CELUTA
FIGUEIREDO COSTA, professora, comerciante e fazendeira de Minas Novas, também foi grande
líder comunitária e pioneira na participação feminina na luta política de nosso
Estado de Minas Gerais, chegando a ter participado ativamente da campanha
eleitoral e da eleição do Governador Magalhães Pinto, que por ela passou a ter
justa admiração e afeto.
Em Belo Horizonte, onde foram eleitas em 2008 cinco vereadoras (uma delas depois escolhida presidente da Câmara), nenhuma mulher se elegeu vereadora em 1947. Em 18 de julho de 1949, a escritora Alaíde Lisboa (PTN), que ficou como suplente nas eleições de 47, foi empossada como a primeira vereadora da Capital mineira. As primeiras deputadas estaduais mineiras foram eleitas em 1962: Maria José Nogueira Pena (PSD) e Marta Nair Monteiro (PDC). Já a primeira deputada federal foi Nysia Carone (falecida recentemente), eleita em 1966 pelo MDB (e cassada em 1968 pelo AI-5). A primeira senadora eleita por Minas Gerais foi Júnia Marise (PRN), em 1990.
Vereadoras eleitas em 1947 em Minas Gerais
Águas Formosas – Laudelina Gonçalves Melo Costa (PSD)
Almenara – Angelina Pereira do Nascimento (PR)
Araguari – Hilda Ferreira da Cunha (PSD)
Ataléia – Malvina Bandeira Gazel (UDN-PR)
Brasília (Brasília de Minas) – Emília Teixeira de Carvalho Sobrinha (PSD)
Campo Belo – Ione Maia (PSD) e Jacira Vilela da Silva (UDN)
Campo Florido – Lucilia Soares Rosa (PSD)
Capelinha – Herminia Eponina da Silva (PSD)
Minas Novas – Celuta de Figueiredo Costa (UDN)
Pirapetinga – Nilza Martins (UDN-PR-PSD)
Pirapora – Maria de Oliveira (PTB)
Recreio – Maria de Castro Gama Lima (UDN)
Sacramento – Paula de Graça Lima (PSD-PTB)
Santa Rita de Jacutinga – Rita Mendonça (PR)
Serro – Arlita de Lourdes Barbosa (PSD)
Varginha – Lucia de Carvalho (PSD)
FONTE: Assessoria de Comunicação Social do TRE-MG
Combativa militante política da antiga UDN elegeu-se, em 1947, para o
cargo de vereadora e presidiu a Câmara Municipal do histórico município, quando
fazia corajosa oposição à corrente dominada pelo Dr. Chico Badaró ”interventor
nomeado por Benedito Valadares (Ditadura de Vargas) que na ótica de seus
opositores dominava – de forma predatória e coronelística - grande parte do
Vale do Jequitinhonha”.
Mulher bem educada, elegante e prendada incentivou grandemente o convívio
social e comunitário, sempre orientando vários jovens a adorarem as profissões
de modistas, costureiras, alfaiates, bordadeiras, doceiras, marceneiros,
gerando vários empregos diretos e indiretos em todos os segmentos importantes
da economia local.
Desde quando ainda seus pais eram vivos, sua casa sempre foi uma
verdadeira escola, na qual, inclusive, eram educados os filhos até mesmo dos
chefes políticos da oposição. Nesse sentido, o próprio Senador Murilo Badaró
gostava de se dizer um “discípulo de Dona Celuta”, tal era o gosto dela em
poder informar e educar como uma grande mestra. Foi grande incentivadora das
congregações religiosas, como as Irmandades do Santíssimo Sacramento, do
Sagrado Coração de Maria e era uma das principais mantenedoras da Casa
Paroquial, onde nada deixava faltar aos religiosos que ali moravam ou
hospedavam. Nesse particular tem o reconhecimento de vários párocos e até mesmo
uma manifestação pública do Bispo de Araçuaí que, durante uma visita pastoral à
cidade, publicamente hipotecou os maiores agradecimentos, informando que sua
missao eclesiástica não seria possível sem o apoio que recebia daquela
comerciante minas-novense.
Como comerciante, exerceu seu comércio dentro da tradição herdada de seu
pai, o CORONEL JOÃO ANDRÉ DA COSTA, priorizando o atendimento aos segmentos de
melhor poder aquisitivo, com artigos mais sofisticados e da moda (tecidos,
agasalhos, chapéus, calçados, artigos de arte e decoração, aviamentos,
utilidades domésticas e mercadorias importadas). Contudo, mantinha depósitos
anexos a seu estabelecimento, à parte, nos segmentos de material de construção
(cal, cimento, portas, janelas, esquadrias, louças e ferragens), insumos
agrícolas e de cereais, os quais revendia a preços módicos e em condições de
prazo e parcelamentos bem favoráveis ao
público de menor poder aquisitivo, assim como uma pequena funerária que não visava lucros, atendendo até a indigentes.
público de menor poder aquisitivo, assim como uma pequena funerária que não visava lucros, atendendo até a indigentes.
Como fazendeira, uma das herdeiras de seu pai, proprietário de extensas
glebas nas antigas Fazendas do Bonsucesso, do Riacho, da Rocinha e do Papagaio,
promoveu por sua conta uma verdadeira “reforma agrária” distribuindo suas
terras para os antigos “agregados” que ali tiveram a oportunidade de
continuarem na atividade de criação de animais e produção de alimentos e grãos
(feijão, milho, arroz, amendoim, algodão, mandioca, cana-de-açúcar, frutas
diversas e outros) que ainda hoje muito contribuem no sentido de abastecer a
feira do mercado local e são muitas as famílias que ainda ali vivem, trabalham
e produzem.
TRE faz
levantamento histórico sobre as mulheres eleitas em Minas
Levantamento do Centro de Memória do
Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) mostra o quanto à
participação da mulher na política de Minas se alterou nos últimos 60 anos. Nas
eleições de 2008, foram eleitas no estado 51 prefeitas e 831 vereadoras.
Em 1947, primeira eleição municipal realizada após a reinstalação da Justiça Eleitoral no Brasil, o número de vereadoras mineiras foi de 17, não tendo sido eleita qualquer prefeita. Esse levantamento do ano de 1947 pode não ser exato, pois há alguns nomes que constam das atas do TRE que podem ser masculinos ou femininos – o que não foi possível ser esclarecido. As estatísticas de eleitos por sexo em 2008 podem ser consultadas no site do TSE
Em 1947, primeira eleição municipal realizada após a reinstalação da Justiça Eleitoral no Brasil, o número de vereadoras mineiras foi de 17, não tendo sido eleita qualquer prefeita. Esse levantamento do ano de 1947 pode não ser exato, pois há alguns nomes que constam das atas do TRE que podem ser masculinos ou femininos – o que não foi possível ser esclarecido. As estatísticas de eleitos por sexo em 2008 podem ser consultadas no site do TSE
Em Belo Horizonte, onde foram eleitas em 2008 cinco vereadoras (uma delas depois escolhida presidente da Câmara), nenhuma mulher se elegeu vereadora em 1947. Em 18 de julho de 1949, a escritora Alaíde Lisboa (PTN), que ficou como suplente nas eleições de 47, foi empossada como a primeira vereadora da Capital mineira. As primeiras deputadas estaduais mineiras foram eleitas em 1962: Maria José Nogueira Pena (PSD) e Marta Nair Monteiro (PDC). Já a primeira deputada federal foi Nysia Carone (falecida recentemente), eleita em 1966 pelo MDB (e cassada em 1968 pelo AI-5). A primeira senadora eleita por Minas Gerais foi Júnia Marise (PRN), em 1990.
Vereadoras eleitas em 1947 em Minas Gerais
Águas Formosas – Laudelina Gonçalves Melo Costa (PSD)
Almenara – Angelina Pereira do Nascimento (PR)
Araguari – Hilda Ferreira da Cunha (PSD)
Ataléia – Malvina Bandeira Gazel (UDN-PR)
Brasília (Brasília de Minas) – Emília Teixeira de Carvalho Sobrinha (PSD)
Campo Belo – Ione Maia (PSD) e Jacira Vilela da Silva (UDN)
Campo Florido – Lucilia Soares Rosa (PSD)
Capelinha – Herminia Eponina da Silva (PSD)
Minas Novas – Celuta de Figueiredo Costa (UDN)
Pirapetinga – Nilza Martins (UDN-PR-PSD)
Pirapora – Maria de Oliveira (PTB)
Recreio – Maria de Castro Gama Lima (UDN)
Sacramento – Paula de Graça Lima (PSD-PTB)
Santa Rita de Jacutinga – Rita Mendonça (PR)
Serro – Arlita de Lourdes Barbosa (PSD)
Varginha – Lucia de Carvalho (PSD)
FONTE: Assessoria de Comunicação Social do TRE-MG
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