parede da residência de Zarinha de Jacu (Deveria estar no Museu do Sobradão!).
 




Como demonstrado anteriormente, somente no final da década de 1970, por iniciativa do gerente da agência do Banco do Brasil, o ilustre minas-novense CHICO DO BANCO, é que foi providenciada uma lista, entre os funcionários lotados naquela filial do BB, e mais alguns clientes selecionados que se interessaram pelo projeto, no total de cem (100) cotistas, cada um pagando a quantia de Cr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros) valor que foi financiado para pagamento em 10 prestações mensais, quando se tornou possível a instalação da primeira e minúscula central (mesa) urbana com apenas 100 (cem) aparelhos telefônicos, através da qual se conectava, com alguma dificuldade, com a central telefônica da Telemig localizada em Diamantina, sendo que a ampliação desse sistema só se verificou a partir de 1982, com sucessivos planos de expansão, até se chegar ao quadro de assinantes da rede fixa ainda existente na atualidade. É de se ressaltar que os primeiros planos de expansão exigiam dos interessados uma longa fila de espera e a desembolsarem verdadeiras fortunas para adquirir a tão sonhada “assinatura”, o que lhe dava direito de lançar o valor em sua declaração de imposto de renda, no rol de suas “riquezas”.

Também os primeiros equipamentos de TELEX aqui foram instalados, na agência local do Banco do Brasil, por iniciativa do mesmo gerente, já no ano de 1981.

Anteriormente à década de 1980, o Banco, na sua antiga agência, se comunicava com as demais dependências externas (PAVANs ou Postos Avançados localizados em Berilo, Chapada do Norte e Turmalina), também com a Matriz e às agências congêneres, através do sistema de Rádio Transmissão de Voz em faixas contínuas de baixa frequência, o que representava um grande sacrifício para os operadores e um perigoso recurso que colocava em risco o sigilo de muitas operações que tinham, às vezes, que os dados a serem repassados passar por complicadas codificações).

Atualmente adotou-se definitivamente o uso da telefonia pela internet, usando VoIP (Voz sobre IP, do inglês Voice over IP) e Voz sobre Frame Relay. Há muitos programas que usam esta tecnologia, entre os quais se pode destacar o Skype, que tem sido muito bem sucedido na missão de usar a internet como meio de transmissão de voz. Com a disseminação da telefonia pela internet começaram a ser fabricados os ATAs - Adaptadores para telefones analógicos, dispositivos que permitem a conexão de um telefone convencional à internet.

TELEFONIA CELULAR – Enquanto na maior parte das cidades brasileiras a comunicação via telefone celular é possível através da oferta do serviço por parte de diferentes operadoras, em MINAS NOVAS, adiantada apenas na idade e no avanço da segunda década do século 21, parece que há uma reserva de mercado a favor de uma única operadora (TIM), como se reconhece amplamente nesse município, é deficiente e não atende, nem mesmo razoavelmente, toda a demanda que é reprimida em razão desse fator prejudicial e determinante do péssimo serviço, que é, justamente da inobservância do princípio – já consagrado – da infalível LEI DA OFERTA E DA PROCURA. 


Estamos, pois, carentes de lideranças que possam substituir a figura de um “Chico do Banco”, com visão de futuro, sensibilidade e determinação para agir, no sentido de que necessitamos para que esse problema seja definitivamente superado.

WhatsApp Messenger é um aplicativo de mensagens multiplataforma que permite trocar mensagens pelo celular sem pagar por SMS. Está disponível para iPhone, BlackBerry, Android, Windows Phone, e Nokia e sim, esses telefones podem trocar mensagens entre si! Como o WhatsApp Messenger usa o mesmo plano de dados de internet que você usa para e-mails e navegação, não há custo para enviar mensagens e ficar em contato com seus amigos.

Além das mensagens básicas, os usuários do WhatsApp podem criar grupos, enviar mensagens ilimitadas com imagens, vídeos e áudio.

O termo “WhatsApp”, para ser simplificado, passou a ser conhecido apenas como “ZAP”. Um dia destes, eu que sou das “antigas”, estando no exercício de um dos meus diversos “hobies” que mais aprecio, que é a datilografia (na minha velha máquina “Olivetti”) fui alertado por minha esposa, Nilda (que estava na cozinha do sítio), pedindo-me que lhe passasse o seu “zap” que estava tilintando sobre a mesa da sala. Diante daquele pedido, que a mim me soou estranho por desconhecer o termo, imaginei, espantado e indeciso, que ela estivesse me pedindo que lhe levasse uma daquelas antigas enxadas usadas na roça, de marca idêntica, que pesavam de duas a três libras e meia. Esclarecido o mal entendido, reconheci a necessidade de, o mais rápido possível, ficar atualizado acerca dessas modernidades. 





Já estamos – o mundo civilizado – no tempo de usarmos os amplos recursos disponibilizados pela tecnologia moderna que é também aplicável à produção agrícola, não aposentando definitivamente a velha enxada, a qual continua muito útil na horta e no pomar e, também, ao uso dos coveiros, mas devemos recorrer sempre. e cada vez mais, aos equipamentos mecanizados e muitos deles que já atingiram a era digital, pois muitos dos tratores, plantadeiras e colheitadeiras são operacionalizados através de simples “lap-top”.

E, nesse sentido, é urgente que se tome alguma providência para preparar a nossa velha MINAS NOVAS, dotando-a dos meios necessários de acolher, de volta, os nossos trabalhadores rurais, que há pouco tempo daqui foram expulsos pela falta de oportunidades, infelizes conterrâneos que sofrerão – mais uma vez – as consequências da falta de “proatividade” do poder público local e da própria iniciativa privada que os obrigaram ao processo migratório para as regiões produtoras de café e de cana de açúcar (no sul do país), de onde agora, em razão da introdução de tecnologias mais produtivas, a mão de obra humana está sendo substituída pelas modernas máquinas que produzem, cada uma delas, por centenas de boias-frias.

Afinal, em que pesem todos os avanços, a atividade AGROPECUÁRIA continua sendo super necessária - de vez que a ciência ainda não descobriu meios que permitam às pessoas ficarem sem consumir alimentos - e, sendo assim, é cada vez mais reconhecida a necessidade de se investir no CAMPO, na imensidão de terras ociosas que ainda existe, para nelas se produzir não só commodities, mas sobretudo, permitindo que nossos lavradores sejam autossuficientes em cereais, legumes, hortaliças, frutas, verduras, leite, carne, FLORES e, alimentando-se e fazendo realimentar a NATUREZA, e com os desdobramentos desse bendito esforço, as ÁGUAS naturalmente - com a Bênção de Deus e da Virgem do Rosário - voltarão a fluir em nossos córregos e rios, para garantir o milagre da VIDA.
 


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