BOA EDUCAÇÃO
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Boas maneiras – bons modos – boa conduta – bom procedimento – bom
comportamento – fineza - etiqueta – elegância – cavalheirismo
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O bom comportamento é algo difícil de ser ensinado.
E talvez por isso seja sempre raro de ser encontrado, além de que educação
enferruja por falta de uso. As boas maneiras são uma noção geral da lida entre
pessoas civilizadas, da boa convivência normal que deve ser considerada entre
as pessoas, umas com as outras e vice-versa, o que vai muito além do que seja o
uso correto dos talheres ao se assentar à mesa para as refeições, ou o costume de
se pedir licença, de se dizer “por favor” e do “muito obrigado” ao receber uma
gentileza. Estas, são as chamadas “palavrinhas mágicas” que abrem e que fecham
portas. Boas maneiras poderiam ser resumidas em uma única palavra: Elegância. É
o correto proceder que se adota
mesmo quando não se está numa festa ou
em alguma reunião entre amigos, ou quando não há ninguém a observar o que se
está fazendo ou nos reparando, simplesmente porque é o certo a se fazer e
portanto se faz espontaneamente. Começa-se pela pontualidade. Passa-se pela
gentileza, mas não termina nunca. É aquela postura generosa de quem elogia mais
do que critica e escuta mais do que fala. E também olha nos olhos quando
conversa. E quando fala, discute fatos e ideias, e não, pessoas. E não altera o
tom da voz ao se dirigir ao vendedor, ao garçom ou ao frentistas. E evita
assuntos constrangedores porque compreende que não é legal expor os outros. E
demonstra interesse por assuntos que desconhece. E sabe a hora de se calar,
quando o silêncio vale ouro... Acontece diante de rejeições, de desacordos e de
quando o assunto ruma para o desconforto de alguém presente. Elegância é a
qualidade de quem presenteia fora das datas festivas, nem que seja simplesmente
com flores. E quando vai a algum jantar ou encontro de amigos sempre leva algo
para o anfitrião. Cumprir o que promete lhe torna, além de elegante, confiável.
E quando faz algo por alguém, este alguém jamais precise saber o que você teve
que se arrebentar para fazê-lo. Ser alguém folgado, ou convencido, ou arrogante
lhe torna MUITO deselegante. A humildade é, para além de elegante, uma virtude
deveras apreciada por quem vale a pena. Não a humildade hipócrita de quem se rebaixa,
e sim a humildade de quem sabe o seu devido lugar. Se está abaixo, fica abaixo,
se está acima, fica acima, com a mesma naturalidade que lhe é merecida. Assim
se tornará autêntico -- e como brilham as pessoas autênticas -- aquelas que se
poliram de tal maneira, que agradam sem precisar alterar sua essência!
Reconhecer, e retribuir favores e gentilezas é, além de elegante, uma bela
virtude cujo nome é gratidão. Havia um tempo, e em muitos lugares isso ainda
acontece, quando sobrenomes e títulos sociais, além da opulência material, eram
levados em conta ao se fazer juízo de alguém. Hoje é mais autêntico não se
fazer esse juízo, mas, se a tentação for grande, que se faça com base nos
gestos da pessoa. Sorrir, sempre é muito elegante. Nosso erro é sempre ter como
frescura o que são bons modos. Bons modos, ou boas maneiras, ou ainda etiqueta,
não são coisa de gente rica: são coisas de gente fina e agradável. E não há
manual de etiqueta que afirme que você precise ter muito dinheiro para ser fino
e educado. Muito pelo contrário. Quanto mais agradável você se torna, mais
estimado você será e mais digno se sentirá no seu convívio social e comunitário.
A dignidade está na generosidade de se fazer o bem - nem que seja sendo
minimamente agradável - e não em função de suas posses. Todos nascemos
deseducados e grosseiros, isso não pode ser mudado. Mas morrer grosseiro é uma
escolha nossa. Não podemos modificar o passado, mas podemos, sim, sempre estar construindo
e melhorando um novo começo.
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